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O que é a síndrome de Rebecca?

4 minutos
A síndrome de Rebecca se refere ao ciúme que uma pessoa sente em relação aos ex-parceiros de seu atual parceiro. Como reconhecê-la e por que é importante lidar com ela? Convidamos você a saber mais sobre o assunto.
O que é a síndrome de Rebecca?
José Padilla

Escrito e verificado por o psicólogo José Padilla

Última atualização: 26 julho, 2023

A síndrome de Rebecca refere-se às situações em que uma pessoa sente ciúme dos ex-namorados ou ex-namoradas de seu atual parceiro. No presente, é cada vez mais comum desenvolver esses tipos de sentimentos, segundo vários psicólogos.

Isso se deve a diferentes causas, desde a baixa autoestima até a necessidade urgente de se comparar com os outros. Às vezes, até o próprio cônjuge pode ser a causa dessa situação.

Por que é chamado de síndrome de Rebecca?

Essa síndrome recebe esse nome inspirado no filme de Alfred Hitchcock, chamado Rebecca, e lançado em 1940. Por sua vez, a produção do filme foi baseada no romance Rebecca, de Daphne du Maurier.

Este filme conta a história de uma jovem acompanhante que vive um caso com um milionário viúvo e os dois acabam se casando. Infelizmente para a nova esposa, a governanta e os demais empregados da casa (uma imponente mansão chamada Manderley) são hostis com ela desde o início.

A jovem é comparada o tempo todo com a mulher anterior. Esta é santificada, glorificada e admirada por todos e, aos poucos, a protagonista começa a sentir que sua autoestima cai em detrimento da imagem intocável da falecida.

Por isso, começa a desenvolver um ciúme que não tem porque existir; especialmente quando se descobre que o relacionamento de seu marido com sua ex-esposa era infeliz e difícil.

Como é a síndrome de Rebecca?

O autor, Peter Van Sommers, em sua interessante obra intitulada Ciúme: conhecendo, entendendo e lidando com ele, em tradução livre, expressou sua própria opinião sobre esse tipo de ciúme, que ele classificou como “retrospectivo”. Ou seja, aqueles motivados por relacionamentos anteriores do parceiro atual.

É por isso que a pessoa afetada pode ficar com ciúmes, mesmo de uma pessoa falecida que era ex de seu atual parceiro. O escritor búlgaro Elias Canetti também pronunciou um aforismo que se encaixa muito bem nessa descrição.

O ciúme deve ser classificado de acordo com o que mais se odeia: rivais que foram, são e serão.

Elias Canetti

Por ser alguém considerado um rival do passado, é comum que a pessoa com essa síndrome imagine situações felizes que viveu com seu parceiro.

Também é comum que quem sofre dessa condição assuma que o ex-companheiro da pessoa com quem vive atualmente é ou foi mais inteligente, atraente, entre outras qualidades. Ou seja, que lhe atribui características de valor exagerado.

Isso leva a pessoa que sofre de ciúmes a se comportar complacentemente com o outro, embora também possa acontecer o contrário, ou seja, sentir-se superior. A verdade é que esta situação afeta muito a coabitação do casal, e até causa conflitos ou destrói completamente o relacionamento.

Se a pessoa de quem você sente ciúmes ainda estiver viva, a pessoa que sofre da síndrome pode adotar comportamentos persecutórios. Esses comportamentos incluem: investigar suas redes sociais, influenciar as interações de seu namorado ou namorada para controlá-lo, etc. A situação é ainda mais agravada se aquele ex fizer parte da vida do seu atual parceiro ou parceiro sentimental.

Veja: Como saber se tenho ciúmes?

Causas da síndrome de Rebecca

Como aponta este estudo dos pesquisadores Scheinkman e Werneck, “o ciúme é uma experiência relacional complexa. Eles são um medo visceral de perda.”

Essa forma de sentir inclui pensamentos e sentimentos que geram ações e reações, que às vezes parecem incompreensíveis. As situações que aumentam a possibilidade de origem deste quadro são as seguintes:

  • Baixa autoestima e autoconceito de quem sofre com a síndrome.
  • O parceiro ou o ambiente lembra constantemente o parceiro anterior.
  • O parceiro faz comparações diretas entre as dois pessoas.
  • A pessoa que sofre da síndrome percebe que se parece com o ex-companheiro de seu atual parceiro romântico, seja fisicamente ou na personalidade.
  • O casal ficou viúvo recentemente, não superou a fase do luto e os sentimentos e lembranças estão à flor da pele.

Veja: 7 casais mais românticos do cinema norte-americano

Existe algum tratamento?

Melhorar a situação em que prevalecem os medos irracionais geralmente requer algum tipo de intervenção, de acordo com o Dr. Cuesta, da UNED. Em alguns casos, pode ser necessário que o companheiro da pessoa que sofre dessa síndrome também receba apoio psicológico. Algumas sugestões que podem ajudar são as seguintes:

  • Melhorar a comunicação no casal.
  • Expressar as insatisfações e lembrar porque vocês estão unidos.
  • Evitar fazer menções exageradas sobre as qualidades do parceiro anterior ou verbalizar muitos detalhes.
  • Revisar as crenças que a pessoa que sofre de ciúmes tem.
  • Melhorar a autoestima da pessoa que sofre desta síndrome.
  • Modificaras atitudes que são controladoras.

Com o apoio de um psicólogo é possível deixar para trás o ciúme e começar a curtir o relacionamento a dois, pensando no aqui e agora.

A síndrome de Rebecca refere-se às situações em que uma pessoa sente ciúme dos ex-namorados ou ex-namoradas de seu atual parceiro. No presente, é cada vez mais comum desenvolver esses tipos de sentimentos, segundo vários psicólogos.

Isso se deve a diferentes causas, desde a baixa autoestima até a necessidade urgente de se comparar com os outros. Às vezes, até o próprio cônjuge pode ser a causa dessa situação.

Por que é chamado de síndrome de Rebecca?

Essa síndrome recebe esse nome inspirado no filme de Alfred Hitchcock, chamado Rebecca, e lançado em 1940. Por sua vez, a produção do filme foi baseada no romance Rebecca, de Daphne du Maurier.

Este filme conta a história de uma jovem acompanhante que vive um caso com um milionário viúvo e os dois acabam se casando. Infelizmente para a nova esposa, a governanta e os demais empregados da casa (uma imponente mansão chamada Manderley) são hostis com ela desde o início.

A jovem é comparada o tempo todo com a mulher anterior. Esta é santificada, glorificada e admirada por todos e, aos poucos, a protagonista começa a sentir que sua autoestima cai em detrimento da imagem intocável da falecida.

Por isso, começa a desenvolver um ciúme que não tem porque existir; especialmente quando se descobre que o relacionamento de seu marido com sua ex-esposa era infeliz e difícil.

Como é a síndrome de Rebecca?

O autor, Peter Van Sommers, em sua interessante obra intitulada Ciúme: conhecendo, entendendo e lidando com ele, em tradução livre, expressou sua própria opinião sobre esse tipo de ciúme, que ele classificou como “retrospectivo”. Ou seja, aqueles motivados por relacionamentos anteriores do parceiro atual.

É por isso que a pessoa afetada pode ficar com ciúmes, mesmo de uma pessoa falecida que era ex de seu atual parceiro. O escritor búlgaro Elias Canetti também pronunciou um aforismo que se encaixa muito bem nessa descrição.

O ciúme deve ser classificado de acordo com o que mais se odeia: rivais que foram, são e serão.

Elias Canetti

Por ser alguém considerado um rival do passado, é comum que a pessoa com essa síndrome imagine situações felizes que viveu com seu parceiro.

Também é comum que quem sofre dessa condição assuma que o ex-companheiro da pessoa com quem vive atualmente é ou foi mais inteligente, atraente, entre outras qualidades. Ou seja, que lhe atribui características de valor exagerado.

Isso leva a pessoa que sofre de ciúmes a se comportar complacentemente com o outro, embora também possa acontecer o contrário, ou seja, sentir-se superior. A verdade é que esta situação afeta muito a coabitação do casal, e até causa conflitos ou destrói completamente o relacionamento.

Se a pessoa de quem você sente ciúmes ainda estiver viva, a pessoa que sofre da síndrome pode adotar comportamentos persecutórios. Esses comportamentos incluem: investigar suas redes sociais, influenciar as interações de seu namorado ou namorada para controlá-lo, etc. A situação é ainda mais agravada se aquele ex fizer parte da vida do seu atual parceiro ou parceiro sentimental.

Veja: Como saber se tenho ciúmes?

Causas da síndrome de Rebecca

Como aponta este estudo dos pesquisadores Scheinkman e Werneck, “o ciúme é uma experiência relacional complexa. Eles são um medo visceral de perda.”

Essa forma de sentir inclui pensamentos e sentimentos que geram ações e reações, que às vezes parecem incompreensíveis. As situações que aumentam a possibilidade de origem deste quadro são as seguintes:

  • Baixa autoestima e autoconceito de quem sofre com a síndrome.
  • O parceiro ou o ambiente lembra constantemente o parceiro anterior.
  • O parceiro faz comparações diretas entre as dois pessoas.
  • A pessoa que sofre da síndrome percebe que se parece com o ex-companheiro de seu atual parceiro romântico, seja fisicamente ou na personalidade.
  • O casal ficou viúvo recentemente, não superou a fase do luto e os sentimentos e lembranças estão à flor da pele.

Veja: 7 casais mais românticos do cinema norte-americano

Existe algum tratamento?

Melhorar a situação em que prevalecem os medos irracionais geralmente requer algum tipo de intervenção, de acordo com o Dr. Cuesta, da UNED. Em alguns casos, pode ser necessário que o companheiro da pessoa que sofre dessa síndrome também receba apoio psicológico. Algumas sugestões que podem ajudar são as seguintes:

  • Melhorar a comunicação no casal.
  • Expressar as insatisfações e lembrar porque vocês estão unidos.
  • Evitar fazer menções exageradas sobre as qualidades do parceiro anterior ou verbalizar muitos detalhes.
  • Revisar as crenças que a pessoa que sofre de ciúmes tem.
  • Melhorar a autoestima da pessoa que sofre desta síndrome.
  • Modificaras atitudes que são controladoras.

Com o apoio de um psicólogo é possível deixar para trás o ciúme e começar a curtir o relacionamento a dois, pensando no aqui e agora.


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