Gonorreia
Revisado e aprovado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli
A gonorreia é uma infecção de transmissão sexual (DST) produzida pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Infelizmente, trata-se de uma das DST’s mais comuns na sociedade.
Por ser uma DST, a forma de contágio será exclusivamente pelo contato sexual com uma pessoa infectada. Isso inclui coito (sexo vaginal), sexo anal e oral. Ainda que também possa se contagiar de mãe para filho no momento do parto, quando o bebê passa pela vagina.
Um fator muito importante a considerar é que os portadores não apresentam nenhuma sintomatologia em especial, portanto trata-se de uma doença assintomática.
Em geral aqueles indivíduos infectados, desconhecem sua condição (visto que não apresentam sintomas) e isso faz com que não passem por nenhum tratamento. Desta forma, a doença se propaga.
Antes de tudo, é necessário lembrar que uma DST não pode ser transmitida por uso de banheiros públicos, ainda que existam micróbios nos vasos.
A única forma de contágio de uma DST é mantendo relações sexuais com uma pessoa infectada.
Clínica da gonorreia
Em base à clínica, é necessário fazer uma distinção de acordo com o sexo e a idade do paciente; ou seja, a distinção é feita entre o tipo de gonorreia que se desenvolve em homens, mulheres e crianças.
Em homens
Menos de 10% dos homens são assintomáticos. Os outros 90% restante desenvolvem sintomas ao se contagiar por gonorreia. Depois de um período de incubação de uma semana, surgem os seguintes sintomas:
- Secreções (com aspecto de pus) que saem pelo pênis. Estas secreções surgem ao urinar e/ou apertar o pênis; e em alguns casos se apresentam de forma contínua.
- Irritação na região pélvica – genital generalizada, podendo surgir coceira e ardência.
- Dor e ardor.
- Dor e inflamação testicular.
Em mulheres
Mais da metade das mulheres é assintomática. Porém, quando uma mulher apresenta sintomas eles costumam ser de maior gravidade do que no caso dos homens. Além disso, as probabilidades de que o quadro se complique são maiores. Os sintomas que uma mulher pode apresentar são os seguintes:
- Secreção amarelada (com aspecto de pus) e mau cheiro na vagina e na uretra.
- Aumento da necessidade de urinar e sensação de dor e ardor ao fazer isso.
- Vermelhidão da mucosa genital, que pode estar dolorida, ardendo e/ou coçando.
- Dor abdominal.
- Sangramentos fora do período menstrual.
Nas mulheres o maior risco é que a infecção se dissemine. Isso dá origem a um quadro de doença pélvica inflamatória (DPI) que é dolorosa, com tendência a se tornar crônica, e que também pode causar infertilidade.
Por outro lado, as trompas de Falópio também podem ser afetadas, o que pode dar origem a uma salpingite. Complicações no útero podem dar origem a uma endometriose.
Definitivamente, a maior complexidade do aparelho reprodutor feminino é o que explica que qualquer parte possa ser afetada. Além disso, ao se comunicar com a cavidade abdominal, a infecção pode se estender a outras partes do corpo com mais facilidade.
Em crianças
Durante o parto, um bebe pode se infectar com gonorreia se sua mãe estiver infectada. Isso acontece quando o bebe entra em contato com as secreções e a mucosa do canal do parto da mãe, que estão contaminados.
Na maioria dos casos, os bebes infectados desenvolvem um tipo de conjuntivite denominada oftalmia neonatorum ou oftalmia neonatal.
Atualmente, este tipo de conjuntivite não tem se apresentado com tanta frequência já que, ao nascerem, os olhos dos bebes são limpos com eritromicina em colírio ou sais de prata, para evitar qualquer tipo de complicação.
No caso de pacientes com menos idade que apresentem infecção por gonorreia, o médico deve descartar a possibilidade de abuso sexual.
Outros quadros
Também existe a possibilidade de que, através da gonorreia, se desenvolvam outros quadros, ainda que certamente eles ocorram com menor frequência e dependam exclusivamente das práticas sexuais do indivíduo.
- Gonorreia anorretal. O quadro pode ocorrer por disseminação ou pela prática de sexo anal. Quando o reto inflama, nota-se uma dor e coceira na defecação, além de surgirem lesões na mucosa, em forma de rugas e hemorroidas. Às vezes, as fezes podem vir acompanhadas de pus e sangue.
- Gonorreia faríngea. Trata-se de um quadro associado ao sexo oral. O quadro clinico é muito similar a uma faringite comum.
Diagnóstico e prevenção
Para realizar o diagnóstico que determine que se trata de um caso de gonorreia, deve-se avaliar o histórico clínico do paciente, assim como fazer um respectivo exame físico. Através do exame serão avaliados sinais que o paciente apresenta e será possível fazer ou não um descarte.
No caso das mulheres, além dos procedimentos mencionados, o médico vai solicitar uma citologia vaginal para avaliar a profundidade e assim garantir maior precisão no diagnóstico.
Sempre que se suspeite de uma DST, deve-se pedir uma serologia de DST completa. Isso porque, em muitos casos, as DST’s ocorrem juntas.
Assim como o resto das infecções por transmissão sexual, o número de casos tem aumentado nos últimos anos. Pode parecer irônico que, tendo relativamente à alcance das mãos os métodos de proteção (como as camisinhas) ocorra isso; porém, é uma realidade.
Na década de 80, em plena crise de HIV, o medo do contágio impulsionou o uso de métodos protetivos. Depois, com o surgimento de tratamentos eficazes e de novos anticonceptivos, tem-se “perdido o medo” das DST’s. Isso explica o aumento dos casos.
A única forma de prevenir esta doença é por meio de uma boa educação sexual, a qual recomendará o uso de métodos de proteção na hora de manter relações sexuais (independentemente de serem vaginais, anais ou orais) e visitar o ginecologista (no caso das mulheres) e o urologista (no caso dos homens).
Tratamento da gonorreia
No que diz respeito ao tratamento da gonorreia, ele é farmacológico. Especificamente, este tratamento se baseia na administração de antibióticos ao paciente. Em geral, receita-se cefftriaxona com doxicilina, já que esta última serve para cobrir o aspecto de clamídia.
Por outro lado, devem ser estudados todos os contatos sexuais e tratados, inclusive se forem assintomáticos. Ainda, o médico poderá recomendar ao paciente a abstinência sexual pelo menos até a resolução do quadro.
A gonorreia é uma infecção de transmissão sexual (DST) produzida pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, também conhecida como gonococo. Infelizmente, trata-se de uma das DST’s mais comuns na sociedade.
Por ser uma DST, a forma de contágio será exclusivamente pelo contato sexual com uma pessoa infectada. Isso inclui coito (sexo vaginal), sexo anal e oral. Ainda que também possa se contagiar de mãe para filho no momento do parto, quando o bebê passa pela vagina.
Um fator muito importante a considerar é que os portadores não apresentam nenhuma sintomatologia em especial, portanto trata-se de uma doença assintomática.
Em geral aqueles indivíduos infectados, desconhecem sua condição (visto que não apresentam sintomas) e isso faz com que não passem por nenhum tratamento. Desta forma, a doença se propaga.
Antes de tudo, é necessário lembrar que uma DST não pode ser transmitida por uso de banheiros públicos, ainda que existam micróbios nos vasos.
A única forma de contágio de uma DST é mantendo relações sexuais com uma pessoa infectada.
Clínica da gonorreia
Em base à clínica, é necessário fazer uma distinção de acordo com o sexo e a idade do paciente; ou seja, a distinção é feita entre o tipo de gonorreia que se desenvolve em homens, mulheres e crianças.
Em homens
Menos de 10% dos homens são assintomáticos. Os outros 90% restante desenvolvem sintomas ao se contagiar por gonorreia. Depois de um período de incubação de uma semana, surgem os seguintes sintomas:
- Secreções (com aspecto de pus) que saem pelo pênis. Estas secreções surgem ao urinar e/ou apertar o pênis; e em alguns casos se apresentam de forma contínua.
- Irritação na região pélvica – genital generalizada, podendo surgir coceira e ardência.
- Dor e ardor.
- Dor e inflamação testicular.
Em mulheres
Mais da metade das mulheres é assintomática. Porém, quando uma mulher apresenta sintomas eles costumam ser de maior gravidade do que no caso dos homens. Além disso, as probabilidades de que o quadro se complique são maiores. Os sintomas que uma mulher pode apresentar são os seguintes:
- Secreção amarelada (com aspecto de pus) e mau cheiro na vagina e na uretra.
- Aumento da necessidade de urinar e sensação de dor e ardor ao fazer isso.
- Vermelhidão da mucosa genital, que pode estar dolorida, ardendo e/ou coçando.
- Dor abdominal.
- Sangramentos fora do período menstrual.
Nas mulheres o maior risco é que a infecção se dissemine. Isso dá origem a um quadro de doença pélvica inflamatória (DPI) que é dolorosa, com tendência a se tornar crônica, e que também pode causar infertilidade.
Por outro lado, as trompas de Falópio também podem ser afetadas, o que pode dar origem a uma salpingite. Complicações no útero podem dar origem a uma endometriose.
Definitivamente, a maior complexidade do aparelho reprodutor feminino é o que explica que qualquer parte possa ser afetada. Além disso, ao se comunicar com a cavidade abdominal, a infecção pode se estender a outras partes do corpo com mais facilidade.
Em crianças
Durante o parto, um bebe pode se infectar com gonorreia se sua mãe estiver infectada. Isso acontece quando o bebe entra em contato com as secreções e a mucosa do canal do parto da mãe, que estão contaminados.
Na maioria dos casos, os bebes infectados desenvolvem um tipo de conjuntivite denominada oftalmia neonatorum ou oftalmia neonatal.
Atualmente, este tipo de conjuntivite não tem se apresentado com tanta frequência já que, ao nascerem, os olhos dos bebes são limpos com eritromicina em colírio ou sais de prata, para evitar qualquer tipo de complicação.
No caso de pacientes com menos idade que apresentem infecção por gonorreia, o médico deve descartar a possibilidade de abuso sexual.
Outros quadros
Também existe a possibilidade de que, através da gonorreia, se desenvolvam outros quadros, ainda que certamente eles ocorram com menor frequência e dependam exclusivamente das práticas sexuais do indivíduo.
- Gonorreia anorretal. O quadro pode ocorrer por disseminação ou pela prática de sexo anal. Quando o reto inflama, nota-se uma dor e coceira na defecação, além de surgirem lesões na mucosa, em forma de rugas e hemorroidas. Às vezes, as fezes podem vir acompanhadas de pus e sangue.
- Gonorreia faríngea. Trata-se de um quadro associado ao sexo oral. O quadro clinico é muito similar a uma faringite comum.
Diagnóstico e prevenção
Para realizar o diagnóstico que determine que se trata de um caso de gonorreia, deve-se avaliar o histórico clínico do paciente, assim como fazer um respectivo exame físico. Através do exame serão avaliados sinais que o paciente apresenta e será possível fazer ou não um descarte.
No caso das mulheres, além dos procedimentos mencionados, o médico vai solicitar uma citologia vaginal para avaliar a profundidade e assim garantir maior precisão no diagnóstico.
Sempre que se suspeite de uma DST, deve-se pedir uma serologia de DST completa. Isso porque, em muitos casos, as DST’s ocorrem juntas.
Assim como o resto das infecções por transmissão sexual, o número de casos tem aumentado nos últimos anos. Pode parecer irônico que, tendo relativamente à alcance das mãos os métodos de proteção (como as camisinhas) ocorra isso; porém, é uma realidade.
Na década de 80, em plena crise de HIV, o medo do contágio impulsionou o uso de métodos protetivos. Depois, com o surgimento de tratamentos eficazes e de novos anticonceptivos, tem-se “perdido o medo” das DST’s. Isso explica o aumento dos casos.
A única forma de prevenir esta doença é por meio de uma boa educação sexual, a qual recomendará o uso de métodos de proteção na hora de manter relações sexuais (independentemente de serem vaginais, anais ou orais) e visitar o ginecologista (no caso das mulheres) e o urologista (no caso dos homens).
Tratamento da gonorreia
No que diz respeito ao tratamento da gonorreia, ele é farmacológico. Especificamente, este tratamento se baseia na administração de antibióticos ao paciente. Em geral, receita-se cefftriaxona com doxicilina, já que esta última serve para cobrir o aspecto de clamídia.
Por outro lado, devem ser estudados todos os contatos sexuais e tratados, inclusive se forem assintomáticos. Ainda, o médico poderá recomendar ao paciente a abstinência sexual pelo menos até a resolução do quadro.
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- Wang, X., & Gao, Y. (2015). “Gonorrhea”, Radiology of Infectious Diseases: Volume 2. https://doi.org/10.1007/978-94-017-9876-1_10
- Little, J. W. (2006). “Gonorrhea: Update”, Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology and Endodontology. https://doi.org/10.1016/j.tripleo.2005.05.077
- Skerlev, M., & Čulav-Košćak, I. (2014). “Gonorrhea: New challenges”, Clinics in Dermatology. https://doi.org/10.1016/j.clindermatol.2013.08.010
- Walker, C. K., & Sweet, R. L. (2011). “Gonorrhea infection in women: Prevalence, effects, screening, and management”, International Journal of Women’s Health. https://doi.org/10.2147/IJWH.S13427
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