Como a urticária crônica afeta a qualidade de vida?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A urticária crônica é uma condição mais comum do que costumamos imaginar. No mundo, estima-se que 1% da população a tenha, sem variações significativas entre diferentes regiões. As mais afetadas são as mulheres entre trinta e cinquenta anos.
A urticária é caracterizada pelo aparecimento de vergões avermelhados na pele, acompanhados por uma coceira intensa. Esses vergões são de tamanhos diferentes e podem ir e vir repentinamente, como se estivessem mudando de lugar.
A urticária comum se transforma em urticária crônica ao longo do tempo. Clinicamente, para diagnosticá-la, o paciente deve ter sofrido por mais de seis semanas em um único ano, mesmo considerando os períodos intermediários sem lesões visíveis.
A alteração que a urticária crônica provoca em pessoas com essa patologia é facilmente reconhecível. A alteração da qualidade de vida é lógica, visto o desconforto que causa. A coceira constante interrompe o sono da pessoa e toda a rotina de atividades diárias.
A origem dessa patologia é desconhecida, mas entende-se que o tratamento tem a ver com o controle da reação alérgica do corpo. Para isso, geralmente são indicados anti-histamínicos e medidas higiênico-dietéticas.
Sintomas da urticária crônica
O sintoma característico da doença são os vergões avermelhados na pele, sem predileção especial por qualquer parte específica do corpo. Por outro lado, a mudança nos locais de aparição e nos diferentes tamanhos dos vergões é constante.
No entanto, como nem todos os vergões que aparecem no corpo são causados pela urticária crônica, esta é a lista dos sintomas considerados para o diagnóstico clínico:
- Vergões vermelhos em qualquer parte do corpo.
- Aparência variável de vergões com formato diferente, em um padrão de aparição e desaparecimento.
- Inchaço em alguma área da pele, juntamente com o aparecimento do vergão.
- Relação da aparição dos vergões com um gatilho, como situações de estresse ou exposição ao calor.
- Prurido intenso: coceira.
A urticária crônica e a qualidade de vida
Mais da metade dos pacientes que sofrem de urticária crônica têm a sua vida social afetada e a sua participação em eventos e reuniões com familiares e amigos reduzida. Além disso, mais da metade deles sentem que a sua vida sexual é afetada devido à questão estética.
Além dos resultados negativos vistos nesses aspectos, o local de trabalho também faz parte do problema. 25% dos pacientes faltam ao trabalho quase uma vez por mês. Inclusive, foi encontrada uma associação entre um maior comprometimento da qualidade de vida e uma menor renda.
O papel desempenhado pelo círculo social dos pacientes com urticária crônica é muito importante. Eles devem conhecer a patologia e as suas manifestações para evitar gestos de rejeição que podem minar a autoestima do paciente. Quando o desprezo pessoal aumenta, há menos chance de adesão aos tratamentos clínicos.
Situações estressantes podem piorar a urticária crônica. Até mesmo um pequeno efeito, como o aumento da ansiedade devido à coceira, é uma das causas das complicações, pois pode levar a uma lesão dérmica que, mais tarde, pode infeccionar.
O efeito da urticária na vida cotidiana é tão intenso que parte da avaliação médica, de acordo com os protocolos mundiais sobre o assunto, consiste em aplicar instrumentos de medição da qualidade de vida para conhecer em profundidade o estado do paciente.
Tratamento farmacológico
Uma das bases do tratamento da urticária crônica é a prescrição de medicamentos para a alergia. Entre eles, os mais utilizados são os anti-histamínicos. Aqui temos dois grupos e opções: aqueles que provocam sonolência e aqueles que não provocam.
Entre os anti–histamínicos que provocam sonolência, podemos citar:
- Hidroxizina.
- Doxepina.
- Difenidramina.
Entre aqueles com menos efeitos colaterais, talvez o mais conhecido seja a loratadina, localizada no mesmo grupo da fexofenadina e da cetirizina.
Se as lesões cutâneas envolverem uma inflamação contundente, os corticosteroides podem ser prescritos como anti-inflamatórios. São medicamentos de uso reduzido e pontual no tempo devido aos seus efeitos colaterais. O mais indicado costuma ser a prednisona.
Tratamento não farmacológico
Além da medicação, medidas higiênico-dietéticas são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com urticária crônica. Serão essas medidas que vão conter os sintomas a longo prazo.
Entre as indicações não farmacológicas, podemos citar como as mais importantes:
- Evitar sabonetes que não sejam neutros e podem irritar ainda mais a pele.
- Usar cremes hidratantes para manter a hidratação dérmica.
- Evitar roupas apertadas, dando prioridade às roupas mais soltinhas, evitando a fricção com a pele.
- Aplicar protetor solar quando estiver ao ar livre, mesmo em dias pouco ensolarados.
- Se houver gatilhos conhecidos, evite-os.
Todas essas medidas combinadas, embora não curem a doença, ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente, permitindo-lhe realizar e concluir as atividades da vida cotidiana da melhor maneira possível. É importante que a doença não se torne incapacitante ou um motivo para se afastar dos relacionamentos pessoais.
A urticária crônica é uma condição mais comum do que costumamos imaginar. No mundo, estima-se que 1% da população a tenha, sem variações significativas entre diferentes regiões. As mais afetadas são as mulheres entre trinta e cinquenta anos.
A urticária é caracterizada pelo aparecimento de vergões avermelhados na pele, acompanhados por uma coceira intensa. Esses vergões são de tamanhos diferentes e podem ir e vir repentinamente, como se estivessem mudando de lugar.
A urticária comum se transforma em urticária crônica ao longo do tempo. Clinicamente, para diagnosticá-la, o paciente deve ter sofrido por mais de seis semanas em um único ano, mesmo considerando os períodos intermediários sem lesões visíveis.
A alteração que a urticária crônica provoca em pessoas com essa patologia é facilmente reconhecível. A alteração da qualidade de vida é lógica, visto o desconforto que causa. A coceira constante interrompe o sono da pessoa e toda a rotina de atividades diárias.
A origem dessa patologia é desconhecida, mas entende-se que o tratamento tem a ver com o controle da reação alérgica do corpo. Para isso, geralmente são indicados anti-histamínicos e medidas higiênico-dietéticas.
Sintomas da urticária crônica
O sintoma característico da doença são os vergões avermelhados na pele, sem predileção especial por qualquer parte específica do corpo. Por outro lado, a mudança nos locais de aparição e nos diferentes tamanhos dos vergões é constante.
No entanto, como nem todos os vergões que aparecem no corpo são causados pela urticária crônica, esta é a lista dos sintomas considerados para o diagnóstico clínico:
- Vergões vermelhos em qualquer parte do corpo.
- Aparência variável de vergões com formato diferente, em um padrão de aparição e desaparecimento.
- Inchaço em alguma área da pele, juntamente com o aparecimento do vergão.
- Relação da aparição dos vergões com um gatilho, como situações de estresse ou exposição ao calor.
- Prurido intenso: coceira.
A urticária crônica e a qualidade de vida
Mais da metade dos pacientes que sofrem de urticária crônica têm a sua vida social afetada e a sua participação em eventos e reuniões com familiares e amigos reduzida. Além disso, mais da metade deles sentem que a sua vida sexual é afetada devido à questão estética.
Além dos resultados negativos vistos nesses aspectos, o local de trabalho também faz parte do problema. 25% dos pacientes faltam ao trabalho quase uma vez por mês. Inclusive, foi encontrada uma associação entre um maior comprometimento da qualidade de vida e uma menor renda.
O papel desempenhado pelo círculo social dos pacientes com urticária crônica é muito importante. Eles devem conhecer a patologia e as suas manifestações para evitar gestos de rejeição que podem minar a autoestima do paciente. Quando o desprezo pessoal aumenta, há menos chance de adesão aos tratamentos clínicos.
Situações estressantes podem piorar a urticária crônica. Até mesmo um pequeno efeito, como o aumento da ansiedade devido à coceira, é uma das causas das complicações, pois pode levar a uma lesão dérmica que, mais tarde, pode infeccionar.
O efeito da urticária na vida cotidiana é tão intenso que parte da avaliação médica, de acordo com os protocolos mundiais sobre o assunto, consiste em aplicar instrumentos de medição da qualidade de vida para conhecer em profundidade o estado do paciente.
Tratamento farmacológico
Uma das bases do tratamento da urticária crônica é a prescrição de medicamentos para a alergia. Entre eles, os mais utilizados são os anti-histamínicos. Aqui temos dois grupos e opções: aqueles que provocam sonolência e aqueles que não provocam.
Entre os anti–histamínicos que provocam sonolência, podemos citar:
- Hidroxizina.
- Doxepina.
- Difenidramina.
Entre aqueles com menos efeitos colaterais, talvez o mais conhecido seja a loratadina, localizada no mesmo grupo da fexofenadina e da cetirizina.
Se as lesões cutâneas envolverem uma inflamação contundente, os corticosteroides podem ser prescritos como anti-inflamatórios. São medicamentos de uso reduzido e pontual no tempo devido aos seus efeitos colaterais. O mais indicado costuma ser a prednisona.
Tratamento não farmacológico
Além da medicação, medidas higiênico-dietéticas são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com urticária crônica. Serão essas medidas que vão conter os sintomas a longo prazo.
Entre as indicações não farmacológicas, podemos citar como as mais importantes:
- Evitar sabonetes que não sejam neutros e podem irritar ainda mais a pele.
- Usar cremes hidratantes para manter a hidratação dérmica.
- Evitar roupas apertadas, dando prioridade às roupas mais soltinhas, evitando a fricção com a pele.
- Aplicar protetor solar quando estiver ao ar livre, mesmo em dias pouco ensolarados.
- Se houver gatilhos conhecidos, evite-os.
Todas essas medidas combinadas, embora não curem a doença, ajudarão a melhorar a qualidade de vida do paciente, permitindo-lhe realizar e concluir as atividades da vida cotidiana da melhor maneira possível. É importante que a doença não se torne incapacitante ou um motivo para se afastar dos relacionamentos pessoais.
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