Anitta: entenda a relação entre o vírus Epstein-Barr e a esclerose múltipla
Anitta anunciou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, causador da mononucleose ou “doença do beijo”. A revelação foi feita no lançamento do documentário Eu, em que Ludmila Dayer retrata a esclerose múltipla.
O relato da cantora suscitou dúvidas acerca da relação entre o vírus e o desenvolvimento de esclerose múltipla. Porém, as duas doenças são diferentes e a relação entre elas ainda é investigada pela comunidade científica.
O EBV, com também é conhecido o Epstein-Barr, é um vírus comum entre os seres humanos. Segundo a médica imunologista Ana Paula Castro, sua prevalência entre adultos pode ser de 80% até 95%, o que significa que quase toda a população tem contato e é infectada com ele em algum momento da vida.
É muito frequente nas grandes cidades, principalmente durante o Carnaval, e costuma atingir pessoas entre 15 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), passada a infecção, o vírus se torna inativo no corpo do paciente, podendo ser reativado em alguns casos.
Sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode causar:
- Febre alta.
- Dor nas articulações.
- Dor ao engolir.
- Tosse.
- Amigdalite.
- Fadiga.
- Inchaço do fígado.
- Inchaço no pescoço.
- Irritação na pele.
“Os sintomas mais comuns são gânglios, que a gente pode palpar na região do pescoço, uma dor de garganta importante, manchas brancas nas amígdalas, muitas vezes o paciente não consegue nem comer e precisa ser internado para garantir a alimentação“, explica a médica infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.
Tratamento
A maior parte das pessoas se cura em poucas semanas. Mas há uma pequena proporção, de acordo com o Ministério, que leva meses para recuperar seus níveis de energia anteriores, com um estado de fadiga prolongado.
Não existe tratamento. Mas o uso de corticoides pode ser útil em casos graves de complicação com obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica (quando os anticorpos naturais do organismo destroem as hemácias (glóbulos vermelhos).
Relação com a esclerose múltipla
O vírus pode, ainda, causar outras doenças. “Ao longo da vida, se acontece algum desbalanço nesse controle do vírus feito pelo nosso sistema imune, e que pode acontecer por diversos motivos, pode fazer com que o vírus da mononucleose dê origem a outras doenças. Então alguns tipos de linfoma de Hodgkin, podem sem causados”, explica a infectologista.
A investigação sobre uma possível relação entre o vírus e o desenvolvimento de esclerose múltipla, como relata a atriz Ludmila Dayer, é estudada há anos por cientistas e médicos.
Ainda não há uma confirmação, mas em janeiro, um estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard forneceu a evidência mais forte sobre esta relação até o momento. A pesquisa foi feita com mais de 10 milhões de militares e mostrou que praticamente todos os casos de esclerose aconteceram após uma infecção pelo vírus.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla a define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune“. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.
A infecção pelo Vírus Epstein-Barr é uma das hipóteses estudadas, mas as causas da doença ainda são desconhecidas.
Com informações de G1 e Folha.
Anitta anunciou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, causador da mononucleose ou “doença do beijo”. A revelação foi feita no lançamento do documentário Eu, em que Ludmila Dayer retrata a esclerose múltipla.
O relato da cantora suscitou dúvidas acerca da relação entre o vírus e o desenvolvimento de esclerose múltipla. Porém, as duas doenças são diferentes e a relação entre elas ainda é investigada pela comunidade científica.
O EBV, com também é conhecido o Epstein-Barr, é um vírus comum entre os seres humanos. Segundo a médica imunologista Ana Paula Castro, sua prevalência entre adultos pode ser de 80% até 95%, o que significa que quase toda a população tem contato e é infectada com ele em algum momento da vida.
É muito frequente nas grandes cidades, principalmente durante o Carnaval, e costuma atingir pessoas entre 15 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde.
Seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), passada a infecção, o vírus se torna inativo no corpo do paciente, podendo ser reativado em alguns casos.
Sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode causar:
- Febre alta.
- Dor nas articulações.
- Dor ao engolir.
- Tosse.
- Amigdalite.
- Fadiga.
- Inchaço do fígado.
- Inchaço no pescoço.
- Irritação na pele.
“Os sintomas mais comuns são gânglios, que a gente pode palpar na região do pescoço, uma dor de garganta importante, manchas brancas nas amígdalas, muitas vezes o paciente não consegue nem comer e precisa ser internado para garantir a alimentação“, explica a médica infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.
Tratamento
A maior parte das pessoas se cura em poucas semanas. Mas há uma pequena proporção, de acordo com o Ministério, que leva meses para recuperar seus níveis de energia anteriores, com um estado de fadiga prolongado.
Não existe tratamento. Mas o uso de corticoides pode ser útil em casos graves de complicação com obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica (quando os anticorpos naturais do organismo destroem as hemácias (glóbulos vermelhos).
Relação com a esclerose múltipla
O vírus pode, ainda, causar outras doenças. “Ao longo da vida, se acontece algum desbalanço nesse controle do vírus feito pelo nosso sistema imune, e que pode acontecer por diversos motivos, pode fazer com que o vírus da mononucleose dê origem a outras doenças. Então alguns tipos de linfoma de Hodgkin, podem sem causados”, explica a infectologista.
A investigação sobre uma possível relação entre o vírus e o desenvolvimento de esclerose múltipla, como relata a atriz Ludmila Dayer, é estudada há anos por cientistas e médicos.
Ainda não há uma confirmação, mas em janeiro, um estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard forneceu a evidência mais forte sobre esta relação até o momento. A pesquisa foi feita com mais de 10 milhões de militares e mostrou que praticamente todos os casos de esclerose aconteceram após uma infecção pelo vírus.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla a define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune“. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.
A infecção pelo Vírus Epstein-Barr é uma das hipóteses estudadas, mas as causas da doença ainda são desconhecidas.
Com informações de G1 e Folha.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.