Enxaqueca em mulheres: causas e tratamento
Escrito e verificado por o médico José Gerardo Rosciano Paganelli
A enxaqueca afeta cerca de 13% da população e é uma doença dolorosa e incapacitante que acomete principalmente as mulheres. Por quê? Vários estudos clínicos, como o realizado há alguns anos na Unidade de Gastroenterologia e Nutrição do Hospital Quirón de Barcelona, explicam que, além de ser uma doença hereditária, ela tem a ver com uma enzima específica.
Vamos explicar todos os detalhes a seguir. Se você sofre deste mal, não deixe de colocar em prática estas dicas simples que, sem dúvida, serão muito úteis.
O que causa a enxaqueca em mulheres?
De acordo com o Dr. Ramón Tormo, neurologista do Hospital Quirón, em Barcelona, três em cada quatro pessoas que sofrem de enxaqueca são mulheres. É bem possível que você saiba o que significa conviver com esta enfermidade, os afastamentos que ela provoca e a longa peregrinação que fazemos a médicos e especialistas até encontrarmos um tratamento adequado.Por que as mulheres sofrem mais com as enxaquecas? Existe algum remédio eficaz que permita evitá-las para ter uma melhor qualidade de vida?
As conclusões a que os médicos chegaram foram as seguintes:
1. A deficiência de uma enzima pode ser a causa da enxaqueca em mulheres
Você pode se interessar: Principais doenças cardíacas em mulheres
Começaremos fazendo uma pergunta simples: Alguém mais da sua família sofre de enxaqueca além de você? De acordo com as conclusões deste estudo, a enxaqueca é decorrente da deficiência da enzima DAO (diamina oxidase).
Esse déficit também é hereditário, por isso é transmitido geneticamente de pais para filhos e é o que causa as temidas enxaquecas. Agora, você pode estar se perguntando qual função essa enzima desempenha e por que seu déficit causa essa doença. As razões são as seguintes:
- A enzima DAO é responsável por destruir uma molécula chamada histamina, que está presente em muitos dos alimentos que comemos diariamente, como laticínios, carnes e frutas cítricas. É isso que este estudo mostra. Uma vez degradada no corpo, ela é eliminada pela urina.
- Quando temos um nível muito alto de histamina no sangue, ela se acumula no plasma, causando processos inflamatórios que dificultam a digestão. Além disso, altera a bioquímica cerebral, o que provoca a aceleração do fluxo sanguíneo e a inflamação de vários tecidos cerebrais.
2. Enxaqueca e alterações hormonais nas mulheres
Há outra razão interessante pela qual o déficit na enzima DAO afeta o sexo feminino com mais frequência: as alterações hormonais que sofremos ao longo da vida devido à ovulação, menstruação e menopausa. Tudo isso afeta essas dimensões que também devemos levar em consideração:
- Os hormônios femininos e os ciclos aos quais estamos sujeitas também nos fazem ter um déficit natural da enzima DAO. Portanto, essa cefaléia clássica é comum durante o período menstrual. Porém, se também sofremos de uma deficiência herdada de nossos pais, a situação piora ainda mais.
- É interessante saber que, durante a gravidez, a placenta ativa a produção da enzima DAO para proteger o feto. Portanto, durante esses 9 meses não sentimos os efeitos incômodos da enxaqueca. Como este estudo explica, há uma mudança no metabolismo da histamina durante a gravidez.
- Portanto, os tratamentos que podem ser seguidos dependem da fase do ciclo: a fase pré-menstrual, a menstruação ou a menopausa. Neste último caso, as enxaquecas podem ser experimentadas com mais intensidade.
Leia também: 4 soluções contra a dor de cabeça de sinusite
O tratamento mais adequado para as enxaquecas
Agora temos certeza de que o que se herda não são as enxaquecas em si, mas o déficit da enzima DAO, o que já nos oferece a possibilidade de recorrer a um tratamento farmacológico que equilibre o nível dessa enzima específica.
Porém, o neurologista será o responsável por oferecer as orientações mais indicadas. Apesar de ficar claro que 90% das enxaquecas são decorrentes da falta desta enzima em nosso organismo, as causas dos outros 10% ainda são não conhecidas.
Que tipo de estratégia podemos seguir para reduzir a incidência das enxaquecas? Anote essas dicas que você pode aplicar no seu dia a dia:
- Controle as situações estressantes, já que muitas vezes elas agem como gatilhos para as enxaquecas.
- Reduza o consumo de todos os alimentos que contêm histamina em sua composição:
- Queijos curados.
- Leite.
- Iogurte.
- Vinho.
- Cerveja.
- Refrigerantes açucarados com gás.
- Café.
- Farinha de arroz.
- Embutidos.
- Carnes curadas e carnes frescas.
- Leguminosas.
- Produtos vegetais fermentados, como a soja.
- Peixes congelados.
- Berinjela.
- Vinagre.
- Chocolate.
- Anchovas em conserva.
- Acelga.
- Abacate.
- Sucos de frutas industrializados.
Estas são apenas algumas das recomendações que você pode seguir. De qualquer forma, a melhor opção é ir a um médico especialista que pode definir um tratamento de acordo com as suas circunstâncias e necessidades.
Esperamos que esta informação tenha sido útil para você.
A enxaqueca afeta cerca de 13% da população e é uma doença dolorosa e incapacitante que acomete principalmente as mulheres. Por quê? Vários estudos clínicos, como o realizado há alguns anos na Unidade de Gastroenterologia e Nutrição do Hospital Quirón de Barcelona, explicam que, além de ser uma doença hereditária, ela tem a ver com uma enzima específica.
Vamos explicar todos os detalhes a seguir. Se você sofre deste mal, não deixe de colocar em prática estas dicas simples que, sem dúvida, serão muito úteis.
O que causa a enxaqueca em mulheres?
De acordo com o Dr. Ramón Tormo, neurologista do Hospital Quirón, em Barcelona, três em cada quatro pessoas que sofrem de enxaqueca são mulheres. É bem possível que você saiba o que significa conviver com esta enfermidade, os afastamentos que ela provoca e a longa peregrinação que fazemos a médicos e especialistas até encontrarmos um tratamento adequado.Por que as mulheres sofrem mais com as enxaquecas? Existe algum remédio eficaz que permita evitá-las para ter uma melhor qualidade de vida?
As conclusões a que os médicos chegaram foram as seguintes:
1. A deficiência de uma enzima pode ser a causa da enxaqueca em mulheres
Você pode se interessar: Principais doenças cardíacas em mulheres
Começaremos fazendo uma pergunta simples: Alguém mais da sua família sofre de enxaqueca além de você? De acordo com as conclusões deste estudo, a enxaqueca é decorrente da deficiência da enzima DAO (diamina oxidase).
Esse déficit também é hereditário, por isso é transmitido geneticamente de pais para filhos e é o que causa as temidas enxaquecas. Agora, você pode estar se perguntando qual função essa enzima desempenha e por que seu déficit causa essa doença. As razões são as seguintes:
- A enzima DAO é responsável por destruir uma molécula chamada histamina, que está presente em muitos dos alimentos que comemos diariamente, como laticínios, carnes e frutas cítricas. É isso que este estudo mostra. Uma vez degradada no corpo, ela é eliminada pela urina.
- Quando temos um nível muito alto de histamina no sangue, ela se acumula no plasma, causando processos inflamatórios que dificultam a digestão. Além disso, altera a bioquímica cerebral, o que provoca a aceleração do fluxo sanguíneo e a inflamação de vários tecidos cerebrais.
2. Enxaqueca e alterações hormonais nas mulheres
Há outra razão interessante pela qual o déficit na enzima DAO afeta o sexo feminino com mais frequência: as alterações hormonais que sofremos ao longo da vida devido à ovulação, menstruação e menopausa. Tudo isso afeta essas dimensões que também devemos levar em consideração:
- Os hormônios femininos e os ciclos aos quais estamos sujeitas também nos fazem ter um déficit natural da enzima DAO. Portanto, essa cefaléia clássica é comum durante o período menstrual. Porém, se também sofremos de uma deficiência herdada de nossos pais, a situação piora ainda mais.
- É interessante saber que, durante a gravidez, a placenta ativa a produção da enzima DAO para proteger o feto. Portanto, durante esses 9 meses não sentimos os efeitos incômodos da enxaqueca. Como este estudo explica, há uma mudança no metabolismo da histamina durante a gravidez.
- Portanto, os tratamentos que podem ser seguidos dependem da fase do ciclo: a fase pré-menstrual, a menstruação ou a menopausa. Neste último caso, as enxaquecas podem ser experimentadas com mais intensidade.
Leia também: 4 soluções contra a dor de cabeça de sinusite
O tratamento mais adequado para as enxaquecas
Agora temos certeza de que o que se herda não são as enxaquecas em si, mas o déficit da enzima DAO, o que já nos oferece a possibilidade de recorrer a um tratamento farmacológico que equilibre o nível dessa enzima específica.
Porém, o neurologista será o responsável por oferecer as orientações mais indicadas. Apesar de ficar claro que 90% das enxaquecas são decorrentes da falta desta enzima em nosso organismo, as causas dos outros 10% ainda são não conhecidas.
Que tipo de estratégia podemos seguir para reduzir a incidência das enxaquecas? Anote essas dicas que você pode aplicar no seu dia a dia:
- Controle as situações estressantes, já que muitas vezes elas agem como gatilhos para as enxaquecas.
- Reduza o consumo de todos os alimentos que contêm histamina em sua composição:
- Queijos curados.
- Leite.
- Iogurte.
- Vinho.
- Cerveja.
- Refrigerantes açucarados com gás.
- Café.
- Farinha de arroz.
- Embutidos.
- Carnes curadas e carnes frescas.
- Leguminosas.
- Produtos vegetais fermentados, como a soja.
- Peixes congelados.
- Berinjela.
- Vinagre.
- Chocolate.
- Anchovas em conserva.
- Acelga.
- Abacate.
- Sucos de frutas industrializados.
Estas são apenas algumas das recomendações que você pode seguir. De qualquer forma, a melhor opção é ir a um médico especialista que pode definir um tratamento de acordo com as suas circunstâncias e necessidades.
Esperamos que esta informação tenha sido útil para você.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Sevillano-García, M. D., Manso-Calderón, R., & Cacabelos-Pérez, P. (2007). Comorbilidad en la migraña: Depresión, ansiedad, estrés y trastornos del sueño. Revista de Neurologia.
- Pozo Rosich, P., & Pozo-Rosich, P. (2012). Migraña crónica: epidemiología e impacto. Revista de Neurología.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.