O método dos 6 chapéus do pensamento
O método dos 6 chapéus do pensamento é uma técnica para estimular o pensamento lateral que se tornou popular nas últimas duas décadas. Essa é uma dinâmica muito prática e que tem inúmeras aplicações na vida real. Embora ela seja frequentemente associada ao ambiente empresarial, seus benefícios podem ser aproveitados em dezenas de outros contextos.
Como dinâmica criativa, o método dos 6 chapéus do pensamento pode ser aplicado a crianças, jovens e adultos. Embora não seja muito complexo, não é incomum que surjam dúvidas sobre como aplicá-lo ou em que consiste. Hoje apresentamos tudo o que você precisa saber sobre a opinião da ciência em relação à sua eficácia.
O que é o método dos 6 chapéus do pensamento?
O método dos 6 chapéus do pensamento é uma técnica introduzida pelo psicólogo maltês Edward de Bono em seu livro Six Thinking Hats (1985). Ele consiste em uma dinâmica de grupo que permite que os participantes alternem entre vários processos de pensamento, todos orientados a um único objetivo.
Não deixe de ler: Como se livrar de uma obsessão
Os pesquisadores apontaram diversas vezes a eficácia do método na construção de brainstorming, orientando a tomada de decisão em momentos críticos e mediando a resolução de problemas organizacionais. Além disso, a técnica dos 6 chapéus do pensamento também pode ser útil para o seguinte:
- Desenvolver habilidades de liderança.
- Incentivar o pensamento crítico.
- Melhorar a gestão de projetos.
- Aumentar a produtividade.
- Abordar um problema a partir de diferentes pontos de vista.
- Facilitar a comunicação de um grupo.
- Tirar os participantes da zona de conforto.
Resumindo, trata-se de uma dinâmica muito útil em ambientes empresariais, escolas, universidades e qualquer situação que justifique a resolução de um problema. Ela permite avaliar essas situações de diversos ângulos e envolver todos os participantes no processo, para um alcançar um resultado mais diverso.
Como se usa o método dos 6 chapéus do pensamento?
Como o próprio nome indica, a dinâmica consiste no uso de 6 chapéus coloridos. Cada um deles representa um padrão de pensamento, que o usuário deve assumir e interpretar durante a dinâmica. Os chapéus são alternados entre os participantes, que devem apresentar uma perspectiva relacionada à cor que estão usando.
Leia também: Como gerenciar os pensamentos intrusivos?
As cores tradicionais dos chapéus são branco, amarelo, preto, vermelho, verde e azul. Obviamente essas cores são referenciais e podem ser representadas de várias formas (laços coloridos, por exemplo). Vejamos o que significam as cores e o papel a ser representado pelo portador.
Chapéu branco
Quem usa o chapéu branco tem a responsabilidade de oferecer e reunir informações a partir de um ponto de vista objetivo ou neutro. Dito desta forma parece simples, embora na prática possa ser complicado seguir este critério.
O portador deve se basear em fatos para abordar o problema, analisando de forma metódica todas as variáveis tangíveis de que dispõe. Não podem ser feitas suposições nem ser usadas informações que não sejam conhecidas por todos.
A pessoa que usar o chapéu branco ficará encarregada de analisar os dados com rigor, sem fazer um julgamentos de cunho pessoal em momento algum. Ela também estará responsável pela compilação das contribuições dos outros participantes, processá-las e resumi-las. Às vezes é chamado de chapéu dos fatos.
Chapéu amarelo
A pessoa que usa o chapéu amarelo será responsável por avaliar os fatos a partir de um ponto de vista lógico e otimista. Isso está de acordo com a cor, pois cabe ao usuário oferecer luz, brilho e clareza ao panorama apresentado.
Essa pessoa faz toda a análise relacionada ao positivismo, vendo o copo como sempre meio cheio. Obviamente isso sempre deve ser feito de forma realista, desde que o aspecto negativo do projeto, solução ou problema nunca seja abordado.
As ideias apresentadas serão um contraste em relação às outras, e farão com que os benefícios sejam avaliados em detrimento das desvantagens. Ele também é conhecido como o chapéu otimista.
Chapéu preto
Ao contrário do caso anterior, o chapéu preto avalia a situação a partir de um prisma lógico e pessimista. Quem usa este chapéu estará encarregado de apontar os riscos, dificuldades, consequências e perdas que a tomada de uma determinada decisão pode representar.
Ele também está encarregado de apontar as preocupações, dúvidas e variáveis que ainda não foram destacadas, bem como convidar outros a assumirem uma atitude cautelosa em relação à situação. Ele também é conhecido como chapéu do pessimismo.
Chapéu vermelho
Na dinâmica dos 6 chapéus do pensamento, o chapéu vermelho valoriza os fatos por meio da intuição e dos sentimentos. Portanto, e ao contrário de todas os outros, ele avalia o panorama apenas por meio de uma abordagem subjetiva. Dessa forma, essa pessoa pode fazer suposições e dar palpites livremente.
As ideias apresentadas não precisam ser justificadas racionalmente. Basta que elas estejam baseadas em emoções para serem válidas, mesmo quando isso implique contrastar com todas as outras ideias. É importante notar que ele não se baseia em contribuir apenas com emoções positivas; as emoções negativas também podem estar presentes.
Por exemplo, sentimentos de aprovação, felicidade e alegria podem ser apresentados; mas também de desgosto, medo e temor. Esse é um chapéu muito versátil, pois permite a incorporação de um pouco de todos os outros; embora sempre a partir da subjetividade. Ele também é conhecido como o chapéu das emoções.
Chapéu verde
Quem usar o chapéu verde ficará encarregado de trazer novas ideias para o grupo. Seu portador explorará tantas ideias quanto possível, de forma que elas sejam apresentadas como uma alternativa à principal. Consiste em assumir um papel criativo para construir novos caminhos para avançar.
Deixe de lado o conservadorismo, a cortesia, a comodidade e a segurança para se arriscar em novos horizontes. Dentre todos os chapéus que compõem a dinâmica dos 6 chapéus do pensamento, esse é o que melhor estimula o pensamento lateral.
Este chapéu nos convida a sair da zona de conforto, não nos contentarmos com uma solução única e nos motivarmos a pensar sempre em várias alternativas. Quem o usa deve contribuir com o maior número de ideias possível, desde que elas sejam razoáveis de acordo com o que está sendo discutido. Também é conhecido como chapéu criativo.
Chapéu azul
Por fim, a dinâmica é complementada pelo chapéu azul. Ele funciona como um maestro: controla todo o processo e direciona as contribuições do grupo. Nesse sentido, quem o utiliza ficará encarregado de anotar ideias, distribuir palavras, investigar mais sobre uma determinada contribuição e tirar conclusões.
Em última análise, quem usa o chapéu azul tem a responsabilidade de gerenciar a dinâmica e garantir que ela seja cumprida conforme estipulado. É um símbolo do pensamento estruturado e, embora não faça contribuições diretas, ao atuar como moderador ele pode fazer perguntas ou pedir mais informações sobre uma ideia ambígua de um participante.
Como já comentamos, a dinâmica dos 6 chapéus do pensamento consiste no uso alternado de chapéus. Se os participantes estiverem sentados em uma sala, os chapéus podem ser trocados da direita para a esquerda, mantendo a ordem para evitar confusão.
Não existe um limite de tempo para esta técnica. Tudo depende da seriedade e compromisso assumidos. Por exemplo, podem se passar várias horas (ou mesmo dias) na discussão de ideias em uma única rodada, ou ela pode se esgotar em apenas quinze minutos.
Por fim, lembre-se que a dinâmica não se limita a seis pessoas. Podem ser formados grupos de duas, três ou quatro pessoas com o mesmo chapéu, de modo que eles precisam separar um momento para discutir os contrastes nas contribuições. Não deixe de usar essa técnica se quiser avaliar diferentes pontos de vista em relação ao mesmo problema.
O método dos 6 chapéus do pensamento é uma técnica para estimular o pensamento lateral que se tornou popular nas últimas duas décadas. Essa é uma dinâmica muito prática e que tem inúmeras aplicações na vida real. Embora ela seja frequentemente associada ao ambiente empresarial, seus benefícios podem ser aproveitados em dezenas de outros contextos.
Como dinâmica criativa, o método dos 6 chapéus do pensamento pode ser aplicado a crianças, jovens e adultos. Embora não seja muito complexo, não é incomum que surjam dúvidas sobre como aplicá-lo ou em que consiste. Hoje apresentamos tudo o que você precisa saber sobre a opinião da ciência em relação à sua eficácia.
O que é o método dos 6 chapéus do pensamento?
O método dos 6 chapéus do pensamento é uma técnica introduzida pelo psicólogo maltês Edward de Bono em seu livro Six Thinking Hats (1985). Ele consiste em uma dinâmica de grupo que permite que os participantes alternem entre vários processos de pensamento, todos orientados a um único objetivo.
Não deixe de ler: Como se livrar de uma obsessão
Os pesquisadores apontaram diversas vezes a eficácia do método na construção de brainstorming, orientando a tomada de decisão em momentos críticos e mediando a resolução de problemas organizacionais. Além disso, a técnica dos 6 chapéus do pensamento também pode ser útil para o seguinte:
- Desenvolver habilidades de liderança.
- Incentivar o pensamento crítico.
- Melhorar a gestão de projetos.
- Aumentar a produtividade.
- Abordar um problema a partir de diferentes pontos de vista.
- Facilitar a comunicação de um grupo.
- Tirar os participantes da zona de conforto.
Resumindo, trata-se de uma dinâmica muito útil em ambientes empresariais, escolas, universidades e qualquer situação que justifique a resolução de um problema. Ela permite avaliar essas situações de diversos ângulos e envolver todos os participantes no processo, para um alcançar um resultado mais diverso.
Como se usa o método dos 6 chapéus do pensamento?
Como o próprio nome indica, a dinâmica consiste no uso de 6 chapéus coloridos. Cada um deles representa um padrão de pensamento, que o usuário deve assumir e interpretar durante a dinâmica. Os chapéus são alternados entre os participantes, que devem apresentar uma perspectiva relacionada à cor que estão usando.
Leia também: Como gerenciar os pensamentos intrusivos?
As cores tradicionais dos chapéus são branco, amarelo, preto, vermelho, verde e azul. Obviamente essas cores são referenciais e podem ser representadas de várias formas (laços coloridos, por exemplo). Vejamos o que significam as cores e o papel a ser representado pelo portador.
Chapéu branco
Quem usa o chapéu branco tem a responsabilidade de oferecer e reunir informações a partir de um ponto de vista objetivo ou neutro. Dito desta forma parece simples, embora na prática possa ser complicado seguir este critério.
O portador deve se basear em fatos para abordar o problema, analisando de forma metódica todas as variáveis tangíveis de que dispõe. Não podem ser feitas suposições nem ser usadas informações que não sejam conhecidas por todos.
A pessoa que usar o chapéu branco ficará encarregada de analisar os dados com rigor, sem fazer um julgamentos de cunho pessoal em momento algum. Ela também estará responsável pela compilação das contribuições dos outros participantes, processá-las e resumi-las. Às vezes é chamado de chapéu dos fatos.
Chapéu amarelo
A pessoa que usa o chapéu amarelo será responsável por avaliar os fatos a partir de um ponto de vista lógico e otimista. Isso está de acordo com a cor, pois cabe ao usuário oferecer luz, brilho e clareza ao panorama apresentado.
Essa pessoa faz toda a análise relacionada ao positivismo, vendo o copo como sempre meio cheio. Obviamente isso sempre deve ser feito de forma realista, desde que o aspecto negativo do projeto, solução ou problema nunca seja abordado.
As ideias apresentadas serão um contraste em relação às outras, e farão com que os benefícios sejam avaliados em detrimento das desvantagens. Ele também é conhecido como o chapéu otimista.
Chapéu preto
Ao contrário do caso anterior, o chapéu preto avalia a situação a partir de um prisma lógico e pessimista. Quem usa este chapéu estará encarregado de apontar os riscos, dificuldades, consequências e perdas que a tomada de uma determinada decisão pode representar.
Ele também está encarregado de apontar as preocupações, dúvidas e variáveis que ainda não foram destacadas, bem como convidar outros a assumirem uma atitude cautelosa em relação à situação. Ele também é conhecido como chapéu do pessimismo.
Chapéu vermelho
Na dinâmica dos 6 chapéus do pensamento, o chapéu vermelho valoriza os fatos por meio da intuição e dos sentimentos. Portanto, e ao contrário de todas os outros, ele avalia o panorama apenas por meio de uma abordagem subjetiva. Dessa forma, essa pessoa pode fazer suposições e dar palpites livremente.
As ideias apresentadas não precisam ser justificadas racionalmente. Basta que elas estejam baseadas em emoções para serem válidas, mesmo quando isso implique contrastar com todas as outras ideias. É importante notar que ele não se baseia em contribuir apenas com emoções positivas; as emoções negativas também podem estar presentes.
Por exemplo, sentimentos de aprovação, felicidade e alegria podem ser apresentados; mas também de desgosto, medo e temor. Esse é um chapéu muito versátil, pois permite a incorporação de um pouco de todos os outros; embora sempre a partir da subjetividade. Ele também é conhecido como o chapéu das emoções.
Chapéu verde
Quem usar o chapéu verde ficará encarregado de trazer novas ideias para o grupo. Seu portador explorará tantas ideias quanto possível, de forma que elas sejam apresentadas como uma alternativa à principal. Consiste em assumir um papel criativo para construir novos caminhos para avançar.
Deixe de lado o conservadorismo, a cortesia, a comodidade e a segurança para se arriscar em novos horizontes. Dentre todos os chapéus que compõem a dinâmica dos 6 chapéus do pensamento, esse é o que melhor estimula o pensamento lateral.
Este chapéu nos convida a sair da zona de conforto, não nos contentarmos com uma solução única e nos motivarmos a pensar sempre em várias alternativas. Quem o usa deve contribuir com o maior número de ideias possível, desde que elas sejam razoáveis de acordo com o que está sendo discutido. Também é conhecido como chapéu criativo.
Chapéu azul
Por fim, a dinâmica é complementada pelo chapéu azul. Ele funciona como um maestro: controla todo o processo e direciona as contribuições do grupo. Nesse sentido, quem o utiliza ficará encarregado de anotar ideias, distribuir palavras, investigar mais sobre uma determinada contribuição e tirar conclusões.
Em última análise, quem usa o chapéu azul tem a responsabilidade de gerenciar a dinâmica e garantir que ela seja cumprida conforme estipulado. É um símbolo do pensamento estruturado e, embora não faça contribuições diretas, ao atuar como moderador ele pode fazer perguntas ou pedir mais informações sobre uma ideia ambígua de um participante.
Como já comentamos, a dinâmica dos 6 chapéus do pensamento consiste no uso alternado de chapéus. Se os participantes estiverem sentados em uma sala, os chapéus podem ser trocados da direita para a esquerda, mantendo a ordem para evitar confusão.
Não existe um limite de tempo para esta técnica. Tudo depende da seriedade e compromisso assumidos. Por exemplo, podem se passar várias horas (ou mesmo dias) na discussão de ideias em uma única rodada, ou ela pode se esgotar em apenas quinze minutos.
Por fim, lembre-se que a dinâmica não se limita a seis pessoas. Podem ser formados grupos de duas, três ou quatro pessoas com o mesmo chapéu, de modo que eles precisam separar um momento para discutir os contrastes nas contribuições. Não deixe de usar essa técnica se quiser avaliar diferentes pontos de vista em relação ao mesmo problema.
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- Aithal, P. S., & Kumar, P. M. Using six thinking hats as a tool for lateral thinking in organizational problem solving. International Journal of Engineering Research and Modern Education (IJERME). 2016; 1(2): 225-234.
- Aithal, P. S., & Kumar, P. M. Ideal analysis for decision making in critical situations through six thinking hats method. International Journal of Applied Engineering and Management Letters (IJAEML). 2017; 1(2): 1-9.
- Göçmen, Ö., & Coşkun, H. The effects of the six thinking hats and speed on creativity in brainstorming. Thinking Skills and Creativity. 2019; 31: 284-295.
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