É possível prevenir as úlceras gástricas?
Escrito e verificado por a médica Karina Valeria Atchian
A ulceração gastroduodenal é algo bastante comum e com uma alta taxa de reincidência, frequentemente observada entre os pacientes. Portanto, ser capaz de prevenir as úlceras gástricas é uma oportunidade para ser aproveitada.
Um baixo percentual de pacientes com a doença pode apresentar sangramento e perfuração como complicações, com o consequente risco de vida. Este não é um problema que pode ser tratado de forma leviana.
O que são as úlceras gástricas?
As úlceras gástricas são defeitos ou feridas na camada interna do estômago ou duodeno (parte do intestino delgado abaixo do estômago). Elas também são chamadas de úlceras pépticas.
Elas se desenvolvem e persistem graças à atividade ácida do suco gástrico. A doença está associada a dois fatores principais: infecção bacteriana por Helicobacter pylori e consumo de anti-inflamatórios não esteroides.
A maioria das pessoas que tem uma úlcera gástrica a desenvolverá de forma assintomática ou só desenvolverá dispepsia:
- Dor na boca do estômago.
- Queimação ou acidez.
- Intolerância às refeições com arrotos e inchaço.
- Náuseas e vômitos.
As complicações da úlcera gástrica incluem sangramento, penetração, perfuração e obstrução da saída gástrica. Elas caíram em relação às décadas anteriores graças à identificação e tratamento do H. pylori.
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Quais fatores aumentam a chance de ter úlceras gástricas?
Um dos fatores determinantes é a infecção gástrica por Helicobacter pylori. Entre 85% e 100% dos pacientes com úlceras gastroduodenais testam positivo para a presença da bactéria no estômago ou duodeno.
Da mesma forma, o uso de anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina, ibuprofeno, indometacina, diclofenac, piroxicam e naproxeno, juntamente com outras drogas, como cigarros e álcool, são práticas arriscadas. O problema aumenta progressivamente com a quantidade de anos de uso.
Também se sabe que há uma predisposição familiar para o surgimento das úlceras. Essa genética costuma ser acompanhada por certos hábitos que facilitam o início da doença, como é o caso da ingestão de alimentos e bebidas que podem causar transtornos estomacais. Manter uma dieta saudável com muitas frutas, vegetais e fibras pode diminuir o risco de alguém vir a desenvolver úlceras gástricas.
O papel do estresse na formação das úlceras é controverso. Há algumas evidências de que ele pode contribuir para o seu desenvolvimento, bem como para a cura parcial e para o aumento da recorrência.
Como prevenir as úlceras gástricas?
Para prevenir as úlceras gástricas, aqui estão algumas recomendações que você pode seguir que se enquadram no contexto de hábitos saudáveis e tratamentos médicos baseados em evidências científicas:
- Evite a aspirina sempre que possível. Em particular, sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada em pacientes com histórico de ulceração gástrica. Da mesma forma, devem ser utilizadas as menores doses possíveis, acompanhando-as com refeições. Se for necessário um analgésico, o acetaminofeno é preferível.
- Para pacientes que têm histórico de ulceração e que devem continuar usando aspirina ou outros AINEs, o tratamento conjunto com um inibidor da bomba de prótons (por exemplo, omeprazol) costuma ser recomendado enquanto estes forem usados.
- Erradicar a infecção por H. pylori com antibióticos. Vários antibióticos foram avaliados e muitos deles não conseguiram eliminar a infecção. O regime de tratamento selecionado deve considerar os padrões de resistência locais das bactérias. Um dos esquemas utilizados é a combinação de claritromicina e amoxicilina por 14 dias.
- Evite fumar e limite a quantidade de álcool.
- Mude a dieta: evite chocolate, alimentos gordurosos, frituras, café, cítricos e alimentos muito temperados. Embora sejam conhecidos por não serem uma causa direta de úlceras gástricas, eles podem piorar as coisas, por isso é sempre sugerido diminuir a sua ingestão.
- Evite estar acima do peso.
Veja também: Dieta para a gastrite: menus saudáveis que ajudam
As medidas preventivas são importantes para evitar a recorrência
Pacientes que já tiveram úlceras gástricas antes serão beneficiados com a maioria das medidas de prevenção já recomendadas. Deve-se dar ênfase sobretudo à prevenção do uso de AINEs e ao fim do tabagismo.
Além disso, a erradicação do H. pylori deverá ser avaliada por um médico. Isso não é algo que o paciente possa decidir por conta própria. Métodos complementares devem ser aplicados para verificar a existência da bactéria, bem como sua resistência a antibióticos. Uma vez concluído esse processo, o protocolo de ação será estabelecido.
Hábitos saudáveis, redução do estresse e medidas alimentares, embora não sejam fatores causais, podem melhorar a sintomatologia ou prevenir o agravamento da dispepsia. Não há fórmulas mágicas para essa prevenção, embora seja necessário comprometimento e persistência nas mudanças aplicáveis.
A ulceração gastroduodenal é algo bastante comum e com uma alta taxa de reincidência, frequentemente observada entre os pacientes. Portanto, ser capaz de prevenir as úlceras gástricas é uma oportunidade para ser aproveitada.
Um baixo percentual de pacientes com a doença pode apresentar sangramento e perfuração como complicações, com o consequente risco de vida. Este não é um problema que pode ser tratado de forma leviana.
O que são as úlceras gástricas?
As úlceras gástricas são defeitos ou feridas na camada interna do estômago ou duodeno (parte do intestino delgado abaixo do estômago). Elas também são chamadas de úlceras pépticas.
Elas se desenvolvem e persistem graças à atividade ácida do suco gástrico. A doença está associada a dois fatores principais: infecção bacteriana por Helicobacter pylori e consumo de anti-inflamatórios não esteroides.
A maioria das pessoas que tem uma úlcera gástrica a desenvolverá de forma assintomática ou só desenvolverá dispepsia:
- Dor na boca do estômago.
- Queimação ou acidez.
- Intolerância às refeições com arrotos e inchaço.
- Náuseas e vômitos.
As complicações da úlcera gástrica incluem sangramento, penetração, perfuração e obstrução da saída gástrica. Elas caíram em relação às décadas anteriores graças à identificação e tratamento do H. pylori.
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Quais fatores aumentam a chance de ter úlceras gástricas?
Um dos fatores determinantes é a infecção gástrica por Helicobacter pylori. Entre 85% e 100% dos pacientes com úlceras gastroduodenais testam positivo para a presença da bactéria no estômago ou duodeno.
Da mesma forma, o uso de anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina, ibuprofeno, indometacina, diclofenac, piroxicam e naproxeno, juntamente com outras drogas, como cigarros e álcool, são práticas arriscadas. O problema aumenta progressivamente com a quantidade de anos de uso.
Também se sabe que há uma predisposição familiar para o surgimento das úlceras. Essa genética costuma ser acompanhada por certos hábitos que facilitam o início da doença, como é o caso da ingestão de alimentos e bebidas que podem causar transtornos estomacais. Manter uma dieta saudável com muitas frutas, vegetais e fibras pode diminuir o risco de alguém vir a desenvolver úlceras gástricas.
O papel do estresse na formação das úlceras é controverso. Há algumas evidências de que ele pode contribuir para o seu desenvolvimento, bem como para a cura parcial e para o aumento da recorrência.
Como prevenir as úlceras gástricas?
Para prevenir as úlceras gástricas, aqui estão algumas recomendações que você pode seguir que se enquadram no contexto de hábitos saudáveis e tratamentos médicos baseados em evidências científicas:
- Evite a aspirina sempre que possível. Em particular, sua indicação deve ser cuidadosamente avaliada em pacientes com histórico de ulceração gástrica. Da mesma forma, devem ser utilizadas as menores doses possíveis, acompanhando-as com refeições. Se for necessário um analgésico, o acetaminofeno é preferível.
- Para pacientes que têm histórico de ulceração e que devem continuar usando aspirina ou outros AINEs, o tratamento conjunto com um inibidor da bomba de prótons (por exemplo, omeprazol) costuma ser recomendado enquanto estes forem usados.
- Erradicar a infecção por H. pylori com antibióticos. Vários antibióticos foram avaliados e muitos deles não conseguiram eliminar a infecção. O regime de tratamento selecionado deve considerar os padrões de resistência locais das bactérias. Um dos esquemas utilizados é a combinação de claritromicina e amoxicilina por 14 dias.
- Evite fumar e limite a quantidade de álcool.
- Mude a dieta: evite chocolate, alimentos gordurosos, frituras, café, cítricos e alimentos muito temperados. Embora sejam conhecidos por não serem uma causa direta de úlceras gástricas, eles podem piorar as coisas, por isso é sempre sugerido diminuir a sua ingestão.
- Evite estar acima do peso.
Veja também: Dieta para a gastrite: menus saudáveis que ajudam
As medidas preventivas são importantes para evitar a recorrência
Pacientes que já tiveram úlceras gástricas antes serão beneficiados com a maioria das medidas de prevenção já recomendadas. Deve-se dar ênfase sobretudo à prevenção do uso de AINEs e ao fim do tabagismo.
Além disso, a erradicação do H. pylori deverá ser avaliada por um médico. Isso não é algo que o paciente possa decidir por conta própria. Métodos complementares devem ser aplicados para verificar a existência da bactéria, bem como sua resistência a antibióticos. Uma vez concluído esse processo, o protocolo de ação será estabelecido.
Hábitos saudáveis, redução do estresse e medidas alimentares, embora não sejam fatores causais, podem melhorar a sintomatologia ou prevenir o agravamento da dispepsia. Não há fórmulas mágicas para essa prevenção, embora seja necessário comprometimento e persistência nas mudanças aplicáveis.
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