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O que é o mieloma múltiplo?

4 minutos
O mieloma múltiplo é um tipo de câncer. Como tal, representa um sério risco para a saúde de quem o desenvolve. Seu diagnóstico pode ser difícil.
O que é o mieloma múltiplo?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

O mieloma múltiplo é uma patologia oncológica, ou seja, um câncer humano. Tem origem na medula óssea, que é o tecido que forma as células sanguíneas que irão circular por todo o organismo. Neste artigo, vamos explicar onde ele se origina e falar sobre o diagnóstico e o tratamento desta doença.

A medula óssea encontra-se dentro dos ossos do corpo e dá origem às células que são transferidas para o tecido sanguíneo. Entre essas células, uma variedade são as células plasmáticas, que são responsáveis ​​pelo mieloma múltiplo ao multiplicarem anormalmente em excesso.

Em condições normais, as células plasmáticas têm a função de combater infecções. Essa tarefa é realizada por meio da produção de substâncias conhecidas como anticorpos. Os anticorpos reconhecem os agentes infecciosos que tentam prejudicar os humanos e os atacam.

No mieloma múltiplo, quando há um número anormal de células plasmáticas, há também uma produção anormal de anticorpos. Isso não aumenta a imunidade, pelo contrário, favorece as infecções e as complicações decorrentes.

Fatores de risco para o mieloma múltiplo

Existem vários fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa ter mieloma múltiplo. Entre eles, encontramos:

  • Idade: quanto maior a idade, maior a possibilidade de sofrer desse câncer. Pessoas com mais de sessenta e cinco anos são as mais afetadas.
  • Histórico familiar: existem famílias com uma certa predisposição para a doença. Não é um fator determinante, mas o fato de ter um pai ou irmão com a doença aumenta o risco.
  • Ser homem: o sexo masculino tem uma prevalência maior deste câncer do que as mulheres.
  • Ser de descendência afroamericana: os afroamericanos são um grupo com maior risco de desenvolver mieloma múltiplo do que o restante da população.
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O mieloma múltiplo é um câncer do sangue, o segundo mais comum desse tipo.

Continue lendo: 8 sintomas iniciais de câncer de garganta que você não deve ignorar

Sintomas do câncer

Às vezes o diagnóstico do mieloma múltiplo atrasa devido aos seus sintomas inespecíficos. Trata-se de uma patologia na qual a maioria dos sinais são confundidos com os de outras doenças. Se o médico não tiver uma suspeita clara ou não detectar algo incomum através dos métodos complementares, existe o risco de demora.

Entre os sintomas mais comuns, temos:

  • Dor óssea: principalmente nos ossos do tronco, tórax e costas.
  • Alterações gastrointestinais: incluem vômitos e constipação.
  • Perda de apetite: a falta de fome, se sustentada ao longo do tempo, leva à perda de peso com emagrecimento.
  • Infecções repetidas: a imunidade enfraquecida, como já explicamos, favorece a entrada de micro-organismos causadores de infecções. Esses micro-organismos podem causar infecções comuns que não se resolvem rapidamente.

Diagnóstico do mieloma múltiplo

O primeiro passo para diagnosticar o mieloma múltiplo é suspeitar dele. Isso é muito difícil devido aos sintomas inespecíficos da doença. Por outro lado, pode acontecer que o resultado de um exame solicitado por outro motivo oriente a suspeita do médico.

O exame de laboratório definitivo é a busca pelo anticorpo monoclonal. Trata-se de uma proteína anormal que recebeu o nome de Proteína M e que, se aparecer, é indicativa de mieloma múltiplo.

A segunda etapa do processo de diagnóstico é a biópsia da medula óssea. Trata-se de remover uma porção da medula óssea, aspirando-a de dentro de algum osso, para examinar esse tecido em um microscópio. Assim, é possível ver em primeiro plano em que condições encontram-se as células plasmáticas.

A amostra coletada também passa por outras análises, como:

  • Citogenética: é uma análise do DNA das células aspiradas.
  • Imuno-histoquímica: para diferenciar células normais das anormais.
  • Citometria de fluxo: para determinar se as células anormais são de mieloma múltiplo ou de outro câncer no sangue, como o linfoma.
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O diagnóstico definitivo do mieloma múltiplo é feito por meio de uma biópsia da medula óssea.

Leia também: Dois hospitais espanhóis provam remédio contra câncer desenvolvido no país

Tratamento para o mieloma múltiplo

O tratamento do mieloma múltiplo requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes especialistas. A equipe oncológica que trata esses pacientes inclui hematologistas e, na medida do possível, que tenham experiência nesta doença oncológica.

A radioterapia é uma das opções de tratamento. O mieloma múltiplo é sensível à radiação médica, que pode reduzir a extensão da doença e também controlar a dor óssea causada pela enfermidade.

A quimioterapia é indicada para pessoas com mieloma múltiplo avançado. Infelizmente, as taxas de sobrevivência são baixas em pacientes submetidos à quimioterapia. Estima-se que, depois de cinco anos, o número de sobreviventes seja inferior a um terço.

Por fim, o transplante é um tratamento muito eficaz que tem muitos estudos científicos a seu favor. Nesse caso, é utilizado o autotransplante de medula óssea.

Conclusão

O mieloma múltiplo é uma doença grave. Como todo câncer, requer um diagnóstico precoce para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. Por isso, se você tem sintomas que trazem suspeitas da doença, ou um histórico familiar da mesma, é melhor consultar um médico para tirar suas dúvidas.

Em caso de suspeita, os profissionais de saúde podem orientá-lo no processo de diagnóstico para a realização dos exames requeridos em cada estágio. Se necessário, eles saberão aplicar o melhor tratamento disponível, que está continuamente em estudo e revisão.

O mieloma múltiplo é uma patologia oncológica, ou seja, um câncer humano. Tem origem na medula óssea, que é o tecido que forma as células sanguíneas que irão circular por todo o organismo. Neste artigo, vamos explicar onde ele se origina e falar sobre o diagnóstico e o tratamento desta doença.

A medula óssea encontra-se dentro dos ossos do corpo e dá origem às células que são transferidas para o tecido sanguíneo. Entre essas células, uma variedade são as células plasmáticas, que são responsáveis ​​pelo mieloma múltiplo ao multiplicarem anormalmente em excesso.

Em condições normais, as células plasmáticas têm a função de combater infecções. Essa tarefa é realizada por meio da produção de substâncias conhecidas como anticorpos. Os anticorpos reconhecem os agentes infecciosos que tentam prejudicar os humanos e os atacam.

No mieloma múltiplo, quando há um número anormal de células plasmáticas, há também uma produção anormal de anticorpos. Isso não aumenta a imunidade, pelo contrário, favorece as infecções e as complicações decorrentes.

Fatores de risco para o mieloma múltiplo

Existem vários fatores que aumentam a probabilidade de uma pessoa ter mieloma múltiplo. Entre eles, encontramos:

  • Idade: quanto maior a idade, maior a possibilidade de sofrer desse câncer. Pessoas com mais de sessenta e cinco anos são as mais afetadas.
  • Histórico familiar: existem famílias com uma certa predisposição para a doença. Não é um fator determinante, mas o fato de ter um pai ou irmão com a doença aumenta o risco.
  • Ser homem: o sexo masculino tem uma prevalência maior deste câncer do que as mulheres.
  • Ser de descendência afroamericana: os afroamericanos são um grupo com maior risco de desenvolver mieloma múltiplo do que o restante da população.
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O mieloma múltiplo é um câncer do sangue, o segundo mais comum desse tipo.

Continue lendo: 8 sintomas iniciais de câncer de garganta que você não deve ignorar

Sintomas do câncer

Às vezes o diagnóstico do mieloma múltiplo atrasa devido aos seus sintomas inespecíficos. Trata-se de uma patologia na qual a maioria dos sinais são confundidos com os de outras doenças. Se o médico não tiver uma suspeita clara ou não detectar algo incomum através dos métodos complementares, existe o risco de demora.

Entre os sintomas mais comuns, temos:

  • Dor óssea: principalmente nos ossos do tronco, tórax e costas.
  • Alterações gastrointestinais: incluem vômitos e constipação.
  • Perda de apetite: a falta de fome, se sustentada ao longo do tempo, leva à perda de peso com emagrecimento.
  • Infecções repetidas: a imunidade enfraquecida, como já explicamos, favorece a entrada de micro-organismos causadores de infecções. Esses micro-organismos podem causar infecções comuns que não se resolvem rapidamente.

Diagnóstico do mieloma múltiplo

O primeiro passo para diagnosticar o mieloma múltiplo é suspeitar dele. Isso é muito difícil devido aos sintomas inespecíficos da doença. Por outro lado, pode acontecer que o resultado de um exame solicitado por outro motivo oriente a suspeita do médico.

O exame de laboratório definitivo é a busca pelo anticorpo monoclonal. Trata-se de uma proteína anormal que recebeu o nome de Proteína M e que, se aparecer, é indicativa de mieloma múltiplo.

A segunda etapa do processo de diagnóstico é a biópsia da medula óssea. Trata-se de remover uma porção da medula óssea, aspirando-a de dentro de algum osso, para examinar esse tecido em um microscópio. Assim, é possível ver em primeiro plano em que condições encontram-se as células plasmáticas.

A amostra coletada também passa por outras análises, como:

  • Citogenética: é uma análise do DNA das células aspiradas.
  • Imuno-histoquímica: para diferenciar células normais das anormais.
  • Citometria de fluxo: para determinar se as células anormais são de mieloma múltiplo ou de outro câncer no sangue, como o linfoma.
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O diagnóstico definitivo do mieloma múltiplo é feito por meio de uma biópsia da medula óssea.

Leia também: Dois hospitais espanhóis provam remédio contra câncer desenvolvido no país

Tratamento para o mieloma múltiplo

O tratamento do mieloma múltiplo requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes especialistas. A equipe oncológica que trata esses pacientes inclui hematologistas e, na medida do possível, que tenham experiência nesta doença oncológica.

A radioterapia é uma das opções de tratamento. O mieloma múltiplo é sensível à radiação médica, que pode reduzir a extensão da doença e também controlar a dor óssea causada pela enfermidade.

A quimioterapia é indicada para pessoas com mieloma múltiplo avançado. Infelizmente, as taxas de sobrevivência são baixas em pacientes submetidos à quimioterapia. Estima-se que, depois de cinco anos, o número de sobreviventes seja inferior a um terço.

Por fim, o transplante é um tratamento muito eficaz que tem muitos estudos científicos a seu favor. Nesse caso, é utilizado o autotransplante de medula óssea.

Conclusão

O mieloma múltiplo é uma doença grave. Como todo câncer, requer um diagnóstico precoce para aumentar as chances de sobrevivência do paciente. Por isso, se você tem sintomas que trazem suspeitas da doença, ou um histórico familiar da mesma, é melhor consultar um médico para tirar suas dúvidas.

Em caso de suspeita, os profissionais de saúde podem orientá-lo no processo de diagnóstico para a realização dos exames requeridos em cada estágio. Se necessário, eles saberão aplicar o melhor tratamento disponível, que está continuamente em estudo e revisão.


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  • García-Sanz, Ramón, María Victoria Mateos, and Jesús Fernando San Miguel. “Mieloma múltiple.” Medicina Clínica 129.3 (2007): 104-115.
  • Díaz-Maqueo, José C. “Historia del mieloma múltiple.” Revista Biomédica 17.3 (2006): 225-229.
  • Charlot-Lambrecht, I., et al. “Mieloma múltiple.” EMC-Aparato locomotor 45.1 (2012): 1-13.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.