Nódulos da tireoide: sintomas e causas
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
Nós falamos sobre nódulos da tireoide para nos referirmos ao crescimento de células na glândula tireoide na forma de protuberâncias, pontos ou turgências. Alguns deles são detectáveis por simples palpação, embora a maioria dos nódulos seja pequena e não possa ser apalpada no pescoço.
Os nódulos da tireoide podem ser sólidos ou císticos. Um nódulo cístico é aquele que contém fluido no seu interior, e é coberto por uma cápsula que o contém. Nódulos sólidos, por outro lado, são maciços em toda a sua estrutura.
Eles podem estar localizados em diferentes partes da glândula tireoide, a qual é composta por dois lóbulos unidos por um segmento central menor. A glândula está no pescoço e, em condições normais, não é possível senti-la palpando-a do lado de fora.
Como a tireoide tem entre suas funções a fabricação dos hormônios T3 e T4, pode ser que um nódulo da glândula seja funcional. Isso significa que é capaz de secretar hormônios como o resto do tecido normal. Nesses casos, aparecem sintomas associados à essa superprodução hormonal.
A maioria dos nódulos tireoidianos é benigna e, entre eles, muitos são detectados acidentalmente em uma consulta médica por outro motivo. No entanto, devido à pequena porcentagem de nódulos que respondem ao câncer de tireoide, os métodos complementares necessários para o diagnóstico devem ser realizados.
Causas dos nódulos da tireoide
As causas por trás dos nódulos da tireoide são variadas, de alterações na dieta à proliferação de células malignas. Vejamos algumas das mais importantes:
Falta de iodo na dieta
Quando o microcomponente de iodo não está presente em quantidade suficiente nos alimentos que ingerimos, a glândula tireoide pode formar nódulos. Essa causa clássica e histórica da doença da tireoide levou vários países a legislar a obrigação de adicionar artificialmente iodo a muitos alimentos, inclusive no sal de mesa.
Essas leis surgiram em épocas em que era muito frequente que certas regiões do mundo apresentavam alta incidência de bócio; uma doença do aumento da tireoide devido à falta de iodo.
Tireoidite
Este termo designa a inflamação da glândula tireoide. Quando a inflamação é crônica e persistente, pode gerar nódulos. Uma das variedades mais conhecidas é a tireoidite de Hashimoto, cujos sintomas são de hipotireoidismo.
A tireoidite geralmente responde a processos autoimunes, onde o corpo ataca sua própria glândula com anticorpos.
Proliferação de células tireoidianas normais
Em algumas circunstâncias as células tireoidianas habituais crescem excessivamente e formam um nódulo. Este fenômeno é conhecido como adenoma da tireoide, e é benigno.
O problema do adenoma é que este pode ser funcional, ou seja, capaz de produzir hormônios e despejá-los no sangue. Isso pode levar a pessoa a sofrer de hipertireoidismo.
Acumulação de líquidos
Os nódulos tireoidianos podem ser císticos, ou seja, cavidades cheias de líquido. Que são benignos e geralmente não funcionais, isto é, incapazes de produzir hormônios.
Proliferação de células malignas
A forma mais perigosa de nódulo tireoidiano é o câncer da tireoide. Que, felizmente, é uma parcela mínima dos casos. Com uma detecção precoce é passível de tratamentos e cirurgias para impedir sua progressão.
Continue lendo sobre o assunto: 5 dicas para reduzir o desconforto do hipotireoidismo durante a gravidez
Sintomas dos nódulos da tireoide
Os nódulos da tireoide geralmente não causam sintomas porque tendem a ser pequenos e não funcionais. Em muitos casos, são descobertos ao realizar-se uma ultrassonografia ou ecografia da tireoide por outro motivo, ou uma tomografia da região do pescoço.
Quando o nódulo é detectável pelo lado de fora, apalpando o pescoço, estamos na presença de uma formação já suficientemente grande. Essas situações podem ser percebidas pelo médico ao realizar o exame físico, ou pelo mesmo paciente.
Se houver outros sintomas próximos ao nódulo, como perda de peso, episódios de transpiração intensa, alterações nos batimentos cardíacos ou dificuldade em engolir, então há suspeita de malignidade do nódulo. Embora, no final das contas, o diagnóstico definitivo possa ser benigno, e a presença desses sinais obriga a acelerar a realização dos métodos complementares de tratamento.
Por outro lado, se nos deparamos com nódulos funcionais da tireoide capazes de produzir hormônios e despejá-los na corrente sanguínea, os sintomas serão os de hipertireoidismo. Haverá taquicardia, falta de força, alterações nas unhas e cabelos, diarreia, irritabilidade e falta de ganho de peso, apesar do aumento na ingestão de alimentos.
Continue lendo nossos artigos: Estresse e hipertireoidismo: um relacionamento que você deve conhecer
Diagnóstico dos nódulos da tireoide
Mediante uma palpação de um nódulo tireoidiano ou quando o mesmo aparecer em um exame por outros motivos, sem dúvida alguma, o médico solicitará uma série de estudos para caracterizar a lesão. Entre esses estudos estarão os seguintes:
- Dosagem do hormônio tireoidiano: através de um exame de sangue, os níveis de T4 e TSH serão medidos.
- Ultrassom da tireoide: se não tiver sido feito anteriormente, é o primeiro passo para tratar os nódulos da tireoide. Em um primeiro momento, permite diferenciar os nódulos sólidos e císticos, além de medir o tamanho.
- Biópsia por punção: se houver suspeita de malignidade do nódulo, será agendado um procedimento de biópsia. Consiste em introduzir uma agulha muito fina na glândula para extrair células do nódulo, que serão analisadas no microscópio. Atualmente a punção é realizada em nível ambulatorial, sem necessidade de hospitalização e geralmente apenas com anestesia local.
Resumindo
Em conclusão, os nódulos da tireoide podem aparecer como resultado de várias doenças que afetam a glândula tireoide. Embora sejam geralmente benignos, é necessário um diagnóstico adequado para descartar que não supõem a existência de um problema grave. Por isso, diante de qualquer sinal desse tipo de nódulo, é necessário consultar um médico para que este possa solicitar os exames pertinentes.
Nós falamos sobre nódulos da tireoide para nos referirmos ao crescimento de células na glândula tireoide na forma de protuberâncias, pontos ou turgências. Alguns deles são detectáveis por simples palpação, embora a maioria dos nódulos seja pequena e não possa ser apalpada no pescoço.
Os nódulos da tireoide podem ser sólidos ou císticos. Um nódulo cístico é aquele que contém fluido no seu interior, e é coberto por uma cápsula que o contém. Nódulos sólidos, por outro lado, são maciços em toda a sua estrutura.
Eles podem estar localizados em diferentes partes da glândula tireoide, a qual é composta por dois lóbulos unidos por um segmento central menor. A glândula está no pescoço e, em condições normais, não é possível senti-la palpando-a do lado de fora.
Como a tireoide tem entre suas funções a fabricação dos hormônios T3 e T4, pode ser que um nódulo da glândula seja funcional. Isso significa que é capaz de secretar hormônios como o resto do tecido normal. Nesses casos, aparecem sintomas associados à essa superprodução hormonal.
A maioria dos nódulos tireoidianos é benigna e, entre eles, muitos são detectados acidentalmente em uma consulta médica por outro motivo. No entanto, devido à pequena porcentagem de nódulos que respondem ao câncer de tireoide, os métodos complementares necessários para o diagnóstico devem ser realizados.
Causas dos nódulos da tireoide
As causas por trás dos nódulos da tireoide são variadas, de alterações na dieta à proliferação de células malignas. Vejamos algumas das mais importantes:
Falta de iodo na dieta
Quando o microcomponente de iodo não está presente em quantidade suficiente nos alimentos que ingerimos, a glândula tireoide pode formar nódulos. Essa causa clássica e histórica da doença da tireoide levou vários países a legislar a obrigação de adicionar artificialmente iodo a muitos alimentos, inclusive no sal de mesa.
Essas leis surgiram em épocas em que era muito frequente que certas regiões do mundo apresentavam alta incidência de bócio; uma doença do aumento da tireoide devido à falta de iodo.
Tireoidite
Este termo designa a inflamação da glândula tireoide. Quando a inflamação é crônica e persistente, pode gerar nódulos. Uma das variedades mais conhecidas é a tireoidite de Hashimoto, cujos sintomas são de hipotireoidismo.
A tireoidite geralmente responde a processos autoimunes, onde o corpo ataca sua própria glândula com anticorpos.
Proliferação de células tireoidianas normais
Em algumas circunstâncias as células tireoidianas habituais crescem excessivamente e formam um nódulo. Este fenômeno é conhecido como adenoma da tireoide, e é benigno.
O problema do adenoma é que este pode ser funcional, ou seja, capaz de produzir hormônios e despejá-los no sangue. Isso pode levar a pessoa a sofrer de hipertireoidismo.
Acumulação de líquidos
Os nódulos tireoidianos podem ser císticos, ou seja, cavidades cheias de líquido. Que são benignos e geralmente não funcionais, isto é, incapazes de produzir hormônios.
Proliferação de células malignas
A forma mais perigosa de nódulo tireoidiano é o câncer da tireoide. Que, felizmente, é uma parcela mínima dos casos. Com uma detecção precoce é passível de tratamentos e cirurgias para impedir sua progressão.
Continue lendo sobre o assunto: 5 dicas para reduzir o desconforto do hipotireoidismo durante a gravidez
Sintomas dos nódulos da tireoide
Os nódulos da tireoide geralmente não causam sintomas porque tendem a ser pequenos e não funcionais. Em muitos casos, são descobertos ao realizar-se uma ultrassonografia ou ecografia da tireoide por outro motivo, ou uma tomografia da região do pescoço.
Quando o nódulo é detectável pelo lado de fora, apalpando o pescoço, estamos na presença de uma formação já suficientemente grande. Essas situações podem ser percebidas pelo médico ao realizar o exame físico, ou pelo mesmo paciente.
Se houver outros sintomas próximos ao nódulo, como perda de peso, episódios de transpiração intensa, alterações nos batimentos cardíacos ou dificuldade em engolir, então há suspeita de malignidade do nódulo. Embora, no final das contas, o diagnóstico definitivo possa ser benigno, e a presença desses sinais obriga a acelerar a realização dos métodos complementares de tratamento.
Por outro lado, se nos deparamos com nódulos funcionais da tireoide capazes de produzir hormônios e despejá-los na corrente sanguínea, os sintomas serão os de hipertireoidismo. Haverá taquicardia, falta de força, alterações nas unhas e cabelos, diarreia, irritabilidade e falta de ganho de peso, apesar do aumento na ingestão de alimentos.
Continue lendo nossos artigos: Estresse e hipertireoidismo: um relacionamento que você deve conhecer
Diagnóstico dos nódulos da tireoide
Mediante uma palpação de um nódulo tireoidiano ou quando o mesmo aparecer em um exame por outros motivos, sem dúvida alguma, o médico solicitará uma série de estudos para caracterizar a lesão. Entre esses estudos estarão os seguintes:
- Dosagem do hormônio tireoidiano: através de um exame de sangue, os níveis de T4 e TSH serão medidos.
- Ultrassom da tireoide: se não tiver sido feito anteriormente, é o primeiro passo para tratar os nódulos da tireoide. Em um primeiro momento, permite diferenciar os nódulos sólidos e císticos, além de medir o tamanho.
- Biópsia por punção: se houver suspeita de malignidade do nódulo, será agendado um procedimento de biópsia. Consiste em introduzir uma agulha muito fina na glândula para extrair células do nódulo, que serão analisadas no microscópio. Atualmente a punção é realizada em nível ambulatorial, sem necessidade de hospitalização e geralmente apenas com anestesia local.
Resumindo
Em conclusão, os nódulos da tireoide podem aparecer como resultado de várias doenças que afetam a glândula tireoide. Embora sejam geralmente benignos, é necessário um diagnóstico adequado para descartar que não supõem a existência de um problema grave. Por isso, diante de qualquer sinal desse tipo de nódulo, é necessário consultar um médico para que este possa solicitar os exames pertinentes.
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- Román-González, Alejandro, et al. “Nódulo tiroideo, enfoque y manejo. Revisión de la literatura.” Iatreia 26.2 (2013): 197-206.
- Ambriz, Pedro Torres, et al. “Diagnóstico y tratamiento del nódulo tiroideo.” Revista de Endocrinología y Nutrición 8.3 (2000): 87-93.
- Uliaque, Carolina Franco, et al. “Utilidad de la ecografía en la evaluación de los nódulos tiroideos.” Radiología 58.5 (2016): 380-388.
- Pereira Despaigne, Olga Lidia, et al. “Diagnóstico de las afecciones nodulares del tiroides.” Medisan 19.6 (2015): 788-796.
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