Para que servem os anti-histamínicos?
Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza
Os anti-histamínicos são medicamentos usados para reduzir ou eliminar os efeitos das alergias. Para fazer isso, eles bloqueiam os receptores aos quais a histamina se liga nas reações alérgicas.
A histamina, como veremos mais adiante, é uma substância liberada no corpo quando se desencadeia uma reação alérgica.
Desde que foram descobertos os primeiros anti-histamínicos (pirilamina e difenidramina) nas décadas de 1930 e 1940, centenas de moléculas com propriedades anti-histamínicas foram desenvolvidas. Além disso, o uso desse tipo de fármaco também aumentou muito nos últimos anos.
Da mesma forma, a introdução de anti-histamínicos de segunda e terceira geração representou um grande avanço no campo da medicina. Essas drogas são semelhantes em eficácia aos anti-histamínicos de primeira geração, mas seus efeitos adversos são muito mais moderados.
Por outro lado, além do tratamento de alergias, existem certos anti-histamínicos que também podem ser usados para prevenir vômitos, vertigens ou induzir o sono em pacientes com insônia.
Histamina e seus receptores
A histamina é uma substância química que participa e intervém em muitos processos que ocorrem nas células. Dentre esses processos, destaca-se seu papel nas reações alérgicas, na inflamação, na secreção de ácido gástrico e na transmissão dos impulsos nervosos.
Para intervir em todos esses processos, liga-se a uma série de receptores que se distribuem por todo o corpo.
Quando a histamina se liga a uma dessas estruturas, ativam-se mecanismos e liberam-se substâncias que estimularão e se ligarão a outras estruturas para desencadear uma ação fisiológica.
Dependendo do receptor ao qual se unir, serão acionadas algumas ações ou outras. Em relação aos receptores aos quais a histamina se liga, podemos citar os seguintes:
- Receptores de histamina H1: podemos encontrar essas estruturas nos brônquios, no músculo liso do sistema digestivo e no cérebro. Quando esses receptores são ativados, há uma construção do músculo liso dos brônquios e dos vasos sanguíneos.
- Receptores de histamina H2: os receptores H2 são distribuídos no revestimento do estômago, útero e cérebro. Quando se ativam, também aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos e se estimula a secreção de ácido gástrico.
- Receptores de histamina H3: este receptores se localizam no cérebro e nos brônquios. São responsáveis pela vasodilatação cerebral e poderiam estar envolvidos em um sistema de retroalimentação ou feedback negativo, pelo qual a histamina inibe sua própria síntese e liberação pelas terminações nervosas.
Anti-histamínicos H1 clássicos ou de primeira geração
Esses tipos de anti-histamínicos são capazes de cruzar facilmente a barreira hematoencefálica do cérebro, que é um tipo de membrana que o protege. Ao cruzar essa barreira e conseguir se ligar aos receptores desse órgão, desencadeiam-se efeitos sedativos bastante intensos.
Além disso, possuem propriedades antieméticas e que evitam a cinetose. Essas ações são decorrentes dos efeitos sedativos e anticolinérgicos dessas drogas.
Alguns medicamentos incluídos neste grupo terapêutico são os seguintes:
- Etanolamina: entre os quais se destaca o fármaco difenidramina. Seu derivado, o dimenidrinato, evita a cinetose e se usa para prevenir o enjoo. Além disso, há estudos que mostram que esse princípio ativo é eficaz no tratamento da vertigem e na profilaxia do vômito após uma cirurgia.
- Etilenodiamina.
- Alquilamina.
- Piperazina.
- Fenotiazina.
- Piperidina.
Quer saber mais?: A vitamina C ajuda a combater as alergias?
Anti-histamínicos H1 de segunda geração
Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são drogas mais seletivas para os receptores H1 não encontrados no cérebro, uma vez que não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica. A razão para isso é que, em sua estrutura química, eliminaram as partes que lhe permitiam cruzar essa barreira com facilidade.
Como resultado, provocam menos efeitos adversos, como menos sedação e menos efeitos anticolinérgicos. Alguns exemplos desses medicamentos são:
- Loratadina: é um medicamento antialérgico quase sem efeitos sedativos e anticolinérgicos.
- Ebastina: não possui propriedades anticolinérgicas ou sedativas, mas pode causar ganho de peso. É útil no tratamento de alergias sazonais.
- Desloratadina: utilizada, sobretudo, nos casos agudos de alergia.
Não deixe de ler: Alergia aos ácaros: tudo que você precisa saber
Medicamentos mais utilizados
A principal indicação dos anti-histamínicos é o tratamento de alergias. No entanto, também podemos usá-los para prevenir vômitos ou induzir o sono em pacientes com insônia.
Consulte o seu médico para que indique qual é o melhor anti-histamínico para a sua situação pessoal e sempre siga as suas instruções.
Os anti-histamínicos são medicamentos usados para reduzir ou eliminar os efeitos das alergias. Para fazer isso, eles bloqueiam os receptores aos quais a histamina se liga nas reações alérgicas.
A histamina, como veremos mais adiante, é uma substância liberada no corpo quando se desencadeia uma reação alérgica.
Desde que foram descobertos os primeiros anti-histamínicos (pirilamina e difenidramina) nas décadas de 1930 e 1940, centenas de moléculas com propriedades anti-histamínicas foram desenvolvidas. Além disso, o uso desse tipo de fármaco também aumentou muito nos últimos anos.
Da mesma forma, a introdução de anti-histamínicos de segunda e terceira geração representou um grande avanço no campo da medicina. Essas drogas são semelhantes em eficácia aos anti-histamínicos de primeira geração, mas seus efeitos adversos são muito mais moderados.
Por outro lado, além do tratamento de alergias, existem certos anti-histamínicos que também podem ser usados para prevenir vômitos, vertigens ou induzir o sono em pacientes com insônia.
Histamina e seus receptores
A histamina é uma substância química que participa e intervém em muitos processos que ocorrem nas células. Dentre esses processos, destaca-se seu papel nas reações alérgicas, na inflamação, na secreção de ácido gástrico e na transmissão dos impulsos nervosos.
Para intervir em todos esses processos, liga-se a uma série de receptores que se distribuem por todo o corpo.
Quando a histamina se liga a uma dessas estruturas, ativam-se mecanismos e liberam-se substâncias que estimularão e se ligarão a outras estruturas para desencadear uma ação fisiológica.
Dependendo do receptor ao qual se unir, serão acionadas algumas ações ou outras. Em relação aos receptores aos quais a histamina se liga, podemos citar os seguintes:
- Receptores de histamina H1: podemos encontrar essas estruturas nos brônquios, no músculo liso do sistema digestivo e no cérebro. Quando esses receptores são ativados, há uma construção do músculo liso dos brônquios e dos vasos sanguíneos.
- Receptores de histamina H2: os receptores H2 são distribuídos no revestimento do estômago, útero e cérebro. Quando se ativam, também aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos e se estimula a secreção de ácido gástrico.
- Receptores de histamina H3: este receptores se localizam no cérebro e nos brônquios. São responsáveis pela vasodilatação cerebral e poderiam estar envolvidos em um sistema de retroalimentação ou feedback negativo, pelo qual a histamina inibe sua própria síntese e liberação pelas terminações nervosas.
Anti-histamínicos H1 clássicos ou de primeira geração
Esses tipos de anti-histamínicos são capazes de cruzar facilmente a barreira hematoencefálica do cérebro, que é um tipo de membrana que o protege. Ao cruzar essa barreira e conseguir se ligar aos receptores desse órgão, desencadeiam-se efeitos sedativos bastante intensos.
Além disso, possuem propriedades antieméticas e que evitam a cinetose. Essas ações são decorrentes dos efeitos sedativos e anticolinérgicos dessas drogas.
Alguns medicamentos incluídos neste grupo terapêutico são os seguintes:
- Etanolamina: entre os quais se destaca o fármaco difenidramina. Seu derivado, o dimenidrinato, evita a cinetose e se usa para prevenir o enjoo. Além disso, há estudos que mostram que esse princípio ativo é eficaz no tratamento da vertigem e na profilaxia do vômito após uma cirurgia.
- Etilenodiamina.
- Alquilamina.
- Piperazina.
- Fenotiazina.
- Piperidina.
Quer saber mais?: A vitamina C ajuda a combater as alergias?
Anti-histamínicos H1 de segunda geração
Os anti-histamínicos H1 de segunda geração são drogas mais seletivas para os receptores H1 não encontrados no cérebro, uma vez que não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica. A razão para isso é que, em sua estrutura química, eliminaram as partes que lhe permitiam cruzar essa barreira com facilidade.
Como resultado, provocam menos efeitos adversos, como menos sedação e menos efeitos anticolinérgicos. Alguns exemplos desses medicamentos são:
- Loratadina: é um medicamento antialérgico quase sem efeitos sedativos e anticolinérgicos.
- Ebastina: não possui propriedades anticolinérgicas ou sedativas, mas pode causar ganho de peso. É útil no tratamento de alergias sazonais.
- Desloratadina: utilizada, sobretudo, nos casos agudos de alergia.
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Medicamentos mais utilizados
A principal indicação dos anti-histamínicos é o tratamento de alergias. No entanto, também podemos usá-los para prevenir vômitos ou induzir o sono em pacientes com insônia.
Consulte o seu médico para que indique qual é o melhor anti-histamínico para a sua situação pessoal e sempre siga as suas instruções.
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- Aguilar, A. G. (1996). Antihistamínicos. Revista Alergia Mexico.
- Petriz, N., & Parisi, C. (2013). Uso de antihistamínicos en pediatría. Conexion Pediatrica.
- Presa, I. J. (1999). Antihistamínicos H1: revisión. Alergol Inmunol Clin, Octubre.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.