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Qual é a diferença entre sexo e gênero?

5 minutos
Sexo e gênero não são termos sinônimos. A seguir, explicaremos os motivos. Não deixe de conferir!
Qual é a diferença entre sexo e gênero?
Última atualização: 09 agosto, 2022

Para a grande maioria dos sete bilhões de pessoas na Terra, existe um paralelo entre sexo e gênero. Inclusive, muitos usam ambos os termos como sinônimos. Pensar que existem apenas dois sexos (masculino e feminino) e que estes correspondem a dois gêneros (homem e mulher) é simplista. Esta questão é mais complexa devido à diferença entre sexo e gênero.

Para quem defende a distinção entre sexo e gênero, os rótulos atribuídos são insuficientes e, em todo caso, inalcançáveis. É provável que você associe essa terminologia ao movimento LGTB+, embora, como veremos nas linhas a seguir, ela esteja presente há mais tempo. Prepare-se para refletir sobre isso.

Quando surgiu a diferença entre sexo e gênero?

Embora possamos encontrar alusões e referências anteriores, as obras de John Money e seus colegas (em 1955 e 1957) expuseram pela primeira vez, com argumentos sólidos, o debate entre sexo e gênero. Podemos considerar suas ideias como as precursoras de que sexo e gênero apontam em direções diferentes.

Mais tarde, em 1979, a psicóloga feminista Rhoda Unger reformulou o problema, assumindo que o gênero deveria ser interpretado a partir de um prisma cultural, enquanto o sexo a partir de critérios biológicos. Desde então, sexo e gênero têm sido considerados, por alguns psicólogos e ativistas, como dois termos com características distintas.

Apesar de tudo, não há unanimidade no uso de rótulos. Muitos especialistas usam sexo e gênero como sinônimos, enquanto outros simplesmente não endossam uma distinção. A questão foi trazida à tona por meio do despertar geracional.

Nesse sentido, vimos que termos como identidade de gênero, expressão de gênero, identidade sexual e expressão sexual surgiram. Todos estes bebem das fontes que já expusemos, por isso não hesitamos em salientar que o debate não é um assunto recente.

Não deixe de ler: Por que incorporar a perspectiva de gênero na saúde?

O que é o sexo?

Com as reflexões anteriores como preâmbulo, podemos agora prosseguir para explicar a diferença entre sexo e gênero.

Em termos gerais, entende-se por sexo os aspectos biológicos de um indivíduo determinados pela sua anatomia, seus hormônios, seus genes e seus cromossomos. O sexo é atribuído no nascimento pela equipe médica com base nessas características.

É neste ponto que o conceito de binarismo sexual entra em jogo. Ou seja, os rótulos de homem e mulher. Para a maioria das pessoas, sua anatomia, seus hormônios, seus genes e seus cromossomos permitem que sejam classificados como masculinos ou femininos. No entanto, há algumas exceções.

O rótulo de intersexo se refere a pessoas que não podem ser classificadas de acordo com os padrões de homens e mulheres. Isso porque eles possuem características biológicas de ambos os sexos. Estima-se que o percentual de pessoas intersexuais varie entre 0,018% e 1,7%.

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O sexo é baseado em características biológicas que geralmente são determinadas externamente no nascimento.

O que é o gênero?

Ao contrário do que acontece com o sexo, os critérios biológicos não são usados para definir o gênero. Em vez disso, são usados argumentos sociais ou psicológicos para regular o comportamento, os atributos, o papel e as atividades das pessoas.

Embora certos grupos rejeitem seu uso, a verdade é que os rótulos também são usados para categorizar os critérios inerentes ao gênero. Estes são classificados sob o nome de identidade de gênero e não há consenso sobre quantos são ou como devem ser classificados.

A distinção mais óbvia é encontrada em paralelo com o sexo. Ou seja, homem e mulher. No entanto, existe um amplo panorama cultural ou psicológico que impede algumas pessoas de serem classificadas nesses padrões.

Algumas das identidades de gênero mais comuns são as seguintes:

  • Transgênero
  • Bigênero
  • Gênero fluido.
  • Não binário.
  • Poligênero.
  • Queer.

Essas identidades se manifestam por meio do que é conhecido como expressão de gênero. Este termo se refere às atitudes, comportamentos e ações materiais que são expressos na sociedade. A identidade de gênero nem sempre corresponde à expressão de gênero.

É importante notar que nem o sexo nem o gênero estão diretamente relacionados à orientação sexual, ou seja, a preferências emocionais, românticas ou sexuais em relação a outras pessoas. As orientações sexuais são, entre outras, heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade.

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Gênero é um conceito um pouco mais complexo do que sexo, e não há um acordo social unânime em relação a vários de seus pontos.

Leia também: O que é a demissexualidade?

Por que a diferença entre sexo e gênero é importante?

Como apontamos no início, a sociedade se constrói a partir de dois gêneros e dois sexos. Embora algum progresso tenha sido feito no Ocidente a esse respeito, tanto do ponto de vista social quanto jurídico, na realidade a compreensão da diferença entre sexo e gênero não foi totalmente assimilada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o gênero é um catalisador para as iniquidades sociais. Estas podem ser tão ou até mais pronunciadas do que aqueles produzidas por etnia, religião, localização geográfica, idade e orientação sexual. Tudo isso se traduz em desigualdade e alterações comportamentais ou psicológicas.

Por exemplo, uma pessoa pode ser forçada a ocultar sua identidade de gênero quando ela não corresponde ao seu sexo. Ela o fará, entre outras coisas, para evitar o estigma social, para conseguir um emprego, para se adaptar às regras da família ou para não ir contra a sua religião. Como esperado, isso levará à depressão e, em casos mais graves, ao suicídio.

Atos discriminatórios na percepção de gênero violam os direitos humanos, a tal ponto de alguns episódios terminarem em violência. Em suma, saber a diferença entre sexo e gênero é importante para combater a discriminação e a desigualdade.

Para a grande maioria dos sete bilhões de pessoas na Terra, existe um paralelo entre sexo e gênero. Inclusive, muitos usam ambos os termos como sinônimos. Pensar que existem apenas dois sexos (masculino e feminino) e que estes correspondem a dois gêneros (homem e mulher) é simplista. Esta questão é mais complexa devido à diferença entre sexo e gênero.

Para quem defende a distinção entre sexo e gênero, os rótulos atribuídos são insuficientes e, em todo caso, inalcançáveis. É provável que você associe essa terminologia ao movimento LGTB+, embora, como veremos nas linhas a seguir, ela esteja presente há mais tempo. Prepare-se para refletir sobre isso.

Quando surgiu a diferença entre sexo e gênero?

Embora possamos encontrar alusões e referências anteriores, as obras de John Money e seus colegas (em 1955 e 1957) expuseram pela primeira vez, com argumentos sólidos, o debate entre sexo e gênero. Podemos considerar suas ideias como as precursoras de que sexo e gênero apontam em direções diferentes.

Mais tarde, em 1979, a psicóloga feminista Rhoda Unger reformulou o problema, assumindo que o gênero deveria ser interpretado a partir de um prisma cultural, enquanto o sexo a partir de critérios biológicos. Desde então, sexo e gênero têm sido considerados, por alguns psicólogos e ativistas, como dois termos com características distintas.

Apesar de tudo, não há unanimidade no uso de rótulos. Muitos especialistas usam sexo e gênero como sinônimos, enquanto outros simplesmente não endossam uma distinção. A questão foi trazida à tona por meio do despertar geracional.

Nesse sentido, vimos que termos como identidade de gênero, expressão de gênero, identidade sexual e expressão sexual surgiram. Todos estes bebem das fontes que já expusemos, por isso não hesitamos em salientar que o debate não é um assunto recente.

Não deixe de ler: Por que incorporar a perspectiva de gênero na saúde?

O que é o sexo?

Com as reflexões anteriores como preâmbulo, podemos agora prosseguir para explicar a diferença entre sexo e gênero.

Em termos gerais, entende-se por sexo os aspectos biológicos de um indivíduo determinados pela sua anatomia, seus hormônios, seus genes e seus cromossomos. O sexo é atribuído no nascimento pela equipe médica com base nessas características.

É neste ponto que o conceito de binarismo sexual entra em jogo. Ou seja, os rótulos de homem e mulher. Para a maioria das pessoas, sua anatomia, seus hormônios, seus genes e seus cromossomos permitem que sejam classificados como masculinos ou femininos. No entanto, há algumas exceções.

O rótulo de intersexo se refere a pessoas que não podem ser classificadas de acordo com os padrões de homens e mulheres. Isso porque eles possuem características biológicas de ambos os sexos. Estima-se que o percentual de pessoas intersexuais varie entre 0,018% e 1,7%.

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O sexo é baseado em características biológicas que geralmente são determinadas externamente no nascimento.

O que é o gênero?

Ao contrário do que acontece com o sexo, os critérios biológicos não são usados para definir o gênero. Em vez disso, são usados argumentos sociais ou psicológicos para regular o comportamento, os atributos, o papel e as atividades das pessoas.

Embora certos grupos rejeitem seu uso, a verdade é que os rótulos também são usados para categorizar os critérios inerentes ao gênero. Estes são classificados sob o nome de identidade de gênero e não há consenso sobre quantos são ou como devem ser classificados.

A distinção mais óbvia é encontrada em paralelo com o sexo. Ou seja, homem e mulher. No entanto, existe um amplo panorama cultural ou psicológico que impede algumas pessoas de serem classificadas nesses padrões.

Algumas das identidades de gênero mais comuns são as seguintes:

  • Transgênero
  • Bigênero
  • Gênero fluido.
  • Não binário.
  • Poligênero.
  • Queer.

Essas identidades se manifestam por meio do que é conhecido como expressão de gênero. Este termo se refere às atitudes, comportamentos e ações materiais que são expressos na sociedade. A identidade de gênero nem sempre corresponde à expressão de gênero.

É importante notar que nem o sexo nem o gênero estão diretamente relacionados à orientação sexual, ou seja, a preferências emocionais, românticas ou sexuais em relação a outras pessoas. As orientações sexuais são, entre outras, heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade.

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Gênero é um conceito um pouco mais complexo do que sexo, e não há um acordo social unânime em relação a vários de seus pontos.

Leia também: O que é a demissexualidade?

Por que a diferença entre sexo e gênero é importante?

Como apontamos no início, a sociedade se constrói a partir de dois gêneros e dois sexos. Embora algum progresso tenha sido feito no Ocidente a esse respeito, tanto do ponto de vista social quanto jurídico, na realidade a compreensão da diferença entre sexo e gênero não foi totalmente assimilada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o gênero é um catalisador para as iniquidades sociais. Estas podem ser tão ou até mais pronunciadas do que aqueles produzidas por etnia, religião, localização geográfica, idade e orientação sexual. Tudo isso se traduz em desigualdade e alterações comportamentais ou psicológicas.

Por exemplo, uma pessoa pode ser forçada a ocultar sua identidade de gênero quando ela não corresponde ao seu sexo. Ela o fará, entre outras coisas, para evitar o estigma social, para conseguir um emprego, para se adaptar às regras da família ou para não ir contra a sua religião. Como esperado, isso levará à depressão e, em casos mais graves, ao suicídio.

Atos discriminatórios na percepção de gênero violam os direitos humanos, a tal ponto de alguns episódios terminarem em violência. Em suma, saber a diferença entre sexo e gênero é importante para combater a discriminação e a desigualdade.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • MONEY J, HAMPSON JG, HAMPSON JL. An examination of some basic sexual concepts: the evidence of human hermaphroditism. Bull Johns Hopkins Hosp. 1955 Oct;97(4):301-19.
  • MONEY J, HAMPSON JG, HAMPSON JL. Imprinting and the establishment of gender role. AMA Arch Neurol Psychiatry. 1957 Mar;77(3):333-6.
  • Sax L. How common is intersex? a response to Anne Fausto-Sterling. J Sex Res. 2002 Aug;39(3):174-8.
  • Unger, R. K. Toward a redefinition of sex and gender. American Psychologist. 1979; 34(11): 1085.

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