Soluços crônicos: é possível tratá-los?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Todos sabem o que são os soluços e já sofreram com eles alguma vez. Trata-se de uma série de contrações involuntárias do diafragma que fazem com que as cordas vocais se fechem, produzindo aquele som característico e engraçado. No entanto, os soluços crônicos estão longe de ser divertidos.
Os soluços crônicos são uma doença rara. Estima-se que ocorra apenas 1 caso em cada 100.000 habitantes, que se desenvolve quando essas contrações do diafragma se repetem por períodos superiores a 48 horas.
Os soluços crônicos podem ser sintomas de outra condição. É, portanto, difícil tratá-los, uma vez que o que precisa ser eliminado é a causa básica. Neste artigo explicaremos tudo que você precisa saber sobre este assunto.
O que causa os soluços crônicos?
Como já mencionamos, os soluços crônicos são aqueles que são mantidos por dias, ou até semanas. Eles se alternam com períodos em que o paciente não os tem. No entanto, a maioria sofre com eles várias vezes no mesmo mês.
Essa patologia costuma ser o resultado de outra doença que se instala no trato digestivo, muitas vezes no esôfago e no estômago, que são os dois órgãos mais em contato com o diafragma. Em particular, a esofagite de refluxo gastresofágico é tida como uma das principais causadoras.
A esofagite do refluxo é uma doença na qual o esôfago fica ferido porque o conteúdo ácido do estômago sobe e corrói suas paredes. Este refluxo gastresofágico é condicionado por muitos fatores, como a alimentação, tabagismo e infusões quentes.
Embora os soluços crônicos possam ser decorrentes de muitas causas, os homens estão mais propensos a desenvolvê-los do que as mulheres. Parece que o estresse e a ansiedade também são gatilhos.
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Que outras causas existem?
Uma vez que os soluços crônicos consistem em contrações involuntárias do diafragma, deve-se notar que qualquer dano nervoso que afete este músculo pode causá-lo. Primeiro, isso pode ser causado por alguma lesão cerebral na área que desencadeia o reflexo.
As doenças mais comuns que ferem os neurônios motores involuntários são meningite e esclerose múltipla. Os soluços crônicos também têm sido apontados como um sintoma de tumores cerebrais, ou resultado de um derrame que deixa sequelas.
Uma lesão nos nervos que levam impulsos ao diafragma também pode ser o gatilho. São os chamados nervos frênicos que comunicam o sistema nervoso central com o músculo abdominal. Parte da sua viagem ocorre através do pescoço e peito, então patologias devem ser descartadas nessa área.
Por fim, é importante notar que os soluços crônicos podem ser um efeito colateral de alguns medicamentos. Na verdade, às vezes eles aparecem após uma anestesia ou procedimento cirúrgico. Também já foram observados em viciados em álcool e em alguns sedativos.
Você pode gostar de ler: Riscos da automedicação
Os soluços crônicos podem ser tratados?
O tratamento dessa patologia se baseia na solução da causa subjacente. Ou seja, se os soluços crônicos são causados pelo refluxo gastroesofágico, o mais importante é tratar essa doença, para a qual são usados antiácidos que regulam o pH estomacal.
No entanto, efeitos benéficos também têm sido observados em alguns medicamentos que podem ser usados para tratar os soluços crônicos. Clororomazina e metoclopramida são medicamentos que ajudam indiretamente. O primeiro é frequentemente usado como antipsicótico, e o segundo é usado para náuseas.
Caso nada disso funcione, existem técnicas cirúrgicas para tratá-los. Elas consistem no bloqueio dos nervos frênicos, com o objetivo de parar o impulso nervoso que contrai o diafragma.
Um problema maior do que os soluços comuns
Devemos lembrar que os soluços crônicos são um sintoma muito incapacitante. Ele afeta todos os aspectos da vida do paciente, impedindo-o de dormir. Por isso, ao iniciar o tratamento, também é importante oferecer suporte psicológico.
Não estamos enfrentando os clássicos soluços de curta duração, que desaparecem imediatamente. Pessoas com soluços crônicos passam dias inteiros com o sintoma, e devem adaptar sua existência a esse desconforto. É por isso que é essencial acompanhá-las e ajudá-las.
Todos sabem o que são os soluços e já sofreram com eles alguma vez. Trata-se de uma série de contrações involuntárias do diafragma que fazem com que as cordas vocais se fechem, produzindo aquele som característico e engraçado. No entanto, os soluços crônicos estão longe de ser divertidos.
Os soluços crônicos são uma doença rara. Estima-se que ocorra apenas 1 caso em cada 100.000 habitantes, que se desenvolve quando essas contrações do diafragma se repetem por períodos superiores a 48 horas.
Os soluços crônicos podem ser sintomas de outra condição. É, portanto, difícil tratá-los, uma vez que o que precisa ser eliminado é a causa básica. Neste artigo explicaremos tudo que você precisa saber sobre este assunto.
O que causa os soluços crônicos?
Como já mencionamos, os soluços crônicos são aqueles que são mantidos por dias, ou até semanas. Eles se alternam com períodos em que o paciente não os tem. No entanto, a maioria sofre com eles várias vezes no mesmo mês.
Essa patologia costuma ser o resultado de outra doença que se instala no trato digestivo, muitas vezes no esôfago e no estômago, que são os dois órgãos mais em contato com o diafragma. Em particular, a esofagite de refluxo gastresofágico é tida como uma das principais causadoras.
A esofagite do refluxo é uma doença na qual o esôfago fica ferido porque o conteúdo ácido do estômago sobe e corrói suas paredes. Este refluxo gastresofágico é condicionado por muitos fatores, como a alimentação, tabagismo e infusões quentes.
Embora os soluços crônicos possam ser decorrentes de muitas causas, os homens estão mais propensos a desenvolvê-los do que as mulheres. Parece que o estresse e a ansiedade também são gatilhos.
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Que outras causas existem?
Uma vez que os soluços crônicos consistem em contrações involuntárias do diafragma, deve-se notar que qualquer dano nervoso que afete este músculo pode causá-lo. Primeiro, isso pode ser causado por alguma lesão cerebral na área que desencadeia o reflexo.
As doenças mais comuns que ferem os neurônios motores involuntários são meningite e esclerose múltipla. Os soluços crônicos também têm sido apontados como um sintoma de tumores cerebrais, ou resultado de um derrame que deixa sequelas.
Uma lesão nos nervos que levam impulsos ao diafragma também pode ser o gatilho. São os chamados nervos frênicos que comunicam o sistema nervoso central com o músculo abdominal. Parte da sua viagem ocorre através do pescoço e peito, então patologias devem ser descartadas nessa área.
Por fim, é importante notar que os soluços crônicos podem ser um efeito colateral de alguns medicamentos. Na verdade, às vezes eles aparecem após uma anestesia ou procedimento cirúrgico. Também já foram observados em viciados em álcool e em alguns sedativos.
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Os soluços crônicos podem ser tratados?
O tratamento dessa patologia se baseia na solução da causa subjacente. Ou seja, se os soluços crônicos são causados pelo refluxo gastroesofágico, o mais importante é tratar essa doença, para a qual são usados antiácidos que regulam o pH estomacal.
No entanto, efeitos benéficos também têm sido observados em alguns medicamentos que podem ser usados para tratar os soluços crônicos. Clororomazina e metoclopramida são medicamentos que ajudam indiretamente. O primeiro é frequentemente usado como antipsicótico, e o segundo é usado para náuseas.
Caso nada disso funcione, existem técnicas cirúrgicas para tratá-los. Elas consistem no bloqueio dos nervos frênicos, com o objetivo de parar o impulso nervoso que contrai o diafragma.
Um problema maior do que os soluços comuns
Devemos lembrar que os soluços crônicos são um sintoma muito incapacitante. Ele afeta todos os aspectos da vida do paciente, impedindo-o de dormir. Por isso, ao iniciar o tratamento, também é importante oferecer suporte psicológico.
Não estamos enfrentando os clássicos soluços de curta duração, que desaparecem imediatamente. Pessoas com soluços crônicos passam dias inteiros com o sintoma, e devem adaptar sua existência a esse desconforto. É por isso que é essencial acompanhá-las e ajudá-las.
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- Goñi Murillo, M. C. (2006). Attitude towards a patients with hiccups in Primary Health Care. Semergen, 32(5), 233–236. https://doi.org/10.1016/S1138-3593(06)73262-2
- Orphanet: Hipo crónico. (n.d.). Retrieved May 13, 2020, from https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?Lng=ES&Expert=396
- Hipo crónico: síntomas y diagnóstico – ScienceDirect. (n.d.). Retrieved May 13, 2020, from https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1636541012611313
- Cabane, J. (2012). Hipo crónico: síntomas y diagnóstico. EMC – Tratado de Medicina, 16(1), 1–4. https://doi.org/10.1016/s1636-5410(12)61131-3
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