Há suspiros que encerram mais amor que qualquer beijo
Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña
Dizem que os suspiros são as respostas que um dia ficaram no ar. E até que muitos deles encerram mais amor do que qualquer beijo.
No entanto… o que há de verdade nessas frases bucólicas?
É curioso como tanto o mundo das emoções como da literatura e até da psicologia popular construíram ao redor dos suspiros uma imagem marcadamente romântica.
Suspirar é algo mais do que um ato catártico em que podemos deixa ir o estresse armazenado. Ele nos permite aliviar aquela dor escondida, aquela lembrança que ainda dói em nós.
Porque, se nós suspiramos, isso se deve a uma razão muito específica: para não morrer.
Hoje, em nosso espaço, queremos explicar a você qual função os diferentes suspiros que fazem parte de nossa vida cotidiana têm.
Temos certeza de que será de grande utilidade.
Os suspiros fazem parte do ciclo da vida
Suspiramos sem nos darmos conta. É possível que você não perceba nenhum deles, mas ao final de uma hora, suspiramos até 12 vezes.
É, sem dúvida, algo incrível, já que durante essas 12 vezes seu cérebro salvou sua vida sem que você percebesse.
A seguir, explicaremos em detalhes.
Leia também: “Praticar a bondade, uma maneira maravilhosa de cuidar do seu cérebro”
Os botões de suspiros do nosso cérebro
Segundo um estudo publicado na revista Nature, nosso cérebro é quem decide que tipo de respiração precisamos em cada momento.
Mas dentro desse maravilhoso “computador central”, quem decide na verdade são dois grupos de neurônios.
As pessoas responsáveis pelo estudo decidiram chamar esse curioso grupo de neurônios de “botões de suspiros”.
Esse nome tão evocador responde, na verdade, a um mecanismo perfeito. Podemos descrevê-lo da seguinte forma:
- Há momentos em que nossos alvéolos se colapsam.
- Quando isso ocorre, a capacidade de nossos pulmões para trocar oxigênio por dióxido de carbono não pode ser utilizada de forma tão eficaz.
- Esses dois grupos de células nervosas, os chamados “botões de suspiros”, percebem imediatamente esse pequeno desajuste e “correm para ajudar”.
- São duas pequenas estruturas alojadas em nosso tronco cerebral.
- Em seguida, enviam comandos para o corpo suspirar a fim de abrir os alvéolos e permitir que entre o dobro do volume convencional de oxigênio do que numa respiração normal.
- Esse mecanismo é algo que realizamos de forma inconsciente, sem nos darmos conta.
- No entanto, e como assinalamos antes, fazemos isso umas 12 vezes a cada hora, reiniciando, assim, o ciclo da vida.
Os suspiros emocionais
Agora já sabemos que, efetivamente, suspiramos para não morrer. Esse ato biológico e essencial para nossa sobrevivência define e explica os suspiros involuntários.
Leia também: “Todas as vezes que pensei em deixar tudo”
Mas o ser humano se caracteriza também pelos chamados suspiros emocionais ou voluntários.
Podemos descrevê-los do seguinte modo:
- Um suspiro é uma catarse emocional diante de uma situação de estresse ou frustração.
- Muitos de nós deixamos escapar longos suspiros quando algo não vai muito bem. Quando queremos fazer, por exemplo, algum esforço manual ou mental e o resultado não é o esperado.
- Mesmo assim, os suspiros são “chaminés” por onde deixamos sair a dor e o desconsolo.
- É o ar que nos sobra pela pessoa que nos falta.
O seguinte dado é tão curioso quanto interessante: Karl Teigen é um célebre cientista da Universidade de Psicologia de Oslo (Noruega), especializado precisamente nos “suspiros emocionais”.
Segundo suas pesquisas, um suspiro nos ajuda também a ter empatia com alguém.
Quando escutamos algum amigo ou familiar suspirar, interpretamos esse gesto como uma emoção negativa. Como um sinal de que devemos dar apoio.
Tanto é assim que, segundo o Dr. Teigen, o suspiro emocional responde também a um instinto para criar vínculos com nosso grupo social.
Suspire fundo, relaxe!
Como já sabemos, nosso cérebro se encarrega por si mesmo de permitir a nossa sobrevivência. Disso se deduz, também, que o ser humano pode realizar vários tipos de respiração em função do momento e da necessidade.
Abordagens como o mindfulness ou a ioga nos ensinam diversos tipos de respirações voluntárias e controladas com objetivos muito específicos:
- Nos ajudar a estar mais presentes.
- Para combater o estresse e cuidar de nossa saúde.
- Para meditar e tomar consciência do nosso eu e de nossas necessidades.
Por nossa parte, recomendamos o seguinte: aprenda a suspirar. Porque em cada suspiro você deixa ir tensões, preocupações e, além do mais, você renova o “ciclo interno da vida”.
Tome nota do que deveríamos fazer uma vez ao dia durante 20 minutos:
- Buscar um lugar tranquilo onde descansar mentalmente.
- Sentar com as costas eretas.
- Levantar o peito e descansar nossas mãos sobre o colo.
- Inspirar profundamente pelo nariz, contando até quatro. Segure o ar por quatro segundos mais e, em seguida, dê um largo e sonoro suspiro que dure sete segundos.
Após começar a fazer esse exercício fácil diariamente, seu corpo e sua mente notarão os benefícios.
Dizem que os suspiros são as respostas que um dia ficaram no ar. E até que muitos deles encerram mais amor do que qualquer beijo.
No entanto… o que há de verdade nessas frases bucólicas?
É curioso como tanto o mundo das emoções como da literatura e até da psicologia popular construíram ao redor dos suspiros uma imagem marcadamente romântica.
Suspirar é algo mais do que um ato catártico em que podemos deixa ir o estresse armazenado. Ele nos permite aliviar aquela dor escondida, aquela lembrança que ainda dói em nós.
Porque, se nós suspiramos, isso se deve a uma razão muito específica: para não morrer.
Hoje, em nosso espaço, queremos explicar a você qual função os diferentes suspiros que fazem parte de nossa vida cotidiana têm.
Temos certeza de que será de grande utilidade.
Os suspiros fazem parte do ciclo da vida
Suspiramos sem nos darmos conta. É possível que você não perceba nenhum deles, mas ao final de uma hora, suspiramos até 12 vezes.
É, sem dúvida, algo incrível, já que durante essas 12 vezes seu cérebro salvou sua vida sem que você percebesse.
A seguir, explicaremos em detalhes.
Leia também: “Praticar a bondade, uma maneira maravilhosa de cuidar do seu cérebro”
Os botões de suspiros do nosso cérebro
Segundo um estudo publicado na revista Nature, nosso cérebro é quem decide que tipo de respiração precisamos em cada momento.
Mas dentro desse maravilhoso “computador central”, quem decide na verdade são dois grupos de neurônios.
As pessoas responsáveis pelo estudo decidiram chamar esse curioso grupo de neurônios de “botões de suspiros”.
Esse nome tão evocador responde, na verdade, a um mecanismo perfeito. Podemos descrevê-lo da seguinte forma:
- Há momentos em que nossos alvéolos se colapsam.
- Quando isso ocorre, a capacidade de nossos pulmões para trocar oxigênio por dióxido de carbono não pode ser utilizada de forma tão eficaz.
- Esses dois grupos de células nervosas, os chamados “botões de suspiros”, percebem imediatamente esse pequeno desajuste e “correm para ajudar”.
- São duas pequenas estruturas alojadas em nosso tronco cerebral.
- Em seguida, enviam comandos para o corpo suspirar a fim de abrir os alvéolos e permitir que entre o dobro do volume convencional de oxigênio do que numa respiração normal.
- Esse mecanismo é algo que realizamos de forma inconsciente, sem nos darmos conta.
- No entanto, e como assinalamos antes, fazemos isso umas 12 vezes a cada hora, reiniciando, assim, o ciclo da vida.
Os suspiros emocionais
Agora já sabemos que, efetivamente, suspiramos para não morrer. Esse ato biológico e essencial para nossa sobrevivência define e explica os suspiros involuntários.
Leia também: “Todas as vezes que pensei em deixar tudo”
Mas o ser humano se caracteriza também pelos chamados suspiros emocionais ou voluntários.
Podemos descrevê-los do seguinte modo:
- Um suspiro é uma catarse emocional diante de uma situação de estresse ou frustração.
- Muitos de nós deixamos escapar longos suspiros quando algo não vai muito bem. Quando queremos fazer, por exemplo, algum esforço manual ou mental e o resultado não é o esperado.
- Mesmo assim, os suspiros são “chaminés” por onde deixamos sair a dor e o desconsolo.
- É o ar que nos sobra pela pessoa que nos falta.
O seguinte dado é tão curioso quanto interessante: Karl Teigen é um célebre cientista da Universidade de Psicologia de Oslo (Noruega), especializado precisamente nos “suspiros emocionais”.
Segundo suas pesquisas, um suspiro nos ajuda também a ter empatia com alguém.
Quando escutamos algum amigo ou familiar suspirar, interpretamos esse gesto como uma emoção negativa. Como um sinal de que devemos dar apoio.
Tanto é assim que, segundo o Dr. Teigen, o suspiro emocional responde também a um instinto para criar vínculos com nosso grupo social.
Suspire fundo, relaxe!
Como já sabemos, nosso cérebro se encarrega por si mesmo de permitir a nossa sobrevivência. Disso se deduz, também, que o ser humano pode realizar vários tipos de respiração em função do momento e da necessidade.
Abordagens como o mindfulness ou a ioga nos ensinam diversos tipos de respirações voluntárias e controladas com objetivos muito específicos:
- Nos ajudar a estar mais presentes.
- Para combater o estresse e cuidar de nossa saúde.
- Para meditar e tomar consciência do nosso eu e de nossas necessidades.
Por nossa parte, recomendamos o seguinte: aprenda a suspirar. Porque em cada suspiro você deixa ir tensões, preocupações e, além do mais, você renova o “ciclo interno da vida”.
Tome nota do que deveríamos fazer uma vez ao dia durante 20 minutos:
- Buscar um lugar tranquilo onde descansar mentalmente.
- Sentar com as costas eretas.
- Levantar o peito e descansar nossas mãos sobre o colo.
- Inspirar profundamente pelo nariz, contando até quatro. Segure o ar por quatro segundos mais e, em seguida, dê um largo e sonoro suspiro que dure sete segundos.
Após começar a fazer esse exercício fácil diariamente, seu corpo e sua mente notarão os benefícios.
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- John J.Miller, KenFletcher, JonKabat-Zinn, “Three-year follow-up and clinical implications of a mindfulness meditation-based stress reduction intervention in the treatment of anxiety disorders”, General Hospital Psychiatry, Volume 17, Issue 3, May 1995, Pages 192-200
- Haravard University website, “Relaxation techniques: Breath control helps quell errant stress response” (2015).
- Steffen PR, et al. (2017). The impact of resonance frequency breathing on measures of heart rate variability, blood pressure, and mood. DOI:
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