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Sintomas e causas da periodontite

5 minutos
A periodontite é uma doença das gengivas que pode apresentar formas graves. Seus sintomas evoluem com o tempo e sem intervenção oportuna pode causar a perda do dente.
Sintomas e causas da periodontite
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 01 dezembro, 2022

Conhecer os sintomas e as causas da periodontite nos permite tomar medidas preventivas contra esta doença. Desta forma, realizamos uma consulta imediata se notarmos algo estranho nas gengivas. Não se deve ignorar que esta patologia pode evoluir para apresentações clínicas que complicam a saúde bucal e geral.

Sua origem, muitas vezes, são as bactérias que se acumulam entre os dentes e as gengivas. Elas conseguem colonizar a área quando se multiplicam excessivamente. Nesse sentido, como veremos mais adiante, a higiene desempenha um papel muito importante como medida preventiva.

Como evolui a periodontite?

A periodontite apresenta sintomas que dependem do estágio em que se encontra a evolução do quadro clínico. Não é uma patologia que está presente de forma fixa ou que sempre persiste a mesma no corpo.

A primeira coisa que acontece é uma inflamação das gengivas, conhecida como gengivite. O normal é que a pessoa que sofre com isso perceba ao escovar os dentes e notar sangramento no tecido bucal ao esfregar com a escova.

Junto com isso, a placa bacteriana pode ser detectada. Trata-se de uma camada aderida à superfície dentária que contém bactérias e restos alimentares amalgamados. É chamado de biofilm, na verdade, porque é ativo e não inerte, ou seja, está em constante mudança.

O próximo passo é a retração das gengivas. Isso expõe as partes inferiores dos elementos dentários que estão expostos para o exterior. Um dos problemas da periodontite nesta fase é a hipersensibilidade causada pelo contato das raízes com frio, calor e alimentos.

Se a evolução continuar, a inflamação localizada pode se espalhar, primeiro para o resto da boca e depois para todo o corpo. Sabe-se que o processo inflamatório não se limita às gengivas em alguns pacientes, o que desencadeia reações em áreas anatômicas distantes, como os ossos dos membros inferiores.

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A periodontite é uma doença dentária que evolui quando não é intervencionada a tempo. Sem tratamento, pode causar a perda do dente.

Continue lendo: 7 dicas para prevenir a periodontite

Sintomas da periodontite

Como dissemos, os sintomas e sinais da periodontite dependem do estágio em que a pessoa que sofre da doença se encontra. De qualquer forma, há questões sempre básicas, como sangramento nas gengivas.

Este sangue é vermelho brilhante e aparece com trauma mínimo que, em condições normais, não é detectado. A escovação é o principal agente causal, seguido pelo bruxismo ou apertamento dos dentes à noite. É comum os pacientes acordarem de manhã com sangue ao redor dos dentes.

O mau hálito deriva da placa bacteriana e de sua atividade constante. Os restos de comida ali retidos também fermentam e continuam um processo de putrefação que se expressa na halitose.

A dor ou sensibilidade ao mastigar está relacionada à retração das gengivas. Quando descem muito e se afastam do próprio elemento dentário, a raiz fica exposta. Assim, bebidas quentes e alimentos muito frios, como sorvetes, irritam nervos que antes não estavam em contato com o mundo exterior.

Em casos extremos há perda de peças dentárias. Se a retração das gengivas for excessiva, a periodontite causa a perda espontânea do dente, quando o suporte fibroso desaparece.

Causas da doença

As causas da periodontite devem se referir à formação do biofilm que é a placa bacteriana. Portanto, não é errado pensar que as bactérias são as principais protagonistas do problema, gerado pela falta de higiene na maioria dos casos.

A flora bacteriana normal da boca não é maligna. Pelo contrário, cumpre funções essenciais de regulação do ambiente interno da saliva e proteção contra agentes infecciosos e patógenos externos. Mas seu desequilíbrio traz problemas.

Quando há uma técnica de escovação ruim ou não é feita com a frequência adequada, as bactérias se multiplicam colonizando as paredes dentárias. Além disso, há restos de alimentos presos pela placa.

Diante de um acúmulo de anos, o sistema imunológico responde considerando que ali existem agentes externos nocivos. O corpo então mobiliza glóbulos brancos para as gengivas para combater o problema, levando à inflamação do tecido e posterior retração.

A complicação imediata é a formação de espaços entre o dente e a gengiva, devido à retração. Isso significa que, se não houver tratamento, mais bactérias e mais restos de comida se instalam ali.

Deve-se considerar também que algumas situações de risco favorecem o aparecimento da periodontite:

  • Tabaco: os fumantes têm maior risco da doença do que o restante da população.
  • Alterações hormonais: nas mulheres, principalmente, as fases da gravidez e menopausa alteram vários sistemas, o que estimula a formação de placa bacteriana e a resposta imune nas gengivas.
  • Deficiência de vitaminas: a hipovitaminose, particularmente a vitamina C, está relacionada à doença gengival.
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O consumo de tabaco é um dos fatores que aumentam o risco de periodontite. Sua alta concentração de substâncias tóxicas deteriora o esmalte dos dentes.

Saiba mais: Sensibilidade dentária: como controlar?

Quando consultar um dentista?

A periodontite é uma doença que precisa ser tratada por um profissional. Quanto mais cedo for realizada a abordagem, mais fácil será conter as complicações. Pelo que foi dito, devemos estar atentos ao escovar os dentes caso percebamos algum sangramento.

Se aparecer sangue na escova, justifica uma consulta. Esse pode ser o primeiro sinal do início da patologia. Da mesma forma, se acordarmos com gengivas inchadas e vermelhas repetidamente pela manhã, após uma noite de descanso.

No caso de detectar alterações de cor na superfície do dente devido à presença de placa, ao invés de tentar removê-la à força, será necessário que seja verificado por um profissional. Às vezes, querendo atuar em casa, machucamos nossas gengivas na tentativa de melhorar a imagem.

Você não precisa deixar o tempo passar. Os dentes são importantes porque não há substituição para eles quando somos adultos. Os que temos devem nos acompanhar durante nossa vida.

Conhecer os sintomas e as causas da periodontite nos permite tomar medidas preventivas contra esta doença. Desta forma, realizamos uma consulta imediata se notarmos algo estranho nas gengivas. Não se deve ignorar que esta patologia pode evoluir para apresentações clínicas que complicam a saúde bucal e geral.

Sua origem, muitas vezes, são as bactérias que se acumulam entre os dentes e as gengivas. Elas conseguem colonizar a área quando se multiplicam excessivamente. Nesse sentido, como veremos mais adiante, a higiene desempenha um papel muito importante como medida preventiva.

Como evolui a periodontite?

A periodontite apresenta sintomas que dependem do estágio em que se encontra a evolução do quadro clínico. Não é uma patologia que está presente de forma fixa ou que sempre persiste a mesma no corpo.

A primeira coisa que acontece é uma inflamação das gengivas, conhecida como gengivite. O normal é que a pessoa que sofre com isso perceba ao escovar os dentes e notar sangramento no tecido bucal ao esfregar com a escova.

Junto com isso, a placa bacteriana pode ser detectada. Trata-se de uma camada aderida à superfície dentária que contém bactérias e restos alimentares amalgamados. É chamado de biofilm, na verdade, porque é ativo e não inerte, ou seja, está em constante mudança.

O próximo passo é a retração das gengivas. Isso expõe as partes inferiores dos elementos dentários que estão expostos para o exterior. Um dos problemas da periodontite nesta fase é a hipersensibilidade causada pelo contato das raízes com frio, calor e alimentos.

Se a evolução continuar, a inflamação localizada pode se espalhar, primeiro para o resto da boca e depois para todo o corpo. Sabe-se que o processo inflamatório não se limita às gengivas em alguns pacientes, o que desencadeia reações em áreas anatômicas distantes, como os ossos dos membros inferiores.

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A periodontite é uma doença dentária que evolui quando não é intervencionada a tempo. Sem tratamento, pode causar a perda do dente.

Continue lendo: 7 dicas para prevenir a periodontite

Sintomas da periodontite

Como dissemos, os sintomas e sinais da periodontite dependem do estágio em que a pessoa que sofre da doença se encontra. De qualquer forma, há questões sempre básicas, como sangramento nas gengivas.

Este sangue é vermelho brilhante e aparece com trauma mínimo que, em condições normais, não é detectado. A escovação é o principal agente causal, seguido pelo bruxismo ou apertamento dos dentes à noite. É comum os pacientes acordarem de manhã com sangue ao redor dos dentes.

O mau hálito deriva da placa bacteriana e de sua atividade constante. Os restos de comida ali retidos também fermentam e continuam um processo de putrefação que se expressa na halitose.

A dor ou sensibilidade ao mastigar está relacionada à retração das gengivas. Quando descem muito e se afastam do próprio elemento dentário, a raiz fica exposta. Assim, bebidas quentes e alimentos muito frios, como sorvetes, irritam nervos que antes não estavam em contato com o mundo exterior.

Em casos extremos há perda de peças dentárias. Se a retração das gengivas for excessiva, a periodontite causa a perda espontânea do dente, quando o suporte fibroso desaparece.

Causas da doença

As causas da periodontite devem se referir à formação do biofilm que é a placa bacteriana. Portanto, não é errado pensar que as bactérias são as principais protagonistas do problema, gerado pela falta de higiene na maioria dos casos.

A flora bacteriana normal da boca não é maligna. Pelo contrário, cumpre funções essenciais de regulação do ambiente interno da saliva e proteção contra agentes infecciosos e patógenos externos. Mas seu desequilíbrio traz problemas.

Quando há uma técnica de escovação ruim ou não é feita com a frequência adequada, as bactérias se multiplicam colonizando as paredes dentárias. Além disso, há restos de alimentos presos pela placa.

Diante de um acúmulo de anos, o sistema imunológico responde considerando que ali existem agentes externos nocivos. O corpo então mobiliza glóbulos brancos para as gengivas para combater o problema, levando à inflamação do tecido e posterior retração.

A complicação imediata é a formação de espaços entre o dente e a gengiva, devido à retração. Isso significa que, se não houver tratamento, mais bactérias e mais restos de comida se instalam ali.

Deve-se considerar também que algumas situações de risco favorecem o aparecimento da periodontite:

  • Tabaco: os fumantes têm maior risco da doença do que o restante da população.
  • Alterações hormonais: nas mulheres, principalmente, as fases da gravidez e menopausa alteram vários sistemas, o que estimula a formação de placa bacteriana e a resposta imune nas gengivas.
  • Deficiência de vitaminas: a hipovitaminose, particularmente a vitamina C, está relacionada à doença gengival.
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O consumo de tabaco é um dos fatores que aumentam o risco de periodontite. Sua alta concentração de substâncias tóxicas deteriora o esmalte dos dentes.

Saiba mais: Sensibilidade dentária: como controlar?

Quando consultar um dentista?

A periodontite é uma doença que precisa ser tratada por um profissional. Quanto mais cedo for realizada a abordagem, mais fácil será conter as complicações. Pelo que foi dito, devemos estar atentos ao escovar os dentes caso percebamos algum sangramento.

Se aparecer sangue na escova, justifica uma consulta. Esse pode ser o primeiro sinal do início da patologia. Da mesma forma, se acordarmos com gengivas inchadas e vermelhas repetidamente pela manhã, após uma noite de descanso.

No caso de detectar alterações de cor na superfície do dente devido à presença de placa, ao invés de tentar removê-la à força, será necessário que seja verificado por um profissional. Às vezes, querendo atuar em casa, machucamos nossas gengivas na tentativa de melhorar a imagem.

Você não precisa deixar o tempo passar. Os dentes são importantes porque não há substituição para eles quando somos adultos. Os que temos devem nos acompanhar durante nossa vida.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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