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Hábitos de uma pessoa autodestrutiva

6 minutos
A autolesão é um exemplo de comportamento autodestrutivo. Comportamentos desse tipo revelam um sofrimento reprimido e servem como um mecanismo de enfrentamento para pessoas autodestrutivas lidarem com a dor.
Hábitos de uma pessoa autodestrutiva
Última atualização: 10 maio, 2021

Uma pessoa autodestrutiva tende a apresentar comportamentos muito prejudiciais para si mesma. Entre eles estão ter relacionamentos abusivos, tendência à autolesão, impulsividade, procrastinação, uso de drogas e, em alguns casos, até tentativas de suicídio.

Em muitas ocasiões, estes comportamentos podem ser explicados por um transtorno psiquiátrico latente. Condições como o transtorno de personalidade limítrofe ou até mesmo a esquizofrenia, por exemplo, apresentam este traço.

No entanto, cabe ressaltar que nem todas as pessoas autodestrutivas apresentam um problema psiquiátrico. Os adolescentes ou as pessoas que sofreram negligência ou abuso físico na infância podem apresentar comportamentos atípicos.

Algo que devemos entender sobre estes tipos de condições clínicas é que a pessoa começa a apresentar estes tipos de comportamentos porque eles proporcionam algum tipo de alívio (pequeno ou grande).

Sua intensidade emocional interna é tanta que ela precisa transformá-la em algum comportamento. No entanto, o alívio que ela encontra oferece um prazer muito breve e, em última instância, essa prática dificulta ter uma vida plena e satisfatória.

O que significa ser uma pessoa autodestrutiva?

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A pessoa com comportamentos autodestrutivos também impacta gravemente o seu entorno: parceiro, amigos e família.

O comportamento autodestrutivo geralmente é um sintoma de outros problemas psicológicos subjacentes. Em geral, eles escondem algum trauma, uma realidade dolorosa que, desde muito cedo, fragmenta o equilíbrio interno da pessoa.

Ao invés de lidar com esta situação, o que a pessoa faz é adotar uma série de comportamentos que são claramente prejudiciais para si mesma. Mas por quê? Ela procura canalizar de alguma forma o sofrimento acumulado, a raiva que não passa, a tristeza que persiste e a angústia que se mistura com a frustração.

A pessoa autodestrutiva sente que todo o seu mundo está fora de controle. A maneira que ela encontra de sentir que está no controle em meio a esse caos psicológico é adotar comportamentos prejudiciais e desregulados.

Um exemplo disso é a automutilação, algo muito comum entre jovens de 12 a 18 anos. Machucar-se proporciona alívio emocional e a sensação de que eles estão no controle da dor.

Leia também: 5 exercícios para controlar as emoções

Hábitos comuns de uma pessoa autodestrutiva

A pessoa autodestrutiva nunca considera o seu próprio bem-estar. Ela tem tendência ao caos e à busca por uma dor para apagar outra forma de dor, uma dor mais interna, mais profunda.

Por exemplo, a pessoa que consome álcool como forma de fuga, embora tenha plena consciência de que esse hábito acabará por destruí-la, não faz nada para evitar cair nesse abismo.

Com isso em mente, vejamos a seguir quais são os hábitos das pessoas autodestrutivas.

Tendência para a incompetência forçada

Quando se trata de realizar qualquer tarefa ou projeto, a pessoa autodestrutiva concentra toda a sua atenção em suas próprias limitações, em sua (suposta) incompetência e em seus fracassos. Ela infla todos os seus vazios e inseguranças para mostrar ao mundo e a si mesma que é inútil.

Esta autoindulgência a deixa presa em uma zona de conforto da qual ela não tem vontade de sair. Com isso, ela fica cada vez mais imersa em seus próprios infortúnios, alimentando-os continuamente.

Atitude derrotista

A pessoa autodestrutiva não se esforça, abandona precocemente as tarefas e recorre à vitimização e à negatividade que impregna cada aspecto de sua vida. Da mesma forma, ela constantemente se desvaloriza e alimenta seus vieses como profecias autorrealizáveis. Ou seja, tudo de ruim que ela diz que vai acontecer com ela acaba acontecendo porque ela própria causa isso.

Passividade e vitimização

A pessoa autodestrutiva não tem motivação e é passiva diante de qualquer situação, adversidade ou oportunidade que a obrigue a agir.

Ela se esquiva, nunca assumindo responsabilidade por nada, e não hesita em praticar a vitimização crônica.

Relações pessoais agressivas

A pessoa que sofre profundamente e está constantemente no limite, que carrega consigo traumas ou abusos do passado, pode cair facilmente na autodestruição. Nesse sofrimento, ela não hesita em projetar esse desconforto interno em todos ao seu redor.

Suas amizades não duram muito. Parceiros vêm e vão e geralmente trazem mais dor do que felicidade. Ela não é fácil de lidar devido a seus altos e baixos e tem dificuldade em criar vínculos de confiança. A dor costuma ser uma faca de dois gumes que fere todos ao seu redor.

Má gestão emocional

O universo emocional da pessoa autodestrutiva é fragmentado, caótico e imprevisível. Seu interior é repleto de emoções como ódio, dor, raiva, tristeza, medo, culpa e vergonha.

Ela age como o vapor de uma panela de pressão; precisa sair de alguma forma, mas quando sai, assume a forma de explosões de raiva e violência.

Comportamentos de vício e de risco

Abuso de drogas, alcoolismo, vício em sexo, compras compulsivas, transtornos alimentares, automutilação. Personalidades desreguladas e autolesivas quase sempre apresentam alguns desses problemas. Eles se desenvolvem gradualmente, até que, finalmente, acabam colocando suas vidas em risco.

Em seu livro Violent Adolescents (Adolescentes Violentos), a Drª. Andrea Scherzer afirma que esta é uma realidade cada vez mais comum nos adolescentes.

Recusa em receber ajuda

Uma característica comum deste tipo de pessoa é a recusa absoluta em receber ajuda. Ela nega o apoio da família e dos amigos e, mais ainda, a intervenção de um profissional.

Não deixe de ler: Atitudes que mantêm você preso a pensamentos negativos

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Os adolescentes são o grupo que mais apresenta comportamentos autodestrutivos. Os transtornos alimentares são um exemplo desses comportamentos.

Dicas para acabar com os comportamentos autodestrutivos

O primeiro passo para acabar com os comportamentos autodestrutivos envolve a autoconsciência da pessoa. É essencial compreender que esses comportamentos não são benéficos e que só aumentam o sofrimento.

  • O primeiro estágio consiste em trabalhar os sentimentos inconscientes de culpa e raiva. Essas duas realidades estão presentes em todo comportamento de risco. A pessoa procura silenciá-los e substituí-los por prazer. O primeiro passo é eliminar todos esses mecanismos de defesa e trabalhar essas emoções.
  • O segundo estágio consiste em fazer terapia para trabalhar o diálogo interno, os pensamentos irracionais, as ideias negativas e as crenças inválidas sobre si mesmo.
  • É aconselhável saber a origem da situação. A pessoa autodestrutiva pode ter sofrido um trauma ou sofrer de uma condição psicológica, como o transtorno de personalidade limítrofe. Em qualquer caso, é aconselhável fazer terapia familiar que envolva pessoas próximas à pessoa em questão.
  • Por último, ela deve introduzir novos hábitos de estilo de vida mais saudáveis. Mecanismos de enfrentamento adequados podem ajudá-la a encontrar novos interesses nos quais se envolver de uma forma mais benéfica e respeitosa.

Para concluir, estas condições psicológicas devem ser tratadas por psicólogos especializados. Hábitos destrutivos podem levar ao suicídio, e isso é algo que devemos evitar.

É preciso focar a atenção principalmente nos adolescentes, que é o grupo que apresenta este tipo de comportamento prejudicial em maior grau.

Uma pessoa autodestrutiva tende a apresentar comportamentos muito prejudiciais para si mesma. Entre eles estão ter relacionamentos abusivos, tendência à autolesão, impulsividade, procrastinação, uso de drogas e, em alguns casos, até tentativas de suicídio.

Em muitas ocasiões, estes comportamentos podem ser explicados por um transtorno psiquiátrico latente. Condições como o transtorno de personalidade limítrofe ou até mesmo a esquizofrenia, por exemplo, apresentam este traço.

No entanto, cabe ressaltar que nem todas as pessoas autodestrutivas apresentam um problema psiquiátrico. Os adolescentes ou as pessoas que sofreram negligência ou abuso físico na infância podem apresentar comportamentos atípicos.

Algo que devemos entender sobre estes tipos de condições clínicas é que a pessoa começa a apresentar estes tipos de comportamentos porque eles proporcionam algum tipo de alívio (pequeno ou grande).

Sua intensidade emocional interna é tanta que ela precisa transformá-la em algum comportamento. No entanto, o alívio que ela encontra oferece um prazer muito breve e, em última instância, essa prática dificulta ter uma vida plena e satisfatória.

O que significa ser uma pessoa autodestrutiva?

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A pessoa com comportamentos autodestrutivos também impacta gravemente o seu entorno: parceiro, amigos e família.

O comportamento autodestrutivo geralmente é um sintoma de outros problemas psicológicos subjacentes. Em geral, eles escondem algum trauma, uma realidade dolorosa que, desde muito cedo, fragmenta o equilíbrio interno da pessoa.

Ao invés de lidar com esta situação, o que a pessoa faz é adotar uma série de comportamentos que são claramente prejudiciais para si mesma. Mas por quê? Ela procura canalizar de alguma forma o sofrimento acumulado, a raiva que não passa, a tristeza que persiste e a angústia que se mistura com a frustração.

A pessoa autodestrutiva sente que todo o seu mundo está fora de controle. A maneira que ela encontra de sentir que está no controle em meio a esse caos psicológico é adotar comportamentos prejudiciais e desregulados.

Um exemplo disso é a automutilação, algo muito comum entre jovens de 12 a 18 anos. Machucar-se proporciona alívio emocional e a sensação de que eles estão no controle da dor.

Leia também: 5 exercícios para controlar as emoções

Hábitos comuns de uma pessoa autodestrutiva

A pessoa autodestrutiva nunca considera o seu próprio bem-estar. Ela tem tendência ao caos e à busca por uma dor para apagar outra forma de dor, uma dor mais interna, mais profunda.

Por exemplo, a pessoa que consome álcool como forma de fuga, embora tenha plena consciência de que esse hábito acabará por destruí-la, não faz nada para evitar cair nesse abismo.

Com isso em mente, vejamos a seguir quais são os hábitos das pessoas autodestrutivas.

Tendência para a incompetência forçada

Quando se trata de realizar qualquer tarefa ou projeto, a pessoa autodestrutiva concentra toda a sua atenção em suas próprias limitações, em sua (suposta) incompetência e em seus fracassos. Ela infla todos os seus vazios e inseguranças para mostrar ao mundo e a si mesma que é inútil.

Esta autoindulgência a deixa presa em uma zona de conforto da qual ela não tem vontade de sair. Com isso, ela fica cada vez mais imersa em seus próprios infortúnios, alimentando-os continuamente.

Atitude derrotista

A pessoa autodestrutiva não se esforça, abandona precocemente as tarefas e recorre à vitimização e à negatividade que impregna cada aspecto de sua vida. Da mesma forma, ela constantemente se desvaloriza e alimenta seus vieses como profecias autorrealizáveis. Ou seja, tudo de ruim que ela diz que vai acontecer com ela acaba acontecendo porque ela própria causa isso.

Passividade e vitimização

A pessoa autodestrutiva não tem motivação e é passiva diante de qualquer situação, adversidade ou oportunidade que a obrigue a agir.

Ela se esquiva, nunca assumindo responsabilidade por nada, e não hesita em praticar a vitimização crônica.

Relações pessoais agressivas

A pessoa que sofre profundamente e está constantemente no limite, que carrega consigo traumas ou abusos do passado, pode cair facilmente na autodestruição. Nesse sofrimento, ela não hesita em projetar esse desconforto interno em todos ao seu redor.

Suas amizades não duram muito. Parceiros vêm e vão e geralmente trazem mais dor do que felicidade. Ela não é fácil de lidar devido a seus altos e baixos e tem dificuldade em criar vínculos de confiança. A dor costuma ser uma faca de dois gumes que fere todos ao seu redor.

Má gestão emocional

O universo emocional da pessoa autodestrutiva é fragmentado, caótico e imprevisível. Seu interior é repleto de emoções como ódio, dor, raiva, tristeza, medo, culpa e vergonha.

Ela age como o vapor de uma panela de pressão; precisa sair de alguma forma, mas quando sai, assume a forma de explosões de raiva e violência.

Comportamentos de vício e de risco

Abuso de drogas, alcoolismo, vício em sexo, compras compulsivas, transtornos alimentares, automutilação. Personalidades desreguladas e autolesivas quase sempre apresentam alguns desses problemas. Eles se desenvolvem gradualmente, até que, finalmente, acabam colocando suas vidas em risco.

Em seu livro Violent Adolescents (Adolescentes Violentos), a Drª. Andrea Scherzer afirma que esta é uma realidade cada vez mais comum nos adolescentes.

Recusa em receber ajuda

Uma característica comum deste tipo de pessoa é a recusa absoluta em receber ajuda. Ela nega o apoio da família e dos amigos e, mais ainda, a intervenção de um profissional.

Não deixe de ler: Atitudes que mantêm você preso a pensamentos negativos

Some figure
Os adolescentes são o grupo que mais apresenta comportamentos autodestrutivos. Os transtornos alimentares são um exemplo desses comportamentos.

Dicas para acabar com os comportamentos autodestrutivos

O primeiro passo para acabar com os comportamentos autodestrutivos envolve a autoconsciência da pessoa. É essencial compreender que esses comportamentos não são benéficos e que só aumentam o sofrimento.

  • O primeiro estágio consiste em trabalhar os sentimentos inconscientes de culpa e raiva. Essas duas realidades estão presentes em todo comportamento de risco. A pessoa procura silenciá-los e substituí-los por prazer. O primeiro passo é eliminar todos esses mecanismos de defesa e trabalhar essas emoções.
  • O segundo estágio consiste em fazer terapia para trabalhar o diálogo interno, os pensamentos irracionais, as ideias negativas e as crenças inválidas sobre si mesmo.
  • É aconselhável saber a origem da situação. A pessoa autodestrutiva pode ter sofrido um trauma ou sofrer de uma condição psicológica, como o transtorno de personalidade limítrofe. Em qualquer caso, é aconselhável fazer terapia familiar que envolva pessoas próximas à pessoa em questão.
  • Por último, ela deve introduzir novos hábitos de estilo de vida mais saudáveis. Mecanismos de enfrentamento adequados podem ajudá-la a encontrar novos interesses nos quais se envolver de uma forma mais benéfica e respeitosa.

Para concluir, estas condições psicológicas devem ser tratadas por psicólogos especializados. Hábitos destrutivos podem levar ao suicídio, e isso é algo que devemos evitar.

É preciso focar a atenção principalmente nos adolescentes, que é o grupo que apresenta este tipo de comportamento prejudicial em maior grau.


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  • Anthony W. Bateman, Roy Krawitz (2013). Borderline Personality Disorder: An evidence-based guide for generalist mental health professionals. OUP Oxford
  •  Henshaw, Sophie (8 July 2018). “How to Change Self-Destructive Behavior: Stages of Change”. World of Psychology. Retrieved 11 February 2020.
  • Kerig, Patricia. (2017). Self‐Destructive Behavior. 10.1002/9781118524275.ejdj0137.
  • Scherzer, Andrea L. (2018-03-29), “Understanding self-destructive behaviour in adolescence”, Violent Adolescents, Routledge, pp. 5–20, doi:10.4324/9780429484711-2
  • Lovaas, O.Ivar; Freitag, Gilbert; Gold, Vivian J.; Kassorla, Irene C. (1965). “Experimental studies in childhood schizophrenia: Analysis of self-destructive behavior”. Journal of Experimental Child Psychology. 2: 67–84. doi:10.1016/0022-0965(65)90016

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