Mãe expõe motivos que a fizeram devolver filho adotado
A premiada ex-apresentadora Eleanor Bradford, do famoso jornal BBC News e seu marido, decidiram entrar no processo de adoção ao perceber que não conseguiriam gerar filhos próprios. Mas o casal nunca imaginou que teria que devolver o filho adotado.
Em 2014, o casal decidiu adotar dois irmãos, um de 3 anos e outro de 7, pois se sentiu que não deveria separar as duas crianças. Caso contrário, o irmão mais velho permaneceria em um orfanato, já que a maioria das pessoas prefere adotar crianças mais novas.
Em uma coluna escrita por Eleanor Bradford para o jornal The Times, a jornalista declarou que logo que foi finalizado o processo de adoção, eles instantaneamente se sentiram uma família. Ela descreveu os primeiros cinco anos de vida familiar como “completos e fabulosos”, mas acrescentou que, infelizmente, foi um “sonho que se transformou em pesadelo”.
Devolver o filho adotado: uma decisão difícil, mas a família também ficou “aliviada”
Segundo Eleanor, a falta de apoio do governo fez com que ela se sentisse incapaz de lidar com o adolescente. O seu comportamento se tornou ‘desafiador demais’ depois que ele começou a frequentar a escola secundária (o equivalente ao Ensino Fundamental).
De acordo com ela, o jovem roubava dinheiro da família e mentia frequentemente, além de já ter se envolvido em “crimes on-line”. O garoto também participava de apostas on-line e, quando os pais bloquearam o seu acesso à internet para impedir a prática, um vizinho lhe deu um smartphone, através do qual ele continuou a jogar on-line.
O casal começou a buscar o motivo dessas atitudes, porém sem sucesso. Suspeitando que o filho adotivo pudesse ter sofrido de transtorno do espectro alcoólico fetal – dano cerebral causado pelo álcool ingerido pela mãe durante a gravidez, eles decidiram devolver o rapaz ao sistema de adoção, uma decisão drástica e dolorosa.
O garoto não consegue permanecer por muito tempo em uma casa de adoção. Ele está se mudando para o quinto lar de cuidadores em um curto espaço de tempo. A mãe lamenta que esses lugares não invistam dinheiro em cuidadores formados em traumas ou especialistas, como psicólogos e professores, para acompanhar o desenvolvimento das crianças.
“Há um buraco vazio em nossa casa, mas não é inteiramente um buraco negro. Posso entrar pela porta e deixar minha bolsa sobre a mesa. Antes, eu tinha que trancar minha bolsa e esconder a chave em segurança no andar de cima. Nossa casa é um lugar feliz. Temos tempo para ler para nosso filho mais novo uma história antes de dormir, um luxo que foi posto de lado enquanto lidávamos constantemente com as consequências do comportamento de nosso filho mais velho”, acrescentou.
Muitos pais adotivos lutam para ter acesso ao apoio necessário
Para o site BBC, a jornalista e também administradora de uma instituição de caridade nomeada Adoption UK, expressa sua indignação com o sistema de adoção por não se preocupar com os antecedentes das crianças e não dar apoio aos pais adotivos.
Descrevendo o sistema como injusto, ela acrescentou que ‘os cuidadores adotivos têm direito a treinamento e apoio’, pois é amplamente reconhecido que seu papel é muito difícil.
Muitas crianças que estão sob cuidados das instituições, sofreram traumas de várias formas, incluindo violência e abuso de substâncias, e isso pode ter um impacto no cérebro e levar a problemas de comportamento.
“Porque não só precisávamos de apoio extra para ele, mas estávamos chegando a um ponto em que ele nos colocava em risco e colocava em risco seu irmão mais novo’, disse ela.
O objetivo de Eleanor
Eleanor agora tenta criar uma conscientização sobre a importância de obter apoio para famílias adotivas, incluindo avaliações de necessidades, planos de apoio e treinamento em trauma para professores de escolas. Ela também quer um melhor diagnóstico e suporte para todas as crianças afetadas por FASD (transtornos do espectro alcoólico fetal).
De acordo com a Adoption UK, cerca de três a quatro por cento das adoções na Escócia são interrompidas anualmente e até 75 por cento dos pais adotivos lutam para receber o apoio necessário para seus filhos. A instituição de caridade acrescenta que os problemas de acesso ao apoio são ‘particularmente graves’ no país.
Depois que o pedido da jornalista foi transmitido no site da BBC, um porta-voz do governo escocês anunciou que “Todas as autoridades locais têm o dever legal de fornecer todo o apoio necessário para essas famílias adotivas”.
O governo também se comprometeu a investir £500 milhões (R$3.751,67 bilhões) através do Whole Family Wellbeing Fund (Fundo de bem-estar para toda a família).
A premiada ex-apresentadora Eleanor Bradford, do famoso jornal BBC News e seu marido, decidiram entrar no processo de adoção ao perceber que não conseguiriam gerar filhos próprios. Mas o casal nunca imaginou que teria que devolver o filho adotado.
Em 2014, o casal decidiu adotar dois irmãos, um de 3 anos e outro de 7, pois se sentiu que não deveria separar as duas crianças. Caso contrário, o irmão mais velho permaneceria em um orfanato, já que a maioria das pessoas prefere adotar crianças mais novas.
Em uma coluna escrita por Eleanor Bradford para o jornal The Times, a jornalista declarou que logo que foi finalizado o processo de adoção, eles instantaneamente se sentiram uma família. Ela descreveu os primeiros cinco anos de vida familiar como “completos e fabulosos”, mas acrescentou que, infelizmente, foi um “sonho que se transformou em pesadelo”.
Devolver o filho adotado: uma decisão difícil, mas a família também ficou “aliviada”
Segundo Eleanor, a falta de apoio do governo fez com que ela se sentisse incapaz de lidar com o adolescente. O seu comportamento se tornou ‘desafiador demais’ depois que ele começou a frequentar a escola secundária (o equivalente ao Ensino Fundamental).
De acordo com ela, o jovem roubava dinheiro da família e mentia frequentemente, além de já ter se envolvido em “crimes on-line”. O garoto também participava de apostas on-line e, quando os pais bloquearam o seu acesso à internet para impedir a prática, um vizinho lhe deu um smartphone, através do qual ele continuou a jogar on-line.
O casal começou a buscar o motivo dessas atitudes, porém sem sucesso. Suspeitando que o filho adotivo pudesse ter sofrido de transtorno do espectro alcoólico fetal – dano cerebral causado pelo álcool ingerido pela mãe durante a gravidez, eles decidiram devolver o rapaz ao sistema de adoção, uma decisão drástica e dolorosa.
O garoto não consegue permanecer por muito tempo em uma casa de adoção. Ele está se mudando para o quinto lar de cuidadores em um curto espaço de tempo. A mãe lamenta que esses lugares não invistam dinheiro em cuidadores formados em traumas ou especialistas, como psicólogos e professores, para acompanhar o desenvolvimento das crianças.
“Há um buraco vazio em nossa casa, mas não é inteiramente um buraco negro. Posso entrar pela porta e deixar minha bolsa sobre a mesa. Antes, eu tinha que trancar minha bolsa e esconder a chave em segurança no andar de cima. Nossa casa é um lugar feliz. Temos tempo para ler para nosso filho mais novo uma história antes de dormir, um luxo que foi posto de lado enquanto lidávamos constantemente com as consequências do comportamento de nosso filho mais velho”, acrescentou.
Muitos pais adotivos lutam para ter acesso ao apoio necessário
Para o site BBC, a jornalista e também administradora de uma instituição de caridade nomeada Adoption UK, expressa sua indignação com o sistema de adoção por não se preocupar com os antecedentes das crianças e não dar apoio aos pais adotivos.
Descrevendo o sistema como injusto, ela acrescentou que ‘os cuidadores adotivos têm direito a treinamento e apoio’, pois é amplamente reconhecido que seu papel é muito difícil.
Muitas crianças que estão sob cuidados das instituições, sofreram traumas de várias formas, incluindo violência e abuso de substâncias, e isso pode ter um impacto no cérebro e levar a problemas de comportamento.
“Porque não só precisávamos de apoio extra para ele, mas estávamos chegando a um ponto em que ele nos colocava em risco e colocava em risco seu irmão mais novo’, disse ela.
O objetivo de Eleanor
Eleanor agora tenta criar uma conscientização sobre a importância de obter apoio para famílias adotivas, incluindo avaliações de necessidades, planos de apoio e treinamento em trauma para professores de escolas. Ela também quer um melhor diagnóstico e suporte para todas as crianças afetadas por FASD (transtornos do espectro alcoólico fetal).
De acordo com a Adoption UK, cerca de três a quatro por cento das adoções na Escócia são interrompidas anualmente e até 75 por cento dos pais adotivos lutam para receber o apoio necessário para seus filhos. A instituição de caridade acrescenta que os problemas de acesso ao apoio são ‘particularmente graves’ no país.
Depois que o pedido da jornalista foi transmitido no site da BBC, um porta-voz do governo escocês anunciou que “Todas as autoridades locais têm o dever legal de fornecer todo o apoio necessário para essas famílias adotivas”.
O governo também se comprometeu a investir £500 milhões (R$3.751,67 bilhões) através do Whole Family Wellbeing Fund (Fundo de bem-estar para toda a família).
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