Tipos de cartilagem: características e localização
Revisado e aprovado por a enfermeira Leidy Mora Molina
De acordo com diferentes características —em relação à sua composição— considera-se que existem três tipos de cartilagem; hialina, elástica e fibrosa. Elas têm algumas coisas em comum, como o fato de serem uma forma especial de tecido conjuntivo.
Além disso, são firmes, flexíveis e estão distribuídas em várias partes do corpo; ossos, passando pelo nariz, orelhas, traqueia, entre outras. Suas funções são variadas; por exemplo, nas articulações ajudam a evitar o atrito entre as peças ósseas e a resistir aos impactos. Você quer saber mais sobre isso?
O que são cartilagens?
No corpo existem diferentes tipos de tecidos. Um deles é o chamado “tecido conjuntivo”, que cumpre funções relevantes como dar estrutura, sustentação e proteção a outros tecidos e órgãos; além de armazenar e auxiliar no transporte de diversas substâncias.
Por sua vez, dentro dos conectivos estão o sangue, linfa, tecido adiposo, cartilagem e ossos. Os dois últimos constituem o sistema osteoarticular; e embora estejam relacionados e tenham funções semelhantes, também diferem em várias delas.
É interessante notar que, no feto, a maioria dos ossos grandes se forma primeiro como cartilagem. Elas são então substituídas, através de um processo conhecido como ossificação endocondral.
A cartilagem é frequentemente encontrada nas articulações, embora não exclusivamente, pois também é encontrada nas orelhas, nariz, traqueia e outras áreas do corpo.
Esse tecido conjuntivo especializado é constituído, em sua maior parte, por matriz extracelular (95%). É composto de vários tipos de colágeno, bem como ácido hialurônico. Em menor grau, diferentes células são encontradas, como as seguintes:
- Fibrócitos.
- Fibroblastos.
- Condroblastos.
- Condrócitos.
Estas últimas têm a função de realizar a síntese das fibras colágenas. Por fim, existem os proteoglicanos, moléculas da matriz extracelular que contêm proteínas e polissacarídeos, e são responsáveis pela compressibilidade da cartilagem.
Características do tecido cartilaginoso
A cartilagem apresenta algumas características próprias que permitem diferenciá-la de outros tecidos conjuntivos. Entre esses, temos os seguintes:
- Dentro dela, existem espaços chamados condroblastos ou lacunas, onde estão localizados os condrócitos.
- Os condrócitos são células maduras e os condroblastos são imaturos.
- A cartilagem não tem terminações nervosas ou vasos sanguíneos.
- Portanto, geralmente não têm cor ou sensibilidade.
- Suas células são nutridas por meio de um processo de difusão passiva, através da matriz.
Funções da cartilagem
Em primeiro lugar, a cartilagem está localizada nas superfícies articulares dos ossos e entre eles, ou seja, nas articulações. Dessa forma, permite a mobilidade, ao mesmo tempo em que atua como amortecedor para resistir às forças exercidas sobre o corpo.
Com base nisso, o líquido sinovial é depositado na cartilagem, que atua como um lubrificante para reduzir o atrito nas articulações que permitem o movimento.
Por outro lado, pode estar entre dois ossos, sem ser uma articulação adequada. Por exemplo, no esterno e nas costelas. Nesse caso, atua mais como um meio de fixação.
Por fim, temos as cartilagens como as das orelhas e do septo nasal, que servem para dar forma a essas estruturas; assim como a da traqueia, que constitui um reforço da mesma.
Diferentes tipos de cartilagem
De acordo com suas características e funções, temos diferentes tipos de cartilagem; hialina, elástica e fibrosa. Vejamos cada um deles com mais detalhes.
1. Hialina
A hialina é considerada a mais abundante no organismo. Esse tipo de cartilagem está presente nas extremidades articulares dos ossos maiores e costelas, bem como no nariz, traqueia, laringe e até mesmo nos brônquios.
É constituída por poucas fibras e é recoberta por uma bainha de tecido conjuntivo; o pericôndrio. No entanto, não há pericôndrio na epífise ou na cabeça dos ossos longos.
Seus condrócitos são organizados em conjuntos, chamados grupos “isógenos” ou “isogênicos”. Como não possuem irrigação sanguínea, são nutridos pelo líquido sinovial.
A cartilagem hialina contém várias classes de colágeno, embora o tipo II predomine em sua matriz. Também possui proteoglicanos e outras proteínas não colágenas. Sua aparência é esbranquiçada, com áreas pigmentadas ao redor das lacunas, nas quais predominam os proteoglicanos.
2. Elástica
Como o próprio nome indica, caracteriza-se pela sua flexibilidade. Isso se deve à elastina e a certas fibras, bem como às folhas trançadas de material elástico. Também possui colágeno tipo II.
É encontrada em várias partes do corpo, como as seguintes:
- Epiglote.
- Laringe (cartilagem cuneiforme).
- Trompa de Eustáquio.
- Aurícula.
- Paredes do canal auditivo.
Como o tipo de cartilagem descrito anteriormente, não possui irrigação sanguínea e também possui um revestimento (pericôndrio). Porém, ao contrário do primeiro tipo, no elástico há maior número de grupos isogênicos e sua coloração é moderadamente amarelada.
3. Fibrosa
A fibrosa também é chamado de “fibrocartilagem”. Contém colágeno tipo I. Geralmente é avascular. No entanto, em algumas cartilagens desta classe há irrigação sanguínea.
Seus condrócitos estão dispostos em fileiras paralelas entre os feixes de colágeno. E as fibras na matriz são mais densas, portanto podem suportar forças de tração mais altas.
Por isso, funciona como um dispositivo de amortecimento e resistência contra a compressão. Assim, modera o alongamento e ajuda a evitar possíveis distensões.
Estruturalmente, é uma combinação dos outros dois tipos. No entanto, a cartilagem fibrosa não possui pericôndrio. Está presente em diferentes partes do corpo, como:
- Inserção dos tendões nos ossos.
- Meniscos dos joelhos.
- Discos das vértebras.
- Articulações esternoclaviculares e temporomandibulares.
- Complexo fibrocartilaginoso triangular do punho.
- Sínfise púbica.
Condições e doenças das cartilagens
Diferentes tipos de cartilagem podem ser afetados por lesões ou várias doenças que causam dor e inflamação, bem como deformidades e mobilidade limitada.
Nos esportes e na atividade física em geral (incluindo a dança), lesões que podem causar rupturas de ligamentos e outros danos articulares não são incomuns.
Da mesma forma, existem doenças como a osteoartrite, na qual ocorre uma degeneração do tecido flexível da articulação, a ponto de causar atrito entre os ossos.
Esses danos são geralmente uma consequência da degeneração da idade. No entanto, casos como a artrite podem ser causados por uma reação do sistema imunológico na qual o corpo ataca seus próprios tecidos.
Saúde da cartilagem
É possível prevenir algumas condições da cartilagem, embora não em todos os casos. Evitar movimentos bruscos e repetitivos é uma das medidas mais importantes, principalmente na hora de fazer exercícios ou esportes.
Por outro lado, existem alimentos que ajudam a cuidar dessas estruturas, como os ricos em vitamina C, colágeno e ômega 3. Alguns exemplos são ovos, peixes, laticínios e nozes.
Em última análise, devem ser tomadas precauções em relação a certos fatores de risco, como atividade física excessiva, obesidade, estresse ou má alimentação. Esses comprometem não só a saúde da cartilagem, mas das articulações em geral.
De acordo com diferentes características —em relação à sua composição— considera-se que existem três tipos de cartilagem; hialina, elástica e fibrosa. Elas têm algumas coisas em comum, como o fato de serem uma forma especial de tecido conjuntivo.
Além disso, são firmes, flexíveis e estão distribuídas em várias partes do corpo; ossos, passando pelo nariz, orelhas, traqueia, entre outras. Suas funções são variadas; por exemplo, nas articulações ajudam a evitar o atrito entre as peças ósseas e a resistir aos impactos. Você quer saber mais sobre isso?
O que são cartilagens?
No corpo existem diferentes tipos de tecidos. Um deles é o chamado “tecido conjuntivo”, que cumpre funções relevantes como dar estrutura, sustentação e proteção a outros tecidos e órgãos; além de armazenar e auxiliar no transporte de diversas substâncias.
Por sua vez, dentro dos conectivos estão o sangue, linfa, tecido adiposo, cartilagem e ossos. Os dois últimos constituem o sistema osteoarticular; e embora estejam relacionados e tenham funções semelhantes, também diferem em várias delas.
É interessante notar que, no feto, a maioria dos ossos grandes se forma primeiro como cartilagem. Elas são então substituídas, através de um processo conhecido como ossificação endocondral.
A cartilagem é frequentemente encontrada nas articulações, embora não exclusivamente, pois também é encontrada nas orelhas, nariz, traqueia e outras áreas do corpo.
Esse tecido conjuntivo especializado é constituído, em sua maior parte, por matriz extracelular (95%). É composto de vários tipos de colágeno, bem como ácido hialurônico. Em menor grau, diferentes células são encontradas, como as seguintes:
- Fibrócitos.
- Fibroblastos.
- Condroblastos.
- Condrócitos.
Estas últimas têm a função de realizar a síntese das fibras colágenas. Por fim, existem os proteoglicanos, moléculas da matriz extracelular que contêm proteínas e polissacarídeos, e são responsáveis pela compressibilidade da cartilagem.
Características do tecido cartilaginoso
A cartilagem apresenta algumas características próprias que permitem diferenciá-la de outros tecidos conjuntivos. Entre esses, temos os seguintes:
- Dentro dela, existem espaços chamados condroblastos ou lacunas, onde estão localizados os condrócitos.
- Os condrócitos são células maduras e os condroblastos são imaturos.
- A cartilagem não tem terminações nervosas ou vasos sanguíneos.
- Portanto, geralmente não têm cor ou sensibilidade.
- Suas células são nutridas por meio de um processo de difusão passiva, através da matriz.
Funções da cartilagem
Em primeiro lugar, a cartilagem está localizada nas superfícies articulares dos ossos e entre eles, ou seja, nas articulações. Dessa forma, permite a mobilidade, ao mesmo tempo em que atua como amortecedor para resistir às forças exercidas sobre o corpo.
Com base nisso, o líquido sinovial é depositado na cartilagem, que atua como um lubrificante para reduzir o atrito nas articulações que permitem o movimento.
Por outro lado, pode estar entre dois ossos, sem ser uma articulação adequada. Por exemplo, no esterno e nas costelas. Nesse caso, atua mais como um meio de fixação.
Por fim, temos as cartilagens como as das orelhas e do septo nasal, que servem para dar forma a essas estruturas; assim como a da traqueia, que constitui um reforço da mesma.
Diferentes tipos de cartilagem
De acordo com suas características e funções, temos diferentes tipos de cartilagem; hialina, elástica e fibrosa. Vejamos cada um deles com mais detalhes.
1. Hialina
A hialina é considerada a mais abundante no organismo. Esse tipo de cartilagem está presente nas extremidades articulares dos ossos maiores e costelas, bem como no nariz, traqueia, laringe e até mesmo nos brônquios.
É constituída por poucas fibras e é recoberta por uma bainha de tecido conjuntivo; o pericôndrio. No entanto, não há pericôndrio na epífise ou na cabeça dos ossos longos.
Seus condrócitos são organizados em conjuntos, chamados grupos “isógenos” ou “isogênicos”. Como não possuem irrigação sanguínea, são nutridos pelo líquido sinovial.
A cartilagem hialina contém várias classes de colágeno, embora o tipo II predomine em sua matriz. Também possui proteoglicanos e outras proteínas não colágenas. Sua aparência é esbranquiçada, com áreas pigmentadas ao redor das lacunas, nas quais predominam os proteoglicanos.
2. Elástica
Como o próprio nome indica, caracteriza-se pela sua flexibilidade. Isso se deve à elastina e a certas fibras, bem como às folhas trançadas de material elástico. Também possui colágeno tipo II.
É encontrada em várias partes do corpo, como as seguintes:
- Epiglote.
- Laringe (cartilagem cuneiforme).
- Trompa de Eustáquio.
- Aurícula.
- Paredes do canal auditivo.
Como o tipo de cartilagem descrito anteriormente, não possui irrigação sanguínea e também possui um revestimento (pericôndrio). Porém, ao contrário do primeiro tipo, no elástico há maior número de grupos isogênicos e sua coloração é moderadamente amarelada.
3. Fibrosa
A fibrosa também é chamado de “fibrocartilagem”. Contém colágeno tipo I. Geralmente é avascular. No entanto, em algumas cartilagens desta classe há irrigação sanguínea.
Seus condrócitos estão dispostos em fileiras paralelas entre os feixes de colágeno. E as fibras na matriz são mais densas, portanto podem suportar forças de tração mais altas.
Por isso, funciona como um dispositivo de amortecimento e resistência contra a compressão. Assim, modera o alongamento e ajuda a evitar possíveis distensões.
Estruturalmente, é uma combinação dos outros dois tipos. No entanto, a cartilagem fibrosa não possui pericôndrio. Está presente em diferentes partes do corpo, como:
- Inserção dos tendões nos ossos.
- Meniscos dos joelhos.
- Discos das vértebras.
- Articulações esternoclaviculares e temporomandibulares.
- Complexo fibrocartilaginoso triangular do punho.
- Sínfise púbica.
Condições e doenças das cartilagens
Diferentes tipos de cartilagem podem ser afetados por lesões ou várias doenças que causam dor e inflamação, bem como deformidades e mobilidade limitada.
Nos esportes e na atividade física em geral (incluindo a dança), lesões que podem causar rupturas de ligamentos e outros danos articulares não são incomuns.
Da mesma forma, existem doenças como a osteoartrite, na qual ocorre uma degeneração do tecido flexível da articulação, a ponto de causar atrito entre os ossos.
Esses danos são geralmente uma consequência da degeneração da idade. No entanto, casos como a artrite podem ser causados por uma reação do sistema imunológico na qual o corpo ataca seus próprios tecidos.
Saúde da cartilagem
É possível prevenir algumas condições da cartilagem, embora não em todos os casos. Evitar movimentos bruscos e repetitivos é uma das medidas mais importantes, principalmente na hora de fazer exercícios ou esportes.
Por outro lado, existem alimentos que ajudam a cuidar dessas estruturas, como os ricos em vitamina C, colágeno e ômega 3. Alguns exemplos são ovos, peixes, laticínios e nozes.
Em última análise, devem ser tomadas precauções em relação a certos fatores de risco, como atividade física excessiva, obesidade, estresse ou má alimentação. Esses comprometem não só a saúde da cartilagem, mas das articulações em geral.
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