O que é um implante coclear?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
O implante coclear é um transdutor. Sendo assim, ele será responsável por transformar os sinais acústicos em sinais elétricos, para estimular o nervo auditivo das pessoas que o implantaram devido a problemas auditivos.
O dispositivo é relativamente recente no mundo. Os primeiros dispositivos que foram testados com algum sucesso em pacientes com deficiência auditiva datam dos anos cinquenta. A evolução tecnológica permitiu a melhoria de lá pra cá.
Deve-se esclarecer que um implante coclear não é o mesmo que um aparelho auditivo. O primeiro é inserido no corpo cirurgicamente, através de uma operação. O aparelho auditivo, por outro lado, está sempre fora do corpo, funcionando de maneira diferente também.
A melhoria da qualidade de vida das pessoas que são beneficiárias do dispositivo geralmente é sempre positiva. De qualquer forma, o resultado final é muito variável, pois depende de vários fatores. Às vezes, são necessários anos de adaptação ao dispositivo para tirar o máximo proveito dele.
Além disso, o bom é que o implante coclear, uma vez instalado, não causa grandes restrições no dia a dia do paciente. A maioria das atividades pode ser realizada com total normalidade. Saiba mais detalhes em seguida.
As partes do implante coclear
Como qualquer dispositivo, o implante coclear consiste em partes. Nesse caso, eles são classificados em partes externas e partes internas, dependendo da sua localização final: fora do corpo ou dentro do corpo.
As partes externas são:
- Microfone: capta os sons.
- Processador: seleciona os sons captados pelo microfone para discriminar entre linguagem útil e inútil.
- Transmissor: será responsável pelo transporte dos sons do processador para as partes internas do dispositivo.
Leia mais: Muito barulho pode ser prejudicial e causar perda auditiva
As partes internas são:
- Receptor: esta parte é implantada cirurgicamente no osso mastoide do crânio, atrás da orelha. Recebe os sons do transmissor para enviá-los aos eletrodos.
- Eletrodos: são implantados no interior do ouvido interno e estimulam diretamente as células nervosas a alcançar o nervo auditivo com o sinal.
Como funciona
Quando o microfone capta sons externos, ele os envia ao processador. Lá eles são processados para fazer uma distinção entre os sons que podem formar a linguagem e os que não podem. O som fica, então, digitalizado.
O som digital tem características próprias diferentes do som habitual que a pessoa com audição normal ouve. Aqueles que usam implantes cocleares geralmente se referem a ele como um som metálico. Além disso, esse detalhe também dificulta a distinção entre os timbres de voz no início do uso.
O som digitalizado passa da parte externa do implante coclear para a parte interna através do sistema de ligação. Uma vez dentro do organismo, o receptor transforma a informação digital em um sinal elétrico, de modo que, através dos eletrodos, o ouvido interno é estimulado.
Cada eletrodo corresponde a uma certa frequência do sinal auditivo. Isso faz com que o eletrodo que é estimulado a cada momento gere um sinal específico para o nervo auditivo. O cérebro receberá o sinal através do nervo auditivo e gerará a sensação de audição.
Não deixe de ler ademais: O que significam os zumbidos no ouvido?
Quem pode receber um implante coclear
Considera-se possíveis beneficiários de um implante coclear as pessoas que:
- Sofrem perda auditiva severa nos dois ouvidos: a perda é considerada grave quando o paciente não fala ou apenas diz palavras simples, tem pouco ou nenhum controle sobre sua voz, não declara ou pronuncia corretamente a maioria dos fonemas.
- Utilizaram vários aparelhos auditivos e obtiveram poucas vantagens com a perda de qualidade de vida.
- Reconhecem menos de cinquenta por cento das frases nos testes auditivos.
- Reconhecem menos de sessenta por cento das frases em testes auditivos, mesmo com o uso de aparelhos auditivos.
A avaliação anterior é realizada por um médico otorrinolaringologista. É um profissional especializado em nariz, garganta e ouvido. O otorrinolaringologista certamente solicitará audiometria, tomografia e ressonância magnética do cérebro e do ouvido.
Além das indicações médicas, outras condições devem ser atendidas para que o implante coclear seja bem-sucedido. Essas condições não são apenas físicas, mas também psicológicas.
É essencial que a pessoa com deficiência auditiva esteja motivada e ciente do que significa o implante. Há um processo de adaptação subsequente que pode ser difícil e requer um compromisso constante. Além disso, o som auditivo gerado pelo implante não é o que conhecemos como audição normal.
Por fim, cabe destacar que, para as crianças que recebem o implante, a participação em programas de acompanhamento que as ajudam a interpretar sons é quase obrigatória. Por outro lado, os adultos que serão submetidos à cirurgia devem ser avaliados psicologicamente por pessoal especializado que determina se eles são aptos ou não para todo o processo.
O implante coclear é um transdutor. Sendo assim, ele será responsável por transformar os sinais acústicos em sinais elétricos, para estimular o nervo auditivo das pessoas que o implantaram devido a problemas auditivos.
O dispositivo é relativamente recente no mundo. Os primeiros dispositivos que foram testados com algum sucesso em pacientes com deficiência auditiva datam dos anos cinquenta. A evolução tecnológica permitiu a melhoria de lá pra cá.
Deve-se esclarecer que um implante coclear não é o mesmo que um aparelho auditivo. O primeiro é inserido no corpo cirurgicamente, através de uma operação. O aparelho auditivo, por outro lado, está sempre fora do corpo, funcionando de maneira diferente também.
A melhoria da qualidade de vida das pessoas que são beneficiárias do dispositivo geralmente é sempre positiva. De qualquer forma, o resultado final é muito variável, pois depende de vários fatores. Às vezes, são necessários anos de adaptação ao dispositivo para tirar o máximo proveito dele.
Além disso, o bom é que o implante coclear, uma vez instalado, não causa grandes restrições no dia a dia do paciente. A maioria das atividades pode ser realizada com total normalidade. Saiba mais detalhes em seguida.
As partes do implante coclear
Como qualquer dispositivo, o implante coclear consiste em partes. Nesse caso, eles são classificados em partes externas e partes internas, dependendo da sua localização final: fora do corpo ou dentro do corpo.
As partes externas são:
- Microfone: capta os sons.
- Processador: seleciona os sons captados pelo microfone para discriminar entre linguagem útil e inútil.
- Transmissor: será responsável pelo transporte dos sons do processador para as partes internas do dispositivo.
Leia mais: Muito barulho pode ser prejudicial e causar perda auditiva
As partes internas são:
- Receptor: esta parte é implantada cirurgicamente no osso mastoide do crânio, atrás da orelha. Recebe os sons do transmissor para enviá-los aos eletrodos.
- Eletrodos: são implantados no interior do ouvido interno e estimulam diretamente as células nervosas a alcançar o nervo auditivo com o sinal.
Como funciona
Quando o microfone capta sons externos, ele os envia ao processador. Lá eles são processados para fazer uma distinção entre os sons que podem formar a linguagem e os que não podem. O som fica, então, digitalizado.
O som digital tem características próprias diferentes do som habitual que a pessoa com audição normal ouve. Aqueles que usam implantes cocleares geralmente se referem a ele como um som metálico. Além disso, esse detalhe também dificulta a distinção entre os timbres de voz no início do uso.
O som digitalizado passa da parte externa do implante coclear para a parte interna através do sistema de ligação. Uma vez dentro do organismo, o receptor transforma a informação digital em um sinal elétrico, de modo que, através dos eletrodos, o ouvido interno é estimulado.
Cada eletrodo corresponde a uma certa frequência do sinal auditivo. Isso faz com que o eletrodo que é estimulado a cada momento gere um sinal específico para o nervo auditivo. O cérebro receberá o sinal através do nervo auditivo e gerará a sensação de audição.
Não deixe de ler ademais: O que significam os zumbidos no ouvido?
Quem pode receber um implante coclear
Considera-se possíveis beneficiários de um implante coclear as pessoas que:
- Sofrem perda auditiva severa nos dois ouvidos: a perda é considerada grave quando o paciente não fala ou apenas diz palavras simples, tem pouco ou nenhum controle sobre sua voz, não declara ou pronuncia corretamente a maioria dos fonemas.
- Utilizaram vários aparelhos auditivos e obtiveram poucas vantagens com a perda de qualidade de vida.
- Reconhecem menos de cinquenta por cento das frases nos testes auditivos.
- Reconhecem menos de sessenta por cento das frases em testes auditivos, mesmo com o uso de aparelhos auditivos.
A avaliação anterior é realizada por um médico otorrinolaringologista. É um profissional especializado em nariz, garganta e ouvido. O otorrinolaringologista certamente solicitará audiometria, tomografia e ressonância magnética do cérebro e do ouvido.
Além das indicações médicas, outras condições devem ser atendidas para que o implante coclear seja bem-sucedido. Essas condições não são apenas físicas, mas também psicológicas.
É essencial que a pessoa com deficiência auditiva esteja motivada e ciente do que significa o implante. Há um processo de adaptação subsequente que pode ser difícil e requer um compromisso constante. Além disso, o som auditivo gerado pelo implante não é o que conhecemos como audição normal.
Por fim, cabe destacar que, para as crianças que recebem o implante, a participação em programas de acompanhamento que as ajudam a interpretar sons é quase obrigatória. Por outro lado, os adultos que serão submetidos à cirurgia devem ser avaliados psicologicamente por pessoal especializado que determina se eles são aptos ou não para todo o processo.
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- Manrique, Manuel. “Implantes cocleares.” Acta Otorrinolaringológica Española 53.5 (2002): 305-316.
- Lenarz T. Cochlear implant – state of the art. GMS Curr Top Otorhinolaryngol Head Neck Surg. 2018;16:Doc04. Published 2018 Feb 19. doi:10.3205/cto000143
- Manrique, Manuel, et al. “Guía clínica sobre implantes cocleares.” Acta Otorrinolaringológica Española 70.1 (2019): 47-54.
- Ramos-Macías, Ángel, et al. “Implante coclear. Estado actual y futuro.” Revista Médica Clínica Las Condes 27.6 (2016): 798-807.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.