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Dicas de alimentação durante e após a radioterapia

4 minutos
A radioterapia e a dieta podem funcionar em sinergia. Além disso, cuidar da alimentação nessas situações reduz os efeitos colaterais do tratamento.
Dicas de alimentação durante e após a radioterapia
Saúl Sánchez Arias

Escrito e verificado por nutricionista Saúl Sánchez Arias

Última atualização: 07 outubro, 2022

Os processos oncológicos são doenças complexas que requerem um tratamento preciso que combine farmacologia ou radioterapia e dieta alimentar. Desta forma, um efeito sinérgico pode ser produzido entre os dois componentes, melhorando o prognóstico. Por isso, vamos oferecer uma série de dicas alimentares importantes durante e após a radioterapia.

Nos últimos anos, as recomendações nutricionais no contexto do câncer têm variado com base em um modelo hipercalórico e rico em carboidratos. Hoje, argumenta-se o contrário. A restrição de açúcares e a contribuição de certos micronutrientes parecem ser eficazes para aumentar as taxas de sobrevivência.

Radioterapia e dieta durante o tratamento

A dieta alimentar no processo de radioterapia visa reduzir os efeitos colaterais da mesma e aumentar a sua eficácia. Para este último, estratégias como a dieta cetogênica podem ser utilizadas, principalmente em tumores dependentes de glicose.

De acordo com uma pesquisa publicada na revista Molecular Metabolism, a restrição de carboidratos é útil como um tratamento adjuvante em processos oncológicos, pois retarda ou detém o crescimento do tumor. No entanto, é necessário oferecer uma série de recomendações dietéticas mais precisas para evitar os efeitos colaterais do tratamento.

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A diarreia é um dos efeitos colaterais mais comuns da radioterapia, por isso a dieta se torna uma aliada fundamental para reduzi-la.

Para evitar a boca seca

Os tratamentos contra o câncer costumam causar uma sensação constante de boca seca. Para evitar essa condição, é necessário consumir pequenas quantidades de água regularmente. Além disso, é necessário evitar alimentos secos, por isso pode ser uma boa opção usar molhos levemente gordurosos ou amassar alimentos na forma de purê.

Se houver mucosite

A mucosite é a inflamação de toda a mucosa do sistema digestivo. Nesse tipo de situação, a prioridade é evitar os alimentos ácidos, como frutas cítricas. Aqueles com uma textura dura também não são uma boa opção. Em vez disso, opte por produtos frios que oferecem um leve efeito analgésico, aliviando a dor.

Quando há dificuldade para engolir

Quando ocorre disfagia, é melhor dividir as refeições para evitar grandes volumes de comida. Além disso, pode ser aconselhável não introduzir sólidos duros na dieta, como por exemplo, carne.

Uma estratégia eficaz é amassar as preparações até formar um purê e consumi-las com goles frequentes de água.

Em casos de falta de apetite

Os tratamentos contra o câncer geralmente causam uma redução no apetite, conforme afirmado por pesquisas publicadas no Support Care in Cancer. Nesse caso, é importante distribuir a quantidade de calorias diárias em várias pequenas refeições.

Embora tradicionalmente a recomendação fosse escolher alimentos ricos em carboidratos nesses casos, atualmente esse conselho está sendo questionado.

Para saber mais: O que a dieta para pacientes com câncer de mama deve incluir?

Se houver diarreia

O último dos efeitos colaterais mais comuns da radioterapia é a diarreia. Para evitar esse problema, é essencial comer alimentos lácteos fermentados e fibras solúveis, como as encontradas nas maçãs. Os probióticos do iogurte demonstraram ser eficazes no tratamento dessa condição intestinal.

Quando se aplica radioterapia ao nível abdominal, é muito mais provável que a diarreia se desenvolva durante o processo. Por esse motivo, uma série de mudanças mais rígidas pode ser implementada.

É fundamental propor uma dieta pobre em resíduos, com baixo teor de fibras. Ao mesmo tempo, a presença de gordura e leite deve ser moderada, aumentando a ingestão de líquidos.

Isso também pode te interessar: Qual é a diferença entre prebióticos e probióticos?

Radioterapia e dieta após o tratamento

Terminado o tratamento, é possível aplicar uma série de protocolos dietéticos com o objetivo de estimular os processos de autofagia interna e melhorar o funcionamento geral do organismo. Um deles é o jejum intermitente, cuja implementação tem sido associada a um menor risco de desenvolver problemas oncológicos por recidiva.

Por outro lado, recomenda-se a restrição de alimentos ultraprocessados. A presença de gorduras trans e aditivos é contraproducente para a saúde. É sempre preferível escolher produtos frescos, como vegetais, carnes ou peixes.

Ao mesmo tempo, não se aconselha o consumo de álcool e refrigerantes. Estes últimos contêm grandes quantidades de açúcares simples ou adoçantes artificiais que dificultam o funcionamento dos processos fisiológicos.

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Após o término do tratamento de radioterapia, a dieta continua sendo um pilar para prevenir recaídas.

A radioterapia e a dieta são pontos de apoio

Como comentamos, a dieta é capaz de reduzir os efeitos colaterais da radioterapia. Além disso, potencializa os seus efeitos, desde que se introduzam nutrientes de qualidade e se limitem os alimentos considerados nocivos.

Por isso, se você sofre de algum processo oncológico, procure um nutricionista como parte complementar da equipe de abordagem. Este profissional será capaz de desenvolver um plano alimentar personalizado que atue sinergicamente com a farmacologia administrada. Desta forma, será possível melhorar o prognóstico e o manejo da patologia.

Os processos oncológicos são doenças complexas que requerem um tratamento preciso que combine farmacologia ou radioterapia e dieta alimentar. Desta forma, um efeito sinérgico pode ser produzido entre os dois componentes, melhorando o prognóstico. Por isso, vamos oferecer uma série de dicas alimentares importantes durante e após a radioterapia.

Nos últimos anos, as recomendações nutricionais no contexto do câncer têm variado com base em um modelo hipercalórico e rico em carboidratos. Hoje, argumenta-se o contrário. A restrição de açúcares e a contribuição de certos micronutrientes parecem ser eficazes para aumentar as taxas de sobrevivência.

Radioterapia e dieta durante o tratamento

A dieta alimentar no processo de radioterapia visa reduzir os efeitos colaterais da mesma e aumentar a sua eficácia. Para este último, estratégias como a dieta cetogênica podem ser utilizadas, principalmente em tumores dependentes de glicose.

De acordo com uma pesquisa publicada na revista Molecular Metabolism, a restrição de carboidratos é útil como um tratamento adjuvante em processos oncológicos, pois retarda ou detém o crescimento do tumor. No entanto, é necessário oferecer uma série de recomendações dietéticas mais precisas para evitar os efeitos colaterais do tratamento.

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A diarreia é um dos efeitos colaterais mais comuns da radioterapia, por isso a dieta se torna uma aliada fundamental para reduzi-la.

Para evitar a boca seca

Os tratamentos contra o câncer costumam causar uma sensação constante de boca seca. Para evitar essa condição, é necessário consumir pequenas quantidades de água regularmente. Além disso, é necessário evitar alimentos secos, por isso pode ser uma boa opção usar molhos levemente gordurosos ou amassar alimentos na forma de purê.

Se houver mucosite

A mucosite é a inflamação de toda a mucosa do sistema digestivo. Nesse tipo de situação, a prioridade é evitar os alimentos ácidos, como frutas cítricas. Aqueles com uma textura dura também não são uma boa opção. Em vez disso, opte por produtos frios que oferecem um leve efeito analgésico, aliviando a dor.

Quando há dificuldade para engolir

Quando ocorre disfagia, é melhor dividir as refeições para evitar grandes volumes de comida. Além disso, pode ser aconselhável não introduzir sólidos duros na dieta, como por exemplo, carne.

Uma estratégia eficaz é amassar as preparações até formar um purê e consumi-las com goles frequentes de água.

Em casos de falta de apetite

Os tratamentos contra o câncer geralmente causam uma redução no apetite, conforme afirmado por pesquisas publicadas no Support Care in Cancer. Nesse caso, é importante distribuir a quantidade de calorias diárias em várias pequenas refeições.

Embora tradicionalmente a recomendação fosse escolher alimentos ricos em carboidratos nesses casos, atualmente esse conselho está sendo questionado.

Para saber mais: O que a dieta para pacientes com câncer de mama deve incluir?

Se houver diarreia

O último dos efeitos colaterais mais comuns da radioterapia é a diarreia. Para evitar esse problema, é essencial comer alimentos lácteos fermentados e fibras solúveis, como as encontradas nas maçãs. Os probióticos do iogurte demonstraram ser eficazes no tratamento dessa condição intestinal.

Quando se aplica radioterapia ao nível abdominal, é muito mais provável que a diarreia se desenvolva durante o processo. Por esse motivo, uma série de mudanças mais rígidas pode ser implementada.

É fundamental propor uma dieta pobre em resíduos, com baixo teor de fibras. Ao mesmo tempo, a presença de gordura e leite deve ser moderada, aumentando a ingestão de líquidos.

Isso também pode te interessar: Qual é a diferença entre prebióticos e probióticos?

Radioterapia e dieta após o tratamento

Terminado o tratamento, é possível aplicar uma série de protocolos dietéticos com o objetivo de estimular os processos de autofagia interna e melhorar o funcionamento geral do organismo. Um deles é o jejum intermitente, cuja implementação tem sido associada a um menor risco de desenvolver problemas oncológicos por recidiva.

Por outro lado, recomenda-se a restrição de alimentos ultraprocessados. A presença de gorduras trans e aditivos é contraproducente para a saúde. É sempre preferível escolher produtos frescos, como vegetais, carnes ou peixes.

Ao mesmo tempo, não se aconselha o consumo de álcool e refrigerantes. Estes últimos contêm grandes quantidades de açúcares simples ou adoçantes artificiais que dificultam o funcionamento dos processos fisiológicos.

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Após o término do tratamento de radioterapia, a dieta continua sendo um pilar para prevenir recaídas.

A radioterapia e a dieta são pontos de apoio

Como comentamos, a dieta é capaz de reduzir os efeitos colaterais da radioterapia. Além disso, potencializa os seus efeitos, desde que se introduzam nutrientes de qualidade e se limitem os alimentos considerados nocivos.

Por isso, se você sofre de algum processo oncológico, procure um nutricionista como parte complementar da equipe de abordagem. Este profissional será capaz de desenvolver um plano alimentar personalizado que atue sinergicamente com a farmacologia administrada. Desta forma, será possível melhorar o prognóstico e o manejo da patologia.


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  • Weber DD., Aminzadeh Gohari S., Tulipan J., Catalano L., et al., Ketogenic diet in the treatment of cancer- where do we stand? Mol Metab, 2020. 33: 102-121.
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  • Szajewska H., Canani RB., Guarino A., Hojsak I., et al., Probiotics for the prevention of antibiotic associated diarrhea in children. J Pediatr Gastroenterol Nutr, 2016. 62 (3): 495-506.
  • Antunes F., Erustes AG., Costa AJ., Nascimento AC., et al., Autophagy and intermittent fasting: the connection for cancer therapy? Clinics, 2018.
  • Luna, Javier, et al. “Nutrientes y radioterapia: revisión de la literatura.” Nutricion hospitalaria 32.6 (2015): 2446-2459.
  • Jiménez, MIC Ana Karen Medina, and MIC Marco Antonio López García. “LA DIETA CETOGÉNICA EN EL TRATAMIENTO DEL CÁNCER:¿ QUÉ DICE LA EVIDENCIA CIENTÍFICA?.” COMITE EDITORIAL: 1.

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