O cigarro eletrônico afeta a saúde bucal?
Escrito e verificado por o dentista Vanesa Evangelina Buffa
Muitas pessoas que usam vapers se sentem confortáveis com essa maneira de fumar e até acreditam que ela é mais saudável. Neste artigo contaremos como o cigarro eletrônico influencia a saúde bucal.
A utilização de vapers é frequentemente considerada como uma alternativa menos prejudicial que os cigarros. Mas o uso de nicotina e outras substâncias tóxicas e seus efeitos nas estruturas orais não são levados em consideração.
O que é e como funcionam os cigarros eletrônicos?
Os cigarros eletrônicos são dispositivos capazes de aquecer um líquido e gerar um aerossol. Eles consistem em um espaço para conter o fluido, um elemento gerador de calor e uma bateria que permite o seu funcionamento.
A pessoa fuma o vapor gerado, inalando e exalando uma mistura de partículas minúsculas. O uso deste tipo de produto é denominado “vaping”.
Existe uma grande variedade de formas e tamanhos no mercado. Existem os que têm o aspecto de cigarros, cachimbos, canetas, pen drives e outros artigos de uso diário.
O líquido utilizado nos cigarros eletrônicos geralmente contém nicotina, glicerina, propilenoglicol, aromatizantes e outros produtos químicos e metais que promovem a produção do aerossol. Ele é chamado de “suco para cigarros eletrônicos” e vem em cartuchos de diversos sabores que podem ser recarregados.
Ao contrário dos cigarros convencionais, não ocorre a inalação de alcatrão ou monóxido de carbono nos vapers. Por esse motivo, muitos usuários o consideram mais inofensivo.
Mas os aerossóis gerados não contêm apenas vapor de água. Quando aquecidos, a nicotina, a glicerina e outros produtos químicos contidos no produto são inalados pela pessoa.
Essas substâncias são nocivas à saúde, cancerígenas e viciantes. Por isso existem cada vez mais estudos e órgãos de saúde que desaconselham o uso.
Efeitos do cigarro eletrônico na saúde bucal
Foi observado um aumento significativo no uso de cigarros eletrônicos pela população, principalmente entre jovens e adolescentes. As mensagens publicitárias os descrevem como uma alternativa mais saudável ao tabaco tradicional, e aumentam o interesse público em experimentar o vaper.
A verdade é que fumar desta forma também tem efeitos prejudiciais para a saúde. Problemas nos sistemas respiratório, nervoso, digestivo, circulatório, reprodutor e imunológico estão associados ao uso de cigarros eletrônicos. E os riscos não são apenas para o consumidor, mas também para as pessoas ao redor dele.
Por outro lado, embora esse seja um dos argumentos para o uso, tampouco foi comprovado que essa seja uma medida eficaz para parar de fumar. Ao contrário, existem estudos que afirmam que ter experimentado o vaper aumenta o risco de dependência da nicotina e, em não fumantes, de incorporar o hábito posteriormente.
Mas, como o cigarro eletrônico interfere na saúde bucal? A seguir mostramos alguns dos efeitos negativos que esse hábito provoca na boca:
Problemas na mucosa oral
A nicotina reduz o fluxo sanguíneo por todo o corpo, afetando a irrigação das membranas mucosas da boca. Assim, uma das consequências do uso do cigarro eletrônico na saúde bucal é a retração gengival.
A falta de vitalidade do tecido gengival devido à diminuição de nutrientes e oxigênio faz com que a gengiva funcione em sentido apical. Isso expõe a raiz do dente, provocando sensibilidade e favorecendo a instalação de cáries. Nos casos não tratados pode ser provocado o progresso da destruição dos tecidos de suporte e a perda dos dentes.
A inflamação nas gengivas é outra doença da mucosa oral associada ao uso de vapers. Os produtos químicos que chegam à boca são capazes de provocar irritação nela e na garganta. Esses tecidos podem ficar inchados, vermelhos e doloridos.
Por outro lado, a falta de nutrição na mucosa impede que ela responda adequadamente em caso de lesões. O processo de cicatrização e regeneração é alterado, dificultando a recuperação dos tecidos.
Essa má cicatrização dificulta alguns tratamentos odontológicos, aumentando o risco de complicações. O uso de implantes para reabilitar bocas com falta de dentes, por exemplo, não é adequado para esse tipo de paciente. Esse é um dado importante, dada a alta prevalência de perda dentes em pessoas fumantes.
Maior risco de infecções
Uma das maneiras pelas quais o cigarro eletrônico afeta a saúde bucal é aumentando as chances de desenvolver as doenças infecciosas bucais mais prevalentes. Ou seja, cáries e periodontite. Ambas condições podem levar à destruição ou perda de elementos dentários se não tiverem um tratamento adequado.
O uso de vapers reduz a produção de saliva e favorece a formação e o acúmulo de placa bacteriana. Além disso, o conteúdo doce dos aerossóis aromatizados favorece o metabolismo bacteriano e a produção de ácidos, assim como o consumo de doces ou refrigerantes. Se a isso estiver somada a falta de higiene dental, as chances de desenvolver cáries aumentam ainda mais.
Esta patologia destrói os tecidos duros dos dentes e progride em direção à área interna dos mesmos. Se não for tratada a tempo, pode levar a quadros dolorosos com inflamação pulpar ou infecções. Se o dano no dente for muito extenso ou as complicações forem muito graves, será necessário extraí-lo.
Devido à retração gengival associada aos pacientes fumantes, as cáries cervicais são as mais frequentes. A destruição ocorre na zona radicular do dente, sendo mais agressiva e causando uma grande sensibilidade.
O aparecimento da doença periodontal surge como consequência da progressão da inflamação e da recessão gengival não tratada. A destruição do tecido profundo e a perda do osso alveolar podem levar à mobilidade e até mesmo à perda dos dentes. Esta patologia está associada a outras doenças sistêmicas que afetam a saúde de forma geral.
O uso de cigarros eletrônicos também pode favorecer o crescimento excessivo de fungos na boca. O aparecimento de candidíase oral, com manchas brancas na língua ou vermelhidão das mucosas é uma possibilidade para estas pessoas.
Também pode te interessar: Piorreia ou periodontite: o que é e como tratar?
Boca seca
Embora ao usar o cigarro eletrônico seja inalado o vapor de um líquido, a boca seca é outro dos problemas de saúde bucal associados ao uso. A presença de propilenoglicol entre os componentes do produto pode favorecer a xerostomia.
A boca seca, além de incomodar o paciente, também favorece o desenvolvimento de cáries, a formação de placa bacteriana e o aparecimento de feridas. Além disso provoca halitose ou mau hálito.
Câncer de boca
A mistura de substâncias tóxicas que entram no organismo durante o uso de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de qualquer tipo de câncer de boca. Ainda não existem evidências concisas a respeito da relação entre vaper e câncer, mas a maioria dos estudos conclui que o uso é prejudicial e a ação semelhante à do tabaco no desenvolvimento de malignidade nas células.
Leia também: Cigarros eletrônicos: preocupações de segurança
O cigarro eletrônico mancha os dentes?
Fumar tabaco da forma tradicional colore os dentes com uma tonalidade amarelada ou marrom que evidencia o hábito. No caso dos cigarros eletrônicos as manchas nos dentes são menos prováveis.
Isso se deve à ausência de alcatrão na combustão, a principal causa das manchas. Esse risco menor de manchar os dentes é um aspecto usado por comerciantes e anunciantes de cigarros eletrônicos. Mas não existem evidências que demonstrem a presença de pigmentação dentária devido ao uso.
De qualquer forma, a coloração amarela nos dentes é um problema estético e não de saúde. A ausência de manchas nos dentes com a utilização desses produtos não é argumento suficiente para validar o uso. Os danos do cigarro eletrônico à saúde bucal são um problema muito mais grave.
Nenhum cigarro é o melhor
Como já dissemos, o uso do cigarro eletrônico tem muitos efeitos negativos na saúde bucal. Embora ele tenha ganhado popularidade como um produto saudável, pelo menos para a boca isso não é verdade.
Parar de fumar é sempre uma decisão benéfica. Os benefícios para a saúde são variados e múltiplos.
Optar pelo cigarro eletrônico como método para eliminar esse hábito não é uma boa ideia. Além do fato de a eficácia não ter sido comprovada, as consequências para a saúde continuam sendo prejudiciais. Sem falar que a dependência da nicotina pode continuar.
Existem outras alternativas menos prejudiciais e cientificamente comprovadas para parar de fumar. Procurar ajuda profissional é uma boa opção.
Caso o hábito de usar vapers já esteja instalado, o ideal para a saúde bucal também é tentar abandonar esse hábito. No entanto, como com qualquer vício, esse processo pode ser longo e difícil.
O cuidado dos dentes com uma higiene bucal adequada é essencial para neutralizar os efeitos nocivos do vaper na boca. Manter uma dieta saudável, se hidratar com frequência e ir ao dentista regularmente também faz parte do cuidado oral.
Além disso, buscar alternativas que ajudem a parar de fumar (em qualquer uma de suas versões), é a melhor forma de cuidar da boca e ter um sorriso saudável.
Muitas pessoas que usam vapers se sentem confortáveis com essa maneira de fumar e até acreditam que ela é mais saudável. Neste artigo contaremos como o cigarro eletrônico influencia a saúde bucal.
A utilização de vapers é frequentemente considerada como uma alternativa menos prejudicial que os cigarros. Mas o uso de nicotina e outras substâncias tóxicas e seus efeitos nas estruturas orais não são levados em consideração.
O que é e como funcionam os cigarros eletrônicos?
Os cigarros eletrônicos são dispositivos capazes de aquecer um líquido e gerar um aerossol. Eles consistem em um espaço para conter o fluido, um elemento gerador de calor e uma bateria que permite o seu funcionamento.
A pessoa fuma o vapor gerado, inalando e exalando uma mistura de partículas minúsculas. O uso deste tipo de produto é denominado “vaping”.
Existe uma grande variedade de formas e tamanhos no mercado. Existem os que têm o aspecto de cigarros, cachimbos, canetas, pen drives e outros artigos de uso diário.
O líquido utilizado nos cigarros eletrônicos geralmente contém nicotina, glicerina, propilenoglicol, aromatizantes e outros produtos químicos e metais que promovem a produção do aerossol. Ele é chamado de “suco para cigarros eletrônicos” e vem em cartuchos de diversos sabores que podem ser recarregados.
Ao contrário dos cigarros convencionais, não ocorre a inalação de alcatrão ou monóxido de carbono nos vapers. Por esse motivo, muitos usuários o consideram mais inofensivo.
Mas os aerossóis gerados não contêm apenas vapor de água. Quando aquecidos, a nicotina, a glicerina e outros produtos químicos contidos no produto são inalados pela pessoa.
Essas substâncias são nocivas à saúde, cancerígenas e viciantes. Por isso existem cada vez mais estudos e órgãos de saúde que desaconselham o uso.
Efeitos do cigarro eletrônico na saúde bucal
Foi observado um aumento significativo no uso de cigarros eletrônicos pela população, principalmente entre jovens e adolescentes. As mensagens publicitárias os descrevem como uma alternativa mais saudável ao tabaco tradicional, e aumentam o interesse público em experimentar o vaper.
A verdade é que fumar desta forma também tem efeitos prejudiciais para a saúde. Problemas nos sistemas respiratório, nervoso, digestivo, circulatório, reprodutor e imunológico estão associados ao uso de cigarros eletrônicos. E os riscos não são apenas para o consumidor, mas também para as pessoas ao redor dele.
Por outro lado, embora esse seja um dos argumentos para o uso, tampouco foi comprovado que essa seja uma medida eficaz para parar de fumar. Ao contrário, existem estudos que afirmam que ter experimentado o vaper aumenta o risco de dependência da nicotina e, em não fumantes, de incorporar o hábito posteriormente.
Mas, como o cigarro eletrônico interfere na saúde bucal? A seguir mostramos alguns dos efeitos negativos que esse hábito provoca na boca:
Problemas na mucosa oral
A nicotina reduz o fluxo sanguíneo por todo o corpo, afetando a irrigação das membranas mucosas da boca. Assim, uma das consequências do uso do cigarro eletrônico na saúde bucal é a retração gengival.
A falta de vitalidade do tecido gengival devido à diminuição de nutrientes e oxigênio faz com que a gengiva funcione em sentido apical. Isso expõe a raiz do dente, provocando sensibilidade e favorecendo a instalação de cáries. Nos casos não tratados pode ser provocado o progresso da destruição dos tecidos de suporte e a perda dos dentes.
A inflamação nas gengivas é outra doença da mucosa oral associada ao uso de vapers. Os produtos químicos que chegam à boca são capazes de provocar irritação nela e na garganta. Esses tecidos podem ficar inchados, vermelhos e doloridos.
Por outro lado, a falta de nutrição na mucosa impede que ela responda adequadamente em caso de lesões. O processo de cicatrização e regeneração é alterado, dificultando a recuperação dos tecidos.
Essa má cicatrização dificulta alguns tratamentos odontológicos, aumentando o risco de complicações. O uso de implantes para reabilitar bocas com falta de dentes, por exemplo, não é adequado para esse tipo de paciente. Esse é um dado importante, dada a alta prevalência de perda dentes em pessoas fumantes.
Maior risco de infecções
Uma das maneiras pelas quais o cigarro eletrônico afeta a saúde bucal é aumentando as chances de desenvolver as doenças infecciosas bucais mais prevalentes. Ou seja, cáries e periodontite. Ambas condições podem levar à destruição ou perda de elementos dentários se não tiverem um tratamento adequado.
O uso de vapers reduz a produção de saliva e favorece a formação e o acúmulo de placa bacteriana. Além disso, o conteúdo doce dos aerossóis aromatizados favorece o metabolismo bacteriano e a produção de ácidos, assim como o consumo de doces ou refrigerantes. Se a isso estiver somada a falta de higiene dental, as chances de desenvolver cáries aumentam ainda mais.
Esta patologia destrói os tecidos duros dos dentes e progride em direção à área interna dos mesmos. Se não for tratada a tempo, pode levar a quadros dolorosos com inflamação pulpar ou infecções. Se o dano no dente for muito extenso ou as complicações forem muito graves, será necessário extraí-lo.
Devido à retração gengival associada aos pacientes fumantes, as cáries cervicais são as mais frequentes. A destruição ocorre na zona radicular do dente, sendo mais agressiva e causando uma grande sensibilidade.
O aparecimento da doença periodontal surge como consequência da progressão da inflamação e da recessão gengival não tratada. A destruição do tecido profundo e a perda do osso alveolar podem levar à mobilidade e até mesmo à perda dos dentes. Esta patologia está associada a outras doenças sistêmicas que afetam a saúde de forma geral.
O uso de cigarros eletrônicos também pode favorecer o crescimento excessivo de fungos na boca. O aparecimento de candidíase oral, com manchas brancas na língua ou vermelhidão das mucosas é uma possibilidade para estas pessoas.
Também pode te interessar: Piorreia ou periodontite: o que é e como tratar?
Boca seca
Embora ao usar o cigarro eletrônico seja inalado o vapor de um líquido, a boca seca é outro dos problemas de saúde bucal associados ao uso. A presença de propilenoglicol entre os componentes do produto pode favorecer a xerostomia.
A boca seca, além de incomodar o paciente, também favorece o desenvolvimento de cáries, a formação de placa bacteriana e o aparecimento de feridas. Além disso provoca halitose ou mau hálito.
Câncer de boca
A mistura de substâncias tóxicas que entram no organismo durante o uso de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de qualquer tipo de câncer de boca. Ainda não existem evidências concisas a respeito da relação entre vaper e câncer, mas a maioria dos estudos conclui que o uso é prejudicial e a ação semelhante à do tabaco no desenvolvimento de malignidade nas células.
Leia também: Cigarros eletrônicos: preocupações de segurança
O cigarro eletrônico mancha os dentes?
Fumar tabaco da forma tradicional colore os dentes com uma tonalidade amarelada ou marrom que evidencia o hábito. No caso dos cigarros eletrônicos as manchas nos dentes são menos prováveis.
Isso se deve à ausência de alcatrão na combustão, a principal causa das manchas. Esse risco menor de manchar os dentes é um aspecto usado por comerciantes e anunciantes de cigarros eletrônicos. Mas não existem evidências que demonstrem a presença de pigmentação dentária devido ao uso.
De qualquer forma, a coloração amarela nos dentes é um problema estético e não de saúde. A ausência de manchas nos dentes com a utilização desses produtos não é argumento suficiente para validar o uso. Os danos do cigarro eletrônico à saúde bucal são um problema muito mais grave.
Nenhum cigarro é o melhor
Como já dissemos, o uso do cigarro eletrônico tem muitos efeitos negativos na saúde bucal. Embora ele tenha ganhado popularidade como um produto saudável, pelo menos para a boca isso não é verdade.
Parar de fumar é sempre uma decisão benéfica. Os benefícios para a saúde são variados e múltiplos.
Optar pelo cigarro eletrônico como método para eliminar esse hábito não é uma boa ideia. Além do fato de a eficácia não ter sido comprovada, as consequências para a saúde continuam sendo prejudiciais. Sem falar que a dependência da nicotina pode continuar.
Existem outras alternativas menos prejudiciais e cientificamente comprovadas para parar de fumar. Procurar ajuda profissional é uma boa opção.
Caso o hábito de usar vapers já esteja instalado, o ideal para a saúde bucal também é tentar abandonar esse hábito. No entanto, como com qualquer vício, esse processo pode ser longo e difícil.
O cuidado dos dentes com uma higiene bucal adequada é essencial para neutralizar os efeitos nocivos do vaper na boca. Manter uma dieta saudável, se hidratar com frequência e ir ao dentista regularmente também faz parte do cuidado oral.
Além disso, buscar alternativas que ajudem a parar de fumar (em qualquer uma de suas versões), é a melhor forma de cuidar da boca e ter um sorriso saudável.
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