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Geno varo ou pernas arqueadas: causas e tratamento

5 minutos
As pernas arqueadas são uma condição na qual o alinhamento natural ou anatômico dos joelhos é afetado. As crianças que a apresentam têm uma curvatura exagerada que separa os joelhos e aproxima os tornozelos e os pés.
Geno varo ou pernas arqueadas: causas e tratamento
Galo Flores

Escrito e verificado por o médico Galo Flores

Última atualização: 23 agosto, 2022

As pernas arqueadas são uma condição na qual o alinhamento natural ou anatômico dos joelhos é afetado. As crianças que a apresentam têm uma curvatura exagerada que separa os joelhos e aproxima os tornozelos e os pés.

Seu nome técnico é geno varo. Vem do latim geno, que significa “joelho”, e varo, que significa “afasta-se da linha média do corpo”.

As pernas arqueadas são normais em bebês de até um ano e meio de idade. Elas começam a se endireitar a partir dos 12 meses, ou quando os pequenos começam a andar.

Se as pernas não se endireitarem aos 2 ou 3 anos de idade ou se arquearem mais, é necessário consultar o pediatra. A seguir, vamos explicar como avaliar uma criança com pernas arqueadas.

Existem outros sintomas?

Às vezes, as crianças com pernas arqueadas andam com os dedos dos pés apontados para dentro. Isso é chamado de marcha convergente e pode ser uma das causas que as faz tropeçar tanto.

Esse problema geralmente é resolvido sem complicações conforme as crianças vão crescendo. No entanto, quando as pernas arqueadas continuam até a adolescência, podem causar dores nos tornozelos, joelhos ou quadris.

Principais causas das pernas arqueadas

Os bebês nascem com as pernas arqueadas devido à posição em que ficavam durante seu desenvolvimento no útero. Alguns dos ossos se torceram um pouco à medida que cresciam dentro do útero da mãe para que coubessem em um espaço tão pequeno.

Essa curvatura é chamada de pernas arqueadas fisiológicas. É considerada uma característica normal do crescimento e do processo natural de desenvolvimento.

Em algumas crianças, o arqueamento das pernas também pode se dever a fraturas que não cicatrizaram adequadamente.

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A configuração dos membros inferiores é variada para cada pessoa, com joelhos mais afastados ou próximos da linha média.

Pode ser do seu interesse: O que é a síndrome das pernas cansadas?

Como é o diagnóstico?

Para determinar se uma criança com pernas arqueadas tem essa característica como parte de seu desenvolvimento, o médico revisará seu histórico completo. Geralmente, não são feitos exames antes dos 2 anos de idade.

Estas etapas são seguidas como parte do exame físico:

  1. Medir a distância entre os dois joelhos com a criança deitada de costas.
  2. Observar como a criança anda para determinar anomalias da marcha.

Se não houver desconforto e suas pernas estiverem arqueadas de forma quase simétrica, o médico recomendará apenas observação. Ou seja, os pais devem acompanhar o desenvolvimento da criança e observar se o arqueamento melhora com o tempo.

Apenas em alguns casos é necessário que um ortopedista avalie a criança. O profissional irá determinar se:

  • As pernas não estão se endireitando de forma natural.
  • O arco é assimétrico (cada perna tem um grau diferente de arqueamento).
  • Há sintomas adicionais, como fraqueza, dor ou dificuldade para andar e correr.

Nesse caso, o médico vai solicitar uma radiografia se suspeitar que se trata da doença de Blount. Nesse distúrbio, a tíbia se volta para dentro. É uma alteração do crescimento de causa desconhecida que pode piorar com o tempo.

Outra causa de pernas arqueadas é o raquitismo. Em crianças com essa alteração, há uma deficiência de vitamina D. Para identificá-la, o ortopedista solicitará exames de sangue.

Leia também: Doença de Willis-Ekbom ou síndrome das pernas inquietas

Qual é o tratamento das pernas arqueadas?

Se o médico determinar que o arqueamento é fisiológico, ele não indicará nenhum tipo de tratamento. As pernas vão se corrigir sozinhas conforme a criança cresce. Para verificar se elas estão se endireitando, recomenda-se uma consulta a cada 6 meses.

Existem dois tipos de tratamento para corrigir esse distúrbio. Um é sustentado por aparelhos ortopédicos e o outro por cirurgia.

Tratamento não cirúrgico

Algumas crianças podem precisar de calçados ortopédicos ou talas. Essa opção é reservada para crianças com uma curvatura severa ou que tenham a doença de Blount.

Em pacientes com raquitismo, é comum indicar vitamina D e a inclusão de mais cálcio na dieta. Também é recomendado aumentar sua exposição à luz solar.

Tratamento cirúrgico

O ortopedista pode determinar se o grau de arqueamento requer cirurgia. Se for um caso de doença de Blount, é mais provável que seja necessária uma abordagem cirúrgica.

Essa operação pode ser realizada desde idades precoces. Em casos especiais, pode ser realizada assim que o crescimento estiver concluído. Essa decisão dependerá da gravidade da curvatura e dos benefícios que podem ser obtidos.

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O tratamento dessa condição dependerá da gravidade e da suspeita de uma patologia subjacente ou de um processo fisiológico.

Recuperação e prognóstico

Como pode fazer parte do desenvolvimento, não existem medidas preventivas para as pernas arqueadas. Como explicado antes, em muitas crianças esta é apenas uma fase do seu crescimento.

Uma das causas que podem ser evitadas é o raquitismo. Para evitar isso, basta que as crianças brinquem ao ar livre expostas à luz solar com as medidas de segurança pertinentes.

Quando se trata de um caso de pernas arqueadas fisiológicas, o prognóstico é bom. Na maioria dos casos, é uma condição que se corrigirá sozinha e a criança não apresentará problemas para andar.

Quando o arqueamento das pernas é grave e não recebe tratamento, pode levar à artrose de joelhos ou quadril na vida adulta.

As pernas arqueadas nem sempre são patológicas

As crianças com pernas arqueadas fisiológicas não requerem mudanças em suas atividades. Elas podem andar, correr e brincar normalmente. Podem ser crianças ativas como outras da mesma idade.

Basta acompanhar seu crescimento e desenvolvimento. Consulte um médico se as pernas não se endireitarem naturalmente ou se surgir algum desconforto adicional.

As pernas arqueadas são uma condição na qual o alinhamento natural ou anatômico dos joelhos é afetado. As crianças que a apresentam têm uma curvatura exagerada que separa os joelhos e aproxima os tornozelos e os pés.

Seu nome técnico é geno varo. Vem do latim geno, que significa “joelho”, e varo, que significa “afasta-se da linha média do corpo”.

As pernas arqueadas são normais em bebês de até um ano e meio de idade. Elas começam a se endireitar a partir dos 12 meses, ou quando os pequenos começam a andar.

Se as pernas não se endireitarem aos 2 ou 3 anos de idade ou se arquearem mais, é necessário consultar o pediatra. A seguir, vamos explicar como avaliar uma criança com pernas arqueadas.

Existem outros sintomas?

Às vezes, as crianças com pernas arqueadas andam com os dedos dos pés apontados para dentro. Isso é chamado de marcha convergente e pode ser uma das causas que as faz tropeçar tanto.

Esse problema geralmente é resolvido sem complicações conforme as crianças vão crescendo. No entanto, quando as pernas arqueadas continuam até a adolescência, podem causar dores nos tornozelos, joelhos ou quadris.

Principais causas das pernas arqueadas

Os bebês nascem com as pernas arqueadas devido à posição em que ficavam durante seu desenvolvimento no útero. Alguns dos ossos se torceram um pouco à medida que cresciam dentro do útero da mãe para que coubessem em um espaço tão pequeno.

Essa curvatura é chamada de pernas arqueadas fisiológicas. É considerada uma característica normal do crescimento e do processo natural de desenvolvimento.

Em algumas crianças, o arqueamento das pernas também pode se dever a fraturas que não cicatrizaram adequadamente.

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A configuração dos membros inferiores é variada para cada pessoa, com joelhos mais afastados ou próximos da linha média.

Pode ser do seu interesse: O que é a síndrome das pernas cansadas?

Como é o diagnóstico?

Para determinar se uma criança com pernas arqueadas tem essa característica como parte de seu desenvolvimento, o médico revisará seu histórico completo. Geralmente, não são feitos exames antes dos 2 anos de idade.

Estas etapas são seguidas como parte do exame físico:

  1. Medir a distância entre os dois joelhos com a criança deitada de costas.
  2. Observar como a criança anda para determinar anomalias da marcha.

Se não houver desconforto e suas pernas estiverem arqueadas de forma quase simétrica, o médico recomendará apenas observação. Ou seja, os pais devem acompanhar o desenvolvimento da criança e observar se o arqueamento melhora com o tempo.

Apenas em alguns casos é necessário que um ortopedista avalie a criança. O profissional irá determinar se:

  • As pernas não estão se endireitando de forma natural.
  • O arco é assimétrico (cada perna tem um grau diferente de arqueamento).
  • Há sintomas adicionais, como fraqueza, dor ou dificuldade para andar e correr.

Nesse caso, o médico vai solicitar uma radiografia se suspeitar que se trata da doença de Blount. Nesse distúrbio, a tíbia se volta para dentro. É uma alteração do crescimento de causa desconhecida que pode piorar com o tempo.

Outra causa de pernas arqueadas é o raquitismo. Em crianças com essa alteração, há uma deficiência de vitamina D. Para identificá-la, o ortopedista solicitará exames de sangue.

Leia também: Doença de Willis-Ekbom ou síndrome das pernas inquietas

Qual é o tratamento das pernas arqueadas?

Se o médico determinar que o arqueamento é fisiológico, ele não indicará nenhum tipo de tratamento. As pernas vão se corrigir sozinhas conforme a criança cresce. Para verificar se elas estão se endireitando, recomenda-se uma consulta a cada 6 meses.

Existem dois tipos de tratamento para corrigir esse distúrbio. Um é sustentado por aparelhos ortopédicos e o outro por cirurgia.

Tratamento não cirúrgico

Algumas crianças podem precisar de calçados ortopédicos ou talas. Essa opção é reservada para crianças com uma curvatura severa ou que tenham a doença de Blount.

Em pacientes com raquitismo, é comum indicar vitamina D e a inclusão de mais cálcio na dieta. Também é recomendado aumentar sua exposição à luz solar.

Tratamento cirúrgico

O ortopedista pode determinar se o grau de arqueamento requer cirurgia. Se for um caso de doença de Blount, é mais provável que seja necessária uma abordagem cirúrgica.

Essa operação pode ser realizada desde idades precoces. Em casos especiais, pode ser realizada assim que o crescimento estiver concluído. Essa decisão dependerá da gravidade da curvatura e dos benefícios que podem ser obtidos.

Some figure
O tratamento dessa condição dependerá da gravidade e da suspeita de uma patologia subjacente ou de um processo fisiológico.

Recuperação e prognóstico

Como pode fazer parte do desenvolvimento, não existem medidas preventivas para as pernas arqueadas. Como explicado antes, em muitas crianças esta é apenas uma fase do seu crescimento.

Uma das causas que podem ser evitadas é o raquitismo. Para evitar isso, basta que as crianças brinquem ao ar livre expostas à luz solar com as medidas de segurança pertinentes.

Quando se trata de um caso de pernas arqueadas fisiológicas, o prognóstico é bom. Na maioria dos casos, é uma condição que se corrigirá sozinha e a criança não apresentará problemas para andar.

Quando o arqueamento das pernas é grave e não recebe tratamento, pode levar à artrose de joelhos ou quadril na vida adulta.

As pernas arqueadas nem sempre são patológicas

As crianças com pernas arqueadas fisiológicas não requerem mudanças em suas atividades. Elas podem andar, correr e brincar normalmente. Podem ser crianças ativas como outras da mesma idade.

Basta acompanhar seu crescimento e desenvolvimento. Consulte um médico se as pernas não se endireitarem naturalmente ou se surgir algum desconforto adicional.


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  • Baroni EL. Genu varo? Varo fisiológico. Medicina Infantil. 2013 Jun;20(2). Disponible en: https://www.medicinainfantil.org.ar/images/stories/volumen/2013/xx_2_133.pdf Consultado en febrero de 2021.
  • Macedonio Barral ZJ, Cruz Pérez EF, Iriarte Vincenti S, Arias C. Análisis de las deformaciones de la tibia humana a consecuencia del genu varum. Cuadernos Hospital de Clínicas. 2014;55(4):69-75.
  • Jalil A, Ferreyra C, Balla M. Genu varo artrósico inestable: seguimiento a 2 años. Rev. Asoc. Argent. Traumatol. Deporte. 2017:20-4.
  • Morgado I, Pérez AC, Moguel M, Pérez-Bustamante FJ, Torres LM. Guide for the clinical management of osteoarthritis of the hip and the knee. Rev Soc Esp Dolor 2005; 12: 289-302.
  • Domínguez Gasca, Luis Gerardo, Germán Navarro Vidaurri, and Luis Gerardo Domínguez Carrillo. “Tibias varas: enfermedad de Blount.” Atención Familiar 25.2: 86-87.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.