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Ghosting: como superá-lo e razões para não praticá-lo

5 minutos
Terminar um relacionamento costuma ser doloroso e conflituoso. O ghosting é a brecha que algumas pessoas encontram para encerrar vínculos e evitar esse desconforto.
Ghosting: como superá-lo e razões para não praticá-lo
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz

Escrito por Elena Sanz
Última atualização: 17 abril, 2023

As redes sociais abriram um amplo leque de possibilidades quando se trata de estabelecer relacionamentos através da Internet. Isso, apesar de oferecer inúmeras vantagens, aumentou a incidência do ghosting, fenômeno do qual você provavelmente já foi vítima ou que pode até ter praticado.

Imagine a seguinte situação: você conhece uma nova pessoa virtualmente, a conversa flui e vocês saem juntos várias vezes. Tudo parece estar indo perfeitamente bem, mas de repente, um dia, a pessoa desaparece.

Não lê as suas mensagens, não atende as suas chamadas e bloqueia o acesso a todos os seus perfis. Você nunca mais terá notícias dessa pessoa. Isso é o ghosting: cortar o contato sem dar explicações ou oferecer ao outro a oportunidade de reagir.

Que consequências o ghosting pode gerar?

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O ghosting é uma forma atual de terminar um relacionamento sem enfrentar conflitos.

Leia também: Evite conflitos externos que levam a conflitos internos

Com o advento da internet, a forma de se relacionar mudou. Os relacionamentos líquidos se proliferaram e a empatia pelos outros diminuiu consideravelmente.

Perdeu-se de vista o fato de que as ações repercutem nos sentimentos alheios e a responsabilidade afetiva foi desconsiderada. No entanto, comportamentos como o ghosting podem ter consequências muito negativas.

A “vítima” pode sofrer grandes danos à sua autoestima, sentir-se envergonhada, humilhada e rejeitada. Além disso, a pessoa pode se envolver em um luto mais longo e complicado do que o normal porque foi privada de dar um fim ao relacionamento. Isso pode levar a problemas de confiança em relacionamentos futuros.

Por outro lado, aqueles que praticam o ghosting também podem sofrer consequências. Principalmente, o sentimento de culpa e remorso por terem feito mal a outra pessoa com quem compartilhavam um vínculo, além da vergonha e do desconforto de não saber enfrentar e resolver situações sociais complicadas.

Como o ghosting pode ser superado?

É possível que, se ainda não aconteceu com você, em algum momento você tenha que enfrentar o ghosting. Por isso, hoje oferecemos algumas dicas para superá-lo e prevenir as suas consequências.

Aceite o que aconteceu

Uma reação inicial muito comum quando a outra pessoa desaparece é pensar que algo lhe aconteceu e, por isso, ela não responde. Isso pode levá-lo a procurá-la persistentemente ou a tentar contatá-la sem obter uma resposta, prejudicando ainda mais a sua autoestima.

É importante aceitar o que aconteceu e supor que o outro optou por não ter contato novamente. Além disso, é preciso aceitar que esta é uma situação dolorosa, reconhecer a tristeza, a decepção e a raiva que o ghosting gera.

Cuidado com as atribuições causais

Quando uma pessoa é vítima do ghosting, muitas vezes ela tende a se culpar pelo que aconteceu. Assim, ela pode interpretar que o outro cortou o contato porque cometeu um erro ou porque não é interessante ou atraente o suficiente.

Se você se encontrar nessa situação, lembre-se de que as ações das outras pessoas falam mais sobre elas do que sobre você. Nesse caso, provavelmente refletem uma falta de assertividade ou medo de enfrentar o conflito.

Por outro lado, é possível cair no erro de acreditar que, se isso aconteceu uma vez, acontecerá novamente no futuro em novos relacionamentos. Lembrar que este é um evento pontual ajudará a enfrentar as interações futuras com menos desconfiança.

Siga em frente

Embora seja uma relação com pouca história, e apesar de ter sido estabelecida online, a perda dela pode ser igualmente dolorosa.

Portanto, depois de sofrer o ghosting, você pode precisar passar algum tempo lidando com o luto. Concentrar-se em si mesmo, nos seus interesses e objetivos por um tempo pode ser mais aconselhável do que se lançar em busca de um novo vínculo.

Em primeiro lugar, tente cuidar do seu diálogo interno. Quando uma pessoa de quem você gosta desaparece, a mente se enche de perguntas e dúvidas que precisam de respostas. É comum ficar ruminando e mantendo pensamentos repetitivos do tipo: ‘por que ele foi embora?’, ‘por que isso aconteceu comigo?’, ‘o que pode ter acontecido?’.

Provavelmente, você nunca saberá a resposta para essas questões e, acima de tudo, sua saúde mental é mais importante do que tentar entender os motivos dos outros. Portanto, tente se concentrar no seu presente e no seu futuro, e deixe o passado para trás.

Por que o ghosting é praticado?

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As consequências do ghosting podem ser prejudiciais tanto para quem o sofre quanto para quem o pratica.

Não deixe de ler: 5 erros de comunicação comuns entre casais

Se em algum momento você se encontrar nessa situação para encerrar um vínculo, pense primeiro nas consequências. Você pode ter medo de enfrentar um conflito ou querer evitar uma situação desagradável em que a outra pessoa fique com raiva ou triste. No entanto, se você desaparecer sem uma explicação, poderá causar danos emocionais significativos.

É até possível que você também acabe sofrendo com essa decisão. Por isso, procure ter empatia e acabe com o vínculo de forma assertiva.

Evite o ghosting pelo bem da sua saúde mental

É fácil cair na inércia do novo tipo de relacionamento que surge com a internet. No entanto, cuidar do seu espaço mental e da sua saúde emocional (e também da de outras pessoas) deve ser uma prioridade.

Portanto, trabalhe em si mesmo, nos seus medos, inseguranças e habilidades sociais, e reafirme seus valores para que você não tenha que recorrer ao ghosting, e para que você saiba superar e sair reforçado se em algum momento acabar passando por isso. Você é a sua maior rede de segurança.

As redes sociais abriram um amplo leque de possibilidades quando se trata de estabelecer relacionamentos através da Internet. Isso, apesar de oferecer inúmeras vantagens, aumentou a incidência do ghosting, fenômeno do qual você provavelmente já foi vítima ou que pode até ter praticado.

Imagine a seguinte situação: você conhece uma nova pessoa virtualmente, a conversa flui e vocês saem juntos várias vezes. Tudo parece estar indo perfeitamente bem, mas de repente, um dia, a pessoa desaparece.

Não lê as suas mensagens, não atende as suas chamadas e bloqueia o acesso a todos os seus perfis. Você nunca mais terá notícias dessa pessoa. Isso é o ghosting: cortar o contato sem dar explicações ou oferecer ao outro a oportunidade de reagir.

Que consequências o ghosting pode gerar?

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O ghosting é uma forma atual de terminar um relacionamento sem enfrentar conflitos.

Leia também: Evite conflitos externos que levam a conflitos internos

Com o advento da internet, a forma de se relacionar mudou. Os relacionamentos líquidos se proliferaram e a empatia pelos outros diminuiu consideravelmente.

Perdeu-se de vista o fato de que as ações repercutem nos sentimentos alheios e a responsabilidade afetiva foi desconsiderada. No entanto, comportamentos como o ghosting podem ter consequências muito negativas.

A “vítima” pode sofrer grandes danos à sua autoestima, sentir-se envergonhada, humilhada e rejeitada. Além disso, a pessoa pode se envolver em um luto mais longo e complicado do que o normal porque foi privada de dar um fim ao relacionamento. Isso pode levar a problemas de confiança em relacionamentos futuros.

Por outro lado, aqueles que praticam o ghosting também podem sofrer consequências. Principalmente, o sentimento de culpa e remorso por terem feito mal a outra pessoa com quem compartilhavam um vínculo, além da vergonha e do desconforto de não saber enfrentar e resolver situações sociais complicadas.

Como o ghosting pode ser superado?

É possível que, se ainda não aconteceu com você, em algum momento você tenha que enfrentar o ghosting. Por isso, hoje oferecemos algumas dicas para superá-lo e prevenir as suas consequências.

Aceite o que aconteceu

Uma reação inicial muito comum quando a outra pessoa desaparece é pensar que algo lhe aconteceu e, por isso, ela não responde. Isso pode levá-lo a procurá-la persistentemente ou a tentar contatá-la sem obter uma resposta, prejudicando ainda mais a sua autoestima.

É importante aceitar o que aconteceu e supor que o outro optou por não ter contato novamente. Além disso, é preciso aceitar que esta é uma situação dolorosa, reconhecer a tristeza, a decepção e a raiva que o ghosting gera.

Cuidado com as atribuições causais

Quando uma pessoa é vítima do ghosting, muitas vezes ela tende a se culpar pelo que aconteceu. Assim, ela pode interpretar que o outro cortou o contato porque cometeu um erro ou porque não é interessante ou atraente o suficiente.

Se você se encontrar nessa situação, lembre-se de que as ações das outras pessoas falam mais sobre elas do que sobre você. Nesse caso, provavelmente refletem uma falta de assertividade ou medo de enfrentar o conflito.

Por outro lado, é possível cair no erro de acreditar que, se isso aconteceu uma vez, acontecerá novamente no futuro em novos relacionamentos. Lembrar que este é um evento pontual ajudará a enfrentar as interações futuras com menos desconfiança.

Siga em frente

Embora seja uma relação com pouca história, e apesar de ter sido estabelecida online, a perda dela pode ser igualmente dolorosa.

Portanto, depois de sofrer o ghosting, você pode precisar passar algum tempo lidando com o luto. Concentrar-se em si mesmo, nos seus interesses e objetivos por um tempo pode ser mais aconselhável do que se lançar em busca de um novo vínculo.

Em primeiro lugar, tente cuidar do seu diálogo interno. Quando uma pessoa de quem você gosta desaparece, a mente se enche de perguntas e dúvidas que precisam de respostas. É comum ficar ruminando e mantendo pensamentos repetitivos do tipo: ‘por que ele foi embora?’, ‘por que isso aconteceu comigo?’, ‘o que pode ter acontecido?’.

Provavelmente, você nunca saberá a resposta para essas questões e, acima de tudo, sua saúde mental é mais importante do que tentar entender os motivos dos outros. Portanto, tente se concentrar no seu presente e no seu futuro, e deixe o passado para trás.

Por que o ghosting é praticado?

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As consequências do ghosting podem ser prejudiciais tanto para quem o sofre quanto para quem o pratica.

Não deixe de ler: 5 erros de comunicação comuns entre casais

Se em algum momento você se encontrar nessa situação para encerrar um vínculo, pense primeiro nas consequências. Você pode ter medo de enfrentar um conflito ou querer evitar uma situação desagradável em que a outra pessoa fique com raiva ou triste. No entanto, se você desaparecer sem uma explicação, poderá causar danos emocionais significativos.

É até possível que você também acabe sofrendo com essa decisão. Por isso, procure ter empatia e acabe com o vínculo de forma assertiva.

Evite o ghosting pelo bem da sua saúde mental

É fácil cair na inércia do novo tipo de relacionamento que surge com a internet. No entanto, cuidar do seu espaço mental e da sua saúde emocional (e também da de outras pessoas) deve ser uma prioridade.

Portanto, trabalhe em si mesmo, nos seus medos, inseguranças e habilidades sociais, e reafirme seus valores para que você não tenha que recorrer ao ghosting, e para que você saiba superar e sair reforçado se em algum momento acabar passando por isso. Você é a sua maior rede de segurança.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • LeFebvre, L. E., Allen, M., Rasner, R. D., Garstad, S., Wilms, A., & Parrish, C. Ghosting in Emerging Adults’ Romantic Relationships: The Digital Dissolution Disappearance Strategy.
  • Pinzón Salcedo, E. R. (2020). El Ghosting como fenómeno de ruptura virtual en relaciones de pareja.
  • Verdés Bertolín, N. (2020). Enamorarse en el enjambre digital: relaciones virtuales y aplicaciones de citas.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.