Estimulação do nervo vago no ouvido
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A estimulação do nervo vago no ouvido é uma técnica aplicada para controlar a dor e retardar alguns processos do envelhecimento. Na verdade, tornou-se muito relevante nos últimos tempos, por isso há cada vez mais estudos com o objetivo de validar a sua eficácia.
Estudos a esse respeito, como os realizados pela Universidade Técnica de Viena, destacam a eficácia da estimulação do nervo vago do ouvido no alívio da dor crônica. Os resultados são muito animadores, embora o caminho da pesquisa deva continuar. Vejamos mais detalhes a seguir.
O nervo vago e a sua estimulação
Como a estimulação do nervo vago no ouvido pode afetar a dor, o envelhecimento e até mesmo questões tão complexas quanto a saúde mental? Existe uma ligação entre a passagem desse nervo, a composição do aparelho auditivo e muitas funções dos sistemas do corpo humano.
O ouvido é uma espécie de porta de entrada para o sistema nervoso. Existem alguns locais específicos no ouvido externo onde o nervo vago pode ser estimulado e, como esta é uma estrutura que passa por órgãos internos, as informações que carrega são distribuídas por grande parte do organismo.
O nervo vago, também conhecido como nervo pneumogástrico, transmite informações do cérebro para diferentes órgãos, como os pulmões e o coração. Da mesma forma, tem um ramo simpático e um parassimpático. Por meio de ambos, ele regula funções como a respiração, a frequência cardíaca, pressão arterial e digestão.
Essa técnica consiste em inserir pequenos eletrodos no ouvido. Um aparelho portátil, que é colocado no pescoço, controla esses eletrodos. Isso cria e transmite pulsos elétricos, que são experimentados como uma espécie de cócegas no ouvido.
Continue lendo: Dor de ouvido nas crianças
Antídoto contra o envelhecimento
Um estudo realizado pela University of Leeds e publicado na revista Aging indica que a técnica de estimulação do nervo vago do ouvido ajuda a proteger as pessoas de várias patologias associadas ao envelhecimento. Especificamente, podemos citar aquelas relacionadas à hipertensão e doenças cardíacas.
Segundo Beatrice Bretherton, coordenadora do estudo, a estimulação permite influenciar o equilíbrio metabólico do corpo para a realização de ações corretivas. Além disso, este método tem a vantagem de não envolver o uso de medicamentos ou procedimentos invasivos.
O ramo simpático do nervo vago ajuda o corpo a se preparar para lutar ou fugir. O ramo parassimpático, por sua vez, afeta o repouso e a digestão. O envelhecimento faz com que, progressivamente, o ramo simpático comece a dominar.
Utiliza-se, então, a técnica de estimulação do nervo vago do ouvido para reverter essa situação. O que se consegue por meio dele é ativar e equilibrar o ramo parassimpático com o simpático. Nessas condições, há menos estresse e, portanto, menos risco de desenvolver vários problemas de saúde, como os já mencionados.
Estimulação do nervo vago para a dor crônica
A técnica de estimular o nervo vago no ouvido também tem bons efeitos no tratamento da dor crônica. Inclusive, deve-se levar em consideração que o nervo vago se origina no bulbo raquidiano e inerva a faringe, esôfago, laringe, traqueia, brônquios, coração, estômago, pâncreas, fígado e algumas outras vísceras.
Quando estimulamos as fibras do nervo vago do ouvido, a dor diminui. O maior desafio é colocar os eletrodos no lugar certo.
A partir de um modelo computacional, também foi possível estabelecer, com uma precisão cada vez maior, quais são os sinais elétricos que devem ser utilizados. Tanto a intensidade quanto a forma desses sinais influenciam o resultado.
Não deixe de ler: Como proteger os ouvidos das atividades de verão?
Efeitos adicionais da técnica
Esse tipo de estimulação também tem sido eficaz na eliminação do zumbido, também conhecido pelo seu nome em inglês, “tinnitus”. Os zumbidos são sons, apitos ou pancadas que algumas pessoas sentem no ouvido, sem que tenham origem em nenhuma fonte externa. Ocorrem por várias causas, que vão desde traumas, passando pela síndrome de Ménière (hidropsia endolinfática), incluindo o estresse e o excesso de trabalho.
Entretanto, o que os estudos revelam até agora em relação a esta técnica é apenas a ponta do iceberg. Acredita-se que novas aplicações e benefícios deste método inovador serão encontrados nos próximos anos.
A estimulação do nervo vago no ouvido é uma técnica aplicada para controlar a dor e retardar alguns processos do envelhecimento. Na verdade, tornou-se muito relevante nos últimos tempos, por isso há cada vez mais estudos com o objetivo de validar a sua eficácia.
Estudos a esse respeito, como os realizados pela Universidade Técnica de Viena, destacam a eficácia da estimulação do nervo vago do ouvido no alívio da dor crônica. Os resultados são muito animadores, embora o caminho da pesquisa deva continuar. Vejamos mais detalhes a seguir.
O nervo vago e a sua estimulação
Como a estimulação do nervo vago no ouvido pode afetar a dor, o envelhecimento e até mesmo questões tão complexas quanto a saúde mental? Existe uma ligação entre a passagem desse nervo, a composição do aparelho auditivo e muitas funções dos sistemas do corpo humano.
O ouvido é uma espécie de porta de entrada para o sistema nervoso. Existem alguns locais específicos no ouvido externo onde o nervo vago pode ser estimulado e, como esta é uma estrutura que passa por órgãos internos, as informações que carrega são distribuídas por grande parte do organismo.
O nervo vago, também conhecido como nervo pneumogástrico, transmite informações do cérebro para diferentes órgãos, como os pulmões e o coração. Da mesma forma, tem um ramo simpático e um parassimpático. Por meio de ambos, ele regula funções como a respiração, a frequência cardíaca, pressão arterial e digestão.
Essa técnica consiste em inserir pequenos eletrodos no ouvido. Um aparelho portátil, que é colocado no pescoço, controla esses eletrodos. Isso cria e transmite pulsos elétricos, que são experimentados como uma espécie de cócegas no ouvido.
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Antídoto contra o envelhecimento
Um estudo realizado pela University of Leeds e publicado na revista Aging indica que a técnica de estimulação do nervo vago do ouvido ajuda a proteger as pessoas de várias patologias associadas ao envelhecimento. Especificamente, podemos citar aquelas relacionadas à hipertensão e doenças cardíacas.
Segundo Beatrice Bretherton, coordenadora do estudo, a estimulação permite influenciar o equilíbrio metabólico do corpo para a realização de ações corretivas. Além disso, este método tem a vantagem de não envolver o uso de medicamentos ou procedimentos invasivos.
O ramo simpático do nervo vago ajuda o corpo a se preparar para lutar ou fugir. O ramo parassimpático, por sua vez, afeta o repouso e a digestão. O envelhecimento faz com que, progressivamente, o ramo simpático comece a dominar.
Utiliza-se, então, a técnica de estimulação do nervo vago do ouvido para reverter essa situação. O que se consegue por meio dele é ativar e equilibrar o ramo parassimpático com o simpático. Nessas condições, há menos estresse e, portanto, menos risco de desenvolver vários problemas de saúde, como os já mencionados.
Estimulação do nervo vago para a dor crônica
A técnica de estimular o nervo vago no ouvido também tem bons efeitos no tratamento da dor crônica. Inclusive, deve-se levar em consideração que o nervo vago se origina no bulbo raquidiano e inerva a faringe, esôfago, laringe, traqueia, brônquios, coração, estômago, pâncreas, fígado e algumas outras vísceras.
Quando estimulamos as fibras do nervo vago do ouvido, a dor diminui. O maior desafio é colocar os eletrodos no lugar certo.
A partir de um modelo computacional, também foi possível estabelecer, com uma precisão cada vez maior, quais são os sinais elétricos que devem ser utilizados. Tanto a intensidade quanto a forma desses sinais influenciam o resultado.
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Efeitos adicionais da técnica
Esse tipo de estimulação também tem sido eficaz na eliminação do zumbido, também conhecido pelo seu nome em inglês, “tinnitus”. Os zumbidos são sons, apitos ou pancadas que algumas pessoas sentem no ouvido, sem que tenham origem em nenhuma fonte externa. Ocorrem por várias causas, que vão desde traumas, passando pela síndrome de Ménière (hidropsia endolinfática), incluindo o estresse e o excesso de trabalho.
Entretanto, o que os estudos revelam até agora em relação a esta técnica é apenas a ponta do iceberg. Acredita-se que novas aplicações e benefícios deste método inovador serão encontrados nos próximos anos.
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- Niebla, J. G. (2004). Imágenes electrocardiográficas derivadas de una incorrecta colocación de los electrodos V1-V2. Enfermería en cardiología: revista científica e informativa de la Asociación Española de Enfermería en Cardiología, (32), 38-44.
- Bretherton, B. (2019, 30 julio). Effects of transcutaneous vagus nerve stimulation in individuals aged 55 years or above: potential benefits of daily stimulation. Recuperado 7 de junio de 2020, de https://www.aging-us.com/
- Velasco, R. C. (2019). Nuevas terapias: Electrocéutica. Diagnóstico, 58(4), 211-211.
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