Mulher luta contra a gordofobia ao recriar looks das famosas: beleza e elegância não requerem corpo super magro
Diariamente, pessoas gordas e obesas saem de casa logo cedo e sabem que vão encontrar pela frente desafios de todos os tipos, por exemplo, no transporte público, escritórios, restaurantes e outros ambientes que não estão preparados para acomodá-las. Ainda pior, elas sabem também que vão ser alvo de piadas e julgamentos e ouvir de muita gente que precisam emagrecer. Esse preconceito tem nome: gordofobia.
“Gordofobia é um neologismo para o comportamento de pessoas que julgam alguém inferior, desprezível ou repugnante por ser gordo. Funciona como qualquer outro preconceito baseado em uma característica única”, explica o Dr. Adriano Segal, psiquiatra do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
“Apesar de o nome ser novo, é algo que sempre existiu, a gula é até um pecado capital. Há estudos com universitários que afirmam preferir se casar com traficantes ou bandidos do que com obesos”, diz o médico.
A gordofobia se caracteriza pela aversão e preconceito com pessoas gordas. Trata-se do julgamento de alguém como inferior, desprezível ou repugnante por estar acima do peso que é considerado padrão pela sociedade e pela medicina.
Gordofobia e moda
O parâmetro de “estilo” está enraizado ao padrão estético em destaque na nossa cultura, que exalta a busca incessante pela magreza e pela juventude. Se a temática viralizou nos últimos anos abrindo espaço para o debate, por que pouco avançamos para romper estigmas sobre o corpo e a moda?
De acordo com a Associação Brasil Plus Size, só em 2018, a produção de vestuário para tamanhos acima do 46 movimentou cerca de R$ 7,2 bilhões. Este número cresce todo ano, mas a dificuldade que as pessoas gordas têm em encontrar peças do seu tamanho não diminui.
Esse comportamento social endossa a existência de um privilégio na moda, algo que já podemos perceber em outros aspectos da vida. No segmento fashion, ele está presente na produção e até mesmo no consumo, por exemplo, na facilidade que as pessoas magras têm para encontrar roupas em tamanhos e preços acessíveis.
Se as regras e dicas de moda já tentaram limitar como deveríamos nos vestir em função do nosso aspecto físico, hoje a gordofobia é intensificada na forma de “elogios”. Entre eles, por exemplo, a frase que inspira uma suposta “coragem” para usar tendências naturalizadas para corpos magros: “Eu gostaria de ter a tua coragem!”.
Sem dúvida, essa é uma referência tão horrível e preconceituosa quanto “Você tem um rosto lindo”. As mulheres gordas precisam de coragem e paciência para enfrentar a gordofobia presente nesses comentários e ações que tentam deslegitimar seus corpos na moda e em tantos outros segmentos, como no trabalho, na vida amorosa, no lazer.
Se uma parte significativa da sociedade ainda associa o corpo gordo a símbolos negativos, se faz necessário ocupar espaços e utilizar nossas vozes e imagens para desconstruir estereótipos, inclusive na moda. Além disso, ter mulheres gordas em visibilidade também repercute em forma de inspiração.
Nesse sentido, a influenciadora Katie Sturino é um desses estímulos presentes no Instagram quando o assunto é endossar que a moda deve ser para todas. Para mostrar que estilo independe de aspecto físico, ela recria, para mais de 780 mil seguidores, produções de outras mulheres magras e em posição de protagonismo. Entre as celebridades reconhecidas não só pelo trabalho, mas pelo visual também, e que têm os looks reproduzidos por Katie estão Kate Middleton, Victoria Beckham e Beyoncé.
Veja os exemplos de looks que a influenciadora copiou de atrizes, cantoras e outras personalidades para ajudar a promover a positividade corporal:
Zendaya
Kate Middleton
Anne Hathaway
Jennifer Lopez
Reese Witherspoon
Victoria Beckham
Blake Lively
Olivia Rodrigo
Beyoncé
Com informações de DiárioSM e Hospital Oswaldo Cruz.
Diariamente, pessoas gordas e obesas saem de casa logo cedo e sabem que vão encontrar pela frente desafios de todos os tipos, por exemplo, no transporte público, escritórios, restaurantes e outros ambientes que não estão preparados para acomodá-las. Ainda pior, elas sabem também que vão ser alvo de piadas e julgamentos e ouvir de muita gente que precisam emagrecer. Esse preconceito tem nome: gordofobia.
“Gordofobia é um neologismo para o comportamento de pessoas que julgam alguém inferior, desprezível ou repugnante por ser gordo. Funciona como qualquer outro preconceito baseado em uma característica única”, explica o Dr. Adriano Segal, psiquiatra do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
“Apesar de o nome ser novo, é algo que sempre existiu, a gula é até um pecado capital. Há estudos com universitários que afirmam preferir se casar com traficantes ou bandidos do que com obesos”, diz o médico.
A gordofobia se caracteriza pela aversão e preconceito com pessoas gordas. Trata-se do julgamento de alguém como inferior, desprezível ou repugnante por estar acima do peso que é considerado padrão pela sociedade e pela medicina.
Gordofobia e moda
O parâmetro de “estilo” está enraizado ao padrão estético em destaque na nossa cultura, que exalta a busca incessante pela magreza e pela juventude. Se a temática viralizou nos últimos anos abrindo espaço para o debate, por que pouco avançamos para romper estigmas sobre o corpo e a moda?
De acordo com a Associação Brasil Plus Size, só em 2018, a produção de vestuário para tamanhos acima do 46 movimentou cerca de R$ 7,2 bilhões. Este número cresce todo ano, mas a dificuldade que as pessoas gordas têm em encontrar peças do seu tamanho não diminui.
Esse comportamento social endossa a existência de um privilégio na moda, algo que já podemos perceber em outros aspectos da vida. No segmento fashion, ele está presente na produção e até mesmo no consumo, por exemplo, na facilidade que as pessoas magras têm para encontrar roupas em tamanhos e preços acessíveis.
Se as regras e dicas de moda já tentaram limitar como deveríamos nos vestir em função do nosso aspecto físico, hoje a gordofobia é intensificada na forma de “elogios”. Entre eles, por exemplo, a frase que inspira uma suposta “coragem” para usar tendências naturalizadas para corpos magros: “Eu gostaria de ter a tua coragem!”.
Sem dúvida, essa é uma referência tão horrível e preconceituosa quanto “Você tem um rosto lindo”. As mulheres gordas precisam de coragem e paciência para enfrentar a gordofobia presente nesses comentários e ações que tentam deslegitimar seus corpos na moda e em tantos outros segmentos, como no trabalho, na vida amorosa, no lazer.
Se uma parte significativa da sociedade ainda associa o corpo gordo a símbolos negativos, se faz necessário ocupar espaços e utilizar nossas vozes e imagens para desconstruir estereótipos, inclusive na moda. Além disso, ter mulheres gordas em visibilidade também repercute em forma de inspiração.
Nesse sentido, a influenciadora Katie Sturino é um desses estímulos presentes no Instagram quando o assunto é endossar que a moda deve ser para todas. Para mostrar que estilo independe de aspecto físico, ela recria, para mais de 780 mil seguidores, produções de outras mulheres magras e em posição de protagonismo. Entre as celebridades reconhecidas não só pelo trabalho, mas pelo visual também, e que têm os looks reproduzidos por Katie estão Kate Middleton, Victoria Beckham e Beyoncé.
Veja os exemplos de looks que a influenciadora copiou de atrizes, cantoras e outras personalidades para ajudar a promover a positividade corporal:
Zendaya
Kate Middleton
Anne Hathaway
Jennifer Lopez
Reese Witherspoon
Victoria Beckham
Blake Lively
Olivia Rodrigo
Beyoncé
Com informações de DiárioSM e Hospital Oswaldo Cruz.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.