Quando é necessário fazer terapia familiar?
Escrito e verificado por o psicólogo Andrés Carrillo
As relações sociais humanas são complexas, mesmo entre os membros de uma família. A terapia familiar é uma modalidade de abordagem psicoterapêutica que busca melhorar as deficiências desse sistema de vínculos.
Neste artigo, vamos explicar quando é necessário procurar uma terapia familiar. Além disso, vamos revisar alguns de seus princípios mais elementares e descobrir em quais casos ela pode ser eficaz.
O que é a terapia familiar?
O objetivo de uma terapia familiar é detectar os principais problemas do sistema constituído pelos membros da família. Portanto, trata-se de um processo de acompanhamento terapêutico que visa melhorar a convivência.
É comum que, durante uma terapia familiar, sejam abordados aspectos como a comunicação assertiva, a tolerância à frustração, o reconhecimento das próprias emoções e das emoções dos outros. Tudo isso a fim de melhorar as capacidades de adaptação de quem compõe o sistema familiar.
Esse tipo de terapia é realizado por psicólogos e terapeutas e, em alguns casos, por um assistente social clínico. Em geral, a modalidade é de curta duração, pois o objetivo principal é solucionar problemas pontuais.
Leia também: 6 obstáculos comuns na terapia de casal
Quais são os benefícios da terapia familiar?
Vamos ver uma lista dos principais benefícios de frequentar um terapeuta de família. Além de melhorar o processo de comunicação assertiva, há outros benefícios importantes.
1. Não requer a participação de toda a família
Embora a terapia vise melhorar o sistema familiar, ela não exige que todos os membros participem. Podem participar apenas as pessoas que sentirem necessidade.
O terapeuta será capaz de fornecer os recursos necessários para aqueles que participam da terapia para que possam ser agentes de mudança em seu sistema familiar.
2. Melhora o processo de comunicação
Os processos comunicativos são indispensáveis para o bem-estar dos vínculos familiares. Em muitos casos, determinadas carências expressivas geram conflitos intensos nas famílias. Porém, uma vez que a comunicação melhora, os problemas podem ser solucionados.
Durante as primeiras sessões, o terapeuta deverá assumir a função de tradutor, para que a comunicação entre os participantes da consulta tenha eficácia. Trata-se de compreender qual é o verdadeiro significado por trás de um comportamento ou uma frase, e fornecer as ferramentas para expressá-lo.
3. Fortalece a confiança familiar
Outro aspecto que gera conflitos dentro da dinâmica familiar é a desconfiança. Quando ocorrem eventos que prejudicam o vínculo de confiança, as relações se deterioram de maneira intensa.
Para reforçar a segurança, é necessário entender que algumas coisas não podem ser mudadas, restando aceitá-las como aconteceram. Uma vez que a aceitação ocorre, as pessoas se sentem aliviadas.
Eventualmente, elas serão capazes de depositar novamente sua confiança nos outros membros da família. É claro que esse processo não ocorre da mesma forma em todos os casos. Em algumas famílias, as relações podem demorar mais para se reestruturar.
4. Previne futuros conflitos
Em psicologia, existem motivos reais e aparentes. É comum que, quando uma pessoa ou núcleo familiar comparece a uma consulta, exista um motivo aparente.
Então, à medida que o processo avança, o terapeuta poderá encontrar as verdadeiras razões dos conflitos e evitar que se intensifiquem ou causem novos problemas.
5. Reduz os níveis de agressividade
A agressividade é natural em todas as pessoas. Trata-se de um alto nível de intensidade que se concentra no enfrentamento de determinada situação. Quando dizemos que uma pessoa é agressiva, queremos dizer que ela tem determinação. Não é a mesma coisa que ser violenta.
Nos conflitos familiares, muitas vezes acontece de a agressividade mal canalizada acabar se transformando em atos de violência doméstica. É por isso que um dos principais objetivos do terapeuta familiar deve ser diminuir a agressividade e direcionar a dinâmica a formas mais adaptativas de resolução de conflitos.
Quando é necessário recorrer à terapia familiar?
Nos casos em que a família está imersa em situações que afetam o seu desenvolvimento natural e de forma contínua, será necessário procurar um profissional. Muitas vezes acontece de as pessoas tentarem buscar ajuda individualizada primeiro. Nesse caso, o terapeuta deve sugerir a terapia familiar.
Como mencionamos, nem sempre todos os membros participarão do processo. O ideal é que as pessoas participem voluntariamente, com a firme convicção de incorporar os recursos terapêuticos em suas vidas diárias.
Nenhuma família está a salvo de problemas, mas quando os conflitos se tornam recorrentes e intensos, o funcionamento do sistema começa a falhar. Dessa forma, podemos estabelecer que devemos procurar um terapeuta familiar quando o desconforto se tornar duradouro e intenso.
Descubra também: Tipos de famílias tóxicas e características que as definem
Características de uma família saudável
Uma família saudável, se é que essa expressão pode ser usada, é aquela que enfrenta seus conflitos de forma funcional, sem deixar que os vínculos sejam permanentemente afetados. Dessa forma, existe uma série de qualidades típicas de famílias saudáveis:
- Respeito pelas diferenças individuais de cada um dos membros.
- Cuidado na medida certa, sem superproteger ou negligenciar.
- Existência de acordos de convivência determinados em conjunto.
- Padrões que não são rígidos e podem ser flexibilizados quando necessário.
- Comunicação natural sem medo de se expressar.
O que fazer se minha família não quiser fazer terapia?
No caso de uma recusa generalizada em frequentar a terapia familiar, pode ser prestada assistência individual para que o paciente possa adquirir recursos essenciais de comunicação. Em seguida, será feita uma tentativa de fazer com que outros membros participem do processo de forma voluntária.
Em alguns casos, o terapeuta pode entrar em contato com membros da família para convidá-los a participar das sessões. Não importa se você faz terapia individual. Dar o primeiro passo é um começo para melhorar as condições.
As relações sociais humanas são complexas, mesmo entre os membros de uma família. A terapia familiar é uma modalidade de abordagem psicoterapêutica que busca melhorar as deficiências desse sistema de vínculos.
Neste artigo, vamos explicar quando é necessário procurar uma terapia familiar. Além disso, vamos revisar alguns de seus princípios mais elementares e descobrir em quais casos ela pode ser eficaz.
O que é a terapia familiar?
O objetivo de uma terapia familiar é detectar os principais problemas do sistema constituído pelos membros da família. Portanto, trata-se de um processo de acompanhamento terapêutico que visa melhorar a convivência.
É comum que, durante uma terapia familiar, sejam abordados aspectos como a comunicação assertiva, a tolerância à frustração, o reconhecimento das próprias emoções e das emoções dos outros. Tudo isso a fim de melhorar as capacidades de adaptação de quem compõe o sistema familiar.
Esse tipo de terapia é realizado por psicólogos e terapeutas e, em alguns casos, por um assistente social clínico. Em geral, a modalidade é de curta duração, pois o objetivo principal é solucionar problemas pontuais.
Leia também: 6 obstáculos comuns na terapia de casal
Quais são os benefícios da terapia familiar?
Vamos ver uma lista dos principais benefícios de frequentar um terapeuta de família. Além de melhorar o processo de comunicação assertiva, há outros benefícios importantes.
1. Não requer a participação de toda a família
Embora a terapia vise melhorar o sistema familiar, ela não exige que todos os membros participem. Podem participar apenas as pessoas que sentirem necessidade.
O terapeuta será capaz de fornecer os recursos necessários para aqueles que participam da terapia para que possam ser agentes de mudança em seu sistema familiar.
2. Melhora o processo de comunicação
Os processos comunicativos são indispensáveis para o bem-estar dos vínculos familiares. Em muitos casos, determinadas carências expressivas geram conflitos intensos nas famílias. Porém, uma vez que a comunicação melhora, os problemas podem ser solucionados.
Durante as primeiras sessões, o terapeuta deverá assumir a função de tradutor, para que a comunicação entre os participantes da consulta tenha eficácia. Trata-se de compreender qual é o verdadeiro significado por trás de um comportamento ou uma frase, e fornecer as ferramentas para expressá-lo.
3. Fortalece a confiança familiar
Outro aspecto que gera conflitos dentro da dinâmica familiar é a desconfiança. Quando ocorrem eventos que prejudicam o vínculo de confiança, as relações se deterioram de maneira intensa.
Para reforçar a segurança, é necessário entender que algumas coisas não podem ser mudadas, restando aceitá-las como aconteceram. Uma vez que a aceitação ocorre, as pessoas se sentem aliviadas.
Eventualmente, elas serão capazes de depositar novamente sua confiança nos outros membros da família. É claro que esse processo não ocorre da mesma forma em todos os casos. Em algumas famílias, as relações podem demorar mais para se reestruturar.
4. Previne futuros conflitos
Em psicologia, existem motivos reais e aparentes. É comum que, quando uma pessoa ou núcleo familiar comparece a uma consulta, exista um motivo aparente.
Então, à medida que o processo avança, o terapeuta poderá encontrar as verdadeiras razões dos conflitos e evitar que se intensifiquem ou causem novos problemas.
5. Reduz os níveis de agressividade
A agressividade é natural em todas as pessoas. Trata-se de um alto nível de intensidade que se concentra no enfrentamento de determinada situação. Quando dizemos que uma pessoa é agressiva, queremos dizer que ela tem determinação. Não é a mesma coisa que ser violenta.
Nos conflitos familiares, muitas vezes acontece de a agressividade mal canalizada acabar se transformando em atos de violência doméstica. É por isso que um dos principais objetivos do terapeuta familiar deve ser diminuir a agressividade e direcionar a dinâmica a formas mais adaptativas de resolução de conflitos.
Quando é necessário recorrer à terapia familiar?
Nos casos em que a família está imersa em situações que afetam o seu desenvolvimento natural e de forma contínua, será necessário procurar um profissional. Muitas vezes acontece de as pessoas tentarem buscar ajuda individualizada primeiro. Nesse caso, o terapeuta deve sugerir a terapia familiar.
Como mencionamos, nem sempre todos os membros participarão do processo. O ideal é que as pessoas participem voluntariamente, com a firme convicção de incorporar os recursos terapêuticos em suas vidas diárias.
Nenhuma família está a salvo de problemas, mas quando os conflitos se tornam recorrentes e intensos, o funcionamento do sistema começa a falhar. Dessa forma, podemos estabelecer que devemos procurar um terapeuta familiar quando o desconforto se tornar duradouro e intenso.
Descubra também: Tipos de famílias tóxicas e características que as definem
Características de uma família saudável
Uma família saudável, se é que essa expressão pode ser usada, é aquela que enfrenta seus conflitos de forma funcional, sem deixar que os vínculos sejam permanentemente afetados. Dessa forma, existe uma série de qualidades típicas de famílias saudáveis:
- Respeito pelas diferenças individuais de cada um dos membros.
- Cuidado na medida certa, sem superproteger ou negligenciar.
- Existência de acordos de convivência determinados em conjunto.
- Padrões que não são rígidos e podem ser flexibilizados quando necessário.
- Comunicação natural sem medo de se expressar.
O que fazer se minha família não quiser fazer terapia?
No caso de uma recusa generalizada em frequentar a terapia familiar, pode ser prestada assistência individual para que o paciente possa adquirir recursos essenciais de comunicação. Em seguida, será feita uma tentativa de fazer com que outros membros participem do processo de forma voluntária.
Em alguns casos, o terapeuta pode entrar em contato com membros da família para convidá-los a participar das sessões. Não importa se você faz terapia individual. Dar o primeiro passo é um começo para melhorar as condições.
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- Andolfi, Profesor Maurizio. “Terapia Familiar.” Famila (2015): n. pag. Print.
- Martha Laura Gutiérrez Fraire. “Cambios Modestos, Grandes Revoluciones. Terapia Familiar Crítica.” Carta Económica Regional 0.124 (2019): 211–216. Carta Económica Regional. Web.
- “Psicopatología y Terapia Familiar: Una Relación Compleja.” Revista Mexicana de Investigación en Psicología 5.2 (2013): 175–183. Print.
- Ozorio, Luiz Carlos. Valle, Maria Elizabeth Pascual. “Manual de Terapia Familiar.” Artmed (2009): n. pag. Print.
- Minuchin, Salvador, and H Charles Fish Man. Técnicas De Terapia Familiar. Vol. 53. N.p., 2019. Print.
- Fernández Alonso, Mª. “Violencia doméstica.” Revista clínica electrónica en atención primaria 12 (2007): 0001-3.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.