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6 tipos de autoridade

5 minutos
Os tipos de autoridade estão relacionados aos grupos de poder, que variam de acordo com o contexto sociocultural. A seguir ensinamos o que eles são eles e quais as suas características.
6 tipos de autoridade
Última atualização: 09 agosto, 2022

Definir o que é autoridade não é uma tarefa fácil. Do ponto de vista prático e de forma muito simples, podemos dizer que autoridade é um poder que tem certa aprovação social de um grupo em relação a outro. Esse assunto se torna muito mais complicado quando tentamos abordar os tipos de autoridade.

A definição mais conhecida é a que Max Weber apresentou em seu ensaio A Política como vocação (1919). Nesta obra o autor alemão distinguiu três tipos de autoridade. No entanto, existem centenas de contribuições a respeito dessas ideias, a maioria delas a partir das teorias política, econômica e sociológica. Hoje sintetizamos 6 tipos entre os mais importantes.

Quantos tipos de autoridade existem?

Só é possível entender a autoridade a partir de um ponto de vista dialético. Ou seja, como o confronto de grupos de poder (um maior ou ativo e um menor ou submisso). Ela sempre está associada ao poder, embora os especialistas alertem para a diferenciação entre poder, autoridade e legitimidade.

A autoridade deve contar com aprovação social para existir (mesmo que isso aconteça por imposição, violência ou força). Ela se manifesta em quase todos os aspectos da vida social: na família, poder do Estado, religiões, empresas e assim por diante. Vejamos 6 tipos de autoridade que podem servir como guia na hora de refletir sobre essa ideia.

1. Tradicional

A autoridade tradicional é um dos tipos que Weber abordou na obra acima citada. Ela é caracterizada pelo fato de a autoridade (ou seja, legitimidade, liderança, poder e outros conceitos associados) ser baseada em valores ou costumes tradicionais.

Leia também: Dicas para ter um dia cheio de motivação e alegria

Ela surge através dos costumes de centenas ou mesmo milhares de anos atrás. Seguindo as ideias de Weber, ela existe porque sempre foi assim. Um exemplo de autoridade tradicional é a monarquia. O monarca que exerce autoridade faz isso com base em tradições, costumes e valores que o precedem. Seu poder não é questionado porque sempre foi assim.

Outros exemplos que podemos citar são o patriarcado (em seu sentido histórico), a autoridade militar, chefes tribais e assim por diante. A autoridade tradicional geralmente é baseada no sexo ou gênero.

2. Carismática

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Pessoas com autoridade carismática tendem a construir a sua rede de influência a partir do zero, com base apenas em suas habilidades sociais.

A segunda divisão que Weber propõe é a da autoridade carismática. Ao contrário do caso anterior, a legitimidade dessa autoridade não se baseia em tradições, mas no carisma do líder que assume o papel de poder. O termo carisma tem sido historicamente associado a um dom divino, sobrenatural ou excepcional. É por isso que pessoas carismáticas são elevadas a líderes.

Não deixe de ler: A importância do entusiasmo na vida

A autoridade carismática tende a colidir dialeticamente tanto com a autoridade tradicional quanto com a autoridade racional-legal, de modo que ela possui certas características revolucionárias (no sentido de ser desafiadora). Em tempos de crise ou conflito, muitas vezes surgem líderes desse tipo, que também podem incorporar ideias radicais ou inovadoras.

Um exemplo dessa autoridade pode ser encontrada nos novos movimentos religiosos e no aparecimento de supostos profetas que conseguem reunir em torno de si uma comunidade de seguidores. Obviamente esse tipo de autoridade pode levar ao culto de personalidade ou ao totalitarismo. A democracia, ou melhor, seus representantes, são outro bom exemplo.

3. Racional-legal

A última divisão sugerida por Weber é a da autoridade racional-legal. Ela também é conhecida como burocrática, e se baseia em uma norma jurídica (a tradicional e a carismática não atendem a esse critério). A melhor maneira de entender esse tipo de autoridade é por meio dos Estados modernos.

Um estado é uma entidade política organizada em torno de leis. O monopólio da força exercida na relação dialética com outras entidades políticas é realizado graças ao seu poder. Por sua vez, isso se manifesta através dos diferentes sistemas de organização política (democracia, monarquia e outros).

A legitimidade do titular do poder, neste caso, está fundamentada em um aparato jurídico. Os membros dessa sociedade, para seguir o exemplo dos Estados modernos, legitimaram essa autoridade quando, de uma forma ou de outra, aprovaram o seu poder.

4. Da elite

Deixando de lado a classificação de tipos de autoridade de Max Weber, encontramos a autoridade da elite. É aquela exercida por um grupo privilegiado da sociedade devido à sua riqueza, influências ou, em alguns casos, ao seu conhecimento.

A autoridade da elite é algo que vivenciamos em primeira mão atualmente. Os líderes de grandes empresas de tecnologia, mídia social, organizações internacionais e outros exemplificam a autoridade da elite. A legitimidade deles não se baseia na lei, no carisma ou na tradição; ela existe pelo status que eles alcançaram como um grupo privilegiado.

5. Com base na força

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Aquele que assume o poder abruptamente e não leva em consideração o bem-estar das pessoas sobre as quais exerce influência, pode se enquadrar no perfil de autoridade pela força.

A autoridade baseada na força também é conhecida como autoridade ilegítima, ou pelo menos em relação àqueles a quem ela é imposta. Ela pode ser legitimada a partir do ponto de vista legal (o uso da força em dissidentes pode ser endossado, como nas ditaduras), mas ela é ilegítima se considerarmos o grau de pressão e coerção com que ela é imposta.

Obviamente esse tipo de autoridade também pode ser considerada tradicional em certas sociedades ou em certos momentos históricos. No entanto, essa não é uma manifestação do passado, já que dezenas de Estados modernos baseiam sua autoridade no uso da força, repressão, medo e superioridade de poder.

6. Religiosa

Finalmente, não podemos aludir aos tipos de autoridade sem mencionar a autoridade religiosa. É verdade que podemos considerá-la um subtipo da tradicional, mas ela é tão bem definida que por si só pode ser agrupada de forma autônoma.

A autoridade do grupo no poder é feita por meio de atos de fé ou crenças espirituais. Todos os sistemas de organização de crenças têm esse tipo de autoridade, que é legitimada por todos os fiéis que se reúnem ao seu redor. O nível de autoridade aumenta à medida em que nos aproximamos das posições mais altas, como acontece com outros tipos.

Como você pode ver, quando falamos sobre autoridade é muito importante definir a que tipo estamos nos referindo. Cada uma possui características próprias, além de particularidades específicas que permitem um melhor entendimento.

Definir o que é autoridade não é uma tarefa fácil. Do ponto de vista prático e de forma muito simples, podemos dizer que autoridade é um poder que tem certa aprovação social de um grupo em relação a outro. Esse assunto se torna muito mais complicado quando tentamos abordar os tipos de autoridade.

A definição mais conhecida é a que Max Weber apresentou em seu ensaio A Política como vocação (1919). Nesta obra o autor alemão distinguiu três tipos de autoridade. No entanto, existem centenas de contribuições a respeito dessas ideias, a maioria delas a partir das teorias política, econômica e sociológica. Hoje sintetizamos 6 tipos entre os mais importantes.

Quantos tipos de autoridade existem?

Só é possível entender a autoridade a partir de um ponto de vista dialético. Ou seja, como o confronto de grupos de poder (um maior ou ativo e um menor ou submisso). Ela sempre está associada ao poder, embora os especialistas alertem para a diferenciação entre poder, autoridade e legitimidade.

A autoridade deve contar com aprovação social para existir (mesmo que isso aconteça por imposição, violência ou força). Ela se manifesta em quase todos os aspectos da vida social: na família, poder do Estado, religiões, empresas e assim por diante. Vejamos 6 tipos de autoridade que podem servir como guia na hora de refletir sobre essa ideia.

1. Tradicional

A autoridade tradicional é um dos tipos que Weber abordou na obra acima citada. Ela é caracterizada pelo fato de a autoridade (ou seja, legitimidade, liderança, poder e outros conceitos associados) ser baseada em valores ou costumes tradicionais.

Leia também: Dicas para ter um dia cheio de motivação e alegria

Ela surge através dos costumes de centenas ou mesmo milhares de anos atrás. Seguindo as ideias de Weber, ela existe porque sempre foi assim. Um exemplo de autoridade tradicional é a monarquia. O monarca que exerce autoridade faz isso com base em tradições, costumes e valores que o precedem. Seu poder não é questionado porque sempre foi assim.

Outros exemplos que podemos citar são o patriarcado (em seu sentido histórico), a autoridade militar, chefes tribais e assim por diante. A autoridade tradicional geralmente é baseada no sexo ou gênero.

2. Carismática

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Pessoas com autoridade carismática tendem a construir a sua rede de influência a partir do zero, com base apenas em suas habilidades sociais.

A segunda divisão que Weber propõe é a da autoridade carismática. Ao contrário do caso anterior, a legitimidade dessa autoridade não se baseia em tradições, mas no carisma do líder que assume o papel de poder. O termo carisma tem sido historicamente associado a um dom divino, sobrenatural ou excepcional. É por isso que pessoas carismáticas são elevadas a líderes.

Não deixe de ler: A importância do entusiasmo na vida

A autoridade carismática tende a colidir dialeticamente tanto com a autoridade tradicional quanto com a autoridade racional-legal, de modo que ela possui certas características revolucionárias (no sentido de ser desafiadora). Em tempos de crise ou conflito, muitas vezes surgem líderes desse tipo, que também podem incorporar ideias radicais ou inovadoras.

Um exemplo dessa autoridade pode ser encontrada nos novos movimentos religiosos e no aparecimento de supostos profetas que conseguem reunir em torno de si uma comunidade de seguidores. Obviamente esse tipo de autoridade pode levar ao culto de personalidade ou ao totalitarismo. A democracia, ou melhor, seus representantes, são outro bom exemplo.

3. Racional-legal

A última divisão sugerida por Weber é a da autoridade racional-legal. Ela também é conhecida como burocrática, e se baseia em uma norma jurídica (a tradicional e a carismática não atendem a esse critério). A melhor maneira de entender esse tipo de autoridade é por meio dos Estados modernos.

Um estado é uma entidade política organizada em torno de leis. O monopólio da força exercida na relação dialética com outras entidades políticas é realizado graças ao seu poder. Por sua vez, isso se manifesta através dos diferentes sistemas de organização política (democracia, monarquia e outros).

A legitimidade do titular do poder, neste caso, está fundamentada em um aparato jurídico. Os membros dessa sociedade, para seguir o exemplo dos Estados modernos, legitimaram essa autoridade quando, de uma forma ou de outra, aprovaram o seu poder.

4. Da elite

Deixando de lado a classificação de tipos de autoridade de Max Weber, encontramos a autoridade da elite. É aquela exercida por um grupo privilegiado da sociedade devido à sua riqueza, influências ou, em alguns casos, ao seu conhecimento.

A autoridade da elite é algo que vivenciamos em primeira mão atualmente. Os líderes de grandes empresas de tecnologia, mídia social, organizações internacionais e outros exemplificam a autoridade da elite. A legitimidade deles não se baseia na lei, no carisma ou na tradição; ela existe pelo status que eles alcançaram como um grupo privilegiado.

5. Com base na força

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Aquele que assume o poder abruptamente e não leva em consideração o bem-estar das pessoas sobre as quais exerce influência, pode se enquadrar no perfil de autoridade pela força.

A autoridade baseada na força também é conhecida como autoridade ilegítima, ou pelo menos em relação àqueles a quem ela é imposta. Ela pode ser legitimada a partir do ponto de vista legal (o uso da força em dissidentes pode ser endossado, como nas ditaduras), mas ela é ilegítima se considerarmos o grau de pressão e coerção com que ela é imposta.

Obviamente esse tipo de autoridade também pode ser considerada tradicional em certas sociedades ou em certos momentos históricos. No entanto, essa não é uma manifestação do passado, já que dezenas de Estados modernos baseiam sua autoridade no uso da força, repressão, medo e superioridade de poder.

6. Religiosa

Finalmente, não podemos aludir aos tipos de autoridade sem mencionar a autoridade religiosa. É verdade que podemos considerá-la um subtipo da tradicional, mas ela é tão bem definida que por si só pode ser agrupada de forma autônoma.

A autoridade do grupo no poder é feita por meio de atos de fé ou crenças espirituais. Todos os sistemas de organização de crenças têm esse tipo de autoridade, que é legitimada por todos os fiéis que se reúnem ao seu redor. O nível de autoridade aumenta à medida em que nos aproximamos das posições mais altas, como acontece com outros tipos.

Como você pode ver, quando falamos sobre autoridade é muito importante definir a que tipo estamos nos referindo. Cada uma possui características próprias, além de particularidades específicas que permitem um melhor entendimento.


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  • Uphoff, N. (1989). Distinguishing power, authority & legitimacy: Taking Max Weber at his word by using resources-exchange analysis. Polity. 1989; 22(2): 295-322.

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