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Tradições de Ano Novo mundo afora

6 minutos
As festas de Ano Novo costumam ser muito curiosas em qualquer parte do mundo. Todas têm um toque característico e inesquecível. Descubra-as conosco.
Tradições de Ano Novo mundo afora
Escrito por Ana Núñez
Última atualização: 23 agosto, 2022

As tradições de Ano Novo mundo afora nos lembram de que todo começo é sagrado e eterno. Ele é celebrado pelos nossos ancestrais desde os tempos mais remotos. Partindo da Suméria e das Saturnais em Roma até chegar ao Natal cristão, o Ano Novo sempre trouxe consigo uma promessa de prosperidade.

Em cada país, ele é celebrado de uma forma diferente, pois responde aos costumes de cada região. Vamos apresentar um resumo de diferentes tradições a seguir. Com qual delas você se identifica?

Espanha: comer as 12 uvas da boa sorte

O Ano Novo na Espanha é celebrado em família com uma boa ceia, bebida e o ritual mais importante: comer doze uvas para ter boa sorte. Alguns começam a comê-las ao ritmo das badaladas do relógio da Puerta del Sol em Madrid, que muitos acompanham através da televisão. Enquanto isso, outros vão para as praças e há quem prefira ficar em casa com os familiares.

Acredita-se que a origem desse costume esteja ligada à fabricação do vinho na região e à produção excessiva da fruta, que influenciou a difusão da tradição para todas as casas espanholas no início do século XX.

Grécia: jogos na véspera do Ano Novo e uma cebola pendurada

A véspera do Ano Novo dos gregos é acompanhada por vários rituais. Há jogos, incluindo os de cartas ou dados, porque acredita-se que a vitória é um presságio de um bom ano. Outro costume é servir pão com manjericão; haverá uma moeda escondida em um deles e quem encontrá-la terá sorte.

Uma das tradições mais difundidas e tradicionais é a cebola que é pendurada na porta principal para atrair prosperidade e ressurgimento no Ano Novo. Ou a romã, também atrás da porta, que deve ser arremessada por uma pessoa da família para que se abra; as sementes espalhadas são um bom presságio.

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O pão com manjericão faz parte das tradições gregas para o Ano Novo, sempre ligadas à boa sorte.

Japão: preparo de pratos especiais no tradicional washoku

Os japoneses recebem o Ano Novo preparando diversas iguarias ornamentadas para dar as boas-vindas aos deuses do próximo ano. Na comida ritual ou washoku, são usados ingredientes naturais e locais, tais como arroz, peixes, vegetais e plantas silvestres comestíveis, que são servidos em louças especiais.

Finlândia: derreter ferraduras

Poucos minutos depois da virada para o dia 1º de janeiro, os finlandeses pegam ferraduras e as colocam no fogo em um recipiente apropriado. Uma vez que a ferradura de estanho estiver derretida, o líquido é cuidadosamente colocado em um balde de água fria. A forma que ele assumir enquanto esfria indicará a sorte do ano que se inicia.

Você pode se interessar: Eu não gosto do Natal! O que faço?

Dinamarca: pular em uma cadeira e quebrar pratos

Quando se trata de tradições de Ano Novo curiosas, os dinamarqueses levam vantagem. O ritual consiste em jogar pratos em direção à porta das casas de amigos e familiares à meia-noite. Se possível, o aparelho de jantar completo, já que o número de fragmentos é proporcional à sorte que desejam. Antes disso, à meia-noite em ponto, eles pulam em uma cadeira para garantir a própria sorte.

Rússia: o Avô Gelo distribui presentes

Na noite de 31 de dezembro, o Avô Gelo, Ded Moroz, visita as casas com a sua neta Snegurochka, a Donzela da Neve. A partir de uma velha e pequena cidade no noroeste da Rússia, ele percorre o vasto país e, para esperá-lo, os russos se preparam com diversas atividades.

A variedade de alimentos é importante porque representa a abundância, já que existe a crença de que o ano seguinte será da forma como ele for recebido.

Colômbia: sair com uma mala para garantir viagens

Na Colômbia, os locais saem de casa com uma mala para projetar futuras viagens no Ano Novo. Ela deve estar cheia, como se fossem fazer uma viagem de verdade. Em alguns lugares, ao ar livre, durante as comemorações e abraços, queima-se um boneco à meia-noite, que representa o ano velho.

Também há costumes de influência europeia. Por exemplo, o da Espanha, de comer doze uvas para ter boa sorte. E o da Itália, de comer lentilha para ter fartura.

Ilha Christmas: a primeira a receber o Ano Novo

A noroeste da Austrália, no Oceano Pacífico, existe um arquipélago com cerca de 5.000 habitantes. Lá, nesta ilha de corais e reservatório da vida animal, o Ano Novo chega mais cedo do que no resto do mundo. E como ele é comemorado? Com fogos de artifício, festas e missas nos povoados.

Argentina: queimar o ano velho

Assim como em muitas cidades latino-americanas, na Argentina a queima do ano velho é um ritual de purificação do qual toda a comunidade participa. Para que funcione e traga prosperidade, o boneco precisa estar cheio de cores e simbolismo. Quando incendiado, ele deve queimar durante bastante tempo e explodir ruidosamente.

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Os fogos de artifício são comuns em vários países para receber o Ano Novo.

Cidade do Cabo, capital da África do Sul, comemora o segundo Ano Novo

Os habitantes da Cidade do Cabo celebram o Tweede Nuwe Jaar no dia 2 de janeiro e o chamam de ‘segundo Ano Novo’. Nesse dia, eles relembram a festa que era permitida para os seus avós escravos depois que as festividades dos senhores tinham terminado.

Em Johanesburgo, a maior cidade da África do Sul, vira-se totalmente a página na festa de Ano Novo. Eles jogam móveis e objetos velhos ou em desuso na rua, a fim de se purificar e atrair prosperidade.

Veja também:  Você tende a ficar triste no Natal? Não perca estes 6 conselhos

Índia: tantos Anos Novos quanto existem grandes culturas

Já vimos que o fim de ano não é apenas uma questão de calendário; é algo cultural, religioso e geográfico. Na Índia, por exemplo, existem várias tradições de Ano Novo. Em Bengala, ele é comemorado no dia 15 de abril, o primeiro dia do calendário lunar bengali.

Na segunda semana também do mês de abril, o Ano Novo Malabar, conhecido como vishu, acontece em Kerala. É consumido o tradicional sadya, servido em folhas de bananeira. Os elefantes são enfeitados e os templos locais são perfumados com incenso.

Porém, o mais difundido é o Ano Novo Diwali, no mês de novembro. Nesta data, é comemorada a vitória da luz sobre as trevas, com velas e lanternas que cobrem o fascinante território hindu.

O solstício de inverno marca a diferença entre as tradições de Ano Novo

No hemisfério norte, o solstício de inverno começa em 21 de dezembro. As festas de Natal e Ano Novo são marcadas por este acontecimento que, em diferentes culturas, representa um momento de renovação e renascimento. Países e regiões sob a influência do solstício celebram o final do ano de maneiras semelhantes: pirotecnia, árvores enfeitadas, ruas coloridas e presentes.

Outras regiões e culturas ficam sob a influência do equinócio da primavera, de 20 a 21 de março, e do equinócio de outono, de 21 a 22 de setembro. Nas festas de final de ano, na sua variedade e diversidade, as estações se encontram e se contrastam.

As tradições de Ano Novo mundo afora nos lembram de que todo começo é sagrado e eterno. Ele é celebrado pelos nossos ancestrais desde os tempos mais remotos. Partindo da Suméria e das Saturnais em Roma até chegar ao Natal cristão, o Ano Novo sempre trouxe consigo uma promessa de prosperidade.

Em cada país, ele é celebrado de uma forma diferente, pois responde aos costumes de cada região. Vamos apresentar um resumo de diferentes tradições a seguir. Com qual delas você se identifica?

Espanha: comer as 12 uvas da boa sorte

O Ano Novo na Espanha é celebrado em família com uma boa ceia, bebida e o ritual mais importante: comer doze uvas para ter boa sorte. Alguns começam a comê-las ao ritmo das badaladas do relógio da Puerta del Sol em Madrid, que muitos acompanham através da televisão. Enquanto isso, outros vão para as praças e há quem prefira ficar em casa com os familiares.

Acredita-se que a origem desse costume esteja ligada à fabricação do vinho na região e à produção excessiva da fruta, que influenciou a difusão da tradição para todas as casas espanholas no início do século XX.

Grécia: jogos na véspera do Ano Novo e uma cebola pendurada

A véspera do Ano Novo dos gregos é acompanhada por vários rituais. Há jogos, incluindo os de cartas ou dados, porque acredita-se que a vitória é um presságio de um bom ano. Outro costume é servir pão com manjericão; haverá uma moeda escondida em um deles e quem encontrá-la terá sorte.

Uma das tradições mais difundidas e tradicionais é a cebola que é pendurada na porta principal para atrair prosperidade e ressurgimento no Ano Novo. Ou a romã, também atrás da porta, que deve ser arremessada por uma pessoa da família para que se abra; as sementes espalhadas são um bom presságio.

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O pão com manjericão faz parte das tradições gregas para o Ano Novo, sempre ligadas à boa sorte.

Japão: preparo de pratos especiais no tradicional washoku

Os japoneses recebem o Ano Novo preparando diversas iguarias ornamentadas para dar as boas-vindas aos deuses do próximo ano. Na comida ritual ou washoku, são usados ingredientes naturais e locais, tais como arroz, peixes, vegetais e plantas silvestres comestíveis, que são servidos em louças especiais.

Finlândia: derreter ferraduras

Poucos minutos depois da virada para o dia 1º de janeiro, os finlandeses pegam ferraduras e as colocam no fogo em um recipiente apropriado. Uma vez que a ferradura de estanho estiver derretida, o líquido é cuidadosamente colocado em um balde de água fria. A forma que ele assumir enquanto esfria indicará a sorte do ano que se inicia.

Você pode se interessar: Eu não gosto do Natal! O que faço?

Dinamarca: pular em uma cadeira e quebrar pratos

Quando se trata de tradições de Ano Novo curiosas, os dinamarqueses levam vantagem. O ritual consiste em jogar pratos em direção à porta das casas de amigos e familiares à meia-noite. Se possível, o aparelho de jantar completo, já que o número de fragmentos é proporcional à sorte que desejam. Antes disso, à meia-noite em ponto, eles pulam em uma cadeira para garantir a própria sorte.

Rússia: o Avô Gelo distribui presentes

Na noite de 31 de dezembro, o Avô Gelo, Ded Moroz, visita as casas com a sua neta Snegurochka, a Donzela da Neve. A partir de uma velha e pequena cidade no noroeste da Rússia, ele percorre o vasto país e, para esperá-lo, os russos se preparam com diversas atividades.

A variedade de alimentos é importante porque representa a abundância, já que existe a crença de que o ano seguinte será da forma como ele for recebido.

Colômbia: sair com uma mala para garantir viagens

Na Colômbia, os locais saem de casa com uma mala para projetar futuras viagens no Ano Novo. Ela deve estar cheia, como se fossem fazer uma viagem de verdade. Em alguns lugares, ao ar livre, durante as comemorações e abraços, queima-se um boneco à meia-noite, que representa o ano velho.

Também há costumes de influência europeia. Por exemplo, o da Espanha, de comer doze uvas para ter boa sorte. E o da Itália, de comer lentilha para ter fartura.

Ilha Christmas: a primeira a receber o Ano Novo

A noroeste da Austrália, no Oceano Pacífico, existe um arquipélago com cerca de 5.000 habitantes. Lá, nesta ilha de corais e reservatório da vida animal, o Ano Novo chega mais cedo do que no resto do mundo. E como ele é comemorado? Com fogos de artifício, festas e missas nos povoados.

Argentina: queimar o ano velho

Assim como em muitas cidades latino-americanas, na Argentina a queima do ano velho é um ritual de purificação do qual toda a comunidade participa. Para que funcione e traga prosperidade, o boneco precisa estar cheio de cores e simbolismo. Quando incendiado, ele deve queimar durante bastante tempo e explodir ruidosamente.

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Os fogos de artifício são comuns em vários países para receber o Ano Novo.

Cidade do Cabo, capital da África do Sul, comemora o segundo Ano Novo

Os habitantes da Cidade do Cabo celebram o Tweede Nuwe Jaar no dia 2 de janeiro e o chamam de ‘segundo Ano Novo’. Nesse dia, eles relembram a festa que era permitida para os seus avós escravos depois que as festividades dos senhores tinham terminado.

Em Johanesburgo, a maior cidade da África do Sul, vira-se totalmente a página na festa de Ano Novo. Eles jogam móveis e objetos velhos ou em desuso na rua, a fim de se purificar e atrair prosperidade.

Veja também:  Você tende a ficar triste no Natal? Não perca estes 6 conselhos

Índia: tantos Anos Novos quanto existem grandes culturas

Já vimos que o fim de ano não é apenas uma questão de calendário; é algo cultural, religioso e geográfico. Na Índia, por exemplo, existem várias tradições de Ano Novo. Em Bengala, ele é comemorado no dia 15 de abril, o primeiro dia do calendário lunar bengali.

Na segunda semana também do mês de abril, o Ano Novo Malabar, conhecido como vishu, acontece em Kerala. É consumido o tradicional sadya, servido em folhas de bananeira. Os elefantes são enfeitados e os templos locais são perfumados com incenso.

Porém, o mais difundido é o Ano Novo Diwali, no mês de novembro. Nesta data, é comemorada a vitória da luz sobre as trevas, com velas e lanternas que cobrem o fascinante território hindu.

O solstício de inverno marca a diferença entre as tradições de Ano Novo

No hemisfério norte, o solstício de inverno começa em 21 de dezembro. As festas de Natal e Ano Novo são marcadas por este acontecimento que, em diferentes culturas, representa um momento de renovação e renascimento. Países e regiões sob a influência do solstício celebram o final do ano de maneiras semelhantes: pirotecnia, árvores enfeitadas, ruas coloridas e presentes.

Outras regiões e culturas ficam sob a influência do equinócio da primavera, de 20 a 21 de março, e do equinócio de outono, de 21 a 22 de setembro. Nas festas de final de ano, na sua variedade e diversidade, as estações se encontram e se contrastam.


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  • Campo T., Alberto (2006) El verano contra el invierno. Mimesis y subversión ritual en la religiosidad popular. Zainak. Cuadernos de Antropología-Etnografía, ISSN 1137-439X, Nº. 28. Disponible en: https://core.ac.uk/download/pdf/11499775.pdf
  • Choza, Jacinto (2018) La Fiesta de Año Nuevo. Una interpretación. RAPHISA. Revista de Antropología y Filosofía de lo Sagrado. Review of Anthropology and Philosophy of the Sacrum. ISSN: 2530-1233 Nº 4, Julio-Diciembre (2018) pp.: 9-24. Disponible en: https://revistas.uma.es/index.php/Raphisa/article/view/7380/6875
  • Delgadillo, Rosalba (2008) El equinoccio de primavera: mitos y realidades. Casa del Tiempo, IV. N° 13. Pp. 57-62. Disponible en: http://www.uam.mx/difusion/casadeltiempo/13_iv_nov_2008/casa_del_tiempo_eIV_num13_57_62.pdf
  • Menna, Rosana (2015) Arte a la hoguera. Revista Museo, N° 27. Pp. 59-64. Fundación Museo La Plata. Argentina. Disponible en: http://sedici.unlp.edu.ar/bitstream/handle/10915/52139/Documento_completo.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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