Nossos avós nunca morrem: dormem em nossos corações
Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater
Os avós nunca morrem, se tornam invisíveis para descansar em nosso coração como o melhor dos legados.
Poucas coisas podem nos ajudar tanto quanto esta herança de afetos, histórias e momentos compartilhados com nossos avós.
Todos temos um avô ou avó preferidos de quem nos lembramos com frequência.
Além disso, sua figura ficou impregnada em nosso legado familiar, até o ponto de que seguimos muitos de seus costumes: as receitas dos doces, os remédios caseiros para a saúde…
Mantemos viva a sua memória através de diferentes dimensões onde se concentra a autêntica riqueza do ser humano: a lembrança das pessoas que amamos e que foram significativas em nossas vidas.
Convidamos você a refletir sobre isso.
Como dar adeus a nossos avós
Um dos momentos mais complicados para uma criança é ter que dar adeus a um de seus avós em sua primeira infância. Se isso ocorre quando somos adultos o impacto é diferente, porque dispomos de mais recursos para enfrentar o que é a lei da vida.
Qual é a melhor maneira de ajudar as crianças a dar adeus a algum de seus avós? Propomos uma série de pontos que podem nos servir de ajuda.
Recomendamos também a leitura: 7 erros que os pais do século XXI cometem
O luto das crianças
Toda criança vive seu luto particular na hora de enfrentar a perda de uma pessoa significativa. É algo que não podemos esquecer. Ainda que aparentemente nosso filho esteja bem, os processos internos que ele pode estar experimentando podem deixar uma marca.
Os pedagogos sempre nos recomendam ser sinceros com as crianças e tomar cuidado com a linguagem. Não devemos fazer uso de metáforas como “os anjos levaram o vovô” ou “a vovó agora está dormindo”.
- É necessário evitar estas frases que podem confundir a criança. Dado que esta vai ser a sua primeira experiência com a morte, elas devem saber o que isso supõe: não ver mais aquela pessoa querida, mas aprender a lembrar dela todos os dias com carinho.
- Outro aspecto que devemos levar em conta é o desabafo emocional. Não devemos nos esconder para chorar para evitar que nossos filhos nos vejam sofrer. A longo prazo o que isso pode causar é que eles mesmos também escondam quando se sentem mal.
- Não devemos ter medo de desabafar e respeitar que a criança também chore se precisar.
- Além disso, devemos ser muito intuitivos com o luto das crianças. É comum que eles não terminem de processar o ocorrido até que um certo tempo tenha passado. Veremos isso em seus desenhos, em seus silêncios, e inclusive em seus pesadelos.
- Outro erro no qual muitos pais caem é o de evitar que as crianças possam se despedir de seus avós ou estejam no funeral. Queiramos ou não, tudo isso faz parte do luto e da própria despedida.
Obviamente tudo dependerá da idade da criança, mas podemos dizer que a partir dos 6 ou 7 anos nossos filhos já são muito receptivos a estes fatos tão duros, tão sensíveis, como ter que dizer adeus a um avô ou avó.
O legado pessoal que os avós nos deixam
Um avô ou uma avó pode nos deixar de herança uma casa, um pomar ou inclusive algum item precioso de cem anos de antiguidade. No entanto, nada disso importa para a linguagem do coração.
Os avós foram pais e nos ajudaram a ser as pessoas que somos agora, com alguns erros, mas também com enormes acertos e virtudes.
O legado de um avô é, portanto, duplo e tremendamente poderoso. Eles simbolizam as raízes de uma família e de uma identidade comum que não podemos, e nem devemos, esquecer.
Uma criança guarda para sempre todos estes momentos vividos com os avós. Porque sua relação é diferente da que tem com seus pais, é algo mais íntimo e puramente emocional.
Uma herança tecida com milhares de histórias, passeios no meio da tarde ao voltar da escola, um bolo com o aroma inconfundível do qual ainda nos lembramos, e uma voz que nunca poderemos esquecer.
Recomendamos também a leitura: Irmãos, o vínculo que nasce do coração
Dizer adeus a um avô que fez tanto por nós não é nada fácil.
No entanto, crescer e amadurecer implica, por sua vez, fazer frente a estas despedidas vitais.
São despedidas relativas, porque todos nós levamos na metade do nosso coração estes avós que, longe de desaparecerem, apenas se tornaram invisíveis para seguirem cuidando de nós e para que sigamos mantendo-os vivos através deste dom maravilhoso que todos nós temos: as lembranças.
Os avós nunca morrem, se tornam invisíveis para descansar em nosso coração como o melhor dos legados.
Poucas coisas podem nos ajudar tanto quanto esta herança de afetos, histórias e momentos compartilhados com nossos avós.
Todos temos um avô ou avó preferidos de quem nos lembramos com frequência.
Além disso, sua figura ficou impregnada em nosso legado familiar, até o ponto de que seguimos muitos de seus costumes: as receitas dos doces, os remédios caseiros para a saúde…
Mantemos viva a sua memória através de diferentes dimensões onde se concentra a autêntica riqueza do ser humano: a lembrança das pessoas que amamos e que foram significativas em nossas vidas.
Convidamos você a refletir sobre isso.
Como dar adeus a nossos avós
Um dos momentos mais complicados para uma criança é ter que dar adeus a um de seus avós em sua primeira infância. Se isso ocorre quando somos adultos o impacto é diferente, porque dispomos de mais recursos para enfrentar o que é a lei da vida.
Qual é a melhor maneira de ajudar as crianças a dar adeus a algum de seus avós? Propomos uma série de pontos que podem nos servir de ajuda.
Recomendamos também a leitura: 7 erros que os pais do século XXI cometem
O luto das crianças
Toda criança vive seu luto particular na hora de enfrentar a perda de uma pessoa significativa. É algo que não podemos esquecer. Ainda que aparentemente nosso filho esteja bem, os processos internos que ele pode estar experimentando podem deixar uma marca.
Os pedagogos sempre nos recomendam ser sinceros com as crianças e tomar cuidado com a linguagem. Não devemos fazer uso de metáforas como “os anjos levaram o vovô” ou “a vovó agora está dormindo”.
- É necessário evitar estas frases que podem confundir a criança. Dado que esta vai ser a sua primeira experiência com a morte, elas devem saber o que isso supõe: não ver mais aquela pessoa querida, mas aprender a lembrar dela todos os dias com carinho.
- Outro aspecto que devemos levar em conta é o desabafo emocional. Não devemos nos esconder para chorar para evitar que nossos filhos nos vejam sofrer. A longo prazo o que isso pode causar é que eles mesmos também escondam quando se sentem mal.
- Não devemos ter medo de desabafar e respeitar que a criança também chore se precisar.
- Além disso, devemos ser muito intuitivos com o luto das crianças. É comum que eles não terminem de processar o ocorrido até que um certo tempo tenha passado. Veremos isso em seus desenhos, em seus silêncios, e inclusive em seus pesadelos.
- Outro erro no qual muitos pais caem é o de evitar que as crianças possam se despedir de seus avós ou estejam no funeral. Queiramos ou não, tudo isso faz parte do luto e da própria despedida.
Obviamente tudo dependerá da idade da criança, mas podemos dizer que a partir dos 6 ou 7 anos nossos filhos já são muito receptivos a estes fatos tão duros, tão sensíveis, como ter que dizer adeus a um avô ou avó.
O legado pessoal que os avós nos deixam
Um avô ou uma avó pode nos deixar de herança uma casa, um pomar ou inclusive algum item precioso de cem anos de antiguidade. No entanto, nada disso importa para a linguagem do coração.
Os avós foram pais e nos ajudaram a ser as pessoas que somos agora, com alguns erros, mas também com enormes acertos e virtudes.
O legado de um avô é, portanto, duplo e tremendamente poderoso. Eles simbolizam as raízes de uma família e de uma identidade comum que não podemos, e nem devemos, esquecer.
Uma criança guarda para sempre todos estes momentos vividos com os avós. Porque sua relação é diferente da que tem com seus pais, é algo mais íntimo e puramente emocional.
Uma herança tecida com milhares de histórias, passeios no meio da tarde ao voltar da escola, um bolo com o aroma inconfundível do qual ainda nos lembramos, e uma voz que nunca poderemos esquecer.
Recomendamos também a leitura: Irmãos, o vínculo que nasce do coração
Dizer adeus a um avô que fez tanto por nós não é nada fácil.
No entanto, crescer e amadurecer implica, por sua vez, fazer frente a estas despedidas vitais.
São despedidas relativas, porque todos nós levamos na metade do nosso coração estes avós que, longe de desaparecerem, apenas se tornaram invisíveis para seguirem cuidando de nós e para que sigamos mantendo-os vivos através deste dom maravilhoso que todos nós temos: as lembranças.
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- Gallego, A. O., & Reverte, A. (2006). El Duelo en los Niños (La Pérdida del Padre/Madre). Revista de Psicologia Clìnica, 121-136. Available at: https://seom.org/seomcms/images/stories/recursos/sociosyprofs/documentacion/manuales/duelo/duelo11.pdf. Accessed 20/04/2020.
- Guillén, E. G., Montaño, M. J. G., Gordillo, M. D. G., Fernández, I. R., & Solanes, T. G. (2013). Crecer con la pérdida: el duelo en la infancia y adolescencia. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 2(1), 493-498. Available at: https://www.redalyc.org/pdf/3498/349852173033.pdf. Accessed 20/04/2020.
- Osuna, M. J. (2006). Relaciones familiares en la vejez: vínculos de los abuelos y de las abuelas con sus nietos y nietas en la infancia. Revista multidisciplinar de gerontología, 16(1), 16-25. Available at: https://bit.ly/3bolWhU. Accessed 20/04/2020.
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