O que é a hiperglicemia?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Quando falamos em hiperglicemia, falamos de altos níveis de glicose no sangue. Hiperglicemia é o termo médico para se referir ao aumento nos valores de açúcar no sangue.
Quando comemos, consumimos glicose, inclusive quando escolhemos alimentos que não necessariamente identificamos como doces. Assim, a glicose que entra no organismo chega até as células para que elas funcionem.
Mas, se houver algum problema para essa glicose consumida entrar nas células, ela permanece em circulação no sangue. Assim, é isso o que gera a hiperglicemia. Quase sempre o hormônio envolvido nesse desequilíbrio é a insulina, cuja função principal é induzir o armazenamento da glicose em excesso.
Níveis de açúcar no sangue
Um valor de açúcar no sangue considerado normal para uma pessoa em jejum varia de 70 a 100 mg/dl. Se for detectado um valor maior que 100 mg/dl mas, menor que 126 mg/dl, estaremos diante de uma intolerância à glicose. É uma situação intermediária antes do diabetes.
Por fim, se os valores de glicose no sangue em jejum forem maiores que 140 mg/dl repetidamente, ou maiores que 200 mg/dl em uma única medição a qualquer hora do dia, então o diabetes é diagnosticado. O diabetes é a doença por excelência da hiperglicemia.
Causas da hiperglicemia
Como prevíamos, a situação subjacente à maioria das hiperglicemias é a doença que conhecemos como diabetes. Assim, muitos descobrem que sofrem dessa patologia fazendo um exame de sangue de rotina e outros consultando certos sintomas raros que começam a experimentar.
No diabetes, pode haver uma baixa resposta das células ao hormônio insulina (diabetes tipo 2), ou pode haver diretamente uma baixa produção de insulina no pâncreas humano (diabetes tipo 1). O segundo caso é o que inevitavelmente requer insulina na forma de medicamento.
Mas, não apenas o diabetes é a causa da hiperglicemia. As situações que mencionamos em seguida também podem gerá-la:
- Ingestão de corticoides: quando, por alguma outra patologia, somos medicados com corticoides como, por exemplo, dexametasona, betametasona ou prednisona, nossos níveis de açúcar no sangue podem aumentar. Em geral, quando o medicamento é suspenso, os valores retornam ao normal.
- Infecções: sofrer de infecções por microrganismos externos produz hiperglicemia momentânea. Porém, quando a infecção é resolvida, os valores são normalizados.
- Gravidez: é uma condição conhecida como diabetes gestacional, que envolve valores altos de glicose no sangue de mulheres grávidas. Essa hiperglicemia pode persistir até doze semanas após o parto e requer controles rigorosos.
- Alimentação parenteral: se um paciente recebe nutrição pelas veias porque não pode se alimentar por via oral, isso pode causar uma desregulação do mecanismo da insulina. Assim, nesse caso, são registrados episódios de hiperglicemia que devem ser corrigidos modificando a fórmula do alimento intravenoso que o paciente recebe.
Leia sobre: Sintomas da diabetes gestacional pouco conhecidos
Sintomas
Os sintomas da hiperglicemia geralmente se manifestam lentamente. Assim, como dissemos, há pessoas que descobrem que têm diabetes fazendo uma verificação de rotina. A hiperglicemia nem sempre é sintomática. Os três sintomas clássicos da elevação do açúcar no sangue são:
- Polidipsia: aumento da sede
- Poliúria: aumento da quantidade de urina
- Polifagia: aumento do apetite
Se a hiperglicemia continuar com o tempo, surgirão problemas maiores. Um dos indícios são, por exemplo, infecções que não se resolvem rapidamente e feridas que não cicatrizam como deveriam. Ambos os sinais mostram altos níveis de açúcar que foram sustentados ao longo do tempo.
Os sintomas mais perigosos são aqueles que aparecem mais tarde. Eles geralmente afetam a sistemas específicos do corpo humano como, por exemplo, o sistema nervoso, o sistema circulatório e os órgãos da visão.
Continue descobrindo: 7 pistas para detectar a diabetes
Consequências da hiperglicemia
A persistência dos sintomas de hiperglicemia é muito perigosa. As consequências da perpetuação do alto nível de açúcar no sangue podem ser fatais. Assim, entre as doenças que surgem dessa situação, temos:
- Insuficiência renal.
- Retinopatia: alterações na retina ocular com perda de visão.
- Doença cardíaca: as mais diversas complicações do coração.
- Vasculopatia: problemas circulatórios em geral, especialmente nos vasos menores do corpo.
- Neuropatia: alterações na condução nervosa dos nervos das mãos e pés.
Mas, a consequência mais perigosa e aguda da hiperglicemia é a cetoacidose diabética. Ela acontece quando, com tão pouca insulina no corpo, o organismo precisa recorrer à gordura para gerar energia.
Os seres humanos obtêm energia da gordura, mas se o fizerem em larga escala e em pouco tempo, o metabolismo lipídico gera cetonas. As cetonas são tóxicas quando se acumulam demais.
Por isso, a cetoacidose diabética requer tratamento imediato como uma emergência médica. As primeiras medidas são repor fluidos e aplicar insulina intravenosa para interromper a produção de cetona. Por fim, fazer isso na hora certa pode salvar a vida do paciente.
Quando falamos em hiperglicemia, falamos de altos níveis de glicose no sangue. Hiperglicemia é o termo médico para se referir ao aumento nos valores de açúcar no sangue.
Quando comemos, consumimos glicose, inclusive quando escolhemos alimentos que não necessariamente identificamos como doces. Assim, a glicose que entra no organismo chega até as células para que elas funcionem.
Mas, se houver algum problema para essa glicose consumida entrar nas células, ela permanece em circulação no sangue. Assim, é isso o que gera a hiperglicemia. Quase sempre o hormônio envolvido nesse desequilíbrio é a insulina, cuja função principal é induzir o armazenamento da glicose em excesso.
Níveis de açúcar no sangue
Um valor de açúcar no sangue considerado normal para uma pessoa em jejum varia de 70 a 100 mg/dl. Se for detectado um valor maior que 100 mg/dl mas, menor que 126 mg/dl, estaremos diante de uma intolerância à glicose. É uma situação intermediária antes do diabetes.
Por fim, se os valores de glicose no sangue em jejum forem maiores que 140 mg/dl repetidamente, ou maiores que 200 mg/dl em uma única medição a qualquer hora do dia, então o diabetes é diagnosticado. O diabetes é a doença por excelência da hiperglicemia.
Causas da hiperglicemia
Como prevíamos, a situação subjacente à maioria das hiperglicemias é a doença que conhecemos como diabetes. Assim, muitos descobrem que sofrem dessa patologia fazendo um exame de sangue de rotina e outros consultando certos sintomas raros que começam a experimentar.
No diabetes, pode haver uma baixa resposta das células ao hormônio insulina (diabetes tipo 2), ou pode haver diretamente uma baixa produção de insulina no pâncreas humano (diabetes tipo 1). O segundo caso é o que inevitavelmente requer insulina na forma de medicamento.
Mas, não apenas o diabetes é a causa da hiperglicemia. As situações que mencionamos em seguida também podem gerá-la:
- Ingestão de corticoides: quando, por alguma outra patologia, somos medicados com corticoides como, por exemplo, dexametasona, betametasona ou prednisona, nossos níveis de açúcar no sangue podem aumentar. Em geral, quando o medicamento é suspenso, os valores retornam ao normal.
- Infecções: sofrer de infecções por microrganismos externos produz hiperglicemia momentânea. Porém, quando a infecção é resolvida, os valores são normalizados.
- Gravidez: é uma condição conhecida como diabetes gestacional, que envolve valores altos de glicose no sangue de mulheres grávidas. Essa hiperglicemia pode persistir até doze semanas após o parto e requer controles rigorosos.
- Alimentação parenteral: se um paciente recebe nutrição pelas veias porque não pode se alimentar por via oral, isso pode causar uma desregulação do mecanismo da insulina. Assim, nesse caso, são registrados episódios de hiperglicemia que devem ser corrigidos modificando a fórmula do alimento intravenoso que o paciente recebe.
Leia sobre: Sintomas da diabetes gestacional pouco conhecidos
Sintomas
Os sintomas da hiperglicemia geralmente se manifestam lentamente. Assim, como dissemos, há pessoas que descobrem que têm diabetes fazendo uma verificação de rotina. A hiperglicemia nem sempre é sintomática. Os três sintomas clássicos da elevação do açúcar no sangue são:
- Polidipsia: aumento da sede
- Poliúria: aumento da quantidade de urina
- Polifagia: aumento do apetite
Se a hiperglicemia continuar com o tempo, surgirão problemas maiores. Um dos indícios são, por exemplo, infecções que não se resolvem rapidamente e feridas que não cicatrizam como deveriam. Ambos os sinais mostram altos níveis de açúcar que foram sustentados ao longo do tempo.
Os sintomas mais perigosos são aqueles que aparecem mais tarde. Eles geralmente afetam a sistemas específicos do corpo humano como, por exemplo, o sistema nervoso, o sistema circulatório e os órgãos da visão.
Continue descobrindo: 7 pistas para detectar a diabetes
Consequências da hiperglicemia
A persistência dos sintomas de hiperglicemia é muito perigosa. As consequências da perpetuação do alto nível de açúcar no sangue podem ser fatais. Assim, entre as doenças que surgem dessa situação, temos:
- Insuficiência renal.
- Retinopatia: alterações na retina ocular com perda de visão.
- Doença cardíaca: as mais diversas complicações do coração.
- Vasculopatia: problemas circulatórios em geral, especialmente nos vasos menores do corpo.
- Neuropatia: alterações na condução nervosa dos nervos das mãos e pés.
Mas, a consequência mais perigosa e aguda da hiperglicemia é a cetoacidose diabética. Ela acontece quando, com tão pouca insulina no corpo, o organismo precisa recorrer à gordura para gerar energia.
Os seres humanos obtêm energia da gordura, mas se o fizerem em larga escala e em pouco tempo, o metabolismo lipídico gera cetonas. As cetonas são tóxicas quando se acumulam demais.
Por isso, a cetoacidose diabética requer tratamento imediato como uma emergência médica. As primeiras medidas são repor fluidos e aplicar insulina intravenosa para interromper a produção de cetona. Por fim, fazer isso na hora certa pode salvar a vida do paciente.
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- Plows JF, Stanley JL, Baker PN, Reynolds CM, Vickers MH. The Pathophysiology of Gestational Diabetes Mellitus. Int J Mol Sci. 2018 Oct 26;19(11):3342. doi: 10.3390/ijms19113342. PMID: 30373146; PMCID: PMC6274679.
- Martín Guerra JM., Asenjo M., Gómez PT., Pérez CI., Diabetic cetoacidosis as a diagnostic guide: case report. Revista Medica Clinica Las Condes, 2019.
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