Listeriose: como é transmitida e como preveni-la?
Escrito e verificado por a nutricionista Marta Guzmán
A listeriose vem apresentando uma tendência de alta na União Europeia desde 2008, com taxas de mortalidade mais elevadas do que as de outros patógenos transmitidos por alimentos.
O número de internações tem aumentado consideravelmente. É por isso que é importante saber como essa bactéria é transmitida e como podemos preveni-la.
O que é a listeriose?
Listeriose é uma doença causada pela bactéria Listeria monocytogenes. Trata-se de uma bactéria gram-positiva capaz de sobreviver na presença e na ausência de oxigênio. Sua capacidade de se proliferar em temperaturas tão baixas quanto a de 0ºC permite sua multiplicação em uma temperatura normal de refrigeração, aumentando sua capacidade de escapar das medidas habituais de controle no processamento de alimentos.
Geralmente, as pessoas desenvolvem a listeriose depois de comer alimentos contaminados. Afeta principalmente gestantes, recém-nascidos, idosos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
Como a listeriose é transmitida?
Esta bactéria possui reservatório animal e é amplamente distribuída no meio ambiente, podendo contaminar uma grande variedade de alimentos ou bebidas, além de provocar a contaminação cruzada. É uma das infecções transmitidas por alimentos com a maior taxa de fatalidade e a maior carga de doenças, em relação às consequências que pode causar.
Surtos de infecções por listeriose na década de 1990 estavam principalmente ligados a salsichas e embutidos. Agora, os alimentos mais comuns são os laticínios, frutas e verduras. Pesquisadores identificaram surtos recentes em queijos macios, aipo, brotos, melão e sorvete.
Pessoas com listeriose invasiva geralmente relatam sintomas de 1 a 4 semanas depois de comer o alimento contaminado. Os sintomas que ocorrem são principalmente os da gastroenterite, mas nos grupos de risco, ela também pode causar meningite, meningoencefalite ou septicaemia.
Como prevenir a listeriose?
Para evitar contrair essa doença, é muito importante tomar medidas de segurança alimentar com os alimentos mencionados acima. Deve-se ter cuidados especiais em pessoas de maior risco, como gestantes, idosos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
Queijos frescos e outros queijos macios
A recomendação para todas as pessoas é ter certeza de que o rótulo diz: “Feito com leite pasteurizado”. Os grupos de risco devem evitar comer queijos macios, como queijo fresco, queijo branco, brie, camembert, queijo gorgonzola ou queijo feta, a menos que o rótulo especifique que foram feitos com leite pasteurizado.
Leia também: Dicas para cortar queijos
Recomendações para os grupos de risco:
- Não coma brotos crus ou mal cozidos (incluindo alfafa, rabanete e brotos de feijão chinês).
- Cozinhe brotos completamente para reduzir o risco de doenças. O cozimento completo mata bactérias prejudiciais.
- Ao comer em restaurantes, peça para que brotos crus não sejam adicionados à sua refeição. Se você comprar um sanduíche, salada ou refeição asiática, verifique se ele não contém brotos crus.
Você pode se interessar: Dieta vegana crua: benefícios e riscos
Melão
Recomendações gerais:
- Coma melão fresco cortado ou mantenha-o na geladeira.
- Mantenha o melão cortado a uma temperatura de 5 ºC, ou menos, por até 7 dias.
- Descarte porções de melão que forem deixadas em temperatura ambiente por mais de 4 horas.
Salsichas, patês, processados de carne e frios
Recomendações gerais:
- Evite que os pacotes de processados de salsichas e carne entrem em contato com outros alimentos, ou com utensílios ou superfícies de preparação de alimentos. Lave as mãos depois de tocar nesses alimentos.
- Guarde esses produtos na geladeira com segurança. Guarde os pacotes abertos por no máximo 1 semana.
Recomendações para grupos de risco:
- Evite comer salsichas, frios, processados de carne e salsichas secas ou fermentadas.
- Não coma carnes congeladas ou patês refrigerados.
Peixes defumado e frutos do mar
Estes incluem frutos do mar defumados, como salmão, truta, peixe branco, bacalhau, atum ou cavala.
Recomendações para grupos de risco:
- Não coma frutos do mar refrigerados a menos que sejam enlatados, não perecíveis ou cozidos em um ensopado.
Boas medidas de higiene alimentar são essenciais para não contrair doenças transmitidas por alimentos.
A listeriose vem apresentando uma tendência de alta na União Europeia desde 2008, com taxas de mortalidade mais elevadas do que as de outros patógenos transmitidos por alimentos.
O número de internações tem aumentado consideravelmente. É por isso que é importante saber como essa bactéria é transmitida e como podemos preveni-la.
O que é a listeriose?
Listeriose é uma doença causada pela bactéria Listeria monocytogenes. Trata-se de uma bactéria gram-positiva capaz de sobreviver na presença e na ausência de oxigênio. Sua capacidade de se proliferar em temperaturas tão baixas quanto a de 0ºC permite sua multiplicação em uma temperatura normal de refrigeração, aumentando sua capacidade de escapar das medidas habituais de controle no processamento de alimentos.
Geralmente, as pessoas desenvolvem a listeriose depois de comer alimentos contaminados. Afeta principalmente gestantes, recém-nascidos, idosos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
Como a listeriose é transmitida?
Esta bactéria possui reservatório animal e é amplamente distribuída no meio ambiente, podendo contaminar uma grande variedade de alimentos ou bebidas, além de provocar a contaminação cruzada. É uma das infecções transmitidas por alimentos com a maior taxa de fatalidade e a maior carga de doenças, em relação às consequências que pode causar.
Surtos de infecções por listeriose na década de 1990 estavam principalmente ligados a salsichas e embutidos. Agora, os alimentos mais comuns são os laticínios, frutas e verduras. Pesquisadores identificaram surtos recentes em queijos macios, aipo, brotos, melão e sorvete.
Pessoas com listeriose invasiva geralmente relatam sintomas de 1 a 4 semanas depois de comer o alimento contaminado. Os sintomas que ocorrem são principalmente os da gastroenterite, mas nos grupos de risco, ela também pode causar meningite, meningoencefalite ou septicaemia.
Como prevenir a listeriose?
Para evitar contrair essa doença, é muito importante tomar medidas de segurança alimentar com os alimentos mencionados acima. Deve-se ter cuidados especiais em pessoas de maior risco, como gestantes, idosos e pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
Queijos frescos e outros queijos macios
A recomendação para todas as pessoas é ter certeza de que o rótulo diz: “Feito com leite pasteurizado”. Os grupos de risco devem evitar comer queijos macios, como queijo fresco, queijo branco, brie, camembert, queijo gorgonzola ou queijo feta, a menos que o rótulo especifique que foram feitos com leite pasteurizado.
Leia também: Dicas para cortar queijos
Recomendações para os grupos de risco:
- Não coma brotos crus ou mal cozidos (incluindo alfafa, rabanete e brotos de feijão chinês).
- Cozinhe brotos completamente para reduzir o risco de doenças. O cozimento completo mata bactérias prejudiciais.
- Ao comer em restaurantes, peça para que brotos crus não sejam adicionados à sua refeição. Se você comprar um sanduíche, salada ou refeição asiática, verifique se ele não contém brotos crus.
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Melão
Recomendações gerais:
- Coma melão fresco cortado ou mantenha-o na geladeira.
- Mantenha o melão cortado a uma temperatura de 5 ºC, ou menos, por até 7 dias.
- Descarte porções de melão que forem deixadas em temperatura ambiente por mais de 4 horas.
Salsichas, patês, processados de carne e frios
Recomendações gerais:
- Evite que os pacotes de processados de salsichas e carne entrem em contato com outros alimentos, ou com utensílios ou superfícies de preparação de alimentos. Lave as mãos depois de tocar nesses alimentos.
- Guarde esses produtos na geladeira com segurança. Guarde os pacotes abertos por no máximo 1 semana.
Recomendações para grupos de risco:
- Evite comer salsichas, frios, processados de carne e salsichas secas ou fermentadas.
- Não coma carnes congeladas ou patês refrigerados.
Peixes defumado e frutos do mar
Estes incluem frutos do mar defumados, como salmão, truta, peixe branco, bacalhau, atum ou cavala.
Recomendações para grupos de risco:
- Não coma frutos do mar refrigerados a menos que sejam enlatados, não perecíveis ou cozidos em um ensopado.
Boas medidas de higiene alimentar são essenciais para não contrair doenças transmitidas por alimentos.
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- Centros para el control y la prevención de enfermedades (CDC)
- Herrador, Z., Gherasim, A., López-Vélez, R., & Benito, A. (2019). Listeriosis in Spain based on hospitalisation records, 1997 to 2015: need for greater awareness. Euro surveillance : bulletin Europeen sur les maladies transmissibles = European communicable disease bulletin, 24(21), 1800271. doi:10.2807/1560-7917.ES.2019.24.21.1800271
- Madjunkov, M., Chaudhry, S. & Ito, S. (2017).Listeriosis during pregnancy.Arch Gynecol Obstet. 296: 143. https://doi.org/10.1007/s00404-017-4401-1
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