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Saúde na adolescência: sinais de alerta que merecem a nossa atenção

4 minutos
Os sinais de alerta ou "bandeiras vermelhas" relacionados à saúde na adolescência e, em particular, a sua identificação precoce, contribuem para o bem-estar do adolescente. Saiba mais a respeito a seguir.
Saúde na adolescência: sinais de alerta que merecem a nossa atenção
Última atualização: 22 março, 2021

Os adolescentes não são saudáveis. Este é apenas um exemplo das muitas frases que ouvimos diariamente sobre os temas que concernem este grupo da população. No entanto, primeiro seria interessante definir corretamente o que é saúde e a que este termo faz referência, antes de tirar conclusões ou fazer comentários. A saúde na adolescência não deve ser tratada levianamente.

Em geral, a adolescência é uma fase da vida em que temos uma boa saúde. Ainda assim, há muitas questões relacionadas ao comportamento, devido à natureza exploratória e à vontade de descobrir dos jovens e adolescentes. Por isso, é importante conhecer os sinais de alerta que indicam que pode haver alguma alteração na saúde.

Sinais de alerta relacionados à saúde na adolescência

Há alguns temas relacionados com a saúde infantil que tiram o sono dos pediatras. Assim, é essencial dar respostas para as perguntas que surgem quando percebem ou sentem que algo não está bem ao consultar adolescentes e jovens. Entre outras coisas, é preciso analisar as melhores evidências científicas e os avanços em cada uma delas.

A abordagem da complexidade dos processos de saúde – pela multiplicidade de variáveis que intervêm – o sentimento visceral de que algo não está certo e a orientação em relação a temas como a solidão na adolescência têm características particulares que precisam de atenção.

Descubra também: Automutilação em adolescentes: como lidar com essa situação?

Temas de importância

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Durante a consulta com adolescentes, há muitos fatores que podem ser abordados para promover o seu bem-estar físico e mental. Além disso, podem ser identificados diferentes “sinais de alerta”.

Além de ser necessário prestar atenção à possibilidade de violência e transtornos do comportamento, que podem ser responsáveis por alterações na saúde, não devemos ignorar situações relacionadas com uma comunicação pouco assertiva ou até violenta, o choro em consulta e as dificuldades relacionadas ao sono.

Entre outras coisas, cabe observar a exposição excessiva a telas – já que hoje podemos dizer que elas não são inofensivas -, além de considerar aspectos inerentes à sexualidade, gestação indesejada na adolescência, entre outros.

A promoção da saúde mental na adolescência

A depressão, as tentativas de suicídio, as lesões por automutilação, entre outros, nos exigem uma identificação precoce de possíveis manifestações e a promoção da saúde mental.

O risco de suicídio em adolescentes e jovens é um dos principais aspectos que nos tiram o sono. Isso sem deixar de considerar a falta de aderência aos tratamentos e a importância de tomar decisões compartilhadas.

Dados científicos

A Dra. Ana Nuciforo, psiquiatra infantojuvenil responsável pelo “Curso Virtual Salud de la adolescencia: los temas que – a veces – nos quitan el sueño”, 2019, indica que, nesta etapa da vida, ocorrem modificações nas funções vitais:

  • Sono: muitos adolescentes, por mudanças no ritmo circadiano ou por hábito cultural, dormem menos, dormem mais tarde, e apresentam sonolência diurna.
  • Alimentação: um importante percentual de jovens mantêm dietas restritivas devido à insatisfação com o próprio corpo.
  • Psicomotricidade: alguns adolescentes apresentam estereotipias ou maneirismos sem significação patológica.
  • Sexualidade: a masturbação, a curiosidade sexual, as carícias sexuais com outras pessoas, a incerteza em relação à própria identidade sexual.
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Muitas mudanças físicas e comportamentais ocorrem durante a adolescência. Por isso, esta é uma etapa especial no que diz respeito à saúde.
  • Pensamento: intelectualização, preocupação com princípios éticos e filosóficos ou sociais, períodos místicos ou de ateísmo absoluto.
  • Comunicação e linguagem: as transformações corporais despertam sentimentos de orgulho e um certo exibicionismo. Diante dos conflitos, muitos adolescentes sentem dificuldade para explicar, simbolizar e comunicar o que sentem e pensam.
  • Atenção: falta de concentração nas tarefas externas ao depositar toda a carga afetiva em si mesmos.
  • Comportamentos: às vezes, eles acreditam saber toda a verdade e agem mais rapidamente do que pensam. A passagem ao ato (cólera, agressão, roubo, fuga), se ocorrer de forma isolada, não indica uma patologia.
  • Afetividade: as mudanças de humor são típicas. Podem ocorrer períodos de frustração e desânimo, tédio, sentimentos de solidão e desesperança na adolescência normal, bem como períodos de euforia desmedida.

Atenção e prevenção dos problemas de saúde na adolescência

A Sociedad Española de Medicina de la Adolescencia, SEMA afirma que:

“Durante a adolescência o indivíduo desenvolve diferentes aspectos físicos, psicológicos, emocionais e sociais. É uma época de muitos riscos com a adoção de hábitos e condutas que vão se prolongar até a idade adulta”.

Os profissionais de saúde devem estar preparados para abordar as necessidades de saúde integral desta faixa etária, detectar seus problemas o quanto antes, proporcionar o tratamento adequado, e instaurar medidas preventivas por meio da educação em saúde.

Não deixe de ler: Como os videogames afetam os adolescentes?

O que podemos fazer para preservar a saúde dos adolescentes?

A pergunta inicial sobre os adolescentes serem ou não saudáveis não é fácil de responder. Além de situações pontuais, como quadros febris e o surgimento de um câncer, existem problemas de saúde que podem ter começado na infância e que continuam na adolescência, e outros que se iniciam diretamente nessa fase, como os transtornos alimentares que podem se manter até a vida adulta.

A capacitação dos profissionais representa um elemento essencial para acompanhar a saúde do adolescente e da sua família.

Os adolescentes não são saudáveis. Este é apenas um exemplo das muitas frases que ouvimos diariamente sobre os temas que concernem este grupo da população. No entanto, primeiro seria interessante definir corretamente o que é saúde e a que este termo faz referência, antes de tirar conclusões ou fazer comentários. A saúde na adolescência não deve ser tratada levianamente.

Em geral, a adolescência é uma fase da vida em que temos uma boa saúde. Ainda assim, há muitas questões relacionadas ao comportamento, devido à natureza exploratória e à vontade de descobrir dos jovens e adolescentes. Por isso, é importante conhecer os sinais de alerta que indicam que pode haver alguma alteração na saúde.

Sinais de alerta relacionados à saúde na adolescência

Há alguns temas relacionados com a saúde infantil que tiram o sono dos pediatras. Assim, é essencial dar respostas para as perguntas que surgem quando percebem ou sentem que algo não está bem ao consultar adolescentes e jovens. Entre outras coisas, é preciso analisar as melhores evidências científicas e os avanços em cada uma delas.

A abordagem da complexidade dos processos de saúde – pela multiplicidade de variáveis que intervêm – o sentimento visceral de que algo não está certo e a orientação em relação a temas como a solidão na adolescência têm características particulares que precisam de atenção.

Descubra também: Automutilação em adolescentes: como lidar com essa situação?

Temas de importância

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Durante a consulta com adolescentes, há muitos fatores que podem ser abordados para promover o seu bem-estar físico e mental. Além disso, podem ser identificados diferentes “sinais de alerta”.

Além de ser necessário prestar atenção à possibilidade de violência e transtornos do comportamento, que podem ser responsáveis por alterações na saúde, não devemos ignorar situações relacionadas com uma comunicação pouco assertiva ou até violenta, o choro em consulta e as dificuldades relacionadas ao sono.

Entre outras coisas, cabe observar a exposição excessiva a telas – já que hoje podemos dizer que elas não são inofensivas -, além de considerar aspectos inerentes à sexualidade, gestação indesejada na adolescência, entre outros.

A promoção da saúde mental na adolescência

A depressão, as tentativas de suicídio, as lesões por automutilação, entre outros, nos exigem uma identificação precoce de possíveis manifestações e a promoção da saúde mental.

O risco de suicídio em adolescentes e jovens é um dos principais aspectos que nos tiram o sono. Isso sem deixar de considerar a falta de aderência aos tratamentos e a importância de tomar decisões compartilhadas.

Dados científicos

A Dra. Ana Nuciforo, psiquiatra infantojuvenil responsável pelo “Curso Virtual Salud de la adolescencia: los temas que – a veces – nos quitan el sueño”, 2019, indica que, nesta etapa da vida, ocorrem modificações nas funções vitais:

  • Sono: muitos adolescentes, por mudanças no ritmo circadiano ou por hábito cultural, dormem menos, dormem mais tarde, e apresentam sonolência diurna.
  • Alimentação: um importante percentual de jovens mantêm dietas restritivas devido à insatisfação com o próprio corpo.
  • Psicomotricidade: alguns adolescentes apresentam estereotipias ou maneirismos sem significação patológica.
  • Sexualidade: a masturbação, a curiosidade sexual, as carícias sexuais com outras pessoas, a incerteza em relação à própria identidade sexual.
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Muitas mudanças físicas e comportamentais ocorrem durante a adolescência. Por isso, esta é uma etapa especial no que diz respeito à saúde.
  • Pensamento: intelectualização, preocupação com princípios éticos e filosóficos ou sociais, períodos místicos ou de ateísmo absoluto.
  • Comunicação e linguagem: as transformações corporais despertam sentimentos de orgulho e um certo exibicionismo. Diante dos conflitos, muitos adolescentes sentem dificuldade para explicar, simbolizar e comunicar o que sentem e pensam.
  • Atenção: falta de concentração nas tarefas externas ao depositar toda a carga afetiva em si mesmos.
  • Comportamentos: às vezes, eles acreditam saber toda a verdade e agem mais rapidamente do que pensam. A passagem ao ato (cólera, agressão, roubo, fuga), se ocorrer de forma isolada, não indica uma patologia.
  • Afetividade: as mudanças de humor são típicas. Podem ocorrer períodos de frustração e desânimo, tédio, sentimentos de solidão e desesperança na adolescência normal, bem como períodos de euforia desmedida.

Atenção e prevenção dos problemas de saúde na adolescência

A Sociedad Española de Medicina de la Adolescencia, SEMA afirma que:

“Durante a adolescência o indivíduo desenvolve diferentes aspectos físicos, psicológicos, emocionais e sociais. É uma época de muitos riscos com a adoção de hábitos e condutas que vão se prolongar até a idade adulta”.

Os profissionais de saúde devem estar preparados para abordar as necessidades de saúde integral desta faixa etária, detectar seus problemas o quanto antes, proporcionar o tratamento adequado, e instaurar medidas preventivas por meio da educação em saúde.

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O que podemos fazer para preservar a saúde dos adolescentes?

A pergunta inicial sobre os adolescentes serem ou não saudáveis não é fácil de responder. Além de situações pontuais, como quadros febris e o surgimento de um câncer, existem problemas de saúde que podem ter começado na infância e que continuam na adolescência, e outros que se iniciam diretamente nessa fase, como os transtornos alimentares que podem se manter até a vida adulta.

A capacitação dos profissionais representa um elemento essencial para acompanhar a saúde do adolescente e da sua família.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Sociedad Española de Medicina de la Adolescencia, SEMA.
  • Espacio de capacitación salud y adolescencia. Disponible en www.saludyadolescencia.com
  • Reavley N, Patton GC, Sawyer SM, et al. Health and Disease in Adolescence. In: Bundy DAP, Silva Nd, Horton S, et al., editors. Child and Adolescent Health and Development. 3rd edition. Washington (DC): The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank; 2017 Nov 20. Chapter 18. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK525258/ doi: 10.1596/978-1-4648-0423-6/pt3.ch18
  • Utter J, Denny S, Robinson E, Ameratunga S, Crengle S. Identifying the ‘red flags’ for unhealthy weight control among adolescents: findings from an item response theory analysis of a national survey. Int J Behav Nutr Phys Act. 2012;9:99. Published 2012 Aug 21. doi:10.1186/1479-5868-9-99
  • Manning, W. D., Longmore, M. A., Copp, J., & Giordano, P. C. (2014). The complexities of adolescent dating and sexual relationships: fluidity, meaning(s), and implications for young adults’ well-being. New directions for child and adolescent development, 2014(144), 53–69. https://doi.org/10.1002/cad.20060
  • Rienecke RD. Family-based treatment of eating disorders in adolescents: current insights. Adolesc Health Med Ther. 2017;8:69‐79. Published 2017 Jun 1. doi:10.2147/AHMT.S115775

 


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