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Os polifenóis do café e a diabetes

5 minutos
Diversos estudos apontam que há certos polifenóis presentes no café que têm propriedades antidiabéticas. Por isso, acredita-se que este alimento possa favorecer a regulação da glicose no sangue. Saiba mais neste artigo.
Os polifenóis do café e a diabetes
Mariana Sánchez Huergo

Escrito e verificado por a nutricionista Mariana Sánchez Huergo

Última atualização: 23 agosto, 2022

Diversos estudos apontam que há certos polifenóis presentes na dieta que têm propriedades antidiabéticas, sugerindo que eles poderiam agir como uma forma de prevenção e tratamento da diabetes tipo 2. Alguns polifenóis presentes no café, por exemplo, influenciam a regulação da glicose no sangue.

Esta bebida foi demonizada durante muito anos. No entanto, atualmente conhecemos os benefícios do seu consumo regular, por isso ela é recomendada como parte da dieta.

Propriedades e polifenóis do café

O café é obtido a partir das sementes torradas e moídas dos frutos da planta de café, conforme indica um artigo publicado no Journal of Agricultural and Food ChemistryEsta é uma das bebidas mais consumidas do mundo e é composta por mais de mil substâncias químicas diferentes, que incluem:

  • Aminoácidos e outros compostos nitrogenados.
  • Polissacarídeos e açúcares.
  • Triacilgliceróis.
  • Acido linoléico.
  • Diterpenos (cafestol e kahweol), aos quais foram atribuídos efeitos desfavoráveis sobre os níveis de colesterol total e LDL do sangue.
  • Compostos fenólicos com atividade antioxidante (ácido clorogênico, cafeico, ferúlico e p-cumárico).
  • Cafeína, que reduz a fadiga, aumenta o estado de alerta, a memória e a capacidade de concentração.
  • Vitaminas do complexo B e minerais como potássio, magnésio, fósforo e ferro.
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O café é uma bebida composta por mais de mil substâncias químicas com propriedades benéficas para a saúde.

Consumo de café

O café é considerado um líquido muito importante dentro da dieta, já que é uma das bebidas não alcoólicas mais consumidas ao redor do mundo. A Finlândia é o maior consumidor de café atualmente, seguida pelo Brasil, que consome 5,9kg de café per capita.

A bebida à base de grãos de café é uma mistura de inúmeros compostos bioativos funcionais que têm um grande impacto em inúmeros fatores de risco para a saúde, como:

  • Hipertensão arterial.
  • Dislipidemia (especificamente, colesterol de baixa densidade ou LDL).
  • Resistência à insulina e hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue).
  • Incidência de diabetes tipo 2.

Leia também: Remédios naturais para o diabetes tipo 2

Polifenóis do café e diabetes

A diabetes é uma doença crônica que ocorre por uma alteração na secreção de insulina, ou quando o organismo não a utiliza de forma eficaz. Trata-se de uma doença muito comum acompanhada por várias complicações cardiovasculares, retinopatia, nefropatia, neuropatia, úlceras e gangrena nos membros.

Estima-se que, em 2035, segundo um estudo publicado na Diabetes Research and Clinical Practice, 592 milhões de pessoas apresentarão esta doença em todo o mundo.

A identificação de tratamentos dietéticos é uma área de interesse e, entre eles, foram estudados os alimentos ricos em polifenóis. Acredita-se que os polifenóis possam diminuir o risco de diabetes e melhorar o seu tratamento.

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O consumo dos polifenóis presentes no café pode reduzir o risco de diabetes.

O que são os polifenóis?

Os polifenóis são substâncias fitoquímicas que têm anéis de fenol, segundo uma pesquisa publicada na Oxidative Medicine and Cellular Longetivity. Centenas de polifenóis estão presentes em alimentos de origem vegetal, como:

  • Os vegetais (principalmente brócolis, cebola, abóbora).
  • Frutas (uva, pera, maçã, frutas vermelhas).
  • Leguminosas (soja).
  • Bebidas (vinho, chocolate, café, cerveja).

A partir disso, foram estudados inúmeros alimentos e medicamentos encarregados de regular o metabolismo energético. Entre eles, um alimento amplamente estudado é o café, cuja evidência científica mostra que seu consumo favorece a prevenção de doenças crônicas degenerativas como a diabetes mellitus tipo 2.

O que se sabe sobre o impacto dos polifenóis do café na diabetes?

Foi observado que diversos componentes dentro do café têm propriedades antidiabéticas. Um estudo publicado na revista Journal of Nutrition por Battram et al em 2006 observou a maneira como a glicose diminui de forma significativa após o consumo de café descafeinado.

Por outro lado, o ácido clorogênico (segundo maior componente do café), as quinidinas e o magnésio mostraram afetar o metabolismo da glicose.

No estudo de Ong et al, 2012, publicado na revista PLoS One, o ácido clorogênico demonstrou retardar a absorção intestinal de glicose através da inibição da glicose-6-fosfato translocase 1 e da redução do gradiente de sódio encarregado do transporte de glicose.

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Os polifenóis do café regulam a absorção e o transporte de glicose.

Um estudo publicado na revista Nutrients demonstrou que o consumo de 400ml de café (com 2,5 mmol de ácido clorogênico por litro) aumentou o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose, e o peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1, ambos hormônios que estimulam a secreção de insulina.

Polifenóis do café e fatores de risco cardiovascular

O elevado teor de compostos fenólicos presentes no café demonstrou uma potente capacidade antioxidante que protege contra a aterosclerose, disfunção endotelial e hipertensão arterial.

Um estudo publicado na revista Nutrients em 2017 descobriu que o consumo moderado de café (equivalente a 1-3 xícaras por dia), que corresponde a um consumo de 101-337 mg/dia de polifenóis, apresentou um efeito benéfico em fatores de risco cardiovascular.

  • Diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica.
  • Melhora do perfil lipídico (menor concentração de colesterol total e colesterol LDL).
  • Redução da concentração de homocisteína, um marcador de risco cardiovascular.

Não deixe de ler: 3 remédios com cúrcuma para prevenir a diabetes

Consumo de polifenóis do café para a prevenção e o tratamento de doenças: a importância de estudos futuros

Para concluir, o café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo e demonstrou ter inúmeras propriedades graças aos seus compostos bioativos. Principalmente, foram estudados os efeitos da cafeína e dos polifenóis do café em diversas doenças.

Embora as propriedades dos polifenóis presentes nos alimentos sejam bem conhecidas, foi observado que os polifenóis do café regulam mecanismos do metabolismo energético, principalmente mediando a concentração de glicose no organismo.

No entanto, os estudos em humanos obtiveram resultados inconsistentes, por isso são necessárias mais pesquisas para comprovar teorias e confirmar ou debater os efeitos antidiabéticos dos polifenóis dietéticos.

Diversos estudos apontam que há certos polifenóis presentes na dieta que têm propriedades antidiabéticas, sugerindo que eles poderiam agir como uma forma de prevenção e tratamento da diabetes tipo 2. Alguns polifenóis presentes no café, por exemplo, influenciam a regulação da glicose no sangue.

Esta bebida foi demonizada durante muito anos. No entanto, atualmente conhecemos os benefícios do seu consumo regular, por isso ela é recomendada como parte da dieta.

Propriedades e polifenóis do café

O café é obtido a partir das sementes torradas e moídas dos frutos da planta de café, conforme indica um artigo publicado no Journal of Agricultural and Food ChemistryEsta é uma das bebidas mais consumidas do mundo e é composta por mais de mil substâncias químicas diferentes, que incluem:

  • Aminoácidos e outros compostos nitrogenados.
  • Polissacarídeos e açúcares.
  • Triacilgliceróis.
  • Acido linoléico.
  • Diterpenos (cafestol e kahweol), aos quais foram atribuídos efeitos desfavoráveis sobre os níveis de colesterol total e LDL do sangue.
  • Compostos fenólicos com atividade antioxidante (ácido clorogênico, cafeico, ferúlico e p-cumárico).
  • Cafeína, que reduz a fadiga, aumenta o estado de alerta, a memória e a capacidade de concentração.
  • Vitaminas do complexo B e minerais como potássio, magnésio, fósforo e ferro.
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O café é uma bebida composta por mais de mil substâncias químicas com propriedades benéficas para a saúde.

Consumo de café

O café é considerado um líquido muito importante dentro da dieta, já que é uma das bebidas não alcoólicas mais consumidas ao redor do mundo. A Finlândia é o maior consumidor de café atualmente, seguida pelo Brasil, que consome 5,9kg de café per capita.

A bebida à base de grãos de café é uma mistura de inúmeros compostos bioativos funcionais que têm um grande impacto em inúmeros fatores de risco para a saúde, como:

  • Hipertensão arterial.
  • Dislipidemia (especificamente, colesterol de baixa densidade ou LDL).
  • Resistência à insulina e hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue).
  • Incidência de diabetes tipo 2.

Leia também: Remédios naturais para o diabetes tipo 2

Polifenóis do café e diabetes

A diabetes é uma doença crônica que ocorre por uma alteração na secreção de insulina, ou quando o organismo não a utiliza de forma eficaz. Trata-se de uma doença muito comum acompanhada por várias complicações cardiovasculares, retinopatia, nefropatia, neuropatia, úlceras e gangrena nos membros.

Estima-se que, em 2035, segundo um estudo publicado na Diabetes Research and Clinical Practice, 592 milhões de pessoas apresentarão esta doença em todo o mundo.

A identificação de tratamentos dietéticos é uma área de interesse e, entre eles, foram estudados os alimentos ricos em polifenóis. Acredita-se que os polifenóis possam diminuir o risco de diabetes e melhorar o seu tratamento.

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O consumo dos polifenóis presentes no café pode reduzir o risco de diabetes.

O que são os polifenóis?

Os polifenóis são substâncias fitoquímicas que têm anéis de fenol, segundo uma pesquisa publicada na Oxidative Medicine and Cellular Longetivity. Centenas de polifenóis estão presentes em alimentos de origem vegetal, como:

  • Os vegetais (principalmente brócolis, cebola, abóbora).
  • Frutas (uva, pera, maçã, frutas vermelhas).
  • Leguminosas (soja).
  • Bebidas (vinho, chocolate, café, cerveja).

A partir disso, foram estudados inúmeros alimentos e medicamentos encarregados de regular o metabolismo energético. Entre eles, um alimento amplamente estudado é o café, cuja evidência científica mostra que seu consumo favorece a prevenção de doenças crônicas degenerativas como a diabetes mellitus tipo 2.

O que se sabe sobre o impacto dos polifenóis do café na diabetes?

Foi observado que diversos componentes dentro do café têm propriedades antidiabéticas. Um estudo publicado na revista Journal of Nutrition por Battram et al em 2006 observou a maneira como a glicose diminui de forma significativa após o consumo de café descafeinado.

Por outro lado, o ácido clorogênico (segundo maior componente do café), as quinidinas e o magnésio mostraram afetar o metabolismo da glicose.

No estudo de Ong et al, 2012, publicado na revista PLoS One, o ácido clorogênico demonstrou retardar a absorção intestinal de glicose através da inibição da glicose-6-fosfato translocase 1 e da redução do gradiente de sódio encarregado do transporte de glicose.

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Os polifenóis do café regulam a absorção e o transporte de glicose.

Um estudo publicado na revista Nutrients demonstrou que o consumo de 400ml de café (com 2,5 mmol de ácido clorogênico por litro) aumentou o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose, e o peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1, ambos hormônios que estimulam a secreção de insulina.

Polifenóis do café e fatores de risco cardiovascular

O elevado teor de compostos fenólicos presentes no café demonstrou uma potente capacidade antioxidante que protege contra a aterosclerose, disfunção endotelial e hipertensão arterial.

Um estudo publicado na revista Nutrients em 2017 descobriu que o consumo moderado de café (equivalente a 1-3 xícaras por dia), que corresponde a um consumo de 101-337 mg/dia de polifenóis, apresentou um efeito benéfico em fatores de risco cardiovascular.

  • Diminuição da pressão arterial sistólica e diastólica.
  • Melhora do perfil lipídico (menor concentração de colesterol total e colesterol LDL).
  • Redução da concentração de homocisteína, um marcador de risco cardiovascular.

Não deixe de ler: 3 remédios com cúrcuma para prevenir a diabetes

Consumo de polifenóis do café para a prevenção e o tratamento de doenças: a importância de estudos futuros

Para concluir, o café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo e demonstrou ter inúmeras propriedades graças aos seus compostos bioativos. Principalmente, foram estudados os efeitos da cafeína e dos polifenóis do café em diversas doenças.

Embora as propriedades dos polifenóis presentes nos alimentos sejam bem conhecidas, foi observado que os polifenóis do café regulam mecanismos do metabolismo energético, principalmente mediando a concentração de glicose no organismo.

No entanto, os estudos em humanos obtiveram resultados inconsistentes, por isso são necessárias mais pesquisas para comprovar teorias e confirmar ou debater os efeitos antidiabéticos dos polifenóis dietéticos.


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  • Borrelli RC., Esposito F., Napolitano A., Ritieni A., et al., Characterization of a new potential functional ingredient: coffee silverskin. J Agric Food Chem, 2004. 52 (5): 1338-43.
  • Guariguata L., Whiting DR., Hambleton I., Beagley J., et al., Global estimates of diabetes prevalence for 2013 and projections for 2035. Diabetes Res Clin Pract, 2014. 103 (2): 137-49.
  • Pandey KB., Rizvi SI., Plant polyphenols as dietary antioxidants in human health and disease. Oxid Med Cell Longev, 2009.
  • Battram DS., Arthur R., Weekes A., Graham TE., The glucose intolerance induced by caffeinated coffee ingestion is less pronounced than that due to alkaloid caffeine in men. J Nutr, 2006.
  • Ong KW., Hsu A., Tan BKH., Chlorogenic acid stimulates glucose transport in skeletal muscle via AMPK activation: a contributor to the beneficial effects of coffee on diabetes. PLoS One, 2012.
  • Kim Y., Keogh JB., Clifton PM:, Polyphenols and glycemic control. Nutrients, 2016.
  • Miranda AM., Steluti J., Fisberg RM., Marchioni DM., Association between coffee consumption and its polyphenols with cardiovascular risk factors: a population based study. Nutrients, 2017.

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