Como explicar a morte para as crianças?
Escrito e verificado por a filósofa Isbelia Esther Farías López
Um dos episódios mais dolorosos da vida é a perda de um ente querido. Nem todos os adultos sabem como lidar com essa situação, mas você já se perguntou como explicar a morte às crianças ou como elas se sentem a respeito?
Em algum momento, elas também podem sentir angústia e, inclusive, também podem sentir dor pela morte de um ente querido.
Talvez seja mais fácil explicar isso à criança se um animal de estimação ou uma pessoa conhecida morreu – alguém que não seja muito próximo do ambiente familiar. No entanto, se for um parente próximo, o cenário muda.
A idade das crianças e a compreensão da morte
Estudos sobre o assunto indicam que a compreensão que temos desse fato muda de acordo com a idade da criança. Por exemplo, antes dos dois anos de idade as crianças podem experimentar uma sensação de presença e ausência.
Porém, nessa idade ela ainda não formou a capacidade de pensamento operacional, ou seja, de elaborar um pensamento lógico, nem a possibilidade de entender um conceito como a morte.
Isso se deve, de acordo com a teoria de Piaget, ao fato de que nas crianças dessa idade predomina um desenvolvimento sensório-motor que se baseia mais em reflexos, e é normal que se mostrem apáticas diante desse tipo de dor.
Leia também: Como ajudar seu filho a superar a morte de seu animal de estimação
Outra pesquisa sobre o luto infantil enfatiza que, até os 7 anos, as crianças ainda pensam que a morte é temporária e reversível. Além disso, podem apresentar algum tipo de “pensamento mágico”, chegando a acreditar que algum pensamento seu causou o evento.
É claro que esse assunto é preocupante para as famílias, pois elas nem sempre têm recursos para explicar ou responder às muitas perguntas que as crianças fazem. Os adultos buscam uma forma de comunicar o que aconteceu tentando evitar que as crianças sintam dor ou, pelo menos, tentando abrandá-la de alguma maneira. É nesse momento que compreendem que não sabem quais palavras dizer.
As crianças e as perguntas
Se a criança tiver menos de cinco anos quando a morte ocorrer, ela não compreenderá três fatores básicos:
- A morte é um fato irreversível e definitivo.
- As funções vitais da pessoa falecida estão completamente ausentes de forma permanente.
- É uma coisa universal, que um dia chegará para todos.
Por isso, as crianças podem perguntar: “Por que não posso mais ver meu avô?” “A morte dói?”, “Isso é para sempre?” , “Onde ele está?” , “Ele sente frio?” , “Ele pode nos escutar?” Entre outras perguntas que nós adultos também faríamos, só que as crianças as ajustam à sua realidade. O que nós, os adultos, devemos responder nesses casos?
Você pode se interessar: A vida não é mais a mesma após a morte de nossos pais
Como explicar a morte para as crianças?
Os adolescentes, e mesmo os pré-adolescentes, já podem compreender o conceito da morte quase como os adultos. No entanto, também podem sentir medo de ser abandonados, de perder outro parente, e podem chegar a esconder os seus sentimentos.
Existem certas maneiras por meio das quais os adultos podem responder para explicar a morte às crianças:
- Transmita calma. Se você não sente que tem a capacidade de responder uma pergunta, pode dizer à criança que lhe responderá depois, porque essa pergunta é muito importante e deseja adiá-la para responder bem.
- Permita que a criança expresse seus medos em um lugar seguro, tranquilo e sem interrupções.
- Evite as seguintes frases: “Ele está dormindo” ou “Ele fez uma viagem para o além”, já que isso pode desenvolver na criança o medo de dormir ou de viajar.
- Dê respostas claras. “Estar morto significa que não poderemos mais ver aquela pessoa” , mas você pode transmitir calma, acrescentando: “Suas memórias estarão sempre presentes”.
- Alguns pais oferecem explicações religiosas, mas as crianças pequenas podem não entendê-las e precisar de respostas mais específicas sobre o fato concreto da ausência física da pessoa.
- Na idade escolar, as crianças provavelmente precisam de ajuda para descrever seus sentimentos. Ajude-as e tome o tempo necessário para ouvi-las e fazer os esclarecimentos.
- Explique à criança que suas ações não resultaram na morte de seu ente querido, a fim de evitar que ela se sinta culpada.
- Faça com que o pequeno saiba que nem todas as pessoas que adoecem morrem e transmita-lhe segurança quanto à sua saúde.
- Por fim, o mais importante para o pequeno é que você aplique essas questões com amor e carinho, já que é disso que ele mais precisa no momento.
A morte é uma realidade muito complexa, por isso nem sempre é fácil comunicá-la às crianças. Se você acha que precisa de apoio, não hesite em consultar um psicólogo para orientá-lo a respeito de como lidar com este evento.
Um dos episódios mais dolorosos da vida é a perda de um ente querido. Nem todos os adultos sabem como lidar com essa situação, mas você já se perguntou como explicar a morte às crianças ou como elas se sentem a respeito?
Em algum momento, elas também podem sentir angústia e, inclusive, também podem sentir dor pela morte de um ente querido.
Talvez seja mais fácil explicar isso à criança se um animal de estimação ou uma pessoa conhecida morreu – alguém que não seja muito próximo do ambiente familiar. No entanto, se for um parente próximo, o cenário muda.
A idade das crianças e a compreensão da morte
Estudos sobre o assunto indicam que a compreensão que temos desse fato muda de acordo com a idade da criança. Por exemplo, antes dos dois anos de idade as crianças podem experimentar uma sensação de presença e ausência.
Porém, nessa idade ela ainda não formou a capacidade de pensamento operacional, ou seja, de elaborar um pensamento lógico, nem a possibilidade de entender um conceito como a morte.
Isso se deve, de acordo com a teoria de Piaget, ao fato de que nas crianças dessa idade predomina um desenvolvimento sensório-motor que se baseia mais em reflexos, e é normal que se mostrem apáticas diante desse tipo de dor.
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Outra pesquisa sobre o luto infantil enfatiza que, até os 7 anos, as crianças ainda pensam que a morte é temporária e reversível. Além disso, podem apresentar algum tipo de “pensamento mágico”, chegando a acreditar que algum pensamento seu causou o evento.
É claro que esse assunto é preocupante para as famílias, pois elas nem sempre têm recursos para explicar ou responder às muitas perguntas que as crianças fazem. Os adultos buscam uma forma de comunicar o que aconteceu tentando evitar que as crianças sintam dor ou, pelo menos, tentando abrandá-la de alguma maneira. É nesse momento que compreendem que não sabem quais palavras dizer.
As crianças e as perguntas
Se a criança tiver menos de cinco anos quando a morte ocorrer, ela não compreenderá três fatores básicos:
- A morte é um fato irreversível e definitivo.
- As funções vitais da pessoa falecida estão completamente ausentes de forma permanente.
- É uma coisa universal, que um dia chegará para todos.
Por isso, as crianças podem perguntar: “Por que não posso mais ver meu avô?” “A morte dói?”, “Isso é para sempre?” , “Onde ele está?” , “Ele sente frio?” , “Ele pode nos escutar?” Entre outras perguntas que nós adultos também faríamos, só que as crianças as ajustam à sua realidade. O que nós, os adultos, devemos responder nesses casos?
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Como explicar a morte para as crianças?
Os adolescentes, e mesmo os pré-adolescentes, já podem compreender o conceito da morte quase como os adultos. No entanto, também podem sentir medo de ser abandonados, de perder outro parente, e podem chegar a esconder os seus sentimentos.
Existem certas maneiras por meio das quais os adultos podem responder para explicar a morte às crianças:
- Transmita calma. Se você não sente que tem a capacidade de responder uma pergunta, pode dizer à criança que lhe responderá depois, porque essa pergunta é muito importante e deseja adiá-la para responder bem.
- Permita que a criança expresse seus medos em um lugar seguro, tranquilo e sem interrupções.
- Evite as seguintes frases: “Ele está dormindo” ou “Ele fez uma viagem para o além”, já que isso pode desenvolver na criança o medo de dormir ou de viajar.
- Dê respostas claras. “Estar morto significa que não poderemos mais ver aquela pessoa” , mas você pode transmitir calma, acrescentando: “Suas memórias estarão sempre presentes”.
- Alguns pais oferecem explicações religiosas, mas as crianças pequenas podem não entendê-las e precisar de respostas mais específicas sobre o fato concreto da ausência física da pessoa.
- Na idade escolar, as crianças provavelmente precisam de ajuda para descrever seus sentimentos. Ajude-as e tome o tempo necessário para ouvi-las e fazer os esclarecimentos.
- Explique à criança que suas ações não resultaram na morte de seu ente querido, a fim de evitar que ela se sinta culpada.
- Faça com que o pequeno saiba que nem todas as pessoas que adoecem morrem e transmita-lhe segurança quanto à sua saúde.
- Por fim, o mais importante para o pequeno é que você aplique essas questões com amor e carinho, já que é disso que ele mais precisa no momento.
A morte é uma realidade muito complexa, por isso nem sempre é fácil comunicá-la às crianças. Se você acha que precisa de apoio, não hesite em consultar um psicólogo para orientá-lo a respeito de como lidar com este evento.
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- Fleming-Holland Rutherford, A. (2008). Reflexiones sobre la Muerte: el Duelo Infantil y el Suicidio Juvenil. Psicología Iberoamericana.
- Lombardo, E., & Krzemien, D. (2008). La Psicología del curso de vida en el marco de la Psicología del Desarrollo. Revista Argentina de Sociolog?-A.
- Orrego, N. (2014). La muerte en el contexto del rito funerario: un “sí, pero no.” Revista de Psicología: (Universidad de Antioquía).
- Zañartu S., C., Krämer K., C., & Wietstruck P., M. A. (2008). La muerte y los niños. Revista Chilena de Pediatria. https://doi.org/10.4067/s0370-41062008000400007
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