Por que é importante tomar banho todos os dias mesmo sem sair de casa?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
O mundo está paralisado por causa da pandemia por coronavírus que começou em Wuhan, na China, e continua a se espalhar por todo o planeta. Diante do confinamento em casa como medida de isolamento social, passamos a nos questionar, por exemplo, se é necessário tomar banho todos os dias, mesmo não saindo de casa.
As nossas rotinas foram alteradas, e essa mudança de hábitos transformou completamente as atividades que fazemos durante um dia normal. O problema é o seguinte: não temos mais dias normais, pelo menos até que a quarentena seja suspensa.
Em alguns países, a quarentena é obrigatória e uma medida judicial. Não se pode infringi-la porque constituiria uma violação a uma lei vigente. Em outros lugares, existem restrições mais leves que não impedem a circulação pública, mas reduzem o horário de trabalho e promovem o trabalho remoto.
Nessas condições, existem pessoas que passam o dia todo dentro de casa e se questionam se é realmente importante tomar banho diariamente, mesmo quando não saem na rua. Para responder a essa pergunta, precisamos primeiro entender o que acontece no corpo quando não tomamos banho com frequência.
O que acontece no corpo quando não tomamos banho diariamente?
O corpo humano passa por uma série de mudanças, que tendem a ser prejudiciais, quando não é submetido a banhos frequentes. Mesmo se não tivermos realizado nenhuma atividade física nem tido contato com o exterior, essas mudanças ainda ocorrem.
Uma delas é a desaceleração do metabolismo. Os banhos estimulam a geração de energia das células, as quais ativam vários mecanismos de energia que, de outra forma, são desligados.
Com os banhos, também removemos o tecido morto. A pele tem um processo de renovação celular contínua que consiste em apoptose – morte celular programada – de células, para que as novas tomem seu lugar. Lavar as mãos ajuda a abrir caminho para novas células.
Por fim, há também a questão do cheiro. Isso não acontece devido à transpiração, como se poderia supor. O que acontece é que, ao não tomar banho com frequência, permitimos que as bactérias se depositem na pele. Quando se acumulam muito, seus processos metabólicos, somados ao tecido morto acumulado, entram em putrefação. O pico dessa situação é a condição conhecida como dermatose neglecta.
Continue lendo: Conheça as vantagens de tomar um bom banho de água fria
A dermatose neglecta
A dermatose neglecta é uma doença descrita recentemente, mais especificamente na década de 1980. O principal sintoma é a formação de placas pigmentadas na pele.
Essas placas começam a acumular mau cheiro com o passar dos dias. O mecanismo do odor não é o suor, mas a putrefação das bactérias e do tecido morto acumulado que não são eliminados quando não tomamos banho.
Embora seja raro que essa condição ocorra em pessoas sem transtornos psiquiátricos, ela foi observada em grupos de adolescentes que negligenciam a higiene de forma extrema. Nosso confinamento dificilmente vai chegar a essa situação, mas é bom saber que a falta de higiene pode levar a uma patologia.
Quantas vezes devemos tomar banho?
Também não é bom ficar obcecado e tomar banho várias vezes por dia com medo do acúmulo de bactérias. A tentação pode existir durante a quarentena, supondo que teremos que passar um bom tempo dentro de casa.
No entanto, os especialistas concordam que tomar banho todos os dias não é contraproducente, a menos que façamos isso excessivamente. Se exagerarmos, vamos acabar removendo a camada de gordura que a epiderme usa para manter a temperatura corporal e nos proteger de agentes externos.
Manter a higiene é necessário dado que nosso corpo exige isso. Portanto, a indicação seria, em princípio, tomar banho todos os dias, mesmo sem ter saído de casa. Dessa forma, vamos ativar o metabolismo, manter a pele livre de tecidos mortos e impedir o acúmulo de bactérias.
Nesses tempos de coronavírus, vale lembrar que lavar as mãos é uma questão completamente diferente. A higiene das mãos deve ser realizada várias vezes ao dia, e com sabão, para impedir a propagação do COVID-19. Mesmo antes desse surto de pandemia, lavar as mãos adequadamente já fazia parte do protocolo para hospitais em relação a toda a família dos coronavírus.
Descubra também: 5 passos para um banho perfeito
Tomar banho todos os dias ajuda a superar a quarentena
A quarentena por coronavírus tende a nos perturbar física e mentalmente, mas tentar manter uma rotina é bastante útil. Se conseguirmos estabelecer determinados horários e realizar atividades com uma relativa frequência, vamos passar pelo confinamento com mais organização e menos efeitos colaterais. Tomar banho todos os dias, mesmo sem ter saído de casa, pode ser mais uma tarefa para os nossos dias de quarentena.
O mundo está paralisado por causa da pandemia por coronavírus que começou em Wuhan, na China, e continua a se espalhar por todo o planeta. Diante do confinamento em casa como medida de isolamento social, passamos a nos questionar, por exemplo, se é necessário tomar banho todos os dias, mesmo não saindo de casa.
As nossas rotinas foram alteradas, e essa mudança de hábitos transformou completamente as atividades que fazemos durante um dia normal. O problema é o seguinte: não temos mais dias normais, pelo menos até que a quarentena seja suspensa.
Em alguns países, a quarentena é obrigatória e uma medida judicial. Não se pode infringi-la porque constituiria uma violação a uma lei vigente. Em outros lugares, existem restrições mais leves que não impedem a circulação pública, mas reduzem o horário de trabalho e promovem o trabalho remoto.
Nessas condições, existem pessoas que passam o dia todo dentro de casa e se questionam se é realmente importante tomar banho diariamente, mesmo quando não saem na rua. Para responder a essa pergunta, precisamos primeiro entender o que acontece no corpo quando não tomamos banho com frequência.
O que acontece no corpo quando não tomamos banho diariamente?
O corpo humano passa por uma série de mudanças, que tendem a ser prejudiciais, quando não é submetido a banhos frequentes. Mesmo se não tivermos realizado nenhuma atividade física nem tido contato com o exterior, essas mudanças ainda ocorrem.
Uma delas é a desaceleração do metabolismo. Os banhos estimulam a geração de energia das células, as quais ativam vários mecanismos de energia que, de outra forma, são desligados.
Com os banhos, também removemos o tecido morto. A pele tem um processo de renovação celular contínua que consiste em apoptose – morte celular programada – de células, para que as novas tomem seu lugar. Lavar as mãos ajuda a abrir caminho para novas células.
Por fim, há também a questão do cheiro. Isso não acontece devido à transpiração, como se poderia supor. O que acontece é que, ao não tomar banho com frequência, permitimos que as bactérias se depositem na pele. Quando se acumulam muito, seus processos metabólicos, somados ao tecido morto acumulado, entram em putrefação. O pico dessa situação é a condição conhecida como dermatose neglecta.
Continue lendo: Conheça as vantagens de tomar um bom banho de água fria
A dermatose neglecta
A dermatose neglecta é uma doença descrita recentemente, mais especificamente na década de 1980. O principal sintoma é a formação de placas pigmentadas na pele.
Essas placas começam a acumular mau cheiro com o passar dos dias. O mecanismo do odor não é o suor, mas a putrefação das bactérias e do tecido morto acumulado que não são eliminados quando não tomamos banho.
Embora seja raro que essa condição ocorra em pessoas sem transtornos psiquiátricos, ela foi observada em grupos de adolescentes que negligenciam a higiene de forma extrema. Nosso confinamento dificilmente vai chegar a essa situação, mas é bom saber que a falta de higiene pode levar a uma patologia.
Quantas vezes devemos tomar banho?
Também não é bom ficar obcecado e tomar banho várias vezes por dia com medo do acúmulo de bactérias. A tentação pode existir durante a quarentena, supondo que teremos que passar um bom tempo dentro de casa.
No entanto, os especialistas concordam que tomar banho todos os dias não é contraproducente, a menos que façamos isso excessivamente. Se exagerarmos, vamos acabar removendo a camada de gordura que a epiderme usa para manter a temperatura corporal e nos proteger de agentes externos.
Manter a higiene é necessário dado que nosso corpo exige isso. Portanto, a indicação seria, em princípio, tomar banho todos os dias, mesmo sem ter saído de casa. Dessa forma, vamos ativar o metabolismo, manter a pele livre de tecidos mortos e impedir o acúmulo de bactérias.
Nesses tempos de coronavírus, vale lembrar que lavar as mãos é uma questão completamente diferente. A higiene das mãos deve ser realizada várias vezes ao dia, e com sabão, para impedir a propagação do COVID-19. Mesmo antes desse surto de pandemia, lavar as mãos adequadamente já fazia parte do protocolo para hospitais em relação a toda a família dos coronavírus.
Descubra também: 5 passos para um banho perfeito
Tomar banho todos os dias ajuda a superar a quarentena
A quarentena por coronavírus tende a nos perturbar física e mentalmente, mas tentar manter uma rotina é bastante útil. Se conseguirmos estabelecer determinados horários e realizar atividades com uma relativa frequência, vamos passar pelo confinamento com mais organização e menos efeitos colaterais. Tomar banho todos os dias, mesmo sem ter saído de casa, pode ser mais uma tarefa para os nossos dias de quarentena.
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- Faílde, Rosa Meijide. “20. Afecciones dermatológicas y cosmética dermotermal.” Técnicas y Tecnologías en Hidrología Médica e Hidroterapia (2006): 175.
- Poskitt, L., et al. “‘Dermatitis neglecta’: unwashed dermatosis.” British Journal of Dermatology 132.5 (1995): 827-829.
- González-Consuegra, Renata Virginia, Diana Carolina Pérez-Valderrama, and Luisa Fernanda Valbuena-Flor. “Prevención de lesiones de piel: educación en el equipo de salud y familiares de personas hospitalizadas.” Revista de la Facultad de Medicina 64.2 (2016): 229-238.
- Fick, Sylvina Alvarado. “Implementación de estrategia multimodal en higiene de manos en un hospital pediátrico.” Benessere. Revista de Enfermería 3.1 (2019).
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