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O que é o poliamor?

5 minutos
O poliamor nos dá a possibilidade de amar várias pessoas ao mesmo tempo, sem mentiras ou traição. Neste artigo, você descobrirá todos os detalhes desse tipo de amor.
O que é o poliamor?
Montse Armero

Escrito e verificado por a psicóloga Montse Armero

Escrito por Montse Armero
Última atualização: 27 maio, 2022

O poliamor é um conceito presente na nossa sociedade há algumas décadas, embora sua prática seja tão antiga quanto o ser humano. Neste tipo de relacionamento, os participantes mantêm um vínculo amoroso e, em muitas ocasiões, também sexual, com pessoas diferentes.

Ao contrário de outras relações não monogâmicas que se baseiam principalmente no sexo, no poliamor a conexão emocional é o eixo central da relação. Como resultado deste vínculo, diferentes situações podem surgir com um nível menor ou maior de compromisso: de um amor platônico que permanece no nível da fantasia a uma relação sólida e consolidada.

Outra característica distintiva do poliamor é que todos os envolvidosestão cientes da situação e seu consentimento é explícito. Assim, a infidelidade entendida como traição não ocorre. Na verdade, o poliamor se firma no argumento de que seus relacionamentos são baseados na lealdade e em uma profunda sinceridade.

Características do poliamor

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1. Abertura mental

O poliamor só pode acontecer se as pessoas estiverem dispostas a desafiar e derrubar certas convenções profundamente arraigadas em nossa sociedade. A monogamia, o amor romântico e o fato de sentir amor por uma única pessoa são conceitos que os adeptos do poliamor questionam e muitas vezes transcendem.

2. Autoconhecimento e desenvolvimento pessoal

Conhecer-se melhor é benéfico em todas as formas de relacionamento humano, pois torna nossa forma de agir mais madura e responsável. Os adeptos ao poliamor tendem a ser pessoas conscientes com um alto grau de inteligência emocional, o que as ajuda a gerenciar melhor novas emoções e situações que não foram vivenciadas antes.

3. Respeito pela liberdade do outro

A liberdade não é um valor exclusivo dos casais com uma relação aberta, mas neste tipo de relacionamento, ela tem um peso muito importante. Assim, as pessoas que escolheram esse tipo de relação têm a intenção de não interferir na liberdade de seus parceiros, de serem elas mesmas, e aspiram amar incondicionalmente a outra pessoa com seus pontos fortes e fracos.

4. Sem possessividade

Uma das grandes diferenças entre o poliamor e as relações monogâmicas é a exclusividade. No poliamor, considera-se que a outra pessoa não pertence a ninguém e é livre para agir como bem entender, por isso os sentimentos de ciúme – que também existem – são enfrentados pelo bem-estar da relação.

5. Comunicação ativa

As diferentes experiências do poliamor que ocorrem ao longo do relacionamento exigem novos reajustes e acordos entre os integrantes. Portanto, uma comunicação profunda e ativa é essencial para que o vínculo entre os envolvidos funcione.

Leia também: O apego nos relacionamentos

Diferentes formas de poliamor

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Relações hierárquicas no poliamor

Existe uma relação primária, que seria aquela que equivaleria a um casal monogâmico: os recursos costumam ser compartilhados e as pessoas moram na mesma casa, com ou sem filhos. A essa situação soma-se a possibilidade de manter relações com outras pessoas, que serão relações secundárias, se forem mais duradouras, e até relações terciárias, se a interação for episódica.

Relações igualitárias

Nesse tipo de relacionamento, todos os integrantes ocupam o mesmo nível, não há hierarquia. Pode ocorrer, por exemplo, entre três indivíduos. É o que chamaríamos de “relação triangular”. No entanto, não há limite máximo de pessoas envolvidas, e comunidades amorosas podem ser formadas nas quais todos os membros se comprometem com o resto do grupo.

Outras formas não monogâmicas

Além das relações como o poliamor, existem outras maneiras muito variadas de se relacionar de uma forma não monogâmica:

  • Anarquistas relacionais, que preferem não rotular os seus relacionamentos.
  • Híbridos, em que um membro do casal é monogâmico e o outro não.
  • Swingers, que fazem sexo com pessoas que não são seus parceiros, geralmente na presença delas.

Na verdade, qualquer relacionamento em que a exclusividade emocional ou sexual não seja praticada será classificado como relacionamento não monogâmico.

Leia também: O que é a codependência emocional?

Possíveis desvantagens do poliamor

  • Ciúmes. As pessoas praticantes do poliamor também sentem ciúmes e insegurança, provavelmente mais do que as demais, porque estão mais expostas a situações em que eles podem surgir. Por isso, devem aprender a reconhecê-los, analisá-los e relativizá-los.
  • Aceitação dos outros. Pessoas que praticam o poliamor enfrentam rejeição da sociedade, especialmente de amigos e familiares. Isso pode criar um desconforto significativo para eles e prejudicar a sua autoconfiança.
  • Separações. Um maior número de relacionamentos pode implicar mais plenitude e harmonia, mas também mais separações e mais lutos. Por isso, você deve estar ciente de que, neste tipo de relacionamento, a dor estará presente.
  • Logística. De um ponto de vista pragmático, o poliamor pode ser difícil de controlar se você não souber se organizar bem. O trabalho, a administração da casa, o cuidado com a família e o tempo para si mesmo deixam pouco espaço para diferentes vínculos profundos com outras pessoas.

Conclusão

O poliamor não é um modelo de relacionamento para todos. Na verdade, existem muitas pessoas que nunca se sentiram atraídas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, ou que nunca amaram duas pessoas ao mesmo tempo. Por outro lado, há outros que experimentaram o poliamor desde que se lembram. Cada pessoa sente de uma forma diferente e vive sua vida da maneira mais coerente possível.

Uma sociedade madura deve se caracterizar pela tolerância e aceitação das fórmulas de vínculo escolhidas pelos seus membros, desde que sejam baseadas na liberdade de escolha. Afinal, o que importa no amor que escolhemos viver é o amor em si, e não a sua forma.

O poliamor é um conceito presente na nossa sociedade há algumas décadas, embora sua prática seja tão antiga quanto o ser humano. Neste tipo de relacionamento, os participantes mantêm um vínculo amoroso e, em muitas ocasiões, também sexual, com pessoas diferentes.

Ao contrário de outras relações não monogâmicas que se baseiam principalmente no sexo, no poliamor a conexão emocional é o eixo central da relação. Como resultado deste vínculo, diferentes situações podem surgir com um nível menor ou maior de compromisso: de um amor platônico que permanece no nível da fantasia a uma relação sólida e consolidada.

Outra característica distintiva do poliamor é que todos os envolvidosestão cientes da situação e seu consentimento é explícito. Assim, a infidelidade entendida como traição não ocorre. Na verdade, o poliamor se firma no argumento de que seus relacionamentos são baseados na lealdade e em uma profunda sinceridade.

Características do poliamor

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1. Abertura mental

O poliamor só pode acontecer se as pessoas estiverem dispostas a desafiar e derrubar certas convenções profundamente arraigadas em nossa sociedade. A monogamia, o amor romântico e o fato de sentir amor por uma única pessoa são conceitos que os adeptos do poliamor questionam e muitas vezes transcendem.

2. Autoconhecimento e desenvolvimento pessoal

Conhecer-se melhor é benéfico em todas as formas de relacionamento humano, pois torna nossa forma de agir mais madura e responsável. Os adeptos ao poliamor tendem a ser pessoas conscientes com um alto grau de inteligência emocional, o que as ajuda a gerenciar melhor novas emoções e situações que não foram vivenciadas antes.

3. Respeito pela liberdade do outro

A liberdade não é um valor exclusivo dos casais com uma relação aberta, mas neste tipo de relacionamento, ela tem um peso muito importante. Assim, as pessoas que escolheram esse tipo de relação têm a intenção de não interferir na liberdade de seus parceiros, de serem elas mesmas, e aspiram amar incondicionalmente a outra pessoa com seus pontos fortes e fracos.

4. Sem possessividade

Uma das grandes diferenças entre o poliamor e as relações monogâmicas é a exclusividade. No poliamor, considera-se que a outra pessoa não pertence a ninguém e é livre para agir como bem entender, por isso os sentimentos de ciúme – que também existem – são enfrentados pelo bem-estar da relação.

5. Comunicação ativa

As diferentes experiências do poliamor que ocorrem ao longo do relacionamento exigem novos reajustes e acordos entre os integrantes. Portanto, uma comunicação profunda e ativa é essencial para que o vínculo entre os envolvidos funcione.

Leia também: O apego nos relacionamentos

Diferentes formas de poliamor

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Relações hierárquicas no poliamor

Existe uma relação primária, que seria aquela que equivaleria a um casal monogâmico: os recursos costumam ser compartilhados e as pessoas moram na mesma casa, com ou sem filhos. A essa situação soma-se a possibilidade de manter relações com outras pessoas, que serão relações secundárias, se forem mais duradouras, e até relações terciárias, se a interação for episódica.

Relações igualitárias

Nesse tipo de relacionamento, todos os integrantes ocupam o mesmo nível, não há hierarquia. Pode ocorrer, por exemplo, entre três indivíduos. É o que chamaríamos de “relação triangular”. No entanto, não há limite máximo de pessoas envolvidas, e comunidades amorosas podem ser formadas nas quais todos os membros se comprometem com o resto do grupo.

Outras formas não monogâmicas

Além das relações como o poliamor, existem outras maneiras muito variadas de se relacionar de uma forma não monogâmica:

  • Anarquistas relacionais, que preferem não rotular os seus relacionamentos.
  • Híbridos, em que um membro do casal é monogâmico e o outro não.
  • Swingers, que fazem sexo com pessoas que não são seus parceiros, geralmente na presença delas.

Na verdade, qualquer relacionamento em que a exclusividade emocional ou sexual não seja praticada será classificado como relacionamento não monogâmico.

Leia também: O que é a codependência emocional?

Possíveis desvantagens do poliamor

  • Ciúmes. As pessoas praticantes do poliamor também sentem ciúmes e insegurança, provavelmente mais do que as demais, porque estão mais expostas a situações em que eles podem surgir. Por isso, devem aprender a reconhecê-los, analisá-los e relativizá-los.
  • Aceitação dos outros. Pessoas que praticam o poliamor enfrentam rejeição da sociedade, especialmente de amigos e familiares. Isso pode criar um desconforto significativo para eles e prejudicar a sua autoconfiança.
  • Separações. Um maior número de relacionamentos pode implicar mais plenitude e harmonia, mas também mais separações e mais lutos. Por isso, você deve estar ciente de que, neste tipo de relacionamento, a dor estará presente.
  • Logística. De um ponto de vista pragmático, o poliamor pode ser difícil de controlar se você não souber se organizar bem. O trabalho, a administração da casa, o cuidado com a família e o tempo para si mesmo deixam pouco espaço para diferentes vínculos profundos com outras pessoas.

Conclusão

O poliamor não é um modelo de relacionamento para todos. Na verdade, existem muitas pessoas que nunca se sentiram atraídas por mais de uma pessoa ao mesmo tempo, ou que nunca amaram duas pessoas ao mesmo tempo. Por outro lado, há outros que experimentaram o poliamor desde que se lembram. Cada pessoa sente de uma forma diferente e vive sua vida da maneira mais coerente possível.

Uma sociedade madura deve se caracterizar pela tolerância e aceitação das fórmulas de vínculo escolhidas pelos seus membros, desde que sejam baseadas na liberdade de escolha. Afinal, o que importa no amor que escolhemos viver é o amor em si, e não a sua forma.


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  • Anapol, Deborah. Polyamory: the new love without limits. IntiNet Resource Center, 1997.
  • Easton, Dossey, Hardy, Janet W. Ética promiscua: una guía práctica para el poliamor, las relaciones abiertas y otras libertades en el sexo y en el amor. Editorial Melusina, 2018.
  • Rogers, Carl. El matrimonio y sus alternativas. Kairós, 2005.
  • Thalmann, Yves-Alexandre. Las virtudes del poliamor: la magia de los amores múltiples. Plataforma, 2008.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.