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Enxaqueca em mulheres: causas e tratamento

4 minutos
Devido aos nossos ciclos hormonais, é possível que o tratamento que funcionava antes hoje não faça mais efeito. Além disso, as enxaquecas tendem a se acentuar após a menopausa.
Enxaqueca em mulheres: causas e tratamento
José Gerardo Rosciano Paganelli

Escrito e verificado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli

Escrito por Valeria Sabater
Última atualização: 07 outubro, 2022

A enxaqueca afeta cerca de 13% da população e é uma doença dolorosa e incapacitante que acomete principalmente as mulheres. Por quê? Vários estudos clínicos, como o realizado há alguns anos na Unidade de Gastroenterologia e Nutrição do Hospital Quirón de Barcelona, explicam que, além de ser uma doença hereditária, ela tem a ver com uma enzima específica.

Vamos explicar todos os detalhes a seguir. Se você sofre deste mal, não deixe de colocar em prática estas dicas simples que, sem dúvida, serão muito úteis.

O que causa a enxaqueca em mulheres?

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De acordo com o Dr. Ramón Tormo, neurologista do Hospital Quirón, em Barcelona, três em cada quatro pessoas que sofrem de enxaqueca são mulheres. É bem possível que você saiba o que significa conviver com esta enfermidade, os afastamentos que ela provoca e a longa peregrinação que fazemos a médicos e especialistas até encontrarmos um tratamento adequado.

Por que as mulheres sofrem mais com as enxaquecas? Existe algum remédio eficaz que permita evitá-las para ter uma melhor qualidade de vida?

As conclusões a que os médicos chegaram foram as seguintes:

1. A deficiência de uma enzima pode ser a causa da enxaqueca em mulheres

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Você pode se interessar: Principais doenças cardíacas em mulheres

Começaremos fazendo uma pergunta simples: Alguém mais da sua família sofre de enxaqueca além de você? De acordo com as conclusões deste estudo, a enxaqueca é decorrente da deficiência da enzima DAO (diamina oxidase).

Esse déficit também é hereditário, por isso é transmitido geneticamente de pais para filhos e é o que causa as temidas enxaquecas. Agora, você pode estar se perguntando qual função essa enzima desempenha e por que seu déficit causa essa doença. As razões são as seguintes:

  • A enzima DAO é responsável por destruir uma molécula chamada histamina, que está presente em muitos dos alimentos que comemos diariamente, como laticínios, carnes e frutas cítricas. É isso que este estudo mostra. Uma vez degradada no corpo, ela é eliminada pela urina.
  • Quando temos um nível muito alto de histamina no sangue, ela se acumula no plasma, causando processos inflamatórios que dificultam a digestão. Além disso, altera a bioquímica cerebral, o que provoca a aceleração do fluxo sanguíneo e a inflamação de vários tecidos cerebrais.

2. Enxaqueca e alterações hormonais nas mulheres

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Há outra razão interessante pela qual o déficit na enzima DAO afeta o sexo feminino com mais frequência: as alterações hormonais que sofremos ao longo da vida devido à ovulação, menstruação e menopausa. Tudo isso afeta essas dimensões que também devemos levar em consideração:

  • Os hormônios femininos e os ciclos aos quais estamos sujeitas também nos fazem ter um déficit natural da enzima DAO. Portanto, essa cefaléia clássica é comum durante o período menstrual. Porém, se também sofremos de uma deficiência herdada de nossos pais, a situação piora ainda mais.
  • É interessante saber que, durante a gravidez, a placenta ativa a produção da enzima DAO para proteger o feto. Portanto, durante esses 9 meses não sentimos os efeitos incômodos da enxaqueca. Como este estudo explica, há uma mudança no metabolismo da histamina durante a gravidez.
  • Portanto, os tratamentos que podem ser seguidos dependem da fase do ciclo: a fase pré-menstrual, a menstruação ou a menopausa. Neste último caso, as enxaquecas podem ser experimentadas com mais intensidade.

Leia também: 4 soluções contra a dor de cabeça de sinusite

O tratamento mais adequado para as enxaquecas

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Agora temos certeza de que o que se herda não são as enxaquecas em si, mas o déficit da enzima DAO, o que já nos oferece a possibilidade de recorrer a um tratamento farmacológico que equilibre o nível dessa enzima específica.

Porém, o neurologista será o responsável por oferecer as orientações mais indicadas. Apesar de ficar claro que 90% das enxaquecas são decorrentes da falta desta enzima em nosso organismo, as causas dos outros 10% ainda são não conhecidas.

Que tipo de estratégia podemos seguir para reduzir a incidência das enxaquecas? Anote essas dicas que você pode aplicar no seu dia a dia:

  1. Controle as situações estressantes, já que muitas vezes elas agem como gatilhos para as enxaquecas.
  2. Reduza o consumo de todos os alimentos que contêm histamina em sua composição:
  • Queijos curados.
  • Leite.
  • Iogurte.
  • Vinho.
  • Cerveja.
  • Refrigerantes açucarados com gás.
  • Café.
  • Farinha de arroz.
  • Embutidos.
  • Carnes curadas e carnes frescas.
  • Leguminosas.
  • Produtos vegetais fermentados, como a soja.
  • Peixes congelados.
  • Berinjela.
  • Vinagre.
  • Chocolate.
  • Anchovas em conserva.
  • Acelga.
  • Abacate.
  • Sucos de frutas industrializados.

Estas são apenas algumas das recomendações que você pode seguir. De qualquer forma, a melhor opção é ir a um médico especialista que pode definir um tratamento de acordo com as suas circunstâncias e necessidades.

Esperamos que esta informação tenha sido útil para você.

A enxaqueca afeta cerca de 13% da população e é uma doença dolorosa e incapacitante que acomete principalmente as mulheres. Por quê? Vários estudos clínicos, como o realizado há alguns anos na Unidade de Gastroenterologia e Nutrição do Hospital Quirón de Barcelona, explicam que, além de ser uma doença hereditária, ela tem a ver com uma enzima específica.

Vamos explicar todos os detalhes a seguir. Se você sofre deste mal, não deixe de colocar em prática estas dicas simples que, sem dúvida, serão muito úteis.

O que causa a enxaqueca em mulheres?

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De acordo com o Dr. Ramón Tormo, neurologista do Hospital Quirón, em Barcelona, três em cada quatro pessoas que sofrem de enxaqueca são mulheres. É bem possível que você saiba o que significa conviver com esta enfermidade, os afastamentos que ela provoca e a longa peregrinação que fazemos a médicos e especialistas até encontrarmos um tratamento adequado.

Por que as mulheres sofrem mais com as enxaquecas? Existe algum remédio eficaz que permita evitá-las para ter uma melhor qualidade de vida?

As conclusões a que os médicos chegaram foram as seguintes:

1. A deficiência de uma enzima pode ser a causa da enxaqueca em mulheres

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Começaremos fazendo uma pergunta simples: Alguém mais da sua família sofre de enxaqueca além de você? De acordo com as conclusões deste estudo, a enxaqueca é decorrente da deficiência da enzima DAO (diamina oxidase).

Esse déficit também é hereditário, por isso é transmitido geneticamente de pais para filhos e é o que causa as temidas enxaquecas. Agora, você pode estar se perguntando qual função essa enzima desempenha e por que seu déficit causa essa doença. As razões são as seguintes:

  • A enzima DAO é responsável por destruir uma molécula chamada histamina, que está presente em muitos dos alimentos que comemos diariamente, como laticínios, carnes e frutas cítricas. É isso que este estudo mostra. Uma vez degradada no corpo, ela é eliminada pela urina.
  • Quando temos um nível muito alto de histamina no sangue, ela se acumula no plasma, causando processos inflamatórios que dificultam a digestão. Além disso, altera a bioquímica cerebral, o que provoca a aceleração do fluxo sanguíneo e a inflamação de vários tecidos cerebrais.

2. Enxaqueca e alterações hormonais nas mulheres

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Há outra razão interessante pela qual o déficit na enzima DAO afeta o sexo feminino com mais frequência: as alterações hormonais que sofremos ao longo da vida devido à ovulação, menstruação e menopausa. Tudo isso afeta essas dimensões que também devemos levar em consideração:

  • Os hormônios femininos e os ciclos aos quais estamos sujeitas também nos fazem ter um déficit natural da enzima DAO. Portanto, essa cefaléia clássica é comum durante o período menstrual. Porém, se também sofremos de uma deficiência herdada de nossos pais, a situação piora ainda mais.
  • É interessante saber que, durante a gravidez, a placenta ativa a produção da enzima DAO para proteger o feto. Portanto, durante esses 9 meses não sentimos os efeitos incômodos da enxaqueca. Como este estudo explica, há uma mudança no metabolismo da histamina durante a gravidez.
  • Portanto, os tratamentos que podem ser seguidos dependem da fase do ciclo: a fase pré-menstrual, a menstruação ou a menopausa. Neste último caso, as enxaquecas podem ser experimentadas com mais intensidade.

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O tratamento mais adequado para as enxaquecas

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Agora temos certeza de que o que se herda não são as enxaquecas em si, mas o déficit da enzima DAO, o que já nos oferece a possibilidade de recorrer a um tratamento farmacológico que equilibre o nível dessa enzima específica.

Porém, o neurologista será o responsável por oferecer as orientações mais indicadas. Apesar de ficar claro que 90% das enxaquecas são decorrentes da falta desta enzima em nosso organismo, as causas dos outros 10% ainda são não conhecidas.

Que tipo de estratégia podemos seguir para reduzir a incidência das enxaquecas? Anote essas dicas que você pode aplicar no seu dia a dia:

  1. Controle as situações estressantes, já que muitas vezes elas agem como gatilhos para as enxaquecas.
  2. Reduza o consumo de todos os alimentos que contêm histamina em sua composição:
  • Queijos curados.
  • Leite.
  • Iogurte.
  • Vinho.
  • Cerveja.
  • Refrigerantes açucarados com gás.
  • Café.
  • Farinha de arroz.
  • Embutidos.
  • Carnes curadas e carnes frescas.
  • Leguminosas.
  • Produtos vegetais fermentados, como a soja.
  • Peixes congelados.
  • Berinjela.
  • Vinagre.
  • Chocolate.
  • Anchovas em conserva.
  • Acelga.
  • Abacate.
  • Sucos de frutas industrializados.

Estas são apenas algumas das recomendações que você pode seguir. De qualquer forma, a melhor opção é ir a um médico especialista que pode definir um tratamento de acordo com as suas circunstâncias e necessidades.

Esperamos que esta informação tenha sido útil para você.


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  • Sevillano-García, M. D., Manso-Calderón, R., & Cacabelos-Pérez, P. (2007). Comorbilidad en la migraña: Depresión, ansiedad, estrés y trastornos del sueño. Revista de Neurologia.
  • Pozo Rosich, P., & Pozo-Rosich, P. (2012). Migraña crónica: epidemiología e impacto. Revista de Neurología.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.