A menina de 5 anos que emocionou sua bisavó com demência
Escrito e verificado por a médica Maricela Jiménez López
A protagonista dessa história se chama Sophie Flynn e tem 5 anos. Ela mora na Irlanda, seu país natal, e foi protagonista de um momento emotivo que rodou o mundo. Essa criança teve a sorte de poder compartilhar alguns instantes de autêntica cumplicidade com sua bisavó.
Brenda Brock é uma idosa de 82 anos diagnosticada com demência e que, ainda assim, pôde se conectar novamente com a realidade e com esse membro de sua família, capaz de oferecer a ela os melhores estímulos para fazer com que se lembrasse.
O que a pequena Sophie conseguiu com sua bisavó foi único e incomparável. Foi tão incrível que seus pais não hesitaram em gravar o momento e mostrá-lo ao mundo todo.
Convidamos a todos a descobrir essa história conosco.
Sophie e sua bisavó Brenda
Brenda Brock mora há algum tempo em um lar de idosos. Nele, ela é assistida e tem todas as suas necessidades atendidas, recebendo além disso os estímulos necessários para manter, pelo menos, algumas de suas capacidades cognitivas.
Entretanto, fica claro que, por mais esforços positivos que a senhora Brock receba por parte dos profissionais de saúde responsáveis pelo seu tratamento, nunca será o mesmo que viver uma interação direta com alguém de sua família.
Apesar de demências como o Alzheimer serem capazes de fazer com que as pessoas se esqueçam de nomes, rostos e identidades, as emoções ficam.
Existe uma união inexplicável que segue habitando essas estruturas cerebrais relacionadas às emoções: o hipotálamo, a amígdala, o sistema límbico, etc.
De alguma forma, a deterioração associada aos processos neurodegenerativos deixa intactos muitos desses sistemas básicos associados ao mundo emocional.
Fazia muito tempo que a pequena Sophie não visitava sua bisavó. Tanto que nem sequer se lembrava dela. Sua vida, em seus poucos 5 anos de idade, foi composta por seus pais, seus avós e seus cães.
No entanto, a bisavó Brenda estava neste lar de idosos onde as crianças não costumam ir com muita frequência.
Nesse dia, os pais de Sophie decidiram que era o momento. A pequena deveria desfrutar, ainda que somente por um momento, da companhia desse membro da sua família, com o qual compartilha o mesmo sangue, o mesmo legado.
Em algumas ocasiões, os pais têm medos quase irracionais. Conforme eles mesmos explicaram para a imprensa, os pais de Sophie temiam que ela visse sua bisavó em um estado tão ruim e se assustasse.
Deitada na cama, quase sem se mover e sem poder reconhecer ninguém, não era essa lembrança que eles queriam que ela tivesse de sua bisavó.
Entretanto, eles estavam errados. Os psicólogos também lhes advertiram sobre uma possível reação da idosa.
Ela poderia se emocionar ou se assustar, já que um aspecto importante ao cuidar de pessoas com demência é manter a tranquilidade, não alterá-los, nem quebrar a sua rotina drasticamente.
E o que aconteceu com nossas duas protagonistas?
Quando os pais de Sophie entraram no quarto onde Brenda ficava, se surpreenderam com a naturalidade da menina. Ela não estranhou, não se assustou, nem sofreu nenhum tipo de impacto ao ver sua bisavó.
A pequena subiu na cama da bisavó e começou a cantar. E apenas isso. “Você é meu sol, minha única luz do sol” ela dizia entoando com sua doce voz infantil enquanto acariciava a idosa com sua adorável ternura.
Leia mais: 7 melhores canções de ninar para crianças
Quando terminou a canção, Sophie não hesitou em abraçar e beijar sua bisavó. O que ocorreu enquanto isso foi algo mágico para Sarah Miller, a mãe da menina.
Conforme ela mesma contou ao jornal The Mirror: “Foi incrível, não podíamos acreditar. As duas estavam tão felizes e nos demonstravam tanta harmonia e encanto que parecia que se conheciam desde sempre. Como se fossem as únicas duas pessoas dentro do quarto”.
A cena foi gravada em vídeo pelo avô de Sophie, Sandy Miller, e foi ele quem o divulgou no YouTube, alcançando imediatamente milhares de visitas. Aqui deixamos para você este instante mágico:
- Sabe-se que tanto a música quanto o canto exercem benefícios terapêuticos em pacientes com demência.
- A música se relaciona sempre com estímulos positivos, e todo estímulo positivo gera calma e bem-estar.
- Um estado de ânimo melhor em pacientes que sofrem de demência reduz a agitação e potencializa a função cognitiva.
- O que ocorreu com Sophie e sua bisavó Brenda vai um pouco mais além da relação entre música e canto. A criança é um estímulo emocional significativo.
- É possível que sua bisavó nem sequer a tenha reconhecido. No entanto, o calor da pequena, com suas carícias e seus beijos, tenha sido processada como algo muito emotivo no cérebro da pessoa.
- De alguma maneira, esse instante de magia e cumplicidade ficará para sempre no interior da bisavó e da menina.
Leia mais: Para minha mãe, minha rainha! Porque apesar das quedas, jamais perdeu sua coroa
Os momentos carregados de emoções positivas e de grata união com nossos semelhantes criam “âncoras cognitivas”. Estimulam a memória, as afeições e o bem-estar.
Essa é uma das notícias que, devido a sua simplicidade, humanidade e encanto, quisemos compartilhar com você fazendo uma pequena homenagem a todas as pessoas que sofrem de demência e a seus familiares.
A protagonista dessa história se chama Sophie Flynn e tem 5 anos. Ela mora na Irlanda, seu país natal, e foi protagonista de um momento emotivo que rodou o mundo. Essa criança teve a sorte de poder compartilhar alguns instantes de autêntica cumplicidade com sua bisavó.
Brenda Brock é uma idosa de 82 anos diagnosticada com demência e que, ainda assim, pôde se conectar novamente com a realidade e com esse membro de sua família, capaz de oferecer a ela os melhores estímulos para fazer com que se lembrasse.
O que a pequena Sophie conseguiu com sua bisavó foi único e incomparável. Foi tão incrível que seus pais não hesitaram em gravar o momento e mostrá-lo ao mundo todo.
Convidamos a todos a descobrir essa história conosco.
Sophie e sua bisavó Brenda
Brenda Brock mora há algum tempo em um lar de idosos. Nele, ela é assistida e tem todas as suas necessidades atendidas, recebendo além disso os estímulos necessários para manter, pelo menos, algumas de suas capacidades cognitivas.
Entretanto, fica claro que, por mais esforços positivos que a senhora Brock receba por parte dos profissionais de saúde responsáveis pelo seu tratamento, nunca será o mesmo que viver uma interação direta com alguém de sua família.
Apesar de demências como o Alzheimer serem capazes de fazer com que as pessoas se esqueçam de nomes, rostos e identidades, as emoções ficam.
Existe uma união inexplicável que segue habitando essas estruturas cerebrais relacionadas às emoções: o hipotálamo, a amígdala, o sistema límbico, etc.
De alguma forma, a deterioração associada aos processos neurodegenerativos deixa intactos muitos desses sistemas básicos associados ao mundo emocional.
Fazia muito tempo que a pequena Sophie não visitava sua bisavó. Tanto que nem sequer se lembrava dela. Sua vida, em seus poucos 5 anos de idade, foi composta por seus pais, seus avós e seus cães.
No entanto, a bisavó Brenda estava neste lar de idosos onde as crianças não costumam ir com muita frequência.
Nesse dia, os pais de Sophie decidiram que era o momento. A pequena deveria desfrutar, ainda que somente por um momento, da companhia desse membro da sua família, com o qual compartilha o mesmo sangue, o mesmo legado.
Em algumas ocasiões, os pais têm medos quase irracionais. Conforme eles mesmos explicaram para a imprensa, os pais de Sophie temiam que ela visse sua bisavó em um estado tão ruim e se assustasse.
Deitada na cama, quase sem se mover e sem poder reconhecer ninguém, não era essa lembrança que eles queriam que ela tivesse de sua bisavó.
Entretanto, eles estavam errados. Os psicólogos também lhes advertiram sobre uma possível reação da idosa.
Ela poderia se emocionar ou se assustar, já que um aspecto importante ao cuidar de pessoas com demência é manter a tranquilidade, não alterá-los, nem quebrar a sua rotina drasticamente.
E o que aconteceu com nossas duas protagonistas?
Quando os pais de Sophie entraram no quarto onde Brenda ficava, se surpreenderam com a naturalidade da menina. Ela não estranhou, não se assustou, nem sofreu nenhum tipo de impacto ao ver sua bisavó.
A pequena subiu na cama da bisavó e começou a cantar. E apenas isso. “Você é meu sol, minha única luz do sol” ela dizia entoando com sua doce voz infantil enquanto acariciava a idosa com sua adorável ternura.
Leia mais: 7 melhores canções de ninar para crianças
Quando terminou a canção, Sophie não hesitou em abraçar e beijar sua bisavó. O que ocorreu enquanto isso foi algo mágico para Sarah Miller, a mãe da menina.
Conforme ela mesma contou ao jornal The Mirror: “Foi incrível, não podíamos acreditar. As duas estavam tão felizes e nos demonstravam tanta harmonia e encanto que parecia que se conheciam desde sempre. Como se fossem as únicas duas pessoas dentro do quarto”.
A cena foi gravada em vídeo pelo avô de Sophie, Sandy Miller, e foi ele quem o divulgou no YouTube, alcançando imediatamente milhares de visitas. Aqui deixamos para você este instante mágico:
- Sabe-se que tanto a música quanto o canto exercem benefícios terapêuticos em pacientes com demência.
- A música se relaciona sempre com estímulos positivos, e todo estímulo positivo gera calma e bem-estar.
- Um estado de ânimo melhor em pacientes que sofrem de demência reduz a agitação e potencializa a função cognitiva.
- O que ocorreu com Sophie e sua bisavó Brenda vai um pouco mais além da relação entre música e canto. A criança é um estímulo emocional significativo.
- É possível que sua bisavó nem sequer a tenha reconhecido. No entanto, o calor da pequena, com suas carícias e seus beijos, tenha sido processada como algo muito emotivo no cérebro da pessoa.
- De alguma maneira, esse instante de magia e cumplicidade ficará para sempre no interior da bisavó e da menina.
Leia mais: Para minha mãe, minha rainha! Porque apesar das quedas, jamais perdeu sua coroa
Os momentos carregados de emoções positivas e de grata união com nossos semelhantes criam “âncoras cognitivas”. Estimulam a memória, as afeições e o bem-estar.
Essa é uma das notícias que, devido a sua simplicidade, humanidade e encanto, quisemos compartilhar com você fazendo uma pequena homenagem a todas as pessoas que sofrem de demência e a seus familiares.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Agüera Morales, E., & Tunez Fiñana, I. (2011). Demencia. Medicine, 10(76), 5123–5128.
https://doi.org/10.1016/S0304-5412(11)70067-1 - Garrido, S., Dunne, L., Chang, E., Perz, J., Stevens, C. J., & Haertsch, M. (2017). The Use of Music Playlists for People with Dementia: A Critical Synthesis. Journal of Alzheimer’s disease : JAD, 60(3), 1129-1142.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5682575/ - Moreira, S. V., Justi, F., & Moreira, M. (2018). Can musical intervention improve memory in Alzheimer’s patients? Evidence from a systematic review. Dementia & neuropsychologia, 12(2), 133-142.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6022981/
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.