É possível ter alergia ao sêmen?
A alergia ao sêmen é um problema de saúde raro, mas muito provavelmente subdiagnosticado. Nem todas as pessoas acreditam que devem consultar um médico diante dela. Além disso, ela costuma ser confundida com outras patologias, como a vaginite.
A alergia ao sêmen também é conhecida como “hipersensibilidade ao plasma seminal humano”. Refere-se a uma reação desproporcional do sistema imunológico a uma proteína presente no sêmen: PSA. Afeta homens e mulheres e requer assistência médica.
Uma pessoa pode se tornar alérgica a qualquer substância, em qualquer época da vida. A alergia ao sêmen não é exceção. A reação pode variar desde sintomas incômodos a anafilaxia com risco de vida.
Sintomas relacionados
O mais usual é que as manifestações de alergia ao sêmen apareçam imediatamente ou poucos minutos após o contato com essa substância. Em último caso, geralmente dentro de 5 a 15 minutos. Os sintomas mudam se a alergia for localizada ou generalizada.
Alergia localizada ao sêmen
Quando a alergia ao sêmen é localizada, o principal sintoma é a coceira na vagina ou no pênis. Ressaltamos que há homens alérgicos ao próprio sêmen. Além disso, geralmente há vermelhidão na área e é comum o aparecimento de bolhas cerca de 30 minutos após os primeiros sintomas. Também há ardor e uma sensação de desconforto.
Alergia generalizada ao sêmen
Ocorre quando a resposta imunológica é sistêmica. Uma urticária surge por todo o corpo, com uma forte sensação de coceira. Também pode haver náuseas e vômitos.
Nos casos mais graves, a garganta e a faringe incham, as vias respiratórias ficam obstruídas e a pressão arterial cai significativamente. Esses casos requerem atendimento de emergência imediato, por se tratar de choque anafilático.
Algumas pessoas desenvolvem a síndrome da doença pós-orgásmica. Isso ocorre apenas em homens e os sintomas são semelhantes aos da gripe: febre, fadiga e, às vezes, diarreia e bolhas. A ciência ainda não sabe ao certo se esta é uma reação alérgica ou não.
Possíveis complicações
A principal complicação da alergia ao sêmen é a reação sistêmica. Como já observado, nesses casos há urticária generalizada, mesmo nas áreas da pele que não entraram em contato com o sêmen. Também pode ocorrer falta de ar e choque.
Este tipo de alergia pode dificultar a concepção por meios tradicionais. No entanto, não há evidências de que a alergia ao sêmen esteja associada à infertilidade ou ao aborto espontâneo.
O que causa a alergia ao sêmen?
As causas da alergia ao sêmen são infinitas. Como observado acima, uma pessoa pode se tornar alérgica a qualquer substância em qualquer momento da vida. Esses tipos de reações são mais comuns em pessoas com histórico de asma, rinoconjuntivite alérgica ou dermatite atópica.
Não deixe de ler: POIS: síndrome da doença pós-orgásmica
Tudo indica que o alérgeno, ou fator que desencadeia a alergia, é uma proteína presente no sêmen, cujo nome é PSA. Às vezes, os homens com vasectomia apresentam alterações no fluido seminal e este se torna mais alergênico.
Por outro lado, é possível que dispositivos intrauterinos ou cirurgias ginecológicas alterem a imunidade local e tornem algumas mulheres mais suscetíveis a alergias ao sêmen. Essa condição é mais comum em mulheres de 30 a 40 anos. A menopausa diminui a possibilidade de ter esse tipo de alergia, pois com o passar dos anos o sistema imunológico fica menos ativo.
Diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico de uma alergia ao sêmen pode começar com um teste simples para mulheres: o uso de preservativo nas relações sexuais. Se não surgirem sintomas, pode-se presumir que esse tipo de alergia esteja presente.
No entanto, é melhor confirmar a suspeita com um diagnóstico clínico. Isso é feito com base em um questionamento completo. Em seguida, exames cutâneos e exames de sangue são feitos para determinar se há uma alergia.
Há mulheres com histórico de alergia a certos alimentos ou medicamentos que só apresentam sintomas em algumas ocasiões. Nesses casos, é possível que seu parceiro tenha ingerido uma dessas substâncias e ela esteja presente no sêmen.
O tratamento para controlar uma alergia ao sêmen inclui um ou mais dos seguintes:
- Evite o contato com o sêmen. Isso pode ser feito usando preservativos em todas as relações sexuais.
- Dessensibilização ao sêmen. Esse tratamento é realizado por um alergista e consiste na exposição gradual da mulher ao sêmen. O casal deve fazer sexo regularmente para consolidar o tratamento.
- Anti-histamínicos. Tomar um anti-histamínico oral antes da relação sexual reduz os sintomas. No entanto, isso não é aconselhável para uma mulher que deseja engravidar.
- Autoinjetor de adrenalina. Este é um dispositivo utilizado quando ocorre uma reação alérgica grave. O médico pode aconselhar que o paciente tenha um deles à mão.
Leia também: Lubrificantes caseiros: benefícios e riscos
As alergias estão se tornando cada vez mais comuns
Os dados disponíveis indicam que a proteína PSA, que causa alergia ao sêmen, é muito semelhante a uma proteína encontrada em cães machos chamada Can F5. Portanto, muitas vezes aqueles que são alérgicos ao sêmen também são alérgicos a cães machos.
Especialistas indicam que as alergias são a epidemia do século XXI. Estima-se que, no ano de 2025, até 50% da população mundial sofra de alguma alergia. Deve-se observar que uma alergia raramente desaparece por conta própria.
A alergia ao sêmen é um problema de saúde raro, mas muito provavelmente subdiagnosticado. Nem todas as pessoas acreditam que devem consultar um médico diante dela. Além disso, ela costuma ser confundida com outras patologias, como a vaginite.
A alergia ao sêmen também é conhecida como “hipersensibilidade ao plasma seminal humano”. Refere-se a uma reação desproporcional do sistema imunológico a uma proteína presente no sêmen: PSA. Afeta homens e mulheres e requer assistência médica.
Uma pessoa pode se tornar alérgica a qualquer substância, em qualquer época da vida. A alergia ao sêmen não é exceção. A reação pode variar desde sintomas incômodos a anafilaxia com risco de vida.
Sintomas relacionados
O mais usual é que as manifestações de alergia ao sêmen apareçam imediatamente ou poucos minutos após o contato com essa substância. Em último caso, geralmente dentro de 5 a 15 minutos. Os sintomas mudam se a alergia for localizada ou generalizada.
Alergia localizada ao sêmen
Quando a alergia ao sêmen é localizada, o principal sintoma é a coceira na vagina ou no pênis. Ressaltamos que há homens alérgicos ao próprio sêmen. Além disso, geralmente há vermelhidão na área e é comum o aparecimento de bolhas cerca de 30 minutos após os primeiros sintomas. Também há ardor e uma sensação de desconforto.
Alergia generalizada ao sêmen
Ocorre quando a resposta imunológica é sistêmica. Uma urticária surge por todo o corpo, com uma forte sensação de coceira. Também pode haver náuseas e vômitos.
Nos casos mais graves, a garganta e a faringe incham, as vias respiratórias ficam obstruídas e a pressão arterial cai significativamente. Esses casos requerem atendimento de emergência imediato, por se tratar de choque anafilático.
Algumas pessoas desenvolvem a síndrome da doença pós-orgásmica. Isso ocorre apenas em homens e os sintomas são semelhantes aos da gripe: febre, fadiga e, às vezes, diarreia e bolhas. A ciência ainda não sabe ao certo se esta é uma reação alérgica ou não.
Possíveis complicações
A principal complicação da alergia ao sêmen é a reação sistêmica. Como já observado, nesses casos há urticária generalizada, mesmo nas áreas da pele que não entraram em contato com o sêmen. Também pode ocorrer falta de ar e choque.
Este tipo de alergia pode dificultar a concepção por meios tradicionais. No entanto, não há evidências de que a alergia ao sêmen esteja associada à infertilidade ou ao aborto espontâneo.
O que causa a alergia ao sêmen?
As causas da alergia ao sêmen são infinitas. Como observado acima, uma pessoa pode se tornar alérgica a qualquer substância em qualquer momento da vida. Esses tipos de reações são mais comuns em pessoas com histórico de asma, rinoconjuntivite alérgica ou dermatite atópica.
Não deixe de ler: POIS: síndrome da doença pós-orgásmica
Tudo indica que o alérgeno, ou fator que desencadeia a alergia, é uma proteína presente no sêmen, cujo nome é PSA. Às vezes, os homens com vasectomia apresentam alterações no fluido seminal e este se torna mais alergênico.
Por outro lado, é possível que dispositivos intrauterinos ou cirurgias ginecológicas alterem a imunidade local e tornem algumas mulheres mais suscetíveis a alergias ao sêmen. Essa condição é mais comum em mulheres de 30 a 40 anos. A menopausa diminui a possibilidade de ter esse tipo de alergia, pois com o passar dos anos o sistema imunológico fica menos ativo.
Diagnóstico e tratamentos
O diagnóstico de uma alergia ao sêmen pode começar com um teste simples para mulheres: o uso de preservativo nas relações sexuais. Se não surgirem sintomas, pode-se presumir que esse tipo de alergia esteja presente.
No entanto, é melhor confirmar a suspeita com um diagnóstico clínico. Isso é feito com base em um questionamento completo. Em seguida, exames cutâneos e exames de sangue são feitos para determinar se há uma alergia.
Há mulheres com histórico de alergia a certos alimentos ou medicamentos que só apresentam sintomas em algumas ocasiões. Nesses casos, é possível que seu parceiro tenha ingerido uma dessas substâncias e ela esteja presente no sêmen.
O tratamento para controlar uma alergia ao sêmen inclui um ou mais dos seguintes:
- Evite o contato com o sêmen. Isso pode ser feito usando preservativos em todas as relações sexuais.
- Dessensibilização ao sêmen. Esse tratamento é realizado por um alergista e consiste na exposição gradual da mulher ao sêmen. O casal deve fazer sexo regularmente para consolidar o tratamento.
- Anti-histamínicos. Tomar um anti-histamínico oral antes da relação sexual reduz os sintomas. No entanto, isso não é aconselhável para uma mulher que deseja engravidar.
- Autoinjetor de adrenalina. Este é um dispositivo utilizado quando ocorre uma reação alérgica grave. O médico pode aconselhar que o paciente tenha um deles à mão.
Leia também: Lubrificantes caseiros: benefícios e riscos
As alergias estão se tornando cada vez mais comuns
Os dados disponíveis indicam que a proteína PSA, que causa alergia ao sêmen, é muito semelhante a uma proteína encontrada em cães machos chamada Can F5. Portanto, muitas vezes aqueles que são alérgicos ao sêmen também são alérgicos a cães machos.
Especialistas indicam que as alergias são a epidemia do século XXI. Estima-se que, no ano de 2025, até 50% da população mundial sofra de alguma alergia. Deve-se observar que uma alergia raramente desaparece por conta própria.
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