Muito barulho pode ser prejudicial e causar perda auditiva
Escrito e verificado por a médica Maricela Jiménez López
Nossas células nervosas sofrem com o barulho extremo e, como consequência, pode ocorrer uma perda auditiva.
O que ocorre com elas é o mesmo que ocorreria com as fibras de um tapete muito macio se colocássemos durante muito tempo um móvel em cima dele: nunca voltariam para a sua posição original.
A vida moderna é barulhenta. Hoje em dia é impossível escapar do inferno do trânsito, dos aviões, dos trens, das fábricas, dos buracos que surgem nas ruas, etc.
A intensidade e a constância desses barulhos são esmagadoras, o que sem dúvidas se torna preocupante pela perda de audição que deriva desta submissão constante.
Além disso, a situação não só afeta a nossa capacidade auditiva, como também o nosso comportamento. Com tal quantidade de barulho, o estresse, a hipertensão, a ansiedade e os sentimentos de desamparo se tornam mais comuns.
Descubra: Dicas para relaxar em momentos de estresse e nervosismo
Devemos saber que o barulho é especialmente estressante quando é imprevisível ou incontrolável.
A audição, um fascinante processo perceptivo
Ouvir é algo maravilhoso que fazemos todos os dias sem pensar a respeito. Transformamos as ondas de pressão do ar em impulsos nervosos que o cérebro interpreta como se fosse uma sinfonia de sons com significado.
Somos capazes de perceber desde o som que ocorre na tecla de um piano até o zumbido de um pequeno mosquito. Captamos como as moléculas de ar se chocam entre si e as transformamos em sons.
As ondas sonoras viajam através do conduto auditivo e produzem vibrações minúsculas no tímpano por meio de uma sequência mecânica de acontecimentos.
Estas vibrações são transmitidas através do ouvido médio até a cóclea cheia de líquido, criando movimentos nas células ciliadas, as quais causam estímulos nervosos que chegam ao cérebro.
Como vemos, o ouvido tem uma intricada e delicada estrutura, a qual o torna vulnerável a certas lesões a nível mecânico (surdez de condução) e a nível nervoso (surdez neurosensorial).
A perda auditiva
A perda auditiva relacionada com o dano nos condutos acústicos ou com os transtornos nervosos pode ocorrer devido à exposição prolongada a ruídos fortes e a doenças ou transtornos associados à idade.
Leia também: A melhor idade é a que você tem agora
Neste sentido, vale ressaltar que todos nós perdemos a capacidade auditiva com o passar dos anos. Assim, a gama de audição que percebemos dependerá da idade.
Quanto mais velhos somos, pior escutamos as frequências mais altas. É curioso e divertido realizar este teste entre diferentes pessoas do nosso entorno.
Ainda assim, a exposição a sons prolongados de intensidade superior aos 85 decibéis pode causar a perda da audição, que pode derivar em uma surdez neurosensorial.
Para que façamos uma ideia aproximada:
- 20 decibéis equivale a um suspiro.
- 40 decibéis ao som habitual de uma casa.
- 60 decibéis a uma conversa normal.
- 80 decibéis ao som de um cruzamento em uma rua movimentada.
- 100 decibéis a um trem subterrâneo a 6 metros.
- 110 decibéis a um avião a 150 metros.
- 120 decibéis a um trovão alto.
- 140 decibéis a um grupo de rock ouvido muito de perto.
O envelhecimento e o excesso de barulho destroem as células ciliadas
A destruição das células ciliadas não pode ser revertida nos seres humanos ainda que, segundo foi descoberto, existam animais como os tubarões e os pássaros que podem regenerar suas células auditivas.
Assim, os cientistas descobriram que certas formas de estimulação química parecem regenerar estas células em cobaias e crias de ratos, portanto, pode ser que algum dia consigamos “enganar” á cóclea humana para regenerar nossas células.
Porém, até agora a solução para restaurar a audição na surdez neurosensorial é implantando uma espécie de ouvido biônico denominado implante coclear.
Viver em um mundo silencioso: a cultura dos surdos
As pessoas com perda auditiva formam um grupo muito heterogêneo, não só porque existem diferentes graus de capacidade auditiva, mas também porque existe quem nunca ouviu e quem já ouviu alguma vez na vida.
Assim, enquanto as pessoas que sempre foram surdas compartilham a cultura dos surdos e se comunicam com o resto do mundo com fluidez e sem dificuldade, as pessoas que deixaram de ouvir percebem sua nova condição como uma incapacidade.
As pessoas que sofrem perdas auditivas habitualmente enfrentam grandes desafios sociais que precisam aprender a gerenciar.
É importante que, diante da perda auditiva, ocorra um trabalho em cima da autoestima e de potencializar a comunicação com os demais, ainda que exista o abismo do silêncio.
Dicas para cuidar da saúde auditiva
Para cuidar da nossa saúde auditiva é aconselhável considerarmos as seguintes recomendações:
- Não escute vários recursos sonoros ao mesmo tempo e mantenha-os sempre em um volume baixo.
- Não use reprodutores de música durante mais de uma hora e limite o volume a, no máximo, 60% de sua capacidade.
- Use proteção auditiva sempre que precisar.
- Cuide dos ouvidos quando apresentar gripes, resfriados ou infecções.
- Use tampões e seque os ouvidos depois de banhos de piscina ou praia para limitar a umidade no conduto auditivo.
- Não introduza objetos nos ouvidos, nem sequer cotonetes de algodão, pois podem perfurar a membrana ou o tímpano.
- Revise a audição periodicamente como método de prevenção.
Nossas células nervosas sofrem com o barulho extremo e, como consequência, pode ocorrer uma perda auditiva.
O que ocorre com elas é o mesmo que ocorreria com as fibras de um tapete muito macio se colocássemos durante muito tempo um móvel em cima dele: nunca voltariam para a sua posição original.
A vida moderna é barulhenta. Hoje em dia é impossível escapar do inferno do trânsito, dos aviões, dos trens, das fábricas, dos buracos que surgem nas ruas, etc.
A intensidade e a constância desses barulhos são esmagadoras, o que sem dúvidas se torna preocupante pela perda de audição que deriva desta submissão constante.
Além disso, a situação não só afeta a nossa capacidade auditiva, como também o nosso comportamento. Com tal quantidade de barulho, o estresse, a hipertensão, a ansiedade e os sentimentos de desamparo se tornam mais comuns.
Descubra: Dicas para relaxar em momentos de estresse e nervosismo
Devemos saber que o barulho é especialmente estressante quando é imprevisível ou incontrolável.
A audição, um fascinante processo perceptivo
Ouvir é algo maravilhoso que fazemos todos os dias sem pensar a respeito. Transformamos as ondas de pressão do ar em impulsos nervosos que o cérebro interpreta como se fosse uma sinfonia de sons com significado.
Somos capazes de perceber desde o som que ocorre na tecla de um piano até o zumbido de um pequeno mosquito. Captamos como as moléculas de ar se chocam entre si e as transformamos em sons.
As ondas sonoras viajam através do conduto auditivo e produzem vibrações minúsculas no tímpano por meio de uma sequência mecânica de acontecimentos.
Estas vibrações são transmitidas através do ouvido médio até a cóclea cheia de líquido, criando movimentos nas células ciliadas, as quais causam estímulos nervosos que chegam ao cérebro.
Como vemos, o ouvido tem uma intricada e delicada estrutura, a qual o torna vulnerável a certas lesões a nível mecânico (surdez de condução) e a nível nervoso (surdez neurosensorial).
A perda auditiva
A perda auditiva relacionada com o dano nos condutos acústicos ou com os transtornos nervosos pode ocorrer devido à exposição prolongada a ruídos fortes e a doenças ou transtornos associados à idade.
Leia também: A melhor idade é a que você tem agora
Neste sentido, vale ressaltar que todos nós perdemos a capacidade auditiva com o passar dos anos. Assim, a gama de audição que percebemos dependerá da idade.
Quanto mais velhos somos, pior escutamos as frequências mais altas. É curioso e divertido realizar este teste entre diferentes pessoas do nosso entorno.
Ainda assim, a exposição a sons prolongados de intensidade superior aos 85 decibéis pode causar a perda da audição, que pode derivar em uma surdez neurosensorial.
Para que façamos uma ideia aproximada:
- 20 decibéis equivale a um suspiro.
- 40 decibéis ao som habitual de uma casa.
- 60 decibéis a uma conversa normal.
- 80 decibéis ao som de um cruzamento em uma rua movimentada.
- 100 decibéis a um trem subterrâneo a 6 metros.
- 110 decibéis a um avião a 150 metros.
- 120 decibéis a um trovão alto.
- 140 decibéis a um grupo de rock ouvido muito de perto.
O envelhecimento e o excesso de barulho destroem as células ciliadas
A destruição das células ciliadas não pode ser revertida nos seres humanos ainda que, segundo foi descoberto, existam animais como os tubarões e os pássaros que podem regenerar suas células auditivas.
Assim, os cientistas descobriram que certas formas de estimulação química parecem regenerar estas células em cobaias e crias de ratos, portanto, pode ser que algum dia consigamos “enganar” á cóclea humana para regenerar nossas células.
Porém, até agora a solução para restaurar a audição na surdez neurosensorial é implantando uma espécie de ouvido biônico denominado implante coclear.
Viver em um mundo silencioso: a cultura dos surdos
As pessoas com perda auditiva formam um grupo muito heterogêneo, não só porque existem diferentes graus de capacidade auditiva, mas também porque existe quem nunca ouviu e quem já ouviu alguma vez na vida.
Assim, enquanto as pessoas que sempre foram surdas compartilham a cultura dos surdos e se comunicam com o resto do mundo com fluidez e sem dificuldade, as pessoas que deixaram de ouvir percebem sua nova condição como uma incapacidade.
As pessoas que sofrem perdas auditivas habitualmente enfrentam grandes desafios sociais que precisam aprender a gerenciar.
É importante que, diante da perda auditiva, ocorra um trabalho em cima da autoestima e de potencializar a comunicação com os demais, ainda que exista o abismo do silêncio.
Dicas para cuidar da saúde auditiva
Para cuidar da nossa saúde auditiva é aconselhável considerarmos as seguintes recomendações:
- Não escute vários recursos sonoros ao mesmo tempo e mantenha-os sempre em um volume baixo.
- Não use reprodutores de música durante mais de uma hora e limite o volume a, no máximo, 60% de sua capacidade.
- Use proteção auditiva sempre que precisar.
- Cuide dos ouvidos quando apresentar gripes, resfriados ou infecções.
- Use tampões e seque os ouvidos depois de banhos de piscina ou praia para limitar a umidade no conduto auditivo.
- Não introduza objetos nos ouvidos, nem sequer cotonetes de algodão, pois podem perfurar a membrana ou o tímpano.
- Revise a audição periodicamente como método de prevenção.
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