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O apego nos relacionamentos

4 minutos
O apego nos relacionamentos vem acompanhado de alguns problemas. O que você pode fazer? Descubra os diferentes tipos de apego e como adotar um estilo saudável de amor.
O apego nos relacionamentos
Isbelia Esther Farías López

Escrito e verificado por a filósofa Isbelia Esther Farías López

Última atualização: 27 maio, 2022

O apego nos relacionamentos pode se tornar um problema se não soubermos lidar com isso ou se tivermos precedentes de pouco vínculo afetivo na infância, como mostram algumas pesquisas.

O ideal é ter laços emocionais saudáveis, onde o casal possa sentir uma sensação de bem-estar e que o mais relevante seja a honestidade, a comunicação e a autonomia, que permitem a autorrealização de cada um dos membros.

No entanto, esse nem sempre é o caso, mas podemos cair na tendência de gerar estilos de apego de tipo ansioso ou evitativo. Por que isso acontece?

Para o médico John Bowlby, especializado em psiquiatria e psicanálise, o vínculo afetivo é uma necessidade primária e terá um impacto nas relações que teremos no futuro.

Como é gerado o apego nos relacionamentos

Primeiramente, é necessário observar que alguns estudos definem o apego como:

O vínculo ou laço emocional que é estabelecido entre duas pessoas como resultado da interação e que as leva a manter proximidade e contato na obtenção de segurança, conforto e proteção“.

Ou seja, aqueles que se sentem apegados geralmente encontram na outra pessoa o abrigo emocional de que precisam em determinadas circunstâncias que poderiam ser percebidas como uma ameaça.

Nesse sentido, o apego nos relacionamentos se consolida como base, fundamento ou espaço em que a proteção é sentida.

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Tudo isso tem sua origem nos vínculos que geramos na infância com as pessoas ou cuidadores, que consideramos importantes para o nosso bem-estar psicológico ou físico. Segundo a teoria de Bowlby, se o vínculo for adequado, entre o bebê e a mãe ou cuidador, o vínculo também será.

Por outro lado, se a criança perceber que existe uma ameaça ou risco de perda dessa figura ou desenvolver insegurança em seus relacionamentos de apego, então a angústia aparecerá.

O mesmo acontece nos relacionamentos que mantemos no futuro, o que significa que, desde a infância, já formamos padrões de apego e de relacionamento com outras pessoas.

Não deixe de ler também: Autoestima, chave para a nossa felicidade

Estilos de apego nos relacionamentos

Aqueles que apoiam essa teoria apontaram em suas pesquisas que, podemos desenvolver vários estilos de apego na idade adulta dependendo do vínculo que geramos na infância.

  • Apego seguro. Pode haver desgosto quando a separação ocorre, mas quando voltarmos a estar com a pessoa que nos transmite segurança, haverá uma resposta positiva.
  • Apego ansioso-ambivalente. Ocorre quando há uma separação e a resposta é a ansiedade, mas, estando novamente na frente da pessoa que nos dá uma sensação de bem-estar, essa ansiedade não se acalma e a tranquilidade não volta.
  • Apego evitativo. Quando há um nível muito baixo de ansiedade e desinteresse na união com a pessoa que nos dá segurança.

Se quisermos sair de um relacionamento em que acreditamos que nosso apego não é o mais saudável, devemos seguir certos passos.

Se você sente que não pode ficar sem seu parceiro e constantemente está ligando para ele, então talvez, seu padrão de apego pode não ser o mais conveniente, especialmente para a sua saúde mental. É claro que o tipo de apego ansioso causa desconforto. Entretanto, se você notou que seu apego é do tipo evitável, então pode até chegar a machucar a outra pessoa.

Recomendações para superar o apego nos relacionamentos

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  • Não tenha medo de ficar sozinho. Porque você realmente não está. Há muitos seres queridos, incluindo amigos e familiares, que são a principal rede de apoio quando se desmancha uma relação. Apesar de que você sinta que seu mundo entrou em colapso, nada disso é real, porque a vida sempre continua.
  • Imponha desafios próprios. Pense em toda a energia que você gastou seguindo uma pessoa quando pôde investir em seus projetos pessoais e crescer em muitas áreas da sua vida.
  • Tome o primeiro lugar em sua vida. Lembre-se de que as demais pessoas vêm atrás de você. Você deve se amar em primeiro lugar. Existem várias técnicas para fortalecer nossa autoestima, porque se ela for forte você poderá começar a perseguir seus sonhos com mais força.
  • Tenha em mente que seu parceiro não é um complemento. Porque cada um de nós já forma um mundo em si mesmo e esse mundo é independente.
  • Você não precisa que “o completem”. Construímos relacionamentos para que nos sintamos bem e para que nos forneça apoio, por exemplo. A ideia do parceiro como algo externo que nos complementa é apenas um mito sobre o amor romântico. Você já está completo.
  • Fixe a sua atenção. E você verá que, talvez, nem sinta amor por essa pessoa, mas é apenas uma necessidade. Para ser felizes, não precisamos de terceiros.

Siga estas recomendações e descubra onde você acha que a felicidade ou o bem-estar realmente reside, porque, talvez, não esteja em um parceiro como você acreditava até agora.

Leia também: Desapego não significa que você não deve possuir nada, mas que nada pode prendê-lo

Onde está a verdadeira felicidade?

A felicidade reside dentro de nós. Não procure fora o que você já tem dentro. Quebre suas rotinas e comece uma vida que lhe permita evoluir como ser humano.

Hoje, existem muitos métodos para gerar nosso próprio bem-estar. Se você sente que não pode ficar sozinho, lembre-se de que pode procurar o apoio de um psicólogo. Você deve sentir paz e tranquilidade, porque tudo sempre ficará bem em nossas vidas.

O apego nos relacionamentos pode se tornar um problema se não soubermos lidar com isso ou se tivermos precedentes de pouco vínculo afetivo na infância, como mostram algumas pesquisas.

O ideal é ter laços emocionais saudáveis, onde o casal possa sentir uma sensação de bem-estar e que o mais relevante seja a honestidade, a comunicação e a autonomia, que permitem a autorrealização de cada um dos membros.

No entanto, esse nem sempre é o caso, mas podemos cair na tendência de gerar estilos de apego de tipo ansioso ou evitativo. Por que isso acontece?

Para o médico John Bowlby, especializado em psiquiatria e psicanálise, o vínculo afetivo é uma necessidade primária e terá um impacto nas relações que teremos no futuro.

Como é gerado o apego nos relacionamentos

Primeiramente, é necessário observar que alguns estudos definem o apego como:

O vínculo ou laço emocional que é estabelecido entre duas pessoas como resultado da interação e que as leva a manter proximidade e contato na obtenção de segurança, conforto e proteção“.

Ou seja, aqueles que se sentem apegados geralmente encontram na outra pessoa o abrigo emocional de que precisam em determinadas circunstâncias que poderiam ser percebidas como uma ameaça.

Nesse sentido, o apego nos relacionamentos se consolida como base, fundamento ou espaço em que a proteção é sentida.

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Tudo isso tem sua origem nos vínculos que geramos na infância com as pessoas ou cuidadores, que consideramos importantes para o nosso bem-estar psicológico ou físico. Segundo a teoria de Bowlby, se o vínculo for adequado, entre o bebê e a mãe ou cuidador, o vínculo também será.

Por outro lado, se a criança perceber que existe uma ameaça ou risco de perda dessa figura ou desenvolver insegurança em seus relacionamentos de apego, então a angústia aparecerá.

O mesmo acontece nos relacionamentos que mantemos no futuro, o que significa que, desde a infância, já formamos padrões de apego e de relacionamento com outras pessoas.

Não deixe de ler também: Autoestima, chave para a nossa felicidade

Estilos de apego nos relacionamentos

Aqueles que apoiam essa teoria apontaram em suas pesquisas que, podemos desenvolver vários estilos de apego na idade adulta dependendo do vínculo que geramos na infância.

  • Apego seguro. Pode haver desgosto quando a separação ocorre, mas quando voltarmos a estar com a pessoa que nos transmite segurança, haverá uma resposta positiva.
  • Apego ansioso-ambivalente. Ocorre quando há uma separação e a resposta é a ansiedade, mas, estando novamente na frente da pessoa que nos dá uma sensação de bem-estar, essa ansiedade não se acalma e a tranquilidade não volta.
  • Apego evitativo. Quando há um nível muito baixo de ansiedade e desinteresse na união com a pessoa que nos dá segurança.

Se quisermos sair de um relacionamento em que acreditamos que nosso apego não é o mais saudável, devemos seguir certos passos.

Se você sente que não pode ficar sem seu parceiro e constantemente está ligando para ele, então talvez, seu padrão de apego pode não ser o mais conveniente, especialmente para a sua saúde mental. É claro que o tipo de apego ansioso causa desconforto. Entretanto, se você notou que seu apego é do tipo evitável, então pode até chegar a machucar a outra pessoa.

Recomendações para superar o apego nos relacionamentos

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  • Não tenha medo de ficar sozinho. Porque você realmente não está. Há muitos seres queridos, incluindo amigos e familiares, que são a principal rede de apoio quando se desmancha uma relação. Apesar de que você sinta que seu mundo entrou em colapso, nada disso é real, porque a vida sempre continua.
  • Imponha desafios próprios. Pense em toda a energia que você gastou seguindo uma pessoa quando pôde investir em seus projetos pessoais e crescer em muitas áreas da sua vida.
  • Tome o primeiro lugar em sua vida. Lembre-se de que as demais pessoas vêm atrás de você. Você deve se amar em primeiro lugar. Existem várias técnicas para fortalecer nossa autoestima, porque se ela for forte você poderá começar a perseguir seus sonhos com mais força.
  • Tenha em mente que seu parceiro não é um complemento. Porque cada um de nós já forma um mundo em si mesmo e esse mundo é independente.
  • Você não precisa que “o completem”. Construímos relacionamentos para que nos sintamos bem e para que nos forneça apoio, por exemplo. A ideia do parceiro como algo externo que nos complementa é apenas um mito sobre o amor romântico. Você já está completo.
  • Fixe a sua atenção. E você verá que, talvez, nem sinta amor por essa pessoa, mas é apenas uma necessidade. Para ser felizes, não precisamos de terceiros.

Siga estas recomendações e descubra onde você acha que a felicidade ou o bem-estar realmente reside, porque, talvez, não esteja em um parceiro como você acreditava até agora.

Leia também: Desapego não significa que você não deve possuir nada, mas que nada pode prendê-lo

Onde está a verdadeira felicidade?

A felicidade reside dentro de nós. Não procure fora o que você já tem dentro. Quebre suas rotinas e comece uma vida que lhe permita evoluir como ser humano.

Hoje, existem muitos métodos para gerar nosso próprio bem-estar. Se você sente que não pode ficar sozinho, lembre-se de que pode procurar o apoio de um psicólogo. Você deve sentir paz e tranquilidade, porque tudo sempre ficará bem em nossas vidas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Galán Rodríguez, A. (2010). El apego: Más allá de un concepto inspirador. Revista de La Asociación Española de Neuropsiquiatría. https://doi.org/10.4321/s0211-57352010000400003
  • Moneta C., M. E. (2014). Apego y pérdida: Redescubriendo a John Bowlby. Revista Chilena de Pediatria. https://doi.org/10.4067/S0370-41062014000300001
  • Oliva, A. (2004). Estado actual de la teoría del apego.
  • Rozenel-Domenella, V. J., & Fernández-Cárdenas, J. M. (2011). Apego. In Cultura de la Legalidad en Mi Escuela: Guía de Padres de Familia.
  • Los estilos afectivos en la población española: un cuestionario de evaluación del apego adulto. (2008). Clínica y Salud.
  • Oates, J. (2007). Relaciones de apego. In 158.109.131.198.

 


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