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Os cientistas encontram a "fonte física" da depressão

3 minutos
E se as probabilidades de desenvolver uma depressão fossem determinadas por fatores internos? Segundo um estudo recente, é possível que haja diferentes conectividades cerebrais que propiciem este estado.
Os cientistas encontram a "fonte física" da depressão
Última atualização: 27 maio, 2022

Um avanço científico pode ter encontrado a fonte física da depressão no cérebro.

Há teorias que podem mudar a forma de tratar e descobrir a doença mental. Isso seria um grande passo na compreensão da causa física da depressão.

Pesquisas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e a Universidade de Fudan, na China, demonstraram que a depressão afeta o córtex orbito frontal lateral.

Esta parte do cérebro é ativada ao sofrer castigo ou quando não recebe recompensas. Por isso acredita-se que a depressão poderia estar associada com a sensação de não receber a recompensa.

Um importante estudo contra a depressão

Some figure

A professora Feng, autora do estudo, disse:

“Pelo menos uma em cada dez pessoas sofre de depressão ao longo de sua vida, uma doença que é tão comum na sociedade moderna que inclusive podemos encontrar restos de Prozac (um antidepressivo) na água da torneira de Londres”.

“Nossas descobertas, com a combinação de grandes dados de todo o mundo e nossos novos métodos, permitem localizar as raízes da depressão.

Isto deve abrir novos caminhos para encontrar tratamentos terapêutico melhores em um futuro próximo e assim poder tratar esta doença horrível”.

Dados do estudo

Some figure

Os pesquisadores obtiveram conclusões importantes depois de escanear os cérebros de 909 pessoas na China com uma ressonância magnética de alta precisão.

Destes pacientes, 421 foram diagnosticados com depressão maior, enquanto que o restante dos 488 foram sujeitos de controle.

Com esta técnica foi demonstrada a atividade das conexões entre as diferentes partes do cérebro humano afetado pela depressão, ou seja, o córtex orbito frontal médio e lateral.

O córtex orbito frontal lateral, associado à não recompensa, mostrou uma conectividade mais forte no grupo depressivo.

As descobertas sobre a forma como a depressão se relaciona com diferentes conectividades funcionais do córtex orbito frontal serão de grande utilidade na hora de testar novos tratamentos.

Não se esqueça de ler: 6 hábitos alimentares que causam ansiedade e depressão

As raízes da depressão

Esta pesquisa importante demonstrou que esta parte do cérebro, o córtex orbito frontal, é ativada quando sofremos um “castigo” importante, ou não obtemos a recompensa que desejamos.

Por isso acredita-se que a doença estaria associada a estas percepções.

A descoberta poderia conduzir a provar novos caminhos na forma em que tratamos e notamos a doença mental.

Ao mesmo tempo, tem sido dados importantes passos para compreender a causa física dessa afecção.

Fatores que incidem na depressão

Some figure

Não há uma causa única, pois há pessoas mais susceptíveis do que outras.

Assim, há diferentes razões que tentam explicar essa pré-disposição:

  • A genética. Há um risco maior de sofrer de depressão clínica quando existe um histórico familiar da doença. Portanto, pode-se herdar uma pré-disposição biológica.
  • Fatores bioquímicos. Foi provado que a bioquímica do cérebro desempenha um papel muito importante nos transtornos depressivos. As pessoas com depressão grave costumam ter desequilíbrios de certas substâncias químicas no cérebro, conhecidas como neurotransmissores.

Também é certo que os padrões de sono costumam ser diferentes em pessoas que têm transtornos depressivos.

Esse estado pode ser induzido ou aliviado com certos medicamentos, e alguns hormônios podem alterar o humor.

  • A incidência na depressão de situações estressantes. O falecimento de um familiar muito próximo, de um amigo, uma doença crônica, problemas interpessoais, dificuldades financeiras, um divórcio, etc.

Todas estas podem ser causas de episódios de depressão, e sustentadas ao longo do tempo podem desencadear uma depressão clínica.

  • Transtorno afetivo estacional (SAD, em inglês) e estacionalidade. Foi demonstrado que há pessoas que desenvolvem depressão durante os meses de inverno, quando os dias são mais curtos.

Uma explicação pode ser que a diminuição de horas de luz afeta o equilíbrio de certos compostos químicos no cérebro, originando os sintomas de depressão.

  • Personalidade: as pessoas com esquemas mentais negativos, baixa autoestima, sensação de falta de controle sobre as circunstâncias da vida e tendência à preocupação excessiva, são as mais propensas a sofrer de depressão.

Aparentemente, os padrões de pensamento negativo costumam se estabelecer na infância ou adolescência e vão conformando ao longo do tempo uma personalidade depressiva.

Um avanço científico pode ter encontrado a fonte física da depressão no cérebro.

Há teorias que podem mudar a forma de tratar e descobrir a doença mental. Isso seria um grande passo na compreensão da causa física da depressão.

Pesquisas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, e a Universidade de Fudan, na China, demonstraram que a depressão afeta o córtex orbito frontal lateral.

Esta parte do cérebro é ativada ao sofrer castigo ou quando não recebe recompensas. Por isso acredita-se que a depressão poderia estar associada com a sensação de não receber a recompensa.

Um importante estudo contra a depressão

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A professora Feng, autora do estudo, disse:

“Pelo menos uma em cada dez pessoas sofre de depressão ao longo de sua vida, uma doença que é tão comum na sociedade moderna que inclusive podemos encontrar restos de Prozac (um antidepressivo) na água da torneira de Londres”.

“Nossas descobertas, com a combinação de grandes dados de todo o mundo e nossos novos métodos, permitem localizar as raízes da depressão.

Isto deve abrir novos caminhos para encontrar tratamentos terapêutico melhores em um futuro próximo e assim poder tratar esta doença horrível”.

Dados do estudo

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Os pesquisadores obtiveram conclusões importantes depois de escanear os cérebros de 909 pessoas na China com uma ressonância magnética de alta precisão.

Destes pacientes, 421 foram diagnosticados com depressão maior, enquanto que o restante dos 488 foram sujeitos de controle.

Com esta técnica foi demonstrada a atividade das conexões entre as diferentes partes do cérebro humano afetado pela depressão, ou seja, o córtex orbito frontal médio e lateral.

O córtex orbito frontal lateral, associado à não recompensa, mostrou uma conectividade mais forte no grupo depressivo.

As descobertas sobre a forma como a depressão se relaciona com diferentes conectividades funcionais do córtex orbito frontal serão de grande utilidade na hora de testar novos tratamentos.

Não se esqueça de ler: 6 hábitos alimentares que causam ansiedade e depressão

As raízes da depressão

Esta pesquisa importante demonstrou que esta parte do cérebro, o córtex orbito frontal, é ativada quando sofremos um “castigo” importante, ou não obtemos a recompensa que desejamos.

Por isso acredita-se que a doença estaria associada a estas percepções.

A descoberta poderia conduzir a provar novos caminhos na forma em que tratamos e notamos a doença mental.

Ao mesmo tempo, tem sido dados importantes passos para compreender a causa física dessa afecção.

Fatores que incidem na depressão

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Não há uma causa única, pois há pessoas mais susceptíveis do que outras.

Assim, há diferentes razões que tentam explicar essa pré-disposição:

  • A genética. Há um risco maior de sofrer de depressão clínica quando existe um histórico familiar da doença. Portanto, pode-se herdar uma pré-disposição biológica.
  • Fatores bioquímicos. Foi provado que a bioquímica do cérebro desempenha um papel muito importante nos transtornos depressivos. As pessoas com depressão grave costumam ter desequilíbrios de certas substâncias químicas no cérebro, conhecidas como neurotransmissores.

Também é certo que os padrões de sono costumam ser diferentes em pessoas que têm transtornos depressivos.

Esse estado pode ser induzido ou aliviado com certos medicamentos, e alguns hormônios podem alterar o humor.

  • A incidência na depressão de situações estressantes. O falecimento de um familiar muito próximo, de um amigo, uma doença crônica, problemas interpessoais, dificuldades financeiras, um divórcio, etc.

Todas estas podem ser causas de episódios de depressão, e sustentadas ao longo do tempo podem desencadear uma depressão clínica.

  • Transtorno afetivo estacional (SAD, em inglês) e estacionalidade. Foi demonstrado que há pessoas que desenvolvem depressão durante os meses de inverno, quando os dias são mais curtos.

Uma explicação pode ser que a diminuição de horas de luz afeta o equilíbrio de certos compostos químicos no cérebro, originando os sintomas de depressão.

  • Personalidade: as pessoas com esquemas mentais negativos, baixa autoestima, sensação de falta de controle sobre as circunstâncias da vida e tendência à preocupação excessiva, são as mais propensas a sofrer de depressão.

Aparentemente, os padrões de pensamento negativo costumam se estabelecer na infância ou adolescência e vão conformando ao longo do tempo uma personalidade depressiva.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Cheng, W., Rolls, E. T., Qiu, J., Liu, W., Tang, Y., Huang, C.-C., … Feng, J. (2016). Medial reward and lateral non-reward orbitofrontal cortex circuits change in opposite directions in depression. BRAIN. https://doi.org/10.1093/brain/aww255
  • GGZ groep. Oorzaken van depressie. Geraadpleegd op 14 december 2018 van https://www.depressie.nl/depressie/oorzaken-van-depressie
  • Drevets, W. C. (2007). Orbitofrontal cortex function and structure in depression. In Annals of the New York Academy of Sciences. https://doi.org/10.1196/annals.1401.029
  • Bremner, J. D., Vythilingam, M., Vermetten, E., Nazeer, A., Adil, J., Khan, S., … Charney, D. S. (2002). Reduced volume of orbitofrontal cortex in major depression. Biological Psychiatry. https://doi.org/10.1016/S0006-3223(01)01336-1

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