O que é uma equimose?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A equimose é uma das lesões de pele básicas e elementares. Juntamente com outras manifestações dermatológicas, constitui a base das apresentações clínicas de outras doenças.
Ou seja, pode-se dizer que a equimose é um depósito de sangue localizado no tecido subcutâneo. A pele que se encontra por cima deste depósito não apresenta feridas nem nenhuma outra lesão acompanhante. Em resumo, este sangue acumulado provém da ruptura de vasos sanguíneos.
Quando o sangue sai dos vasos sanguíneos ocorre o chamado extravasamento. A equimose provém de um extravasamento que acontece sob a pele intacta. Os vasos sanguíneos se rompem porque uma pancada os abre, porque uma infecção os destrói por dentro ou porque os músculos da área se desgarram.
Ainda que dissemos anteriormente que a equimose é uma lesão dermatológica, não só nos referimos à pele externa. Esta lesão pode se manifestar sob uma membrana mucosa também, como, por exemplo, na região interna da cavidade bucal.
Causas da equimose
Existem diferentes fatores que podem causar equimoses. O resultado final é a ruptura dos vasos e o extravasamento de sangue no espaço subcutâneo, contudo, isso pode ser originado por:
- Traumatismo: uma pancada na pele que não a abra, ou seja, realizado com um objeto não cortante. Tenha sempre em mente que para falar de equimose não deve haver feridas na pele superficial.
- Prática de esportes: entre os atletas é comum as equimoses. Às vezes, são produzidas pelos traumatismos e, outras vezes, pelo esforço exagerado do treinamento que lesiona os músculos.
- Déficit de vitamina K: a vitamina K é uma substância indispensável para que a coagulação do sangue seja correta. Por isso, quando há uma falta desta vitamina no organismo, pode-se formar mais facilmente as equimoses.
- Infecções: certos processos infecciosos são propensos a enfraquecer os vasos sanguíneos e rompê-los por dentro, sem danificar a pele. Às vezes, as equimoses são um sinal inicial de uma infecção. Isso pode acontecer antes do aparecimento da febre.
- Transtornos da coagulação: assim como ocorre com o déficit de vitamina K, se a pessoa sofre com doenças da coagulação, como a doença de Von Willebrand, será mais propensa a desenvolver equimoses. Além disso, o transtorno da coagulação pode ser secundário a outra condição, como os cânceres.
- Uso de anticoagulantes: existem doenças que requerem para o seu tratamento o uso de anticoagulantes. O uso destes fármacos tem como efeito adverso a formação de equimoses espontâneas ou ante traumatismos pequenos, que em condições normais, não romperiam os vasos sanguíneos.
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O processo de formação
A equimose, conforme a definimos, é um acúmulo de sangue no espaço subcutâneo sob uma pele intacta. O processo é autolimitante e, transcorrido um certo período, o sangue é reabsorvido pelo próprio corpo.
Durante a reabsorção, que pode demorar semanas, a cor da pele na área afetada vai mudando. As mesmas mudanças de coloração indicam as partes do processo de resolução da equimose.
O sangue tem uma cor vermelha quando está dentro dos vasos. Uma vez que sai deles e se localiza no espaço subcutâneo, é tomado por células de defesa que são conhecidas como macrófagos. Dentro dos macrófagos, a hemoglobina perde o oxigênio que transporta e sua cor fica mais escura.
O vermelho escuro da hemoglobina sem oxigênio se vê pelo exterior da pele como roxo ou violeta. Esta costuma ser a cor típica da equimose; em suma, é a coloração dos hematomas.
À medida que os dias passam, a hemoglobina se transforma em pigmentos devido a sua decomposição. A cor que continua depois do violeta é o verde. Isso acontece porque a hemoglobina se transforma em biliverdina.
Dias depois, a biliverdina se transformará em bilirrubina. Nesse momento, a cor da pele vira do verde para o amarelo. Em seguida, a bilirrubina se converte em hemossiderina, o que se reflete no exterior como uma cor marrom pálida.
O último passo da equimose é a reabsorção total dos restos de sangue. Novamente, são os macrófagos que interviram, digerindo toda a hemossiderina restante. Nesse ponto, a pele volta para sua coloração habitual.
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Classificação das equimoses
Ainda que seja comum utilizar as palavras equimose, hematoma e petéquia como se fossem sinônimos, de fato, não é assim. Em dermatologia, cada uma destas formas de apresentação tem suas características particulares.
Se formos rígidos ao nomeá-las, um hematoma é uma equimose que ultrapassa a pele. Ou seja, caso se mantenha no nível de altura da pele na região afetada, não é possível falar de um hematoma.
Por outro lado, as petéquias são identificadas mais com o tamanho da equimose. Lesões de até dois milímetros seriam as petéquias, e seriam equimoses quando superassem esse tamanho.
Muito além da nomenclatura, lembre-se que a equimose costuma ser passageira e é associada com traumatismos. Se tenham aparecido roxos dos quais não pode identificar a origem, então consulte um profissional para chegar a um diagnóstico.
A equimose é uma das lesões de pele básicas e elementares. Juntamente com outras manifestações dermatológicas, constitui a base das apresentações clínicas de outras doenças.
Ou seja, pode-se dizer que a equimose é um depósito de sangue localizado no tecido subcutâneo. A pele que se encontra por cima deste depósito não apresenta feridas nem nenhuma outra lesão acompanhante. Em resumo, este sangue acumulado provém da ruptura de vasos sanguíneos.
Quando o sangue sai dos vasos sanguíneos ocorre o chamado extravasamento. A equimose provém de um extravasamento que acontece sob a pele intacta. Os vasos sanguíneos se rompem porque uma pancada os abre, porque uma infecção os destrói por dentro ou porque os músculos da área se desgarram.
Ainda que dissemos anteriormente que a equimose é uma lesão dermatológica, não só nos referimos à pele externa. Esta lesão pode se manifestar sob uma membrana mucosa também, como, por exemplo, na região interna da cavidade bucal.
Causas da equimose
Existem diferentes fatores que podem causar equimoses. O resultado final é a ruptura dos vasos e o extravasamento de sangue no espaço subcutâneo, contudo, isso pode ser originado por:
- Traumatismo: uma pancada na pele que não a abra, ou seja, realizado com um objeto não cortante. Tenha sempre em mente que para falar de equimose não deve haver feridas na pele superficial.
- Prática de esportes: entre os atletas é comum as equimoses. Às vezes, são produzidas pelos traumatismos e, outras vezes, pelo esforço exagerado do treinamento que lesiona os músculos.
- Déficit de vitamina K: a vitamina K é uma substância indispensável para que a coagulação do sangue seja correta. Por isso, quando há uma falta desta vitamina no organismo, pode-se formar mais facilmente as equimoses.
- Infecções: certos processos infecciosos são propensos a enfraquecer os vasos sanguíneos e rompê-los por dentro, sem danificar a pele. Às vezes, as equimoses são um sinal inicial de uma infecção. Isso pode acontecer antes do aparecimento da febre.
- Transtornos da coagulação: assim como ocorre com o déficit de vitamina K, se a pessoa sofre com doenças da coagulação, como a doença de Von Willebrand, será mais propensa a desenvolver equimoses. Além disso, o transtorno da coagulação pode ser secundário a outra condição, como os cânceres.
- Uso de anticoagulantes: existem doenças que requerem para o seu tratamento o uso de anticoagulantes. O uso destes fármacos tem como efeito adverso a formação de equimoses espontâneas ou ante traumatismos pequenos, que em condições normais, não romperiam os vasos sanguíneos.
Siga lendo: Você conhece a importância da vitamina K?
O processo de formação
A equimose, conforme a definimos, é um acúmulo de sangue no espaço subcutâneo sob uma pele intacta. O processo é autolimitante e, transcorrido um certo período, o sangue é reabsorvido pelo próprio corpo.
Durante a reabsorção, que pode demorar semanas, a cor da pele na área afetada vai mudando. As mesmas mudanças de coloração indicam as partes do processo de resolução da equimose.
O sangue tem uma cor vermelha quando está dentro dos vasos. Uma vez que sai deles e se localiza no espaço subcutâneo, é tomado por células de defesa que são conhecidas como macrófagos. Dentro dos macrófagos, a hemoglobina perde o oxigênio que transporta e sua cor fica mais escura.
O vermelho escuro da hemoglobina sem oxigênio se vê pelo exterior da pele como roxo ou violeta. Esta costuma ser a cor típica da equimose; em suma, é a coloração dos hematomas.
À medida que os dias passam, a hemoglobina se transforma em pigmentos devido a sua decomposição. A cor que continua depois do violeta é o verde. Isso acontece porque a hemoglobina se transforma em biliverdina.
Dias depois, a biliverdina se transformará em bilirrubina. Nesse momento, a cor da pele vira do verde para o amarelo. Em seguida, a bilirrubina se converte em hemossiderina, o que se reflete no exterior como uma cor marrom pálida.
O último passo da equimose é a reabsorção total dos restos de sangue. Novamente, são os macrófagos que interviram, digerindo toda a hemossiderina restante. Nesse ponto, a pele volta para sua coloração habitual.
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Classificação das equimoses
Ainda que seja comum utilizar as palavras equimose, hematoma e petéquia como se fossem sinônimos, de fato, não é assim. Em dermatologia, cada uma destas formas de apresentação tem suas características particulares.
Se formos rígidos ao nomeá-las, um hematoma é uma equimose que ultrapassa a pele. Ou seja, caso se mantenha no nível de altura da pele na região afetada, não é possível falar de um hematoma.
Por outro lado, as petéquias são identificadas mais com o tamanho da equimose. Lesões de até dois milímetros seriam as petéquias, e seriam equimoses quando superassem esse tamanho.
Muito além da nomenclatura, lembre-se que a equimose costuma ser passageira e é associada com traumatismos. Se tenham aparecido roxos dos quais não pode identificar a origem, então consulte um profissional para chegar a um diagnóstico.
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