Maracujá: origem, tipos e características
Escrito e verificado por a nutricionista Maria Patricia Pinero Corredor
O fruto do maracujá vem de uma planta trepadeira com o nome científico Passiflora edulis flavicarpa. O gênero possui cerca de 400 espécies. Pertence à mesma família da curuba (P. mollisina), do maracujá doce (P. ligularis) e da badea (P. quandrangularis).
Outros nomes populares pelos quais é conhecida são chinola, parcha, parchita, passionaria, curubo, tumbo e taxo, entre outros. É uma fruta tropical nativa da Amazônia desejada por seu sabor agridoce. Seu uso gastronômico é amplo, pois permite preparar geleias, sucos, sobremesas, licores, refrigerantes e infusões.
O suco de maracujá representa entre 30% e 40% de toda a fruta e seu valor nutricional se destaca pela vitamina C, A e fibra solúvel. Quer saber mais sobre as suas propriedades?
Origem do maracujá
O maracujá é nativo do Brasil e era usado pelos astecas para fazer bebidas refrescantes. Os missionários espanhóis levaram-no para a Europa no século XVI, e quando observaram em sua flor as marcas da paixão de Cristo, o chamaram de Passiflora.
São muitas as variedades existentes e cada uma é típica de um país. Por exemplo, o maracujá doce está espalhado por toda a América do Sul, no Quênia e no Havaí. A cholupa está presente na América do Sul, e a curuba é típica da Colômbia. Na Tailândia, Malásia e Indonésia a badea é a mais cultivada.
O maracujá representa uma enorme riqueza a nível econômico e nutricional. A beleza da sua flor é a razão pela qual é usada como planta ornamental na Europa. No entanto, na América a fruta é consumida.
Leia também: Quais são as 10 melhores frutas tropicais para a saúde?
Características do maracujá
As plantas de maracujá são trepadeiras e perenes. Seus frutos variam em tamanho e cor de acordo com a espécie, do amarelo ao roxo acastanhado ou violeta.
São bagas redondas ou ovais, dentro das quais estão as sementes. Seu sabor lembra o da goiaba e é descrito como agridoce. Dentro da sua casca dura e lisa está a polpa, envolta por um saco membranoso, gelatinoso, transparente, suculento e agridoce.
O maracujá tem um importante mercado como fruta fresca. Segundo alguns pesquisadores, pode ser utilizado na produção de sucos, néctares, concentrados, xaropes e geléias. A casca tem alto teor de fibras e as sementes contêm proteínas e gorduras. Por isso, também pode ser utilizado como matéria-prima na alimentação animal.
Este grupo de especialistas considera que os 86% de água que contém e a baixa concentração de sódio a tornam um excelente diurético. Fornece 12% de carboidratos simples, como glicose, frutose e sacarose.
O teor de vitamina C é de 20 miligramas por 100 gramas de parte comestível; ou seja, um terço do valor diário recomendado. Entre os múltiplos benefícios da vitamina C, Castillo-Velarde destaca sua capacidade antioxidante para prevenir certas doenças crônicas.
O maracujá de polpa amarela contém precursores de betacaroteno da vitamina A. O Guia Técnico para o Cultivo do Maracujá indica uma contribuição de 680 miligramas de vitamina A ativa. Esta vitamina é essencial para a saúde ocular e a reprodução.
Não deixe de ler: 6 receitas ricas em vitamina C
Outros tipos de Passiflora
O nome maracujá inclui várias espécies comestíveis do gênero Passiflora. Elas diferem apenas no tipo de fruta, tamanho, cor e sabor.
Maracujá roxo ou granadilha
É a Passiflora mais comum na Europa e seu nome científico é Passiflora edulis sims. Tem uma textura gelatinosa, refrescante, suculenta, e um sabor agridoce.
É considerado por muitos o melhor maracujá e é nativo da América do Sul, do sul do Brasil ao norte da Argentina. O fruto se assemelha a um ovo arredondado com diâmetro de 4 a 8 centímetros.
Quando maduro, a casca dura e espessa enruga. A cor externa varia entre violeta e roxo escuro, enquanto a polpa varia entre esverdeada ou laranja.
Granadilha doce
É conhecido como Passiflora ligularis. Tem forma oval e mede cerca de 11 centímetros, com uma das extremidades terminada em ponta. A casca é amarelada ou alaranjada e sua polpa cinza ou pálida.
É distribuído do México Central para a América do Sul e Central. A Universidade Nacional da Colômbia relata que os principais sólidos dessa variedade são açúcares naturais dissolvidos no suco. Glicose, sacarose e frutose representam 75% de todos os componentes.
Maracujá amarelo
A Passiflora edulis flavicarpa é conhecida como maracujá amarelo. É semelhante ao roxo ou granadilha, apenas a cor da casca é amarela e eles são muito maiores. Pode atingir até 90 gramas de peso.
A revista Bioresource Technology destaca sua importante contribuição de fibras solúveis, como a pectina. Esta fibra é muito presente nas paredes celulares e é utilizada como agente gelificante e estabilizador.
Badea ou granadilla real
Seu nome científico é Passiflora quadrangularis e é uma das maiores variedades, pois pode medir até 26 centímetros de comprimento. A forma é alongada e a casca é espessa, com várias saliências.
Um grupo de engenheiros de alimentos explica que esta variedade de maracujá também é conhecida como tumbo gigante ou quijón. Sua polpa é levemente ácida no sabor e no cheiro, por isso representa o tipo ideal para bebidas suaves e refrescantes. Suas folhas são utilizadas como sedativo e tranquilizante.
Curuba ou tumbo serrano
O livro Passifloras comenta que, por suas características organolépticas e nutracêuticas, a curuba é a que tem maior potencial comercial para exportação. Seu nome científico é Passiflora mollisima.
É conhecida como maracujá banana, como tacos no Equador e parcha na Venezuela. Curuba é seu nome usual na Bolívia. O fruto tem cerca de 10 centímetros de comprimento, é oval e alongado.
Maracujá
Esta é uma variedade específica de maracujá conhecida pela ciência como Passiflora edulis. É uma trepadeira que pode atingir até 10 metros de altura, com raízes rasas e flores brancas. Também é conhecido como mburucuyá e cresce selvagem no Paraná, no Brasil.
O fruto é esférico ou oval e pode chegar a até 10 centímetros de comprimento. Quando maduro, apresenta cor amarela ou roxa e pesa entre 80 e 90 gramas.
É utilizado como fruta para consumo direto ou preparado na forma de suco, que representa 40% do total da fruta. Possui coloração amarela devido à presença de carotenoides.
Chulupa, cholupa ou gulupa
A cholupa é a espécie Passiflora malimorfis, cuja casca é verde amarelada ou marrom mogno. A polpa também é amarela e contém muitas sementes. É originária da Colômbia e ainda não está bem caracterizada.
O Jornal Colombiano de Ciências Hortícolas publicou que a fruta é consumida e utilizada na indústria de alimentos devido ao seu teor de carboidratos simples e vitamina C. Também é usada para o rejuvenescimento da pele.
Inclua o maracujá na sua dieta
Qualquer variedade de maracujá desperta os sentidos com seu aroma e sabor peculiares. Além disso, ele fornece uma boa proporção de vitamina C, fibras e açúcares simples, que proporcionam uma combinação agridoce ideal para o preparo de néctares, sucos, molhos ou geléias.
Para aproveitar melhor seu teor de vitamina C, devemos consumi-lo fresco ou beber seus sucos preparados na hora. Experimente!
O fruto do maracujá vem de uma planta trepadeira com o nome científico Passiflora edulis flavicarpa. O gênero possui cerca de 400 espécies. Pertence à mesma família da curuba (P. mollisina), do maracujá doce (P. ligularis) e da badea (P. quandrangularis).
Outros nomes populares pelos quais é conhecida são chinola, parcha, parchita, passionaria, curubo, tumbo e taxo, entre outros. É uma fruta tropical nativa da Amazônia desejada por seu sabor agridoce. Seu uso gastronômico é amplo, pois permite preparar geleias, sucos, sobremesas, licores, refrigerantes e infusões.
O suco de maracujá representa entre 30% e 40% de toda a fruta e seu valor nutricional se destaca pela vitamina C, A e fibra solúvel. Quer saber mais sobre as suas propriedades?
Origem do maracujá
O maracujá é nativo do Brasil e era usado pelos astecas para fazer bebidas refrescantes. Os missionários espanhóis levaram-no para a Europa no século XVI, e quando observaram em sua flor as marcas da paixão de Cristo, o chamaram de Passiflora.
São muitas as variedades existentes e cada uma é típica de um país. Por exemplo, o maracujá doce está espalhado por toda a América do Sul, no Quênia e no Havaí. A cholupa está presente na América do Sul, e a curuba é típica da Colômbia. Na Tailândia, Malásia e Indonésia a badea é a mais cultivada.
O maracujá representa uma enorme riqueza a nível econômico e nutricional. A beleza da sua flor é a razão pela qual é usada como planta ornamental na Europa. No entanto, na América a fruta é consumida.
Leia também: Quais são as 10 melhores frutas tropicais para a saúde?
Características do maracujá
As plantas de maracujá são trepadeiras e perenes. Seus frutos variam em tamanho e cor de acordo com a espécie, do amarelo ao roxo acastanhado ou violeta.
São bagas redondas ou ovais, dentro das quais estão as sementes. Seu sabor lembra o da goiaba e é descrito como agridoce. Dentro da sua casca dura e lisa está a polpa, envolta por um saco membranoso, gelatinoso, transparente, suculento e agridoce.
O maracujá tem um importante mercado como fruta fresca. Segundo alguns pesquisadores, pode ser utilizado na produção de sucos, néctares, concentrados, xaropes e geléias. A casca tem alto teor de fibras e as sementes contêm proteínas e gorduras. Por isso, também pode ser utilizado como matéria-prima na alimentação animal.
Este grupo de especialistas considera que os 86% de água que contém e a baixa concentração de sódio a tornam um excelente diurético. Fornece 12% de carboidratos simples, como glicose, frutose e sacarose.
O teor de vitamina C é de 20 miligramas por 100 gramas de parte comestível; ou seja, um terço do valor diário recomendado. Entre os múltiplos benefícios da vitamina C, Castillo-Velarde destaca sua capacidade antioxidante para prevenir certas doenças crônicas.
O maracujá de polpa amarela contém precursores de betacaroteno da vitamina A. O Guia Técnico para o Cultivo do Maracujá indica uma contribuição de 680 miligramas de vitamina A ativa. Esta vitamina é essencial para a saúde ocular e a reprodução.
Não deixe de ler: 6 receitas ricas em vitamina C
Outros tipos de Passiflora
O nome maracujá inclui várias espécies comestíveis do gênero Passiflora. Elas diferem apenas no tipo de fruta, tamanho, cor e sabor.
Maracujá roxo ou granadilha
É a Passiflora mais comum na Europa e seu nome científico é Passiflora edulis sims. Tem uma textura gelatinosa, refrescante, suculenta, e um sabor agridoce.
É considerado por muitos o melhor maracujá e é nativo da América do Sul, do sul do Brasil ao norte da Argentina. O fruto se assemelha a um ovo arredondado com diâmetro de 4 a 8 centímetros.
Quando maduro, a casca dura e espessa enruga. A cor externa varia entre violeta e roxo escuro, enquanto a polpa varia entre esverdeada ou laranja.
Granadilha doce
É conhecido como Passiflora ligularis. Tem forma oval e mede cerca de 11 centímetros, com uma das extremidades terminada em ponta. A casca é amarelada ou alaranjada e sua polpa cinza ou pálida.
É distribuído do México Central para a América do Sul e Central. A Universidade Nacional da Colômbia relata que os principais sólidos dessa variedade são açúcares naturais dissolvidos no suco. Glicose, sacarose e frutose representam 75% de todos os componentes.
Maracujá amarelo
A Passiflora edulis flavicarpa é conhecida como maracujá amarelo. É semelhante ao roxo ou granadilha, apenas a cor da casca é amarela e eles são muito maiores. Pode atingir até 90 gramas de peso.
A revista Bioresource Technology destaca sua importante contribuição de fibras solúveis, como a pectina. Esta fibra é muito presente nas paredes celulares e é utilizada como agente gelificante e estabilizador.
Badea ou granadilla real
Seu nome científico é Passiflora quadrangularis e é uma das maiores variedades, pois pode medir até 26 centímetros de comprimento. A forma é alongada e a casca é espessa, com várias saliências.
Um grupo de engenheiros de alimentos explica que esta variedade de maracujá também é conhecida como tumbo gigante ou quijón. Sua polpa é levemente ácida no sabor e no cheiro, por isso representa o tipo ideal para bebidas suaves e refrescantes. Suas folhas são utilizadas como sedativo e tranquilizante.
Curuba ou tumbo serrano
O livro Passifloras comenta que, por suas características organolépticas e nutracêuticas, a curuba é a que tem maior potencial comercial para exportação. Seu nome científico é Passiflora mollisima.
É conhecida como maracujá banana, como tacos no Equador e parcha na Venezuela. Curuba é seu nome usual na Bolívia. O fruto tem cerca de 10 centímetros de comprimento, é oval e alongado.
Maracujá
Esta é uma variedade específica de maracujá conhecida pela ciência como Passiflora edulis. É uma trepadeira que pode atingir até 10 metros de altura, com raízes rasas e flores brancas. Também é conhecido como mburucuyá e cresce selvagem no Paraná, no Brasil.
O fruto é esférico ou oval e pode chegar a até 10 centímetros de comprimento. Quando maduro, apresenta cor amarela ou roxa e pesa entre 80 e 90 gramas.
É utilizado como fruta para consumo direto ou preparado na forma de suco, que representa 40% do total da fruta. Possui coloração amarela devido à presença de carotenoides.
Chulupa, cholupa ou gulupa
A cholupa é a espécie Passiflora malimorfis, cuja casca é verde amarelada ou marrom mogno. A polpa também é amarela e contém muitas sementes. É originária da Colômbia e ainda não está bem caracterizada.
O Jornal Colombiano de Ciências Hortícolas publicou que a fruta é consumida e utilizada na indústria de alimentos devido ao seu teor de carboidratos simples e vitamina C. Também é usada para o rejuvenescimento da pele.
Inclua o maracujá na sua dieta
Qualquer variedade de maracujá desperta os sentidos com seu aroma e sabor peculiares. Além disso, ele fornece uma boa proporção de vitamina C, fibras e açúcares simples, que proporcionam uma combinação agridoce ideal para o preparo de néctares, sucos, molhos ou geléias.
Para aproveitar melhor seu teor de vitamina C, devemos consumi-lo fresco ou beber seus sucos preparados na hora. Experimente!
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