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Jovem de 18 anos morre em SC após infecção por bactéria: “infecção aconteceu via acne”, explicou a mãe

3 minutos
"Ponto de entrada da bactéria foi uma acne que ela tinha no rosto", disse a mãe da universitária Dâmilly Beatriz da Graça.
Jovem de 18 anos morre em SC após infecção por bactéria: “infecção aconteceu via acne”, explicou a mãe
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 27 junho, 2023

Uma jovem de 18 anos morreu de falência múltipla dos órgãos após complicações causadas por uma superbactéria. De acordo com a mãe de Dâmilly Beatriz da Graça, o microrganismo se desenvolveu em uma espinha no rosto da filha.

O microrganismo, que pode ser encontrado na pele e em outras partes do organismo humano, é um dos agentes causadores de doença mais importantes no contexto da pediatria, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De fato, o neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva morreu em 2019 devido a um quadro de infecção generalizada ocasionado por essa mesma bactéria.

Daniela Veiga, mãe da jovem, explicou o caso nas redes sociais.

“A minha filha foi atingida por uma bactéria extremamente agressiva e de difícil reversão (Staphylococcus aureus resistente à meticilina, MRSA). O ponto de entrada da bactéria foi uma acne que ela tinha no rosto. Essa bactéria gerou uma infecção generalizada e ocasionou falência múltipla dos órgãos”, disse Daniela.

Nessa mesma publicação, a mãe agradeceu à equipe do hospital. “Os profissionais não mediram esforços na tentativa de reversão do quadro. Com muita agilidade, desde a chegada ao hospital no domingo, rapidamente direcionando para a UTI até o momento do seu óbito, na segunda”, afirmou.

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Sobre a bactéria

Indivíduos de todas as faixas etárias podem ser acometidos pela bactéria Staphylococcus aureus, com ênfase para as crianças com idade inferior a cinco anos ou em condições específicas, como diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática, desnutrição grave, fibrose cística, além de usuários de droga e pessoas com Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).

Esses organismos estão presentes na pele de pouco mais de 20% da população mundial. Porém, em casos raros, podem entrar na corrente sanguínea através de lesões, sejam machucados, hematomas ou cortes. Dâmilly, por exemplo, fazia tratamento para acne.

A partir dessa colonização, a bactéria pode ser introduzida na corrente sanguínea, um quadro chamado bacteremia.

A Staphylococcus aureus pode causar infecções esporádicas ou epidêmicas, comunitárias ou hospitalares. A transmissão ocorre pelo contato direto entre pessoas, ou por meio de objetos contaminados, ou pelo ar. Ela pode causar infecções de pele e outros tecidos, além de quadros de sinusite, pneumonia, meningite e sepse, que é a infecção generalizada.

Dentro do corpo, a Staphylococcus aureus faz com que se desenvolva uma síndrome, caracterizada por alterações inflamatórias, explica a infectologista Sabrina Sabino. A infecção generalizada provoca a morte em poucas horas.

Dificuldades no tratamento da infecção por bactéria

No Brasil, a eliminação da bactéria em quadros graves é feita com uso de antibiótico injetável Oxacilina. No entanto, uma das dificuldades no tratamento é o fato de a bactéria ser resistente a antibióticos.

“Ela é potencialmente grave, mas temos que alertar que a grande maioria das pessoas possui essa bactéria. Ela não vai fazer absolutamente nada se você tiver um bom mecanismo imunológico e uma barreira específica da sua pele. A higiene é fundamental”, explica Sabrina.

Resistência bacteriana

A resistência aos antimicrobianos ocorre quando as bactérias não respondem mais aos medicamentos disponíveis.

Como resultado da resistência aos medicamentos, os antibióticos e outros agentes antimicrobianos tornam-se ineficazes e infecções comuns tornam-se difíceis ou impossíveis de tratar, aumentando o risco de disseminação de doenças, casos graves e mortes.

A resistência a antibióticos é um dos maiores desafios de saúde pública da atualidade. De fato, existem poucas opções de tratamento para pessoas infectadas por bactérias resistentes a antibióticos.

Esse problema está associado diretamente ao uso excessivo e incorreto dos antibióticos disponíveis. O aumento no número de bactérias resistentes aos medicamentos, chamadas popularmente de superbactérias, coloca em risco a saúde de humanos e de animais em todo o mundo.

Uma jovem de 18 anos morreu de falência múltipla dos órgãos após complicações causadas por uma superbactéria. De acordo com a mãe de Dâmilly Beatriz da Graça, o microrganismo se desenvolveu em uma espinha no rosto da filha.

O microrganismo, que pode ser encontrado na pele e em outras partes do organismo humano, é um dos agentes causadores de doença mais importantes no contexto da pediatria, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De fato, o neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva morreu em 2019 devido a um quadro de infecção generalizada ocasionado por essa mesma bactéria.

Daniela Veiga, mãe da jovem, explicou o caso nas redes sociais.

“A minha filha foi atingida por uma bactéria extremamente agressiva e de difícil reversão (Staphylococcus aureus resistente à meticilina, MRSA). O ponto de entrada da bactéria foi uma acne que ela tinha no rosto. Essa bactéria gerou uma infecção generalizada e ocasionou falência múltipla dos órgãos”, disse Daniela.

Nessa mesma publicação, a mãe agradeceu à equipe do hospital. “Os profissionais não mediram esforços na tentativa de reversão do quadro. Com muita agilidade, desde a chegada ao hospital no domingo, rapidamente direcionando para a UTI até o momento do seu óbito, na segunda”, afirmou.

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Sobre a bactéria

Indivíduos de todas as faixas etárias podem ser acometidos pela bactéria Staphylococcus aureus, com ênfase para as crianças com idade inferior a cinco anos ou em condições específicas, como diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática, desnutrição grave, fibrose cística, além de usuários de droga e pessoas com Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).

Esses organismos estão presentes na pele de pouco mais de 20% da população mundial. Porém, em casos raros, podem entrar na corrente sanguínea através de lesões, sejam machucados, hematomas ou cortes. Dâmilly, por exemplo, fazia tratamento para acne.

A partir dessa colonização, a bactéria pode ser introduzida na corrente sanguínea, um quadro chamado bacteremia.

A Staphylococcus aureus pode causar infecções esporádicas ou epidêmicas, comunitárias ou hospitalares. A transmissão ocorre pelo contato direto entre pessoas, ou por meio de objetos contaminados, ou pelo ar. Ela pode causar infecções de pele e outros tecidos, além de quadros de sinusite, pneumonia, meningite e sepse, que é a infecção generalizada.

Dentro do corpo, a Staphylococcus aureus faz com que se desenvolva uma síndrome, caracterizada por alterações inflamatórias, explica a infectologista Sabrina Sabino. A infecção generalizada provoca a morte em poucas horas.

Dificuldades no tratamento da infecção por bactéria

No Brasil, a eliminação da bactéria em quadros graves é feita com uso de antibiótico injetável Oxacilina. No entanto, uma das dificuldades no tratamento é o fato de a bactéria ser resistente a antibióticos.

“Ela é potencialmente grave, mas temos que alertar que a grande maioria das pessoas possui essa bactéria. Ela não vai fazer absolutamente nada se você tiver um bom mecanismo imunológico e uma barreira específica da sua pele. A higiene é fundamental”, explica Sabrina.

Resistência bacteriana

A resistência aos antimicrobianos ocorre quando as bactérias não respondem mais aos medicamentos disponíveis.

Como resultado da resistência aos medicamentos, os antibióticos e outros agentes antimicrobianos tornam-se ineficazes e infecções comuns tornam-se difíceis ou impossíveis de tratar, aumentando o risco de disseminação de doenças, casos graves e mortes.

A resistência a antibióticos é um dos maiores desafios de saúde pública da atualidade. De fato, existem poucas opções de tratamento para pessoas infectadas por bactérias resistentes a antibióticos.

Esse problema está associado diretamente ao uso excessivo e incorreto dos antibióticos disponíveis. O aumento no número de bactérias resistentes aos medicamentos, chamadas popularmente de superbactérias, coloca em risco a saúde de humanos e de animais em todo o mundo.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.