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Professora adotou menina de 16 anos quando descobriu que ela morava em um orfanato

4 minutos
A relação entre professores e alunos pode ir além daquele contato diário na sala de aula, possibilitando a criação de vínculos para toda a vida.
Professora adotou menina de 16 anos quando descobriu que ela morava em um orfanato
Última atualização: 10 fevereiro, 2022

Miriam Coronel não pensou duas vezes. A professora adotou uma menina de 16 anos que era sua aluna quando descobriu que a jovem vivia em um orfanato em péssimas condições.

Camila, de 16 anos, agora é o terceiro filho que Miriam e o marido, Nestor Marchese, adotaram. Eles já eram pais de Ian e Lorenzo, de 7 e 8 anos respectivamente.

Ter um filho vai muito além dos laços de sangue. A essência da adoção é oferecer a uma criança, independentemente de sua idade, a possibilidade de ter um núcleo familiar harmônico. A adoção é uma alternativa para os casais que não podem ter filhos próprios.

A família, indistintamente de sua tipologia, é o pilar sobre o qual se sustenta o desenvolvimento de um indivíduo. Ela modela a nossa maneira de pensar, de tomar decisões, a forma de nos comportarmos e até a nossa perspectiva de vida. O ambiente no qual uma criança cresce a define como pessoa.

Adotar adolescentes e crianças com mais de 7 anos é a maneira mais rápida de realizar o sonho de ser pai ou de ser mãe. A grande maioria das crianças e adolescentes prontos para serem adotados tem mais de 7 anos, enquanto os pais que estão na fila para adotar desejam crianças mais novas. Muitos desses jovens são rejeitados, então para Camila essa foi uma oportunidade de ouro.

A adoção proporciona tanto aos pais quanto às crianças e adolescentes uma segunda chance, uma possibilidade de dar e receber amor.

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A adoção é um ato de amor

Miriam e o marido sempre quiseram ter filhos, mas, devido a um problema de fertilidade diagnosticado na professora, eles nunca conseguiram realizar esse sonho. Foi assim que decidiram que teriam que adotar para fazer a família crescer.

Nestor ainda estava um pouco relutante, mas quando completou 45 anos percebeu que a adoção era a melhor solução para eles. No fim de 2016, depois de participarem de uma palestra sobre famílias adotivas, perceberam que não queriam bebês, já que eram mais velhos e cheios de ocupações que não condiziam com a rotina de crianças pequenas.

O processo não foi longo. Em apenas três meses receberam a informação de que poderiam adotar dois meninos. Foi assim que Ian e Lorenzo passaram a fazer parte de suas vidas.

Miriam e Nestor prometeram que nunca seriam agressivos com eles e formariam uma sólida e amorosa família. Quando eles já estavam acostumados com o novo sistema da casa, tanto os filhos como os pais, Camila apareceu.

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Após um ano, Miriam resolveu contar a história de Camila nas redes sociais

“Ela era muito tímida, ficava sentada no fundo da sala contra a parede. Se eu não a forçasse a trabalhar em grupo, ela não fazia. Não tínhamos muito vínculo e a certa altura ela começou a faltar”, disse a professora.

Assim que Miriam soube que a adolescente morava em um orfanato e não ia bem na escola por diversos motivos pessoais, ela não pensou duas vezes, foi falar com o marido sobre Camila e disse que precisavam ajudá-la.

A professora então decidiu enviar uma mensagem por meio de outra menina, que era colega de Camila no abrigo: “Diga a ela que a professora sente falta dela e quer vê-la”. Miriam lembra que no dia seguinte, Camila estava de volta para a sala de aula.

De acordo com o juiz, Camila precisava de “referências emocionais”, que basicamente é quando os adultos atuam como pais adotivos provisórios de alguma criança até que ela seja enviada para um lar permanente. Miriam aceitou ocupar esse papel na vida da adolescente de 16 anos, mesmo sabendo que sofreria muito no dia em que esse vínculo acabasse. O processo foi longo, porque no início a jovem só ia para a casa do casal aos finais de semana.

Depois de algum tempo, Miriam e Nestor decidiram adotar a jovem e perguntaram aos filhos o que eles achavam de ter Camila como irmã. Nessa época, Camila já havia se aproximado muito dos meninos, e eles ficaram muito felizes em recebê-la em casa.

Depois de enfrentarem toda a burocracia que uma adoção exige, o casal decidiu que eles poderiam dar a Camila o lar acolhedor de que ela precisava. Eles deram entrada no Conselho Tutelar no final de 2019, e a guarda foi concedida apenas no final de 2020.

“Não é difícil adotar, a questão é se perguntar com quem você quer formar uma família, porque podemos formar família com pessoas de qualquer idade. Embora não seja ruim querer ter um bebê em casa, existem crianças maiores e adolescentes que também precisam de um lar amoroso”, finalizou a professora.

Atualmente, a família toda luta para que crianças mais velhas sejam adotadas.

Miriam Coronel não pensou duas vezes. A professora adotou uma menina de 16 anos que era sua aluna quando descobriu que a jovem vivia em um orfanato em péssimas condições.

Camila, de 16 anos, agora é o terceiro filho que Miriam e o marido, Nestor Marchese, adotaram. Eles já eram pais de Ian e Lorenzo, de 7 e 8 anos respectivamente.

Ter um filho vai muito além dos laços de sangue. A essência da adoção é oferecer a uma criança, independentemente de sua idade, a possibilidade de ter um núcleo familiar harmônico. A adoção é uma alternativa para os casais que não podem ter filhos próprios.

A família, indistintamente de sua tipologia, é o pilar sobre o qual se sustenta o desenvolvimento de um indivíduo. Ela modela a nossa maneira de pensar, de tomar decisões, a forma de nos comportarmos e até a nossa perspectiva de vida. O ambiente no qual uma criança cresce a define como pessoa.

Adotar adolescentes e crianças com mais de 7 anos é a maneira mais rápida de realizar o sonho de ser pai ou de ser mãe. A grande maioria das crianças e adolescentes prontos para serem adotados tem mais de 7 anos, enquanto os pais que estão na fila para adotar desejam crianças mais novas. Muitos desses jovens são rejeitados, então para Camila essa foi uma oportunidade de ouro.

A adoção proporciona tanto aos pais quanto às crianças e adolescentes uma segunda chance, uma possibilidade de dar e receber amor.

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A adoção é um ato de amor

Miriam e o marido sempre quiseram ter filhos, mas, devido a um problema de fertilidade diagnosticado na professora, eles nunca conseguiram realizar esse sonho. Foi assim que decidiram que teriam que adotar para fazer a família crescer.

Nestor ainda estava um pouco relutante, mas quando completou 45 anos percebeu que a adoção era a melhor solução para eles. No fim de 2016, depois de participarem de uma palestra sobre famílias adotivas, perceberam que não queriam bebês, já que eram mais velhos e cheios de ocupações que não condiziam com a rotina de crianças pequenas.

O processo não foi longo. Em apenas três meses receberam a informação de que poderiam adotar dois meninos. Foi assim que Ian e Lorenzo passaram a fazer parte de suas vidas.

Miriam e Nestor prometeram que nunca seriam agressivos com eles e formariam uma sólida e amorosa família. Quando eles já estavam acostumados com o novo sistema da casa, tanto os filhos como os pais, Camila apareceu.

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Após um ano, Miriam resolveu contar a história de Camila nas redes sociais

“Ela era muito tímida, ficava sentada no fundo da sala contra a parede. Se eu não a forçasse a trabalhar em grupo, ela não fazia. Não tínhamos muito vínculo e a certa altura ela começou a faltar”, disse a professora.

Assim que Miriam soube que a adolescente morava em um orfanato e não ia bem na escola por diversos motivos pessoais, ela não pensou duas vezes, foi falar com o marido sobre Camila e disse que precisavam ajudá-la.

A professora então decidiu enviar uma mensagem por meio de outra menina, que era colega de Camila no abrigo: “Diga a ela que a professora sente falta dela e quer vê-la”. Miriam lembra que no dia seguinte, Camila estava de volta para a sala de aula.

De acordo com o juiz, Camila precisava de “referências emocionais”, que basicamente é quando os adultos atuam como pais adotivos provisórios de alguma criança até que ela seja enviada para um lar permanente. Miriam aceitou ocupar esse papel na vida da adolescente de 16 anos, mesmo sabendo que sofreria muito no dia em que esse vínculo acabasse. O processo foi longo, porque no início a jovem só ia para a casa do casal aos finais de semana.

Depois de algum tempo, Miriam e Nestor decidiram adotar a jovem e perguntaram aos filhos o que eles achavam de ter Camila como irmã. Nessa época, Camila já havia se aproximado muito dos meninos, e eles ficaram muito felizes em recebê-la em casa.

Depois de enfrentarem toda a burocracia que uma adoção exige, o casal decidiu que eles poderiam dar a Camila o lar acolhedor de que ela precisava. Eles deram entrada no Conselho Tutelar no final de 2019, e a guarda foi concedida apenas no final de 2020.

“Não é difícil adotar, a questão é se perguntar com quem você quer formar uma família, porque podemos formar família com pessoas de qualquer idade. Embora não seja ruim querer ter um bebê em casa, existem crianças maiores e adolescentes que também precisam de um lar amoroso”, finalizou a professora.

Atualmente, a família toda luta para que crianças mais velhas sejam adotadas.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.