Quais são as diferenças entre filosofia e psicologia?
É muito comum confundir filosofia com psicologia. E é que até o final do século 19, a filosofia era a disciplina encarregada de estudar os fenômenos mentais. A partir dos trabalhos experimentais de Fechner, Helmholtz e Wundt, a psicologia conseguiu se firmar como uma disciplina com objetivos e métodos próprios.
Desta forma, a confusão pode residir em justificar que ambos trataram (e continuam a abordar) questões semelhantes. No entanto, são duas disciplinas distintas e bem definidas. É por isso que, neste artigo, explicaremos as diferenças entre filosofia e psicologia.
Definição de filosofia e psicologia
Antes de expor as diferenças, é importante levar em consideração em que consiste cada disciplina. Neste caso, a filosofia se define como o conjunto de conhecimentos que visa estabelecer, através da razão, os princípios pelos quais se organiza e orienta o conhecimento da realidade, bem como o sentido da ação humana.
Por sua vez, a American Psychological Association (APA) define a psicologia como o estudo da mente e do comportamento. Além disso, ela afirma que tem interesse tanto em desvendar os mistérios que a mente e a experiência humanas apresentam quanto na aplicação eficiente dos conhecimentos obtidos nos campos prático e terapêutico.
Dito isso, começamos a perceber como a filosofia tem um campo de estudo muito mais amplo (nada mais e nada menos do que conhecer os princípios da realidade). Por outro lado, a psicologia é mais limitada, pois se concentra no estudo da psique e do comportamento humano.
Por sua vez, nas mesmas definições, notamos como a filosofia é uma disciplina mais reflexiva e teórica. Por outro lado, a psicologia possui um amplo campo de aplicação, no qual coloca em prática todos os conhecimentos obtidos e comprovados.
Leia também: Contribuições de Gottfried Leibniz para a ciência
Diferenças entre filosofia e psicologia
As diferenças mais notáveis entre as duas disciplinas podem ser resumidas como a seguir.
1. Metodologia usada
Uma das principais diferenças entre filosofia e psicologia é o tipo de metodologia utilizada em suas abordagens. Neste caso, a filosofia é independente do método científico, pois costuma trabalhar com categorias conceituais e a relação que se estabelece entre elas. Portanto, você pode usar qualquer instrumento em seus estudos.
Em vez disso, a psicologia depende do método científico. Portanto, as teorias e hipóteses levantadas são contrastadas por meio de pesquisas e experimentos científicos.
2. Objetivos
O objetivo principal da filosofia sempre foi a criação de categorias e sistemas filosóficos que servem para explicar a realidade (ou realidades) da melhor maneira possível. Portanto, esta disciplina tende a estudar um todo, ao invés de componentes específicos da realidade.
Por outro lado, a psicologia tem um objeto de estudo delimitado: a mente e o comportamento das pessoas. Por isso, suas hipóteses e teorias partem sempre do organismo humano ou da subjetividade dos indivíduos.
Não é comum que a psicologia se concentre em uma realidade estranha à existência das pessoas; aspecto que tem sido observado historicamente em muitas propostas filosóficas.
3. Linguagem usado
Na psicologia, teorias e hipóteses são formuladas em linguagem consensual, para serem bem recebidas pela comunidade científica. Portanto, busca-se sempre que o sentido das palavras esteja de acordo com o que já foi estabelecido. O estudo é agilizado em algumas áreas e permite que outros pesquisadores colaborem na mesma linha de pesquisa.
Em vez disso, muitos filósofos renomados usaram uma linguagem pessoal e idiossincrática na formulação de teorias e sistemas filosóficos. Nesse sentido, a mesma palavra ou expressão pode significar coisas muito diferentes, dependendo do filósofo que a formula.
4. Amplitude
Se diz que a filosofia é a mãe de todas as ciências, porque dela nasceram as disciplinas científicas que hoje conhecemos. Mas, além disso, a filosofia examina e analisa os postulados teóricos, metodológicos e práticos que se emitem em cada um deles.
A psicologia, por outro lado, é apenas um dos campos do conhecimento científico. Embora esteja relacionada a outras ciências (por exemplo, neurociências ), estas não dependem dela para existir. Por outro lado, a psicologia não submete à análise os postulados das outras disciplinas, como o faz a filosofia.
5. Abordagem da moralidade
Outra diferença entre filosofia e psicologia é como elas abordam a questão da moralidade. A filosofia, em seus estudos éticos, busca identificar as formas corretas de se comportar. É por isso que muitos filósofos se dedicaram a oferecer categorias em torno do bom e do mau.
Na verdade, a filosofia se propôs a criar critérios éticos universais. Ou seja, eles são aplicados por todas as comunidades humanas sem exclusão.
Em vez disso, a psicologia fica de fora desses debates éticos. Em qualquer caso, oferece informações sobre os comportamentos que podem ser úteis para se aproximar de um objetivo.
Da mesma forma, a abordagem psicológica da moralidade também foi realizada pelo estudo dos processos psíquicos que operam por trás dos comportamentos morais em diferentes culturas. Portanto, não estuda a moralidade em si.
Diferentes em suas formas e aplicações
Embora a filosofia e a psicologia compartilhem conhecimentos sobre a mente e o comportamento humano, a primeira cobre muito mais do que esses tópicos e não depende do método científico para estabelecer seus postulados.
Por outro lado, a psicologia é uma disciplina mais delimitada que depende de um método rigoroso para o correto estabelecimento de seus postulados. Consiste em um amplo campo de aplicação, cujo objetivo é promover o bem-estar das pessoas, utilizando os conhecimentos obtidos e previamente verificados.
É muito comum confundir filosofia com psicologia. E é que até o final do século 19, a filosofia era a disciplina encarregada de estudar os fenômenos mentais. A partir dos trabalhos experimentais de Fechner, Helmholtz e Wundt, a psicologia conseguiu se firmar como uma disciplina com objetivos e métodos próprios.
Desta forma, a confusão pode residir em justificar que ambos trataram (e continuam a abordar) questões semelhantes. No entanto, são duas disciplinas distintas e bem definidas. É por isso que, neste artigo, explicaremos as diferenças entre filosofia e psicologia.
Definição de filosofia e psicologia
Antes de expor as diferenças, é importante levar em consideração em que consiste cada disciplina. Neste caso, a filosofia se define como o conjunto de conhecimentos que visa estabelecer, através da razão, os princípios pelos quais se organiza e orienta o conhecimento da realidade, bem como o sentido da ação humana.
Por sua vez, a American Psychological Association (APA) define a psicologia como o estudo da mente e do comportamento. Além disso, ela afirma que tem interesse tanto em desvendar os mistérios que a mente e a experiência humanas apresentam quanto na aplicação eficiente dos conhecimentos obtidos nos campos prático e terapêutico.
Dito isso, começamos a perceber como a filosofia tem um campo de estudo muito mais amplo (nada mais e nada menos do que conhecer os princípios da realidade). Por outro lado, a psicologia é mais limitada, pois se concentra no estudo da psique e do comportamento humano.
Por sua vez, nas mesmas definições, notamos como a filosofia é uma disciplina mais reflexiva e teórica. Por outro lado, a psicologia possui um amplo campo de aplicação, no qual coloca em prática todos os conhecimentos obtidos e comprovados.
Leia também: Contribuições de Gottfried Leibniz para a ciência
Diferenças entre filosofia e psicologia
As diferenças mais notáveis entre as duas disciplinas podem ser resumidas como a seguir.
1. Metodologia usada
Uma das principais diferenças entre filosofia e psicologia é o tipo de metodologia utilizada em suas abordagens. Neste caso, a filosofia é independente do método científico, pois costuma trabalhar com categorias conceituais e a relação que se estabelece entre elas. Portanto, você pode usar qualquer instrumento em seus estudos.
Em vez disso, a psicologia depende do método científico. Portanto, as teorias e hipóteses levantadas são contrastadas por meio de pesquisas e experimentos científicos.
2. Objetivos
O objetivo principal da filosofia sempre foi a criação de categorias e sistemas filosóficos que servem para explicar a realidade (ou realidades) da melhor maneira possível. Portanto, esta disciplina tende a estudar um todo, ao invés de componentes específicos da realidade.
Por outro lado, a psicologia tem um objeto de estudo delimitado: a mente e o comportamento das pessoas. Por isso, suas hipóteses e teorias partem sempre do organismo humano ou da subjetividade dos indivíduos.
Não é comum que a psicologia se concentre em uma realidade estranha à existência das pessoas; aspecto que tem sido observado historicamente em muitas propostas filosóficas.
3. Linguagem usado
Na psicologia, teorias e hipóteses são formuladas em linguagem consensual, para serem bem recebidas pela comunidade científica. Portanto, busca-se sempre que o sentido das palavras esteja de acordo com o que já foi estabelecido. O estudo é agilizado em algumas áreas e permite que outros pesquisadores colaborem na mesma linha de pesquisa.
Em vez disso, muitos filósofos renomados usaram uma linguagem pessoal e idiossincrática na formulação de teorias e sistemas filosóficos. Nesse sentido, a mesma palavra ou expressão pode significar coisas muito diferentes, dependendo do filósofo que a formula.
4. Amplitude
Se diz que a filosofia é a mãe de todas as ciências, porque dela nasceram as disciplinas científicas que hoje conhecemos. Mas, além disso, a filosofia examina e analisa os postulados teóricos, metodológicos e práticos que se emitem em cada um deles.
A psicologia, por outro lado, é apenas um dos campos do conhecimento científico. Embora esteja relacionada a outras ciências (por exemplo, neurociências ), estas não dependem dela para existir. Por outro lado, a psicologia não submete à análise os postulados das outras disciplinas, como o faz a filosofia.
5. Abordagem da moralidade
Outra diferença entre filosofia e psicologia é como elas abordam a questão da moralidade. A filosofia, em seus estudos éticos, busca identificar as formas corretas de se comportar. É por isso que muitos filósofos se dedicaram a oferecer categorias em torno do bom e do mau.
Na verdade, a filosofia se propôs a criar critérios éticos universais. Ou seja, eles são aplicados por todas as comunidades humanas sem exclusão.
Em vez disso, a psicologia fica de fora desses debates éticos. Em qualquer caso, oferece informações sobre os comportamentos que podem ser úteis para se aproximar de um objetivo.
Da mesma forma, a abordagem psicológica da moralidade também foi realizada pelo estudo dos processos psíquicos que operam por trás dos comportamentos morais em diferentes culturas. Portanto, não estuda a moralidade em si.
Diferentes em suas formas e aplicações
Embora a filosofia e a psicologia compartilhem conhecimentos sobre a mente e o comportamento humano, a primeira cobre muito mais do que esses tópicos e não depende do método científico para estabelecer seus postulados.
Por outro lado, a psicologia é uma disciplina mais delimitada que depende de um método rigoroso para o correto estabelecimento de seus postulados. Consiste em um amplo campo de aplicação, cujo objetivo é promover o bem-estar das pessoas, utilizando os conhecimentos obtidos e previamente verificados.
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- American Psychological Association. Psychology [Internet]. Washington: American Psychological Association; 2021 [consultado 26 oct 2021]. Disponible en: https://dictionary.apa.org/psychology
- Real Academia Española. Filosofía [Internet]. Madrid: Real Academia Española; 2021 [consultado 26 oct 2021]. Disponible en: https://dle.rae.es/filosof%C3%ADa
- Stanford Encyclopedia of Philosophy. Scientific Method [Internet]. California: Stanford Encyclopedia of Philosophy: 2021 [consultado 26 oct 2021]. Disponible en: https://plato.stanford.edu/entries/scientific-method/
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