Como ocorre a assimilação da glicose no organismo?
Escrito e verificado por a nutricionista Anna Vilarrasa
Embora a glicose seja muito importante para o funcionamento normal do nosso corpo, ela é necessária em quantidades moderadas. Quando os níveis de assimilação da glicose estão muito altos ou fora de controle, podemos ter sérios problemas de saúde.
A glicose é um monossacarídeo que contém 6 átomos de carbono. É uma forma de açúcar e um dos compostos orgânicos mais abundantes da Terra.
Uma de suas principais funções para os humanos é ser uma fonte de energia para todas as células do corpo. Os açúcares são necessários para muitos dos nossos órgãos, como o cérebro e outros tecidos. Junto com os lipídios, a glicose é uma das principais substâncias energéticas.
Glicose e açúcar não são a mesma coisa
Esses são dois compostos que não devemos confundir. O açúcar (sacarose) é outro composto químico feito de moléculas de glicose e moléculas de frutose.
Embora após a sua degradação o corpo assimile a glicose, o açúcar não é necessário em nossa dieta. O que o corpo precisa para funcionar é glicose. E, como veremos a seguir, ela pode ter origem em outras fontes.
Leia mais: 6 adoçantes para limitar o consumo de açúcar
Principais fontes de glicose
Geralmente ingerimos glicose por meio de carboidratos e açúcar. Os mais comuns são os pães, macarrão, arroz, vegetais, frutas e laticínios.
Todos os carboidratos acabam contribuindo com glicose para o nosso organismo quando são degradados. A única exceção é a fibra. Como não possuímos as enzimas adequadas para a sua decomposição, ela passa intacta pelo trato digestivo até chegar ao cólon. Lá, nossas bactérias intestinais se encarregarão de digeri-la.
No entanto, deve-se notar que o corpo também possui outras vias de energia, na ausência de carboidratos. A partir de gorduras e de proteína, outras vias metabólicas são ativadas e o corpo também assimila a glicose.
Como ocorre a assimilação da glicose?
Quando comemos alimentos ricos em carboidratos, a digestão começa. Da boca ao intestino delgado, graças às enzimas, aos sucos gástricos e aos movimentos do sistema digestivo, quebramos os carboidratos complexos para obter glicose.
As moléculas de glicose passam para o intestino delgado, mas elas ainda não podem ser usadas por nossas células.
Uma vez que estão no intestino delgado, passam para o sangue. Nesse ponto, o pâncreas e a insulina entram em ação. Quando o cérebro detecta a presença de glicose no sangue, ele envia um sinal para a glândula endócrina para secretar insulina. Em situações normais, o pâncreas secreta a insulina necessária automaticamente a toda hora.
Poderíamos dizer que a insulina é como a chave que abre a porta das células para que a glicose possa entrar. Uma vez dentro da célula, pode ser usada como fonte de energia.
Diferenças na assimilação da glicose dependendo da fonte
Embora tanto o açúcar quanto os carboidratos acabem fornecendo energia ao corpo, a assimilação da glicose no corpo não é a mesma quando comemos um ou outro.
Alguns alimentos são basicamente ricos em açúcar simples: mel, açúcar refinado, xaropes, refrigerantes e sucos de frutas. Como é digerida rapidamente, a glicose também atinge o sangue de maneira mais rápida, provocando picos de glicemia. Em resposta, o pâncreas também secreta mais insulina, que será mais abundante no sangue.
Uma das consequências dessa resposta é que, após a ação da insulina, ocorre uma rápida queda da glicemia, levando à hipoglicemia. Isso pode dar uma sensação de fome, tontura, visão turva ou dupla e dor de cabeça.
Por outro lado, quando comemos alimentos ricos em carboidratos complexos (grãos integrais e ricos em fibras), a glicose no corpo é assimilada de uma forma diferente: é mais lenta e progressiva. Como consequência, a insulina também aparece de maneira mais paulatina. A glicemia permanece constante e evitamos picos repentinos de aumento e falta de energia.
Descubra: O que é a hiperglicemia?
Consequências da ingestão de açúcares simples para a saúde
Já vimos que comer alimentos ricos em açúcares simples causa picos de insulina e glicose no sangue. Se isso ocorrer de forma contínua, haverá um risco maior de sofrer de doenças como obesidade, problemas cardiovasculares, hipertensão e síndrome metabólica.
Além disso, existe o risco de que o nosso pâncreas acabe não funcionando normalmente ou que nossas células gerem uma resistência à insulina. Se isso acontecer, a glicose no sangue aumentará continuamente – o que conhecemos como diabetes.
O corpo precisa de “boa glicose”
Como vimos, uma assimilação rápida pode fazer com que nossa energia suba ou baixe bruscamente ao longo do dia. A longo prazo, isso pode provocar problemas de resistência à insulina ou diabetes tipo 2.
A melhor maneira de evitar isso é comer alimentos frescos ricos em carboidratos complexos: frutas e vegetais, grãos integrais, tubérculos e laticínios.
Embora a glicose seja muito importante para o funcionamento normal do nosso corpo, ela é necessária em quantidades moderadas. Quando os níveis de assimilação da glicose estão muito altos ou fora de controle, podemos ter sérios problemas de saúde.
A glicose é um monossacarídeo que contém 6 átomos de carbono. É uma forma de açúcar e um dos compostos orgânicos mais abundantes da Terra.
Uma de suas principais funções para os humanos é ser uma fonte de energia para todas as células do corpo. Os açúcares são necessários para muitos dos nossos órgãos, como o cérebro e outros tecidos. Junto com os lipídios, a glicose é uma das principais substâncias energéticas.
Glicose e açúcar não são a mesma coisa
Esses são dois compostos que não devemos confundir. O açúcar (sacarose) é outro composto químico feito de moléculas de glicose e moléculas de frutose.
Embora após a sua degradação o corpo assimile a glicose, o açúcar não é necessário em nossa dieta. O que o corpo precisa para funcionar é glicose. E, como veremos a seguir, ela pode ter origem em outras fontes.
Leia mais: 6 adoçantes para limitar o consumo de açúcar
Principais fontes de glicose
Geralmente ingerimos glicose por meio de carboidratos e açúcar. Os mais comuns são os pães, macarrão, arroz, vegetais, frutas e laticínios.
Todos os carboidratos acabam contribuindo com glicose para o nosso organismo quando são degradados. A única exceção é a fibra. Como não possuímos as enzimas adequadas para a sua decomposição, ela passa intacta pelo trato digestivo até chegar ao cólon. Lá, nossas bactérias intestinais se encarregarão de digeri-la.
No entanto, deve-se notar que o corpo também possui outras vias de energia, na ausência de carboidratos. A partir de gorduras e de proteína, outras vias metabólicas são ativadas e o corpo também assimila a glicose.
Como ocorre a assimilação da glicose?
Quando comemos alimentos ricos em carboidratos, a digestão começa. Da boca ao intestino delgado, graças às enzimas, aos sucos gástricos e aos movimentos do sistema digestivo, quebramos os carboidratos complexos para obter glicose.
As moléculas de glicose passam para o intestino delgado, mas elas ainda não podem ser usadas por nossas células.
Uma vez que estão no intestino delgado, passam para o sangue. Nesse ponto, o pâncreas e a insulina entram em ação. Quando o cérebro detecta a presença de glicose no sangue, ele envia um sinal para a glândula endócrina para secretar insulina. Em situações normais, o pâncreas secreta a insulina necessária automaticamente a toda hora.
Poderíamos dizer que a insulina é como a chave que abre a porta das células para que a glicose possa entrar. Uma vez dentro da célula, pode ser usada como fonte de energia.
Diferenças na assimilação da glicose dependendo da fonte
Embora tanto o açúcar quanto os carboidratos acabem fornecendo energia ao corpo, a assimilação da glicose no corpo não é a mesma quando comemos um ou outro.
Alguns alimentos são basicamente ricos em açúcar simples: mel, açúcar refinado, xaropes, refrigerantes e sucos de frutas. Como é digerida rapidamente, a glicose também atinge o sangue de maneira mais rápida, provocando picos de glicemia. Em resposta, o pâncreas também secreta mais insulina, que será mais abundante no sangue.
Uma das consequências dessa resposta é que, após a ação da insulina, ocorre uma rápida queda da glicemia, levando à hipoglicemia. Isso pode dar uma sensação de fome, tontura, visão turva ou dupla e dor de cabeça.
Por outro lado, quando comemos alimentos ricos em carboidratos complexos (grãos integrais e ricos em fibras), a glicose no corpo é assimilada de uma forma diferente: é mais lenta e progressiva. Como consequência, a insulina também aparece de maneira mais paulatina. A glicemia permanece constante e evitamos picos repentinos de aumento e falta de energia.
Descubra: O que é a hiperglicemia?
Consequências da ingestão de açúcares simples para a saúde
Já vimos que comer alimentos ricos em açúcares simples causa picos de insulina e glicose no sangue. Se isso ocorrer de forma contínua, haverá um risco maior de sofrer de doenças como obesidade, problemas cardiovasculares, hipertensão e síndrome metabólica.
Além disso, existe o risco de que o nosso pâncreas acabe não funcionando normalmente ou que nossas células gerem uma resistência à insulina. Se isso acontecer, a glicose no sangue aumentará continuamente – o que conhecemos como diabetes.
O corpo precisa de “boa glicose”
Como vimos, uma assimilação rápida pode fazer com que nossa energia suba ou baixe bruscamente ao longo do dia. A longo prazo, isso pode provocar problemas de resistência à insulina ou diabetes tipo 2.
A melhor maneira de evitar isso é comer alimentos frescos ricos em carboidratos complexos: frutas e vegetais, grãos integrais, tubérculos e laticínios.
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