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Mãe mostra a filha e sofre racismo nas redes sociais

3 minutos
Tiane passou a receber ataques virtuais de cunho racista depois que postou fotos e vídeos com sua filha nas redes sociais: "Vão te demitir por expor a filha dos outros".
Mãe mostra a filha e sofre racismo nas redes sociais
Última atualização: 30 setembro, 2022

Tiane Gleason, uma brasileira de 34 anos, que mora nos Estados Unidos há seis anos, sofreu racismo nas redes sociais quando postou registros com sua filha. Ela também compartilha suas experiências como imigrante, dá dicas de como se mudar para o exterior e fala sobre ser uma mulher negra com uma filha branca.

Ela recebeu comentários afirmando que seria “demitida por expor um bebê que não era dela”.

Tiane é, frequentemente, confundida com a babá da própria filha. No entanto, ela explica que aprendeu com sua mãe a lidar com o racismo, principalmente porque sabe que essas situações “sempre ocorrerão em qualquer parte do mundo”.

“Aqui nos Estados Unidos o racismo é mais escancarado, e é encarado como liberdade de expressão. Eles acreditam que você está tendo liberdade de expressão ao falar algo assim. O Bryan [marido dela] nunca tinha visto o racismo de perto até casar comigo”, destaca.

Some figure
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Queríamos engravidar e fizemos várias tentativas por dois anos. Eu tenho fibromas, e, por isso, seria mais difícil ter um bebê, mas não sabia que seria tanto. Não foi um momento fácil. Começamos um tratamento, entramos na fila da adoção e logo depois descobri que estava grávida. Vivo um casamento interracial, isso é bem diferente”, contou a brasileira.

“Meu marido é branco, judeu, e já chegamos a ouvir que ele não deveria ficar comigo porque sou negra. Uma vez um homem quase bateu nele na rua, dizendo que ele não deveria estar casado comigo. Quando engravidei, chegamos a conversar sobre como iríamos orientar nossos filhos, imaginando que seriam negros. Se fosse uma menina, iríamos explicar a questão do cabelo crespo. Já se fosse menino, iríamos ensinar a sair do carro se algum policial o parasse”, relata.

Racismo mesmo fora das redes sociais

A bebê é muito parecida com o pai e nasceu branca, mas então outros empecilhos começaram a aparecer. Toda vez que ela sai na rua com a bebê e outra pessoa, como a cunhada, por exemplo, nunca se dirigem a ela para perguntar sobre a garota. Sempre fica implícito que ela é apenas a cuidadora ou uma conhecida da mãe, que seria a pessoa branca ao seu lado.

Tiane chegou a fazer um vídeo-resposta no TikTok, mostrando não apenas a filha em seu colo, mas também o marido, “provando” que ela era de fato a mãe da bebê.

Por mais que não existisse necessidade de comprovar nada, principalmente quando analisamos que as injúrias foram cometidas por pessoas desconhecidas, a sensação de injustiça é mais forte, motivando um posicionamento.

“Oi, gente. Só para esclarecer: essa pequenininha aqui é a minha filha, tá? Só porque eu sou preta e ela é branca não significa que ela não saiu de mim. Ela é minha filhota. É que meu marido é muito branco. Muita gente pergunta se eu sou babá. Eu já fui babá. Agora eu não sou mais. Agora só cuido da minha filhota, que é a minha princesa”.

Infelizmente, essa não foi sua primeira experiência com o racismo e, provavelmente, não será a última. Esse comportamento insiste em se manifestar na sociedade de maneiras variadas.

Com informações de Extra.

Tiane Gleason, uma brasileira de 34 anos, que mora nos Estados Unidos há seis anos, sofreu racismo nas redes sociais quando postou registros com sua filha. Ela também compartilha suas experiências como imigrante, dá dicas de como se mudar para o exterior e fala sobre ser uma mulher negra com uma filha branca.

Ela recebeu comentários afirmando que seria “demitida por expor um bebê que não era dela”.

Tiane é, frequentemente, confundida com a babá da própria filha. No entanto, ela explica que aprendeu com sua mãe a lidar com o racismo, principalmente porque sabe que essas situações “sempre ocorrerão em qualquer parte do mundo”.

“Aqui nos Estados Unidos o racismo é mais escancarado, e é encarado como liberdade de expressão. Eles acreditam que você está tendo liberdade de expressão ao falar algo assim. O Bryan [marido dela] nunca tinha visto o racismo de perto até casar comigo”, destaca.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Queríamos engravidar e fizemos várias tentativas por dois anos. Eu tenho fibromas, e, por isso, seria mais difícil ter um bebê, mas não sabia que seria tanto. Não foi um momento fácil. Começamos um tratamento, entramos na fila da adoção e logo depois descobri que estava grávida. Vivo um casamento interracial, isso é bem diferente”, contou a brasileira.

“Meu marido é branco, judeu, e já chegamos a ouvir que ele não deveria ficar comigo porque sou negra. Uma vez um homem quase bateu nele na rua, dizendo que ele não deveria estar casado comigo. Quando engravidei, chegamos a conversar sobre como iríamos orientar nossos filhos, imaginando que seriam negros. Se fosse uma menina, iríamos explicar a questão do cabelo crespo. Já se fosse menino, iríamos ensinar a sair do carro se algum policial o parasse”, relata.

Racismo mesmo fora das redes sociais

A bebê é muito parecida com o pai e nasceu branca, mas então outros empecilhos começaram a aparecer. Toda vez que ela sai na rua com a bebê e outra pessoa, como a cunhada, por exemplo, nunca se dirigem a ela para perguntar sobre a garota. Sempre fica implícito que ela é apenas a cuidadora ou uma conhecida da mãe, que seria a pessoa branca ao seu lado.

Tiane chegou a fazer um vídeo-resposta no TikTok, mostrando não apenas a filha em seu colo, mas também o marido, “provando” que ela era de fato a mãe da bebê.

Por mais que não existisse necessidade de comprovar nada, principalmente quando analisamos que as injúrias foram cometidas por pessoas desconhecidas, a sensação de injustiça é mais forte, motivando um posicionamento.

“Oi, gente. Só para esclarecer: essa pequenininha aqui é a minha filha, tá? Só porque eu sou preta e ela é branca não significa que ela não saiu de mim. Ela é minha filhota. É que meu marido é muito branco. Muita gente pergunta se eu sou babá. Eu já fui babá. Agora eu não sou mais. Agora só cuido da minha filhota, que é a minha princesa”.

Infelizmente, essa não foi sua primeira experiência com o racismo e, provavelmente, não será a última. Esse comportamento insiste em se manifestar na sociedade de maneiras variadas.

Com informações de Extra.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.