Fantosmia: como ocorrem as alucinações olfativas?
Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater
Cheiro de pão podre ou queimado. Sentir cheiro de produtos químicos ou fumaça do cigarro. A fantosmia define uma alteração do olfato que nos faz perceber odores que não são reais. Ou seja, aquele estímulo olfativo que estamos sentindo, na verdade, não existe. É o cérebro que está fazendo isso.
Pessoas com esse transtorno não estão perdendo a cabeça ou desenvolvendo qualquer condição psiquiátrica. Elas sabem muito bem que o que estão sentindo não é real, e daí vem a confusão. Deve-se observar também que esse fenômeno não é isolado ou específico. Na verdade, são muitos os que, chegando a uma certa idade, começam a relatar esta curiosa alteração.
Essas alucinações olfativas aparecem por volta dos 40 anos e se tornam mais intensas à medida que envelhecemos. Da mesma forma, as evidências demográficas sobre a sua incidência nos dizem que este quadro é muito mais comum em mulheres. Vamos analisar.
Causas da fantosmia
A percepção de odores que não existem pode se tornar limitante. A fantosmia é uma experiência desagradável. A pessoa sente, de repente, odores ruins que incomodam e atrapalham a vida diária. Assim, por mais impressionante que possa parecer, essa condição é sofrida por 1 em cada 15 pessoas com mais de 40 anos.
Estudos, como os realizados na Universidade de Vermont e no Instituto Nacional de Saúde de Maryland, mostram que ela tem uma prevalência maior em mulheres, principalmente quando elas pertencem a ambientes mais desfavorecidos. Da mesma forma, também parece haver uma correlação com outras realidades que analisaremos a seguir.
Fantosmia periférica e central
Podemos distinguir dois tipos de fantosmia: periférica e central. O primeiro surge quando a origem da alteração está nas narinas. A central, por sua vez, já é um pouco mais complexa, pois seria causada por um gatilho cerebral. Neste último caso, há maior persistência e, portanto, ele pode ser extremamente problemático.
Xerostomia ou boca seca
A síndrome da boca seca ou xerostomia aparece com frequência em pessoas entre 50 e 60 anos. É caracterizada pela falta de saliva devido a uma alteração nas glândulas salivares.
A consequência dessa disfunção é grave, pois algo assim significa que os tecidos duros e moles da boca ficam irritados, aumentando a presença de bactérias e o risco de patologias orais e dentais. Da mesma forma, verificou-se que outro efeito associado é a fantosmia.
Tabaco
O vício em tabaco é prejudicial. No entanto, às vezes negligenciamos o impacto que a dependência do cigarro pode ter sobre os sentidos. Sabemos, por exemplo, que fumar muito afeta o paladar e o olfato.
Não se perde apenas a capacidade de distinguir cheiros e sabores. Além disso, eles também são alterados. Ou seja, o que comemos não tem o mesmo gosto e às vezes sentimos cheiros ruins sem estímulos específicos. A boa notícia é que, se pararmos de fumar, esses efeitos desaparecem.
Enxaqueca com aura
A enxaqueca com aura tem a particularidade de começar com uma série de sintomas que antecipam o aparecimento da dor de cabeça. Entre esses sintomas (auras) estão as alucinações visuais, como ver luzes brilhantes e sentir cheiros que não existem (fantosmia).
Rinite e sinusite
A rinite, tanto alérgica quanto não alérgica, também está associada a este problema. Essa inflamação do revestimento mucoso do nariz, que causa espirros, coriza, coceira e congestão nasal, leva à alteração de odores em muitos casos.
Poluição ambiental
Uma relação que se estabelece é a associação entre a fantosmia e a poluição ambiental. As pessoas (principalmente as mulheres) que vivem em ambientes com maior nível de poluição desenvolvem gradativamente o distúrbio olfativo. Os mecanismos exatos que orquestram a condição ainda não são conhecidos, mas este é um fato que deve ser levado em consideração.
Problemas neurológicos
Nas doenças neurológicas, a alteração do olfato é um sintoma comum. Portanto, é fundamental ter sempre um diagnóstico adequado:
- A fantosmia pode surgir de um ferimento na cabeça. Há pessoas que, após uma simples queda e um golpe na cabeça, mostram esta alteração.
- Problemas com o olfato são outro sintoma associado ao Parkinson.
- Também pode ocorrer em pacientes que sofrem de esquizofrenia.
Como a fantosmia é tratada?
Pacientes com fantosmia apresentam vários problemas de curto prazo, como alterações no apetite. Um estudo realizado na Universidade de Louisville (Estados Unidos) indica que ainda não temos um tratamento específico e eficaz que ofereça uma solução.
Portanto, é melhor ir ao médico o mais rápido possível para descobrir o que causa a fantosmia: enxaquecas, alergias, doença de Parkinson. É comum que a abordagem seja multidisciplinar e aliada aos cuidados do neurologista e do otorrinolaringologista.
Os tratamentos que podem ser prescritos variam de medicamentos antiepilépticos, antienxaqueca e anticonvulsivantes à estimulação transcraniana. O mais importante é personalizar o atendimento de cada paciente e melhorar, ao máximo, a sua qualidade de vida.
Cheiro de pão podre ou queimado. Sentir cheiro de produtos químicos ou fumaça do cigarro. A fantosmia define uma alteração do olfato que nos faz perceber odores que não são reais. Ou seja, aquele estímulo olfativo que estamos sentindo, na verdade, não existe. É o cérebro que está fazendo isso.
Pessoas com esse transtorno não estão perdendo a cabeça ou desenvolvendo qualquer condição psiquiátrica. Elas sabem muito bem que o que estão sentindo não é real, e daí vem a confusão. Deve-se observar também que esse fenômeno não é isolado ou específico. Na verdade, são muitos os que, chegando a uma certa idade, começam a relatar esta curiosa alteração.
Essas alucinações olfativas aparecem por volta dos 40 anos e se tornam mais intensas à medida que envelhecemos. Da mesma forma, as evidências demográficas sobre a sua incidência nos dizem que este quadro é muito mais comum em mulheres. Vamos analisar.
Causas da fantosmia
A percepção de odores que não existem pode se tornar limitante. A fantosmia é uma experiência desagradável. A pessoa sente, de repente, odores ruins que incomodam e atrapalham a vida diária. Assim, por mais impressionante que possa parecer, essa condição é sofrida por 1 em cada 15 pessoas com mais de 40 anos.
Estudos, como os realizados na Universidade de Vermont e no Instituto Nacional de Saúde de Maryland, mostram que ela tem uma prevalência maior em mulheres, principalmente quando elas pertencem a ambientes mais desfavorecidos. Da mesma forma, também parece haver uma correlação com outras realidades que analisaremos a seguir.
Fantosmia periférica e central
Podemos distinguir dois tipos de fantosmia: periférica e central. O primeiro surge quando a origem da alteração está nas narinas. A central, por sua vez, já é um pouco mais complexa, pois seria causada por um gatilho cerebral. Neste último caso, há maior persistência e, portanto, ele pode ser extremamente problemático.
Xerostomia ou boca seca
A síndrome da boca seca ou xerostomia aparece com frequência em pessoas entre 50 e 60 anos. É caracterizada pela falta de saliva devido a uma alteração nas glândulas salivares.
A consequência dessa disfunção é grave, pois algo assim significa que os tecidos duros e moles da boca ficam irritados, aumentando a presença de bactérias e o risco de patologias orais e dentais. Da mesma forma, verificou-se que outro efeito associado é a fantosmia.
Tabaco
O vício em tabaco é prejudicial. No entanto, às vezes negligenciamos o impacto que a dependência do cigarro pode ter sobre os sentidos. Sabemos, por exemplo, que fumar muito afeta o paladar e o olfato.
Não se perde apenas a capacidade de distinguir cheiros e sabores. Além disso, eles também são alterados. Ou seja, o que comemos não tem o mesmo gosto e às vezes sentimos cheiros ruins sem estímulos específicos. A boa notícia é que, se pararmos de fumar, esses efeitos desaparecem.
Enxaqueca com aura
A enxaqueca com aura tem a particularidade de começar com uma série de sintomas que antecipam o aparecimento da dor de cabeça. Entre esses sintomas (auras) estão as alucinações visuais, como ver luzes brilhantes e sentir cheiros que não existem (fantosmia).
Rinite e sinusite
A rinite, tanto alérgica quanto não alérgica, também está associada a este problema. Essa inflamação do revestimento mucoso do nariz, que causa espirros, coriza, coceira e congestão nasal, leva à alteração de odores em muitos casos.
Poluição ambiental
Uma relação que se estabelece é a associação entre a fantosmia e a poluição ambiental. As pessoas (principalmente as mulheres) que vivem em ambientes com maior nível de poluição desenvolvem gradativamente o distúrbio olfativo. Os mecanismos exatos que orquestram a condição ainda não são conhecidos, mas este é um fato que deve ser levado em consideração.
Problemas neurológicos
Nas doenças neurológicas, a alteração do olfato é um sintoma comum. Portanto, é fundamental ter sempre um diagnóstico adequado:
- A fantosmia pode surgir de um ferimento na cabeça. Há pessoas que, após uma simples queda e um golpe na cabeça, mostram esta alteração.
- Problemas com o olfato são outro sintoma associado ao Parkinson.
- Também pode ocorrer em pacientes que sofrem de esquizofrenia.
Como a fantosmia é tratada?
Pacientes com fantosmia apresentam vários problemas de curto prazo, como alterações no apetite. Um estudo realizado na Universidade de Louisville (Estados Unidos) indica que ainda não temos um tratamento específico e eficaz que ofereça uma solução.
Portanto, é melhor ir ao médico o mais rápido possível para descobrir o que causa a fantosmia: enxaquecas, alergias, doença de Parkinson. É comum que a abordagem seja multidisciplinar e aliada aos cuidados do neurologista e do otorrinolaringologista.
Os tratamentos que podem ser prescritos variam de medicamentos antiepilépticos, antienxaqueca e anticonvulsivantes à estimulação transcraniana. O mais importante é personalizar o atendimento de cada paciente e melhorar, ao máximo, a sua qualidade de vida.
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- Mattes, R. D., Cowart, B. J., Shiavo, M. A., Arnold, C., Garrison, B., Kare, M. R., & Lowry, L. D. (1990). Dietary evaluation of patients with smell and/or taste disorders. American Journal of Clinical Nutrition, 51(2), 233–240. https://doi.org/10.1093/ajcn/51.2.233
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