Sintomas pouco conhecidos da síndrome do ovário policístico (SOP)
Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater
Por alguma razão que ainda não ficou totalmente clara, em um dado momento a mulher pode começar a sofrer uma alteração hormonal. Essa desencadeia, pouco a pouco, o que conhecemos como síndrome do ovário policístico (SOP).
Esta condição ginecológica também recebe o nome de síndrome de Stein-Leventhal.
Estamos diante de um transtorno que afeta entre 5 e 10% das mulheres em idade reprodutiva. Por sua vez, apresenta uma complexa sintomatologia que pode afetar a qualidade de vida em diferentes graus.
Um dos problemas mais complexos e delicados é a clara dificuldade de engravidar. Além disso, é comum ter que se submeter a processos de perda de peso e administração de contraceptivos orais para regular o problema hormonal associado ao ovário policístico.
Por isso hoje, em nosso espaço, queremos aprofundar um pouco mais sobre o tema e falar sobre a sintomatologia secundária. Sobre as pistas não muito conhecidas que poderiam nos alertar a respeito deste transtorno tão comum.
Sintomas associados à síndrome do ovário policístico
Antes de enumerar um por um os processos relacionados à presença desta alteração hormonal, é necessário entender que não é porque temos diabetes, obesidade, ou um ciclo menstrual irregular que obrigatoriamente desenvolveremos esta doença.
- Deve surgir um conjunto de sintomas.
- Muitas vezes somos nós mesmas que intuímos que algo “não está bem” em nosso corpo, que algo mudou.
- Queremos dizer, antes de mais nada, que não devemos ver estes sintomas de forma isolada. Todos, com maior ou menos incidência, podem nos advertir a respeito da presença do ovário policístico.
No entanto, lembre-se de que para sanar as dúvidas nada melhor do que fazer uma visita ao ginecologista para fazer exames simples.
Descubra: 5 coisas que só as mulheres sabem
Resistência à insulina
A resistência à insulina ou hiperinsulinemia tem como origem uma deficiência metabólica. Nesta o corpo não consegue usar este hormônio de forma eficiente.
Assim, quando sofremos uma alteração hormonal, é comum que a insulina e sua produção no pâncreas mudem.
Pouco a pouco ocorre um excesso de glicose em nosso organismo, algo que pode causar uma diabetes do tipo 2.
Excesso de pelos corporais
O excesso de pelos corporais é, sem dúvida, um dos sintomas secundários mais comuns da síndrome do ovário policístico.
Ele pode aparecer nestas regiões:
- Rosto (área do buço, costeletas, queixo…)
- Pescoço
- Peito
- Nádegas
Este crescimento dos pelos segue um padrão masculino de distribuição por causa do excesso de estrogênio que se produz no corpo feminino, no caso de sofrer, por exemplo, da síndrome do ovário policístico.
Além disso, cabe ressaltar, no entanto, que isso pode se dever a muitos outros fatores. Serão nossos médicos os responsáveis por nos explicar as causas.
Calvície ou queda anormal de cabelo
A alopecia androgenética é amplamente associada à síndrome do ovário policístico.
Uma vez mais, a causa está nesta alteração hormonal. No entanto, cabe dizer que com um tratamento farmacológico adequado, podemos deter a queda e recuperar a saúde do cabelo.
Recomendamos ler também: 6 razões pelas quais podemos ter menstruação irregular
Depressão, ansiedade, estresse
Um dos maiores problemas que costumam existir na hora de diagnosticar uma depressão é o que a desencadeou.
- Não podemos esquecer que muitos de nossos problemas emocionais têm origem hormonal, uma causa que pode ser tratada de forma simples com medicamentos.
- A alteração hormonal associada à síndrome do ovário policístico (SOP) implica em uma descompensação interna.
- Além disso, devido à hiperinsulinemia, ocorre um excesso de produção de cortisol, hormônio associado ao estresse e ao nervosismo, que faz com que as coisas menores se acumulem e com que percamos a calma.
Pouco a pouco este mal-estar pode nos levar a um estado depressivo.
Por isso, lembre-se: quando você se sentir superado por suas emoções, o primeiro a fazer é pedir ao médico um exame de sangue para descobrir o estado de nossos hormônios.
Pressão elevada e colesterol alto
O mais complexo da síndrome do ovário policístico é que ela pode causar alterações de caráter grave em mulheres, muitas vezes, muito jovens.
- Podemos ter meninas com pouco mais de 20 anos que sofrem, por exemplo, de sobrepeso, diabetes, hipertensão e colesterol elevado.
- Todas estas características elevam o risco de sofrer infartos ou ter acidentes vasculares cerebrais em idades muito jovens.
- As mudanças metabólicas associadas à alteração hormonal fazem com que, por exemplo, o colesterol bom (HDL) diminua, e o ruim (LDL) se eleve.
- Além disso, é comum que aumentem os triglicérides no sangue, conseguindo que, pouco a pouco, nossas artérias percam elasticidade e surja a temida arteriosclerose.
Em suma, à sintomatologia mais evidente da síndrome do ovário policístico, que pode envolver o sobrepeso, as menstruações irregulares e a dificuldade para engravidar, devemos incluir esta lista presente neste artigo.
É necessário contar sempre com um diagnóstico adequado e um tratamento adaptado a nossas necessidades. Por sua vez, devemos cuidar também em todo momento de nossos hábitos de vida.
Uma alimentação saudável, fazer exercícios, reduzir os focos de estresse e submeter-nos a exames médicos periódicos pode nos ajudar a ganhar qualidade de vida.
Imagem principal cortesia de © wikiHow.com
Por alguma razão que ainda não ficou totalmente clara, em um dado momento a mulher pode começar a sofrer uma alteração hormonal. Essa desencadeia, pouco a pouco, o que conhecemos como síndrome do ovário policístico (SOP).
Esta condição ginecológica também recebe o nome de síndrome de Stein-Leventhal.
Estamos diante de um transtorno que afeta entre 5 e 10% das mulheres em idade reprodutiva. Por sua vez, apresenta uma complexa sintomatologia que pode afetar a qualidade de vida em diferentes graus.
Um dos problemas mais complexos e delicados é a clara dificuldade de engravidar. Além disso, é comum ter que se submeter a processos de perda de peso e administração de contraceptivos orais para regular o problema hormonal associado ao ovário policístico.
Por isso hoje, em nosso espaço, queremos aprofundar um pouco mais sobre o tema e falar sobre a sintomatologia secundária. Sobre as pistas não muito conhecidas que poderiam nos alertar a respeito deste transtorno tão comum.
Sintomas associados à síndrome do ovário policístico
Antes de enumerar um por um os processos relacionados à presença desta alteração hormonal, é necessário entender que não é porque temos diabetes, obesidade, ou um ciclo menstrual irregular que obrigatoriamente desenvolveremos esta doença.
- Deve surgir um conjunto de sintomas.
- Muitas vezes somos nós mesmas que intuímos que algo “não está bem” em nosso corpo, que algo mudou.
- Queremos dizer, antes de mais nada, que não devemos ver estes sintomas de forma isolada. Todos, com maior ou menos incidência, podem nos advertir a respeito da presença do ovário policístico.
No entanto, lembre-se de que para sanar as dúvidas nada melhor do que fazer uma visita ao ginecologista para fazer exames simples.
Descubra: 5 coisas que só as mulheres sabem
Resistência à insulina
A resistência à insulina ou hiperinsulinemia tem como origem uma deficiência metabólica. Nesta o corpo não consegue usar este hormônio de forma eficiente.
Assim, quando sofremos uma alteração hormonal, é comum que a insulina e sua produção no pâncreas mudem.
Pouco a pouco ocorre um excesso de glicose em nosso organismo, algo que pode causar uma diabetes do tipo 2.
Excesso de pelos corporais
O excesso de pelos corporais é, sem dúvida, um dos sintomas secundários mais comuns da síndrome do ovário policístico.
Ele pode aparecer nestas regiões:
- Rosto (área do buço, costeletas, queixo…)
- Pescoço
- Peito
- Nádegas
Este crescimento dos pelos segue um padrão masculino de distribuição por causa do excesso de estrogênio que se produz no corpo feminino, no caso de sofrer, por exemplo, da síndrome do ovário policístico.
Além disso, cabe ressaltar, no entanto, que isso pode se dever a muitos outros fatores. Serão nossos médicos os responsáveis por nos explicar as causas.
Calvície ou queda anormal de cabelo
A alopecia androgenética é amplamente associada à síndrome do ovário policístico.
Uma vez mais, a causa está nesta alteração hormonal. No entanto, cabe dizer que com um tratamento farmacológico adequado, podemos deter a queda e recuperar a saúde do cabelo.
Recomendamos ler também: 6 razões pelas quais podemos ter menstruação irregular
Depressão, ansiedade, estresse
Um dos maiores problemas que costumam existir na hora de diagnosticar uma depressão é o que a desencadeou.
- Não podemos esquecer que muitos de nossos problemas emocionais têm origem hormonal, uma causa que pode ser tratada de forma simples com medicamentos.
- A alteração hormonal associada à síndrome do ovário policístico (SOP) implica em uma descompensação interna.
- Além disso, devido à hiperinsulinemia, ocorre um excesso de produção de cortisol, hormônio associado ao estresse e ao nervosismo, que faz com que as coisas menores se acumulem e com que percamos a calma.
Pouco a pouco este mal-estar pode nos levar a um estado depressivo.
Por isso, lembre-se: quando você se sentir superado por suas emoções, o primeiro a fazer é pedir ao médico um exame de sangue para descobrir o estado de nossos hormônios.
Pressão elevada e colesterol alto
O mais complexo da síndrome do ovário policístico é que ela pode causar alterações de caráter grave em mulheres, muitas vezes, muito jovens.
- Podemos ter meninas com pouco mais de 20 anos que sofrem, por exemplo, de sobrepeso, diabetes, hipertensão e colesterol elevado.
- Todas estas características elevam o risco de sofrer infartos ou ter acidentes vasculares cerebrais em idades muito jovens.
- As mudanças metabólicas associadas à alteração hormonal fazem com que, por exemplo, o colesterol bom (HDL) diminua, e o ruim (LDL) se eleve.
- Além disso, é comum que aumentem os triglicérides no sangue, conseguindo que, pouco a pouco, nossas artérias percam elasticidade e surja a temida arteriosclerose.
Em suma, à sintomatologia mais evidente da síndrome do ovário policístico, que pode envolver o sobrepeso, as menstruações irregulares e a dificuldade para engravidar, devemos incluir esta lista presente neste artigo.
É necessário contar sempre com um diagnóstico adequado e um tratamento adaptado a nossas necessidades. Por sua vez, devemos cuidar também em todo momento de nossos hábitos de vida.
Uma alimentação saudável, fazer exercícios, reduzir os focos de estresse e submeter-nos a exames médicos periódicos pode nos ajudar a ganhar qualidade de vida.
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Sirmans, S. M., & Pate, K. A. (2013). Epidemiology, diagnosis, and management of polycystic ovary syndrome. Clinical Epidemiology. https://doi.org/10.2147/clep.s37559
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Wikipedia, Polycysteus-ovariumsyndroom. Geraadpleegd op 5 december 2018 van https://nl.wikipedia.org/wiki/Polycysteus-ovariumsyndroom
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