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Por que os vírus são cada vez mais fortes?

4 minutos
Os vírus são agentes infecciosos que podem se tornar mais fortes com o passar do tempo. Quando já não conseguem afetar o organismo, sofrem mutação para poder atacar.
Por que os vírus são cada vez mais fortes?
José Gerardo Rosciano Paganelli

Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli

Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 07 outubro, 2022

Cada ano parece que os vírus nos afetam com mais intensidade. A gripe do ano passado pode ter sido curada em menos tempo com relação à desse ano. Talvez a gripe deste ano tenha durado menos, porém os sintomas tenham nos afetado mais forte.

Assim como o organismo não permanece imutável, os microrganismos também não. Tudo em prol da sobrevivência. Em outras palavras, os vírus precisam se tornar mais fortes para poder invadir e sobreviver nos respectivos hospedeiros.

Como os vírus e o sistema imunológico trabalham?

Um vírus é um microrganismo cem vezes menor do que uma célula humana. Trata-se da unidade biológica mais comum que existe em nosso planeta e quando entra em nosso organismo seu objetivo é “atacar” às células saudáveis.

Nesse momento entra em atividade o sistema imunológico, o qual reconhece o vírus como um intruso que deve ser destruído antes que possa chegar às células. Do contrário, começa o processo conhecido como “infecção”.

Uma vez que o microrganismo tenha se apoderado da célula, pode replicá-la para que surjam mais como ela. Isso pode acontecer tão rápido quanto mais potente for o vírus e quanto mais lenta for a atuação do sistema de defesas.

As infecções podem se espalhar rapidamente e também contagiar a outras pessoas quando os microrganismos saem das células e as destroem.

Nosso sistema imunológico é realmente efetivo quando se trata de cuidar de invasores. Por exemplo, a febre ou os vômitos são respostas dos mecanismos de defesa do organismo.

Além disso o corpo tem algo denominado: imunidade adquirida; ou seja, lembra daquele vírus que aniquilou antes para atacá-lo quando aparecer de novo e eliminá-lo mais uma vez. Por exemplo, há doenças que nos afetam só uma vez tais como, por exemplo, o sarampo, a varicela ou a caxumba, porque nos imunizamos delas para a vida toda.

Quando recebemos uma vacina, basicamente o que acontece é que introduzimos uma pequena parte da doença em nosso organismo para que ele aprenda a combatê-la de forma eficaz.

Por isso, muitas vezes, quando recebemos a vacina da gripe adoecemos precisamente de gripe. Assim é que o organismo desenvolve uma resistência efetiva ao vírus real.

Por que os vírus são cada vez mais fortes?

Some figure

O mau uso (e o abuso) dos antibióticos, os fenômenos de migração (geralmente pelo turismo) e o aquecimento global, parecem ser os principais motivos pelos quais os vírus e as bactérias se tornam mais fortes.

A cada semana ou mês, surgem novos microrganismos que se propagam mais rápido. E visto que, muitas vezes, diante de um sintoma leve de cistite ou uma linha de febre nos automedicamos, isso conduz outras espécies à mutação para não serem aniquiladas.

Os médicos receitam antibióticos quando outras terapias contra infecções bacterianas são insuficientes. Infelizmente, precisa-se de doses maiores e medicamentos que atuem de forma mais rápida.

O ciclo de vida dos microrganismos acelerou tanto que a indústria farmacêutica não dá conta de desenvolver curas novas.

Para cada antibiótico que se cria, há uma bactéria que resiste. Estes microrganismos são muito inteligentes e farão de tudo o possível pra sobreviver. 

Vírus cada vez mais letais

Some figure

Apesar de nosso sistema imunológico reconhecer os vírus como inimigos e agir em consequência algumas vezes, não conta com a informação necessária para compensar os efeitos desses hóspedes indesejados.

Por exemplo, em 1918 a gripe espanhola matou 2,5% dos infectados. Mais tarde a febre amarela causou o falecimento de 20% dos afetados, a varíola causou a morte de 30% dos doentes e a febre hemorrágica da ebola causou a morte de 90% de quem foi contagiado.

Nestes tempos tudo parece indicar que nos infectamos cada vez mais rápido e que os vírus causam mais mortes em menor tempo.

Existe certa de 350 doenças infecciosas em todo mundo e cada 18 meses “surge” uma nova. A modernidade é responsável por este processo: viagens aéreas, aquecimento global, guerras, superpopulação, mudanças na alimentação e fome, são só alguns dos motivos.

Foram desenvolvidos diferentes medicamentos antivirais que interferem antes que o vírus se vincule à célula ou que evitam que o material genético do microrganismo se incorpore em seu anfitrião. Mas isso não significa que eliminam ao vírus em questão, mas sim que reduzem a sua eficácia.

Apesar dos vírus e das bactérias serem organismos muito simples, ainda requerem cuidados. Inclusive pode ser que nunca possamos vencê-los por completo mas o objetivo da ciência é dar um passo à frente e vencê-los.

Cada ano parece que os vírus nos afetam com mais intensidade. A gripe do ano passado pode ter sido curada em menos tempo com relação à desse ano. Talvez a gripe deste ano tenha durado menos, porém os sintomas tenham nos afetado mais forte.

Assim como o organismo não permanece imutável, os microrganismos também não. Tudo em prol da sobrevivência. Em outras palavras, os vírus precisam se tornar mais fortes para poder invadir e sobreviver nos respectivos hospedeiros.

Como os vírus e o sistema imunológico trabalham?

Um vírus é um microrganismo cem vezes menor do que uma célula humana. Trata-se da unidade biológica mais comum que existe em nosso planeta e quando entra em nosso organismo seu objetivo é “atacar” às células saudáveis.

Nesse momento entra em atividade o sistema imunológico, o qual reconhece o vírus como um intruso que deve ser destruído antes que possa chegar às células. Do contrário, começa o processo conhecido como “infecção”.

Uma vez que o microrganismo tenha se apoderado da célula, pode replicá-la para que surjam mais como ela. Isso pode acontecer tão rápido quanto mais potente for o vírus e quanto mais lenta for a atuação do sistema de defesas.

As infecções podem se espalhar rapidamente e também contagiar a outras pessoas quando os microrganismos saem das células e as destroem.

Nosso sistema imunológico é realmente efetivo quando se trata de cuidar de invasores. Por exemplo, a febre ou os vômitos são respostas dos mecanismos de defesa do organismo.

Além disso o corpo tem algo denominado: imunidade adquirida; ou seja, lembra daquele vírus que aniquilou antes para atacá-lo quando aparecer de novo e eliminá-lo mais uma vez. Por exemplo, há doenças que nos afetam só uma vez tais como, por exemplo, o sarampo, a varicela ou a caxumba, porque nos imunizamos delas para a vida toda.

Quando recebemos uma vacina, basicamente o que acontece é que introduzimos uma pequena parte da doença em nosso organismo para que ele aprenda a combatê-la de forma eficaz.

Por isso, muitas vezes, quando recebemos a vacina da gripe adoecemos precisamente de gripe. Assim é que o organismo desenvolve uma resistência efetiva ao vírus real.

Por que os vírus são cada vez mais fortes?

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O mau uso (e o abuso) dos antibióticos, os fenômenos de migração (geralmente pelo turismo) e o aquecimento global, parecem ser os principais motivos pelos quais os vírus e as bactérias se tornam mais fortes.

A cada semana ou mês, surgem novos microrganismos que se propagam mais rápido. E visto que, muitas vezes, diante de um sintoma leve de cistite ou uma linha de febre nos automedicamos, isso conduz outras espécies à mutação para não serem aniquiladas.

Os médicos receitam antibióticos quando outras terapias contra infecções bacterianas são insuficientes. Infelizmente, precisa-se de doses maiores e medicamentos que atuem de forma mais rápida.

O ciclo de vida dos microrganismos acelerou tanto que a indústria farmacêutica não dá conta de desenvolver curas novas.

Para cada antibiótico que se cria, há uma bactéria que resiste. Estes microrganismos são muito inteligentes e farão de tudo o possível pra sobreviver. 

Vírus cada vez mais letais

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Apesar de nosso sistema imunológico reconhecer os vírus como inimigos e agir em consequência algumas vezes, não conta com a informação necessária para compensar os efeitos desses hóspedes indesejados.

Por exemplo, em 1918 a gripe espanhola matou 2,5% dos infectados. Mais tarde a febre amarela causou o falecimento de 20% dos afetados, a varíola causou a morte de 30% dos doentes e a febre hemorrágica da ebola causou a morte de 90% de quem foi contagiado.

Nestes tempos tudo parece indicar que nos infectamos cada vez mais rápido e que os vírus causam mais mortes em menor tempo.

Existe certa de 350 doenças infecciosas em todo mundo e cada 18 meses “surge” uma nova. A modernidade é responsável por este processo: viagens aéreas, aquecimento global, guerras, superpopulação, mudanças na alimentação e fome, são só alguns dos motivos.

Foram desenvolvidos diferentes medicamentos antivirais que interferem antes que o vírus se vincule à célula ou que evitam que o material genético do microrganismo se incorpore em seu anfitrião. Mas isso não significa que eliminam ao vírus em questão, mas sim que reduzem a sua eficácia.

Apesar dos vírus e das bactérias serem organismos muito simples, ainda requerem cuidados. Inclusive pode ser que nunca possamos vencê-los por completo mas o objetivo da ciência é dar um passo à frente e vencê-los.


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